A
7 de Janeiro de 1355, faz hoje 661 anos, D. Afonso IV, cede às pressões
de seus conselheiros, e aproveitando a ausência de D. Pedro numa
excursão de caça, assina a sentença de
morte de D. Inês de Castro. Pero Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes
Pacheco dirigiram-se ao Mosteiro de Santa Clara em Coimbra, onde Inês se
encontrava e a justiçaram, degolando-a.
Provavelmente a mais bela história de amor que já se escreveu em Portugês
Provavelmente a mais bela história de amor que já se escreveu em Portugês
"D. Inês de Castro
Chegara a Portugal D. Constança
E com ela a formosa Inês de Castro
De olhos verdes em rosto de alabastro
Gentil colo de garça e loira trança.
É a esposa esquecida e sem tardança
D. Pedro segue, fascinado, esse astro
De amor fatal cujo sangrento rastro
Ficou na História em trágica lembrança.
E não sei qual foi mais desgraçada,
Se a zelosa esposa desdenhada
Se a desditosa e sedutora amante…
Mas Constança, acredito, preferia
Ter a morte de Inês – morte sombria
E ser amada ao menos um instante!"
Luís de Camões - Sonetos
Imagem: estátua jacente do túmulo de Inês de Castro no Mosteiro de Alcobaça
Chegara a Portugal D. Constança
E com ela a formosa Inês de Castro
De olhos verdes em rosto de alabastro
Gentil colo de garça e loira trança.
É a esposa esquecida e sem tardança
D. Pedro segue, fascinado, esse astro
De amor fatal cujo sangrento rastro
Ficou na História em trágica lembrança.
E não sei qual foi mais desgraçada,
Se a zelosa esposa desdenhada
Se a desditosa e sedutora amante…
Mas Constança, acredito, preferia
Ter a morte de Inês – morte sombria
E ser amada ao menos um instante!"
Luís de Camões - Sonetos
Imagem: estátua jacente do túmulo de Inês de Castro no Mosteiro de Alcobaça