junho 30, 2016

Feliz Dia Mundial das Redes Sociais!

Feliz Dia Mundial das Redes Sociais!
No dia 30 de Junho comemora-se o Dia Mundial das Redes Sociais, em todo o mundo. A data é assinalada desde de 2010 e visa celebrar ao impacto dos Social Media na sociedade, nomeadamente na influência que exercem no dia-a-dia das pessoas e das empresas.


Grandes mentes...

"Grandes mentes discutem ideias, mentes medianas discutem eventos, mentes pequenas discutem pessoas"

Eleanor Roosevelt


Foto de Eu amo leitura.

Poema de Manuel António Pina, um dos autores das Metas Curriculares de Português

Manuel António Pina


O Pássaro da Cabeça

Sou o pássaro que canta
dentro da tua cabeça
que canta na tua garganta
canta onde lhe apeteça
Sou o pássaro que voa
dentro do teu coração
e do de qualquer pessoa
mesmo as que julgas que não
Sou o pássaro da imaginação
que voa até na prisão
e canta por tudo e por nada
mesmo com a boca fechada
E esta é a canção sem razão
que não serve para mais nada
senão para ser cantada
quando os amigos se vão
E ficas de novo sozinho
na solidão que começa
apenas com o passarinho
dentro da tua cabeça.

Foto de Andante Associação Artística.

Quem não gosta de ouvir histórias?


"When we tell and listen to stories, we can almost feel our souls breathing fully and deeply. Our capacity to see options, to visualize possibilities, to imagine expands and we are somehow more alive."
Michael Parent

Mergulhar num livro...

"Dive into a great book!"

junho 26, 2016

António Ramos Rosa

Arte Poética

Se o poema não serve para dar o nome às coisas
outro nome e ao silêncio outro silêncio,
se não serve para abrir o dia
em duas metades como dois dias resplandecentes
e para dizer o que cada um quer e precisa
ou o que a si mesmo nunca disse.

Se o poema não serve para que o amigo ou a amiga
entrem nele como numa ampla esplanada
e se sentem a conversar longamente com um copo de vinho na mão
sobre as raízes do tempo ou o sabor da coragem
ou como tarda a chegar o tempo frio.
Se o poema não serve para tirar o sono a um canalha
ou ajudar a dormir o inocente
se é inútil para o desejo e o assombro,
para a memória e para o esquecimento.
Se o poema não serve para tornar quem o lê
num fanático
que o poeta então se cale.

António Ramos Rosa (1980)
Foto de António Ramos Rosa.

O diário da viagem do navegador português Vasco da Gama foi incluído no Registo da Memória do Mundo da Unesco.

A cópia mais antiga e a única que se conhece, do texto original do "Roteiro da primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, 1497-1499", encontra-se na Biblioteca Pública Municipal do Porto (BPMP) desde 1834, proveniente do Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra.
O Registo da Memória do Mundo tem um total de 299 documentos e coleccões de documentos dos cinco continentes, preservados em vários suportes, que vão desde pedra, celulóide, pergaminho até gravações de áudio.

Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen

Sophia de Mello Breyner Andresen

Um mar horizontal corta os espelhos
E um sol de sal cintila sobre a mesa
Habitamos o ar livre rente ao dia
Rente ao fruto rente ao vinho rente às águas
E sob o peso leve da folhagem

Citação de Richard Bach

Existem todas as possibilidade, a mais absoluta liberdade de escolha.
Como em um livro, onde cada letra permanece para sempre na página, mas o que muda é a própria consciência que escolhe o que ler e o que deixar de lado."

Richard Bach

Citação de Agatha Christie

Ler....


"Ler é como sair para uma jornada. Pode-se viajar para o leste ou para o oeste, para o norte ou para o sul, e conhecer novas pessoas e novos lugares.
Ler transcende o tempo. Ler dá a oportunidade de participar de uma expedição com Alexandre, o Grande, ou de se tornar amigos de pessoas como Sócrates e Victor Hugo e de dialogar com eles."
 

Daisaku Ikeda

O espírito humano...


"Há dois labirintos do espírito humano: um respeita à composição do contínuo, o outro à natureza da liberdade; e ambos têm origem no mesmo infinito."

Gottfried Wilhelm von Leibniz

junho 23, 2016

Citação de Jane Austen

"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho relaciona-se mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós.”

Jane Austen- Orgulho e Preconceito

junho 21, 2016

Ler os proverbíos ilustrados...


Quem sabe quais são os provérbios ilustrados aqui?

Fernando Namora

"A literatura é um processo de libertação e, por conseguinte, aspira à liberdade. Quer dizer que o seu ponto de partida é uma recusa aos constrangimentos. Quer dizer, ainda, que os constrangimentos estão na sua génese ou no desencadear da sua explosão, como tem sido proclamado por tantos criadores."

Fernando Namora, in "Jornal sem Data"

IV Concurso Municipal de Fotografia "Olhar Anadia"

junho 20, 2016

Tudo bem dito...

SOLSTÍCIO DE VERÃO

Solstício ou “sol que não se mexe” (do latim solis e sistere) é o momento em que, durante o seu movimento aparente, o astro-rei atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador.
São sempre dois solstícios por ano. No hemisfério Norte, que é o nosso, são o de Verão, que passa hoje, às 22 horas e 34 minutos, e o de Inverno, que nos chega por volta do dia 21 de Dezembro. O solstício de Verão que, na nossa situação, a um tempo, atlântica e mediterrânea, marca o inicio da estação mais quente do ano, tem o dia mais longo (o Sol nasceu às seis horas e 11 minutos e vai por-se às 21 e seis, o que representa 14 horas e 55 minutos de duração). A noite, com 9 horas e 5 minutos de duração, é a mais breve do calendário, noite que este ano é de Lua cheia, uma coincidência que não acontecia desde há 49 anos. No solstício de Inverno, pelo contrário, teremos o dia mais curto e a noite com mais horas e minutos.
No hemisfério Sul o fenómeno é simétrico ou, dito de outra maneira, tudo se passa ao contrário.

 
 

Ponte e a Torre Fortificada de Ucanha...aula de História...


Esta ponte fortificada constituía a entrada monumental no couto do Mosteiro de Salzedas.
A ponte original deve ter sido construída pelos romanos, no seguimento de uma estrada que passava ali perto, posteriormente construída na Idade Média, a sua existência já vem documentada no século XII. D. Afonso Henriques doou, em 1163, à viúva de Egas Moniz, Teresa Afonso, o couto de Algeriz, acrescentando-lhe o território de Ucanha. Teresa Afonso, fundadora do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, doou ao convento o couto que recebera do rei e foram os monges quem mais beneficiou da velha ponte.
A torre terá sido elevada, a partir do momento em que o convento de Salzedas adquiriu os direitos de portagem da mesma.
A torre de construção típica Medieval, tem a porta de acesso bem acima do nível do chão conta com vinte metros de altura e dez de cada lado da base, onde se encontra a seguinte inscrição "Esta obra mandou fazer D. Fernando, abade de Salzedas, em 1465".
A torre servia de cobragem de portagem, defesa e armazenamento de produtos. A função militar era secundária, não existindo ameias no topo.
A ponte une duas freguesias, Ucanha e Gouviães, e estende-se sobre o refrescante rio Varosa. Deduz-se que a povoação se tenha desenvolvido devido à obrigatoriedade da passagem da ponte. Um conjunto de excepcional beleza, sob um pano de fundo colorido e verdejante.

(41° 2'54.24"N 07°44'49.05"W) Ucanha – Tarouca – Viseu - Região Norte - sub-região do Douro – Portugal

O solstício de verão acontece hoje no hemisfério norte!



"No entardecer dos dias de Verão"

"No entardecer dos dias de Verão, às vezes,
Ainda que não haja brisa nenhuma, parece
Que passa, um momento, uma leve brisa...
Mas as árvores permanecem imóveis
Em todas as folhas das suas folhas
E os nossos sentidos tiveram uma ilusão,
Tiveram a ilusão do que lhes agradaria...
Ah, os sentidos, os doentes que vêem e ouvem!
Fôssemos nós como devíamos ser
E não haveria em nós necessidade de ilusão ...
Bastar-nos-ia sentir com clareza e vida
E nem repararmos para que há sentidos ...
Mas graças a Deus que há imperfeição no Mundo
Porque a imperfeição é uma cousa,
E haver gente que erra é original,
E haver gente doente torna o Mundo engraçado.
Se não houvesse imperfeição, havia uma cousa a menos,
E deve haver muita cousa
Para termos muito que ver e ouvir ..."

Alberto Caeiro (Fernando Pessoa), in "O Guardador de Rebanhos (Poema XLI)

O verão está a chegar...

         Eugénio de Andrade - Aos Jacarandás de Lisboa
 
São eles que anunciam o verão.
Não sei doutra glória, doutro
paraíso: à sua entrada os jacarandás
estão em flor, um de cada lado.
E um sorriso, tranquila morada,
à minha espera.
O espaço a toda a roda
multiplica os seus espelhos, abre
varandas para o mar.
É como nos sonhos mais pueris:
posso voar quase rente
às nuvens altas – irmão dos pássaros –,
perder-me no ar.
 
EUGéNIO DE ANDRADE , in Os Sulcos da Sede, 2001

junho 19, 2016

Francisco de Holanda

19 de Junho de 1584: Morre Francisco de Holanda, discípulo de Miguel Ângelo, autor da "Fábrica que Falece à Cidade de Lisboa", primeira proposta de ordenamento da capital portuguesa.

Ensaísta, artista plástico, arquiteto, historiador e crítico de arte português, nascido provavelmente em 1517, em Lisboa, e falecido em 1584. Estudou em Itália, entre 1538 e 1547. Ali teve acesso ao círculo de Vitória Colonna, figura notável do renascimento italiano, facto que lhe proporcionou o convívio com grandes artistas da sua época, como Parmigianino, Giambologna e, em especial Michelangelo Buonarroti, que nele despertou o fervor pelo classicismo.Regressou, mais tarde, a Portugal, onde obteve várias ajudas da parte do infante D. Henrique, do cardeal-arcebispo de Évora e dos reis D. João III (a mando deste monarca, pintou os livros do coro do Convento de Cristo) e D. Sebastião.

A “CONCHA” DE SÃO MARTINHO DO PORTO.







  • A pequena baía de São Martinho do Porto é um curioso acidente geográfico do nosso litoral que, em virtude da sua forma, grosso modo, semicircular (com cerca de 950 metros de diâmetro), lhe mereceu a designação popular de concha.
    Situada cerca de 20 km a WSW de Alcobaça, a actual baía de São Martinho do Porto é o que resta de uma reentrância do mar (a antiga “Lagoa de Alfeizerão”) bem mais alargada, navegável desde a barra, entre os actuais Morros de Santana, a sul, e do Farol, a norte, até Tornada, tendo existido uma instalação portuária em Alfeizerão, desde o tempo da ocupação romana até ao século XVI.
    Resultante do assoreamento da antiga “lagoa”, a bela e curiosa forma desta baía resulta da difracção da ondulação (vaga) oceânica na dita barra, ondulação que só não é perfeitamente circular porque esta abertura (com cerca de 250 m de extensão) não é suficientemente estreita para funcionar como centro de difracção. Assim, no interior da baía, a ondulação (que aumenta de amplitude à medida que a profundidade diminui, até rebentar na linha da praia) e o areal são, por assim dizer, concêntricos, relativamente a um ponto a meio da barra.
    É por isso que, no interior da “concha”, a rebentação da vaga é sempre simultânea em toda a extensão da praia.

Citação de Albert Einstein

junho 16, 2016

Poema de Alberto Caeiro....

Ao Entardecer

Ao entardecer, debruçado pela janela,
E sabendo de soslaio que há campos em frente,
Leio até me arderem os olhos
O livro de Cesário Verde.
Que pena que tenho dele! Ele era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
Mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas coisas,
É o de quem olha para árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos ...
Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha,
Mas andava na cidade como quem anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros...


Fernando Pessoa- Alberto Caeiro

Na Idade Média....

Na Idade Média os livros eram feitos em pergaminho e escritos em latim. Neste período da História os mosteiros tinham uma biblioteca e monges copistas. Os monges copistas copiavam livros e decoravam os textos com pinturas às quais era dado o nome de iluminuras.

Antero de Quental

"Lembremo-nos que a literatura, porque se dirige ao coração, à inteligência, à imaginação e até aos sentidos, toma o homem por todos os lados; toca por isso em todos os interesses, todas as ideias, todos os sentimentos; influi no indivíduo como na sociedade, na família como na praça pública; dispõe os espíritos; determina certas correntes de opinião; combate ou abre caminho a certas tendências; e não é muito dizer que é ela quem prepara o berço aonde se há-de receber esse misterioso filho do tempo - o futuro."

Antero de Quental, in 'Prosas da Época de Coimbra'

O que faço nos meus tempos livres?

junho 14, 2016

As tropas alemãs de Hitler ocupam Paris

Em 14 de junho de 1940 (completam-se  76 anos), as tropas alemãs de Hitler ocupam Paris. A capital francesa só viria a ser libertada pelas Forças Aliadas 4 anos mais tarde (a 25 de agosto de 1944).

Fernando Pessoa contado pelo Sr. Moitinho

FP.png
Retrato de Fernando Pessoa, pintado por Adolfo Rodríguez Castañé.
Vestia-se nos melhores alfaiates de Lisboa. No entanto, metia vales à caixa ou vendia livros para pagar as despesas. A Mensagem permitiu-lhe pagar todas as dívidas.
No escritório tratavam-no por Senhor Pessoa. Ali era o seu lar. Ali escreveu, à noite, Tabacaria e parte da sua obra, na mesma máquina onde, de dia, redigia cartas e anúncios comerciais. (Por exemplo, o slogan para a Coca-cola: “Primeiro estranha-se, depois entranha-se”; mas o Director Geral de Saúde não autorizou a importação do produto).
Daquele escritório nasceram as personagens do Livro do Desassossego. A “Tabacaria do outro lado da rua” era a tabacaria que via da janela, a Havaneza dos Retrozeiros.
As tardes de trabalho eram marcadas pela ida ao Abel. Mas a verdade é que nunca ninguém o viu bêbedo.
Da sua vida íntima pouco se sabe. Pouco se sabe da sua relação com Ofélia Queiroz, o único caso amoroso que se lhe conhece.
Talvez Fernando Pessoa fosse um anjo. Um ser assexuado. Assim o define Luis Pedro Moitinho de Almeida, advogado, uma das poucas pessoas ainda vivas que privaram com o poeta. Filho de Carlos Moitinho de Almeida, o patrão de Fernando Pessoa, o Patrão Vasques do Livro do Desassossego, tornou-se seu amigo e admirador.
Em 32 Moitinho editou o livro de poemas «Acrónios», prefaciado por Pessoa e que encerra do seguinte modo: «São estas as considerações que submetto a Luiz Pedro, que m’as pediu. Submetto-as também a várias outras pessoas, que se esqueceram de m’as pedir».
Aos 91 anos, Moitinho de Almeida fala do convívio com Pessoa, do funeral deste com pouquíssima gente, dos percursos feitos até à Rua Coelho da Rocha onde o poeta habitava; mas onde, apesar da amizade entre os dois, o advogado nunca entrou.

junho 13, 2016

3 de Junho de 1886: Morre Ludwig II da Baviera, o Rei dos Contos de Fadas

No dia 13 de Junho de 1886, morria misteriosamente nas águas do lago Starnberger See, o rei Ludwig II da Baviera. Entre os castelos alemães, o de Neuschwanstein (construído no reinado  de Ludwig II) bate todos os recordes de preferência junto dos turistas. Demora meia hora o percurso a pé de Schwangau, nas proximidades da cidade de Füssen,  até ao Castelo de Neuschwanstein, que parece saído das páginas de um livro de contos de fadas. 

Hipersensível, o rei da Baviera Ludwig II (1845–1886) viveu e governou entre os sonhos românticos de soberania e as coacções de uma monarquia moderna. Os inúmeros castelos que mandou construir na paisagem da Alta Baviera, entre a região do Ammergau e os Alpes do Allgäu, são expressão do desejo frustrado de concentrar o poder nas  suas mãos, como um autocrata dos velhos tempos.

Nascido no Castelo de Nymphenburg, em Munique, Ludwig II passou os primeiros anos de vida em Hohenschwangau, o castelo neogótico do pai, o rei Maximiliano II. Herrenchiemsee, a réplica de Versalhes construída numa ilha no lago de Chiemsee, simboliza mais do que qualquer outro edifício o desvario de Ludwig II pela majestade derivada de um "direito divino" segundo os moldes da França no século XVII.
Linderhof, erigido no local em que Maximiliano II  tinha um pavilhão de caça, foi construído entre 1870 e 1872 em forma de "U", a ala central é formada por um dormitório gigantesco.
Neuschwanstein, construído a partir de 1868 "no estilo genuíno dos antigos burgos de cavaleiros medievais", conforme o próprio Ludwig II descreveu ao compositor Richard Wagner, marca o capítulo final da vida do rei. Foi de lá que ele partiu para uma viagem sem retorno, poucos dias depois de ter ficado sem o trono em consequência dos  seus problemas mentais.
Os médicos haviam atestado que ele sofria de esquizofrenia paranóica. Ele morreu misteriosamente nas águas do Würmsee (hoje Starnberger See), no dia 13 de Junho de 1886, juntamente com o médico que o acompanhara de Neuschwanstein para o Castelo de Berg, às margens do lago.
Ludwig II com 20 anos, Ferdinand von Piloty
O jovem rei
O Castelo de Neuschwanstein

Teoria das inteligências múltiplas


inteligencia-multiple.png















[...] Howard Gardner é um psicólogo, investigador e professor da Universidade de Harvard, conhecido no âmbito científico pelas suas investigações nas análises das capacidades cognitivas e por ter formulado a teoria das inteligências múltiplas, à qual contrapõe décadas de práticas pedagógicas dado que a realidade é que, na grande maioria das escolas, se adaptam e desenrolam currículos uniformes nos quais os alunos hão de estudar as mesmas disciplinas apresentadas de idêntica forma. [...]

128 ANOS DE FERNANDO PESSOA

128 ANOS DE FERNANDO PESSOA

"A luva que retiraste
Deixou livre a tua mão.
Foi com ela que tocaste,
Sem tocar, meu coração."


Quadras ao Gosto Popular.
Fernando Pessoa. (Texto estabelecido e prefaciado por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1965. (6ª ed., 1973).

Fernando Pessoa

Fernando Pessoa

Portugal
13 Jun 1888 // 30 Nov 1935
Poeta
 

Os Meus Sonhos São Mais Belos que a Conversa Alheia

Não faço visitas, nem ando em sociedade alguma - nem de salas, nem de cafés. Fazê-lo seria sacrificar a minha unidade interior, entregar-me a conversas inúteis, furtar tempo senão aos meus raciocínios e aos meus projectos, pelo menos aos meus sonhos, que sempre são mais belos que a conversa alheia.
Devo-me a humanidade futura. Quanto me desperdiçar desperdiço do divino património possível dos homens de amanhã; diminuo-lhes a felicidade que lhes posso dar e diminuo-me a mim-próprio, não só aos meus olhos reais, mas aos olhos possíveis de Deus.
Isto pode não ser assim, mas sinto que é meu dever crê-lo.

Fernando Pessoa, 'Inéditos'

 

Dia de Santo António

13 de junho: Dia de Santo António
Responsorios a quatro Com Fagottes e Violonchellos e Orgão: Para a Festividade de S.to Antonio

13 de Junho de 1231: Morre Santo António de Lisboa, em Pádua

Fernando de Bulhões de seu nome de baptismo, Santo António de Lisboa, ou Santo António de Pádua, nasceu por volta de 1195, em Lisboa, e morreu a 13 de Junho de 1231, em Pádua, na Itália. Aos vinte anos professou a vida religiosa entre os Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de S. Vicente de Fora. Ordenado sacerdote em 1220, fez-se frade franciscano no eremitério de Santo Antão dos Olivais, partindo depois para Marrocos em missão de apostolado aos muçulmanos. Foi dos mais categorizados representantes da cultura cristã no período de transição da pré-escolástica para a escolástica. Figura notável pela sua erudição, impôs-se também pelo exemplo na pregação solene e doutrinal, na discussão com os hereges e no ensino nas escolas conventuais. Por isso, é ainda hoje considerado uma das personalidades franciscanas mais significativas.
 A sua fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Católica pouco depois de falecer, distinguindo-se como teólogo, místico, asceta e sobretudo como notável orador e grande taumaturgo. Santo António de Lisboa é também tido como um dos intelectuais mais notáveis de Portugal do período pré-universitário. Tinha grande cultura, documentada pela colectânea de sermões escritos que deixou, onde fica evidente que estava familiarizado tanto com a literatura religiosa como com diversos aspetos das ciências profanas, referenciando-se em autoridades clássicas como Plínio, o Velho, Cícero, Séneca, Boécio, Galeno e Aristóteles, entre muitas outras. O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica do seu tempo. Leccionou em universidades italianas e francesas e foi o primeiro Doutor da Igreja franciscano. São Boaventura disse que ele possuía a ciência dos anjos. Hoje é visto como um dos grandes santos do Catolicismo, recebendo larga veneração e sendo o centro de rico folclore. Foi canonizado pelo papa Gregório IX, em 30 de Maio de 1233. Em Pádua foi erigida uma conhecida basílica em sua memória, e se encontram as suas relíquias.

Santo António em pintura de Alvise Vivarini
Ticiano - O milagre da cura do pé amputado, 1511, Scuola del Santo, Pádua

junho 12, 2016

A primeira impressão portuguesa

Sacramental

 A primeira impressão portuguesa terá ocorrido em Chaves em 1488, mas não existem provas concretas que suportem esta tese. O incunábulo do Sacramental impresso em Chaves é considerado por alguns «o primeiro livro em língua portuguesa impresso em Portugal».
O Sacramental é um depositário da forma como deve viver o homem medieval, tratando a alimentação, as relações familiares, as relações sociais, a relação com Deus, o trabalho, o descanso, a saúde, a doença e a sexualidade, o que faz dele um documento indispensável para o estudo da sociedade medieval portuguesa.

11 de Junho de 1557: Morre D. João III, "O Piedoso"

Décimo quinto rei de Portugal, filho de D. Manuel I, D. João III nasceu em Lisboa a 6 de Junho de 1502.
Teve como mestres algumas figuras notáveis da época, como o humanista Luís Teixeira e o médico Tomás de Torres. A partir de 1514, D. Manuel começa a introduzi-lo nas matérias do governo e, em 1517, preparava-se o seu casamento com D. Leonor, irmã de Carlos V. É, porém, D. Manuel que vem a casar com ela, em virtude da morte da rainha D. Maria. Com 19 anos é aclamado rei e mais tarde casa com a irmã de D. Leonor, D. Catarina de Áustria.
O governo de D. João III pode compreender-se à luz de uma vasta política nacional e ultramarina, de que se assinalam os marcos essenciais:
1) Política ultramarina: O vasto império herdado pelo monarca e que se estendia por três continentes, impunha difíceis problemas de administração à distância. No Oriente, após uns primeiros anos de continuação de conquistas, as dificuldades começaram a surgir. Turcos e Árabes ofereciam uma resistência cada vez maior ao monopólio dos Portugueses e os ataques às nossas forças sucediam-se. Em África, as guarnições dos nossos castelos de Marrocos não conheciam vida calma. Homens e armas eram enviados com frequência, como reforço, ocasionando uma despesa enorme sem proveito correspondente, o que em breve se tornou insustentável. Abandonou-se Safim, Azamor, Alcácer‑Ceguer e Arzila. Como compensação das dificuldades no Oriente e revezes em Africa, voltou-se D. João III para o Brasil, realizando a primeira tentativa de povoamento e valorização daquele território, primeiro com o sistema de capitanias e depois instituindo um governo geral., com Tomé de Sousa à frente.
2) Relações externas: Em nenhum outro reinado da 2.ª dinastia manteve Portugal uma tão grande actividade diplomática, como no de D. João III, e com a Espanha, de uma maneira intensa. Com a França, de maneira bastante delicada, devido à guerra de corso movida pelos marinheiros franceses aos navios mercantes de Portugal e consequentes represálias por parte da nossa marinha de guerra. Com a Santa Sé, orientando-se no fortalecimento de relações, conseguindo D. João III o estabelecimento do tribunal da Inquisição em Portugal e aderindo os bispos portugueses ao espírito da Contra‑Reforma. Mais dentro do campo económico, são de pôr em realce as relações estabelecidas com os países do Báltico e a Polónia, através da feitoria de Antuérpia.
3) Política interna: A linha absolutista acentua-se nitidamente com D. João III. Este governa apenas com o auxílio do secretário de Estado, António Carneiro e seus dois filhos Francisco e Pêro de Alcáçova Carneiro. A máquina administrativa foi-se estruturando com centenas de regimentos, alvarás e cartas. Todavia, o seu reinado conheceu gravíssimas crises económicas e recorreu-se aos empréstimos externos. Fomes, epidemias e sismos fizeram também a sua aparição frequente.
4) Política cultural: A protecção à cultura foi uma dominante deste monarca. À sombra da corte viveram homens como Gil Vicente, Garcia de Resende, Damião de Góis. A esta época estão ainda ligados nomes como os de Sá de Miranda, Bernadim Ribeiro, André Resende, Diogo de Teive, Pedro Nunes, Camões, João de Castro, João de Ruão e outros ainda. É feita uma reforma da Universidade portuguesa e cria-se um Colégio das Artes.
5) Sucessão ao trono: Apesar da numerosa prole nascida do casamento régio, é o único neto do tronco varonil, D. Sebastião, que irá suceder a D. João III. A morte tinha ceifado todos os filhos do monarca.
6) A figura: D. João III tem merecido juízos discordantes na sua acção governativa. Para alguns foi um fanático, para outros um hábil monarca. É certo que recebeu o império no seu apogeu e o deixou no descalabro, mas para além da sua acção pessoal que não foi brilhante, havia outras causas mais profundas que, de qualquer maneira, produziriam os mesmos efeitos.D. João III faleceu a 11 de Junho de 1557.


D. João III 1502-1557 hd.jpg
D. João III 1502 por António Mouro
D. João, enquanto Príncipe Herdeiro, no Tríptico dos Infantes; Mestre da Lourinhã
Ficheiro:Infanta Caterina of Spain.jpg
Catarina de Áustria (Consorte de D. João III ), obra de António Mouro

A imagem do diário de Anne....

Diário de ANNE FRANK

Em 12 de junho de 1942 ANNE FRANK, judia, ganha um diário no seu 13º aniversário. Nele, contaria o tempo em que se escondeu dos alemães, que encontrariam depois seu esconderijo.

Trecho da História da Aviação

Em 17 de junho de 1922, Sacadura Cabral e Gago Coutinho realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, ligando Lisboa ao Rio de Janeiro. Tão importante quanto o ato foi o facto de terem sido testados aparelhos de navegação que marcaram a história da aviação.

Efeméride a celebrar...

Em 13 de junho de 1888 nasceu o poeta com sonhos que não cabiam na sua modesta condição de empregado de escritório. Por necessidade absoluta de viver outras vidas, inventou novas identidades e tornou-se o "outro" de si mesmo. Fernando Pessoa foi múltiplo, universal, impossível de definir.