abril 30, 2014

Isabel Allende


isabel allendIsabel Allende Llona é uma jornalista e escritora chilena. Nasceu a 2 de agosto de 1942, em Lima, no Peru, mas a sua família voltou logo para o Chile. O presidente Salvador Allende era primo direito de seu pai. Isabel Allende trabalhou infatigavelmente como jornalista e escritora, desde os 17 anos. O seu primeiro romance, “A Casa dos Espíritos” (1982), que principia por ser uma carta de despedida para o seu avô, patriarca da família, deu-lhe reconhecimento mundial como uma voz feminina no mundo literário latino-americano dominado pelos homens. Isabel Allende escreveu este livro quando exilada na Venezuela, com o marido e os dois filhos, depois do golpe militar de Augusto Pinochet, em 1973, que derrubou o governo de Salvador Allende (1908-1973) e implantou a ditadura no Chile.
Isabel Allende, que recebeu várias distinções e prémios internacionais nos últimos trinta anos, descreve a sua obra de ficção como “literatura realística” assente na sua vivência e na mística que povoa a sua imaginação. Formalmente inspirada no realismo mágico de Garcia Marquez mas sem perder de vista a realidade social, a sua escrita dá especial relevo às mulheres que, sem terem o poder, assumem um papel dominante no reforço dos laços famíliares. Os seus romances mais conhecidos aliam enredos imaginativos a fatos históricos e refletem as suas convicções de justiça social face à dura realidade política que talhou o seu destino. Os cenários dos seus livros retratam o Chile nos séculos quinze, dezanove e vinte, a corrida ao ouro na Califórnia, o movimento de guerrilha na Venezuela nos anos sessenta, a guerra do Vietname ou a revolta dos escravos no Haiti no século dezoito.
Publicou os romances “A Casa dos Espíritos” (1982), “Eva Luna” (1987), “De Amor e de Sombra” (1984), “O Plano Infinito” (1991), “Filha da Fortuna”(1999), “Retrato a Sépia” (2000), “A Cidade dos Deuses Selvagens” (2002), “O Reino do Dragão de Ouro” (2003), “O Bosque dos pigmeus” (2004), “Zorro, o começo da lenda” (2009),  “Inês da minha alma” (2006),“A ilha debaixo do mar” (2009), “O caderno de Maya” (2011) e o romance policial “O jogo do Ripper”  (2014). Escreveu alguns textos de teatro e contos, como os “Contos de Eva Luna” (1998). Muitos dos seus livros foram adaptados ao cinema, teatro, ópera e ballet. Como não-ficção escreveu “Afrodite” (1998), uma colecção de receitas e ensaios e três livros de memórias “O Meu País Inventado”, “Paula” (1995), best-seller que documenta a doença e morte da sua filha e a sua própria vida e ““A soma dos dias” (2007). Tem mais de 20 livros publicados, alguns deles traduzidos em mais de 30 idiomas.
Além da escrita, Allende dedica muito do seu tempo à defesa dos direitos humanos. Depois da morte da sua filha, em 1992, criou em sua honra uma fundação destinada a apoiar as mulheres e as crianças de todo o mundo. Reside desde 1987 em São Rafael, na Califonia com o seu segundo marido e a sua família alargada tendo-se tornado cidadã americana em 1993.

Os nossos alunos brilham em concursos fora da Escola.....

Os nossos alunos têm andado em grande agitação por causa dos concursos....
 
Explanando.....
 
1- no dia 23 de abril, de tarde, participaram na 2ª fase do 1ª Concurso  Intermunicipal de Leitura a nível do Distrito de Aveiro com a leitura de vários títulos inseridos nas Metas Curriculares de Português os alunos:
  
             2º CEB

Henrique Ferreira

6ºB

João Miguel Matos

                    6ºF
Maria Matos Coelho

5º F

 
            3º CEB
 

Beatriz Agante Almeida

         
            8ºE


Diana Fernandes

           
            8ºE

Filipa Roque


            8º E
 
 
2- Acabadinhos de enviar, eis o resultado final da EB nº 2 de Anadia ao CONCURSO DA RBE/PNL intitulado LER É UMA FESTA.... com os trabalhos dos seguintes alunos:
 
2º CEB
 
Aluno Henrique Seabra Ferreira do 6º B com O que há nos livros?
 
 
Aluna Francisca Almeida Melo do 6º D com Ler, uma aventura magnífica...
 
3º CEB
 
Ana Neta do 8º E com LER É UMA FESTA....
 
 
3-  Na 6ª-feira, Beatriz Agante e Diana Fernandes do 8º E irão representar a nossa Escola no 8º Concuso Nacional de Leitura em Oliveira do Bairro com atividades durante todo o dia...As faltas estão justificadas.
 
 
Sentimos muito orgulho nos nossos alunos....
 
De entre vários outros trabalhos, estes foram os selecionados para serem enviados para o Ministério da Educação...
 
Parabéns a todos eles e elas!

abril 27, 2014

Soneto de Vasco Graça Moura....


Soneto do Amor e da Morte

quando eu morrer murmura esta canção
que escrevo para ti. quando eu morrer
fica junto de mim, não queiras ver
as aves pardas do anoitecer
a revoar na minha solidão.

quando eu morrer segura a minha mão,
põe os olhos nos meus se puder ser,
se inda neles a luz esmorecer,
e diz do nosso amor como se não
tivesse de acabar, sempre a doer,
sempre a doer de tanta perfeição
que ao deixar de bater-me o coração
fique por nós o teu inda a bater,
quando eu morrer segura a minha mão.

Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"

Em homenagem a Vasco Graça Moura...

"Lamento para a língua portuguesa", poema de Vasco Graça Moura

Lamento para a língua portuguesa

 não és mais do que as outras, mas és nossa,
e crescemos em ti. nem se imagina
que alguma vez uma outra língua possa
pôr-te incolor, ou inodora, insossa,
ser remédio brutal, mera aspirina,
ou tirar-nos de vez de alguma fossa,
ou dar-nos vida nova e repentina.
mas é o teu país que te destroça,
o teu próprio país quer-te esquecer
e a sua condição te contamina
e no seu dia-a-dia te assassina.
mostras por ti o que lhe vais fazer:
vai-se por cá mingando e desistindo,
e desde ti nos deitas a perder
e fazes com que fuja o teu poder
enquanto o mundo vai de nós fugindo:
ruiu a casa que és do nosso ser
e este anda por isso desavindo
connosco, no sentir e no entender,
mas sem que a desavença nos importe
nós já falamos nem sequer fingindo
que só ruínas vamos repetindo.
talvez seja o processo ou o desnorte
que mostra como é realidade
a relação da língua com a morte,
o nó que faz com ela e que entrecorte
a corrente da vida na cidade.
mais valia que fossem de outra sorte
em cada um a força da vontade
e tão filosofais melancolias
nessa escusada busca da verdade,
e que a ti nos prendesse melhor grade.
bem que ao longo do tempo ensurdecias,
nublando-se entre nós os teus cristais,
e entre gentes remotas descobrias
o que não eram notas tropicais
mas coisas tuas que não tinhas mais,
perdidas no enredar das nossas vias
por desvairados, lúgubres sinais,
mísera sorte, estranha condição,
mas cá e lá do que eras tu te esvais,
por ser combate de armas desiguais.
matam-te a casa, a escola, a profissão,
a técnica, a ciência, a propaganda,
o discurso político, a paixão
de estranhas novidades, a ciranda
de violência alvar que não abranda
entre rádios, jornais, televisão.
e toda a gente o diz, mesmo essa que anda
por tal degradação tão mais feliz
que o repete por luxo e não comanda,
com o bafo de hienas dos covis,
mais que uma vela vã nos ventos panda
cheia do podre cheiro a que tresanda.
foste memória, música e matriz
de um áspero combate: apreender
e dominar o mundo e as mais subtis
equações em que é igual a xis
qualquer das dimensões do conhecer,
dizer de amor e morte, e a quem quis
e soube utilizar-te, do viver,
do mais simples viver quotidiano,
de ilusões e silêncios, desengano,
sombras e luz, risadas e prazer
e dor e sofrimento, e de ano a ano,
passarem aves, ceifas, estações,
o trabalho, o sossego, o tempo insano
do sobressalto a vir a todo o pano,
e bonanças também e tais razões
que no mundo costumam suceder
e deslumbram na só variedade
de seu modo, lugar e qualidade,
e coisas certas, inexactidões,
venturas, infortúnios, cativeiros,
e paisagens e luas e monções,
e os caminhos da terra a percorrer,
e arados, atrelagens e veleiros,
pedacinhos de conchas, verde jade,
doces luminescências e luzeiros,
que podias dizer e desdizer
no teu corpo de tempo e liberdade.
agora que és refugo e cicatriz
esperança nenhuma hás-de manter:
o teu próprio domínio foi proscrito,
laje de lousa gasta em que algum giz
se esborratou informe em borrões vis.
de assim acontecer, ficou-te o mito
de haver milhões que te uivam triunfantes
na raiva e na oração, no amor, no grito
de desespero, mas foi noutro atrito
que tu partiste até as próprias jantes
nos estradões da história: estava escrito
que iam desconjuntar-te os teus falantes
na terra em que nasceste, eu acredito
que te fizeram avaria grossa.
não rodarás nas rotas como dantes,
quer murmures, escrevas, fales, cantes,
mas apesar de tudo ainda és nossa,
e crescemos em ti. nem imaginas
que alguma vez uma outra língua possa
pôr-te incolor, ou inodora, insossa,
ser remédio brutal, vãs aspirinas,
ou tirar-nos de vez de alguma fossa,
ou dar-nos vidas novas repentinas.
enredada em vilezas, ódios, troça,
no teu próprio país te contaminas
e é dele essa miséria que te roça.
mas com o que te resta me iluminas.

Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"

abril 26, 2014

Vantagens de LER...


O hábito da leitura traz diversos benefícios....
Permite o conhecimento de outros mundos e outras realidades. ...
Por isso, destine pelo menos 15 minutos do seu dia para ler....
Vai notar como sua rotina vai melhorar....

Comemoração do 25 de abril na Biblioteca Municipal de Anadia

Em enriquecedora articulação com a BMA, a tuma do 6º C da EB nº2 de Anadia vivenciou o 25 de abril através dum muito interessante encontro intergeracional que decorreu na tarde do dia 24 com a presença de muitos alunos de outras Escolas do Concelho.
Foi uma atividade original, inesquecível e muito gratificante tanto para alunos e professores, como para os séniores ali presentes, as verdadeiras vedetas deste evento.
Damos os parabéns à BMA por tal iniciativa e agradecemos respeitosamente o apoio recebido por parte da CMA na pessoa da Senhora Presidente da Câmara, também presente neste maravilhoso encontro...








Resultados do 1º Concurso Intermunicipal de Leitura do distrito de Aveiro

Tal como foi divulgado na notícia anterior, eis o resultado da participação dos alunos deste concelho no Concurso acima referido:

2º CEB

3º lugar- Maria Matos Coelho- 88 pontos
5º lugar- João Matos- 80 pontos
8º lugar- Henrique Ferreira- 70 pontos

3º CEB

3º lugar- Beatriz Agante- 92 pontos
7º lugar- Filipa Oliveira- 68 pontos
8º lugar- Diana Soraia - 68 pontos

Parabéns aos nossos queridos alunos!

Continuem a participar!

abril 23, 2014

1º Concurso Intermunicipal de Leitura do distrito de Aveiro na BMA durante a tarde de hoje...

A Biblioteca Escolar, a sua equipa e a Prof Bib estão muito orgulhosas com os alunos que particitaram no
1º Concurso Intermunicipal de Leitura do distrito de Aveiro na BMA durante a tarde desta 4ª-feira, dia 23/04.
Foram 3 alunos do 2º CEB e outros 3 do 3º CEB....

Para a próxima semana, irão dar o seu melhor, ao representar a nossa Escola, duas alunas do 3º CEB...
A participação destes seis alunos teve por base a leitura de vários títulos inseridos nas Metas Educacionais de Português ao responderem a várias Fichas de Leitura em duas etapas de concurso.

Concomitantemente, 2 trabalhos escritos foram selecionados entre vários outros apresentados por discentes do 2º CEB e irão ser enviados para o Plano Nacional de Leitura/ Direção Geral de Ensino para se submeterem ao Concurso LER É UMA FESTA; exatamente o mesmo se irá passar com um trabalho escrito por uma aluna do 3º CEB.

A Escola está de parabéns por ter tais alunos!








Vejam algumas fotos!

450º aniversário de William Shakespeare!


Happy 450th birthday! 
William Shakespeare  he was born in Stratford-upon-Avon, Warwickshire, England on this day in 1564!

"Time's glory is to calm contending kings,
To unmask falsehood, and bring truth to light."
 

From "The Rape of Lucrece"

Amor à Leitura, aos Livros e à Biblioteca.....

















Dia Internacional do Livro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Printing3 Walk of Ideas Berlin.JPG

O Dia Internacional do Livro teve a sua origem na Catalunha, uma região da Espanha.
A data começou a ser celebrada em 05 de Abril 1926, em comemoração ao nascimento de Miguel de Cervantes, escritor espanhol. O escritor e editor valenciano, estabelecido em Barcelona, Vicent Clavel Andrés, propôs este dia para a Câmara Oficial do Livro de Barcelona.
Em 6 de fevereiro de 1926, o governo espanhol, presidido por Miguel Primo de Rivera, aceitou a data e o rei Alfonso XIII assinou o decreto real que instituiu a Festa do Livro Espanhol.
No ano de 1930, a data comemorativa foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes.
Mais tarde, em 1995, a UNESCO instituiu 23 de abril como o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, em virtude de a 23 de abril se assinalar o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalão, e William Shakespeare, dramaturgo inglês.1
No caso do escritor inglês, tal data não é precisa, pois que em Inglaterra, naquele tempo, ainda utilizava o calendário juliano, pelo que havia uma diferença de 10 dias apara o calendário gregoriano usado em Espanha. Assim Shakespeare faleceu efetivamente 10 dias depois de Cervantes.

Um livro....uma montanha de sentimentos....

Hoje comemora-se o Dia Mundial do Livro!

Dia da Terra....


No Dia da Terra, recordemos os ciclos que estão em perigo iminente devido à acção humana.
É o primeiro momento na História em que estamos perante uma alteração profunda das condições de vida no planeta inteiro, causada por nós e para a qual apenas nós nos podemos preparar de forma consciente.

abril 22, 2014

Citação de Fernando Pessoa.....

“As distâncias maiores que devemos percorrer estão dentro de nós mesmos.”

Fernando Pessoa

Poesia de Eugénio de Andrade...

Acorda-me
um rumor de ave.
Talvez seja a tarde
a querer voar
A levantar do chão
qualquer coisa que vive,
e é como um perdão
que não tive.
Talvez nada.
Ou só um olhar
que na tarde fechada
é ave.
Mas não pode voar.

Eugénio de Andrade