junho 27, 2017

A Rede de Bibliotecas Escolares divulga Como lidar com um desastre natural

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Este documento destina-se a quem vivenciou um desastre natural e a todos aqueles que possam de alguma forma intervir ou relacionar-se com as pessoas afetadas.

O documento está organizado em dois grandes eixos: o primeiro referente ao Ciclo de Vida (crianças e adolescentes, adultos e pessoas idosas) e o segundo à Comunidade.

Para cada um dos eixos são apresentadas as respostas usuais a este tipo de eventos e recomendações sobre o que pode ser feito para ajudar a enfrentar a situação vivida.

junho 23, 2017

José Eduardo Agualusa acaba de vencer o International DUBLIN Literary Award

O prémio distingue o escritor angolano e o seu romance "Teoria Geral do Esquecimento" – numa edição particularmente forte, em que a shortlist final incluía obras de Mia Couto (Moçambique), Orhan Pamuk (Turquia), Viet Thanh Nguyen (Vietname/EUA) e Anne Enright (Irlanda).
O International DUBLIN Literary Award tem o valor de 100 mil euros, sendo o maior do género para uma obra de ficção publicada em Inglês. Desde 1996 já distinguiu autores como Orhan Pamuk, Javier Marías, Michel Houellebecq, Colm Tóibin, Colum McCann, Jim Crace ou David Maalouf e Herta Müller. Ao longo das suas 21 edições, esta é a nona vez que o vencedor é um livro traduzido, e a primeira que elege um livro originalmente escrito em português.
Os candidatos a este prémio são nomeados por bibliotecas públicas selecionadas em todo o mundo, tornando esta distinção única na sua cobertura e alcance. Este ano, bibliotecas da Áustria, Bélgica, Brasil, Croácia, Dinamarca, Alemanha, Grécia, Irlanda, Polónia, Portugal, Rússia, Escócia, Suécia e Estados Unidos da América, participaram na selecção inicial, assim como na votação da shortlist de dez títulos, celebrando a excelência da literatura de hoje.
No caso de o livro vencedor ser uma tradução, o prémio monetário distingue o autor com 75 mil € e o seu tradutor com os restantes 25 mil €.
Parabéns, José Eduardo Agualusa!

junho 22, 2017

SOLSTÍCIO DE VERÃO

O Verão começou hoje, dia 21 de Junho de 2017, às 04h 24m.
O termo (“solstitium”, em latim) foi construído com base nos elementos “sol” e “stit”, este derivado de “sistere”, que significa imóvel, que não mexe. A palavra surgiu, assim, associada à ideia de que, no céu, o Sol devia estar estacionário ao atingir a sua posição mais alta, no Verão, e mais baixa, no Inverno.
Solstício de Verâo é, pois, o momento do ano em que o Sol, durante seu movimento aparente na eclíptica, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador.
Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em 21 de Junho e em 21 de Dezembro. No de verão assiste-se , ao dia mais longo do ano e, consequentemente, à noite mais curta.

Os trópicos de Câncer (à latitude de 23º 27’ Norte) e de Capricórnio (à latitude de 23º 27’ Sul) são definidos em função dos solstícios. No solstício de Verão do hemisfério norte, os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra no Trópico de Câncer. No solstício de Verão do hemisfério sul passa-se o mesmo no Trópico de Capricórnio.
Nota;
Eclíptica - plano da órbita da Terra em torno do Sol. O termo radica no grego “ekleiptikós”, sujeito a eclipse.
Declinação do Sol - é a distância angular do Equador ao paralelo do astro.

O grande poder da leitura

Foto de Biblioteca Municipal de Beja - José Saramago.

junho 21, 2017

Aprende a estudar e brilha nos exames

 

Não há minuto a perder: os exames estão à porta e estudar é a única solução para passar de ano. A tensão é grande, mas há formas e fórmulas para manter a calma e ficar a saber a matéria na ponta da língua. Acredita que ter boas notas é uma missão possível.

O exemplo vem dos melhores, dos alunos que estudam com método, que tão bem se preparam para os exames que mais parecem atletas de alta competição. E talvez sejam mesmo uma espécie de atletas da massa cinzenta que é o cérebro. A regra número um é que nada se consegue sem esforço. Por isso, aplicam-se o ano inteiro, sabem que os estudos de véspera dão muito mau resultado.
Aprender a aprender talvez seja o mais difícil, mas depois da lição sabida é como andar de bicicleta: nunca mais se esquece. `Bora lá?
Agarrados aos livros
Ao contrário do que se possa pensar, não é preciso ser um “ratinho de biblioteca” para ter sucesso. Apenas exercitar com gosto e motivação algumas regras saudáveis e praticáveis por todos: estar atento nas aulas, rever a matéria dada, fazer exercícios, perceber em vez de decorar, ter uma boa alimentação, dormir bem e guardar um tempo livre para descontrair. E fazer desporto para oxigenar o cérebro.
Na época de exames, há que organizar e planear os dias de estudo, fazer resumos e esquematizar as sínteses, tirar dúvidas, ter explicações se for preciso, ler a matéria em voz alta, repetir e reescrever fórmulas e definições. A televisão, o telemóvel e a internet ficam fora deste esquema, para não desconcentrar apenas são permitidos em pequenas doses. Os alunos mais novos, do 4.º e do 6.º anos, podem e devem pedir ajuda aos pais para definir um plano de estudo de acordo com o calendário das provas… e segui-lo à risca, com força de vontade.
O esforço é muito e intenso e, são poucos os jovens que escapam à pressão das provas e das notas, ficando expostos a picos de stress e ansiedade que dificultam a concentração e a memorização. Para preservar esse bem precioso que é a memória e não comprometer o raciocínio, são absolutamente desaconselhados o uso de ansiolíticos, antidepressivos e outras substâncias psicoativas, drogas, álcool e café. E as noites em branco, claro!
O temido dia chegou
No dia do exame há um nervoso miudinho no ar, os corredores da escola estão cheios de dúvidas e de perguntas, de raparigas e de rapazes ansiosos. Muitos alunos preferem chegar mesmo à hora certa para não absorver este ambiente de tensão contagiante.
Com a prova já nas mãos, é importante ler o enunciado atentamente, entender bem as perguntas e guardar as mais difíceis para o fim ou pelo menos aquelas cuja resposta não se tem tanta certeza. Escrever com letra legível, sem erros ortográficos, num estilo claro e objetivo são trunfos simples mas essenciais a um bom resultado.
Porém, mesmo os mais bem preparados podem ser atingidos por “uma branca”, um daqueles momentos terríveis em que a cabeça fica vazia, em que não nos lembramos de nada. Antes de entrar em pânico, há algumas técnicas simples e rápidas que nos devolvem o controlo da situação, como seja fazer respirações profundas e ritmadas ou visualizar uma imagem que inspire tranquilidade.
Depois, é esperar que a nota seja lançada na pauta e… comemorar!

Preparar os exames nacionais com o Ensina


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O Ensina oferece um conjunto de recursos que podem ajudar o estudante a compreender melhor a matéria. Biografias de autores, documentários históricos, infografias ou comentários de especialistas são uma mais-valia para quem se prepara para um dos momentos mais importantes do ano letivo.
No RTP Ensina encontra recursos para diversas disciplinas que podem ser úteis durante todo o ano e numa altura de exames ainda mais.
Não esquecer que para além de ser relevante conhecer as matérias é importante descansar e saber estudar para tirar o máximo rendimento desse trabalho… Depois é aproveitar os recursos que estão disponíveis.

É um facto: ninguém quer ficar para trás no sprint final dos exames. Os estudantes trabalham muito para passar de ano, entrar na faculdade, de preferência com boas notas. Os objetivos são ambiciosos, mas na estratégia para os alcançar, chumbam quase todos.

Quando se trata de fazer exames, a alternativa é estudar, estudar e estudar ainda mais se possível. Durante semanas, mergulha-se a fundo nos livros, mas o tempo parece sempre muito pouco para tamanha tarefa. A tentação é esticar os dias, roubando horas ao sono. Nada mais errado.
Dormir, para quem não sabe, é tão importante como comer. A falta de sono provoca graves alterações cognitivas, o desempenho mental é afetado, temos menos capacidade de concentração e menos memória. O cérebro aproveita o descanso para se regenerar.
Cientistas da Universidade norte-americana do Arizona concluíram, após um estudo, que durante o sono, o cérebro treina mentalmente as tarefas e os conhecimentos que aprendeu durante o dia. Como se fizesse uma revisão da matéria dada para a armazenar, intacta, no seu arquivo. É este o computador que deve funcionar na perfeição na época de exames. Ainda não estás convencido?
Em 2008, a neurologista Teresa Paiva analisou perto de mil alunos do Instituto Superior Técnico, em Lisboa. A conclusão não podia ser mais expressiva: os melhores alunos dormiam 8 horas por noite!
Resistir ao sono com cafés, bebidas energéticas, drogas ou medicamentos estimulantes é comum entre os alunos que passam noites em branco a estudar para tirar positiva, mas muitas vezes a única coisa que conseguem é ter uma “branca” no dia do exame.
Vê a reportagem que aqui mostramos e escolhe o exemplo que queres seguir. O especialista em doenças de sono, Anselmo Pinto, explica a importância de dormir bem.

junho 16, 2017

David Mourão-Ferreira, em 'Matura Idade'

E por Vezes

E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos

David Mourão-Ferreira, em 'Matura Idade'

Excelentes Férias!

FÉRIAS! BOAS FÉRIAS!


Terminou hoje o ano letivo de 2016-2017!
A Biblioteca Escolar deseja a todos os alunos as melhores férias e aos que vão fazer exames as maiores felicidades .
A Biblioteca Escolar continua aberta, especialmente para os alunos que es estão a preparar para os exames.
Quem ainda não entregou os livros que requisitou  para leitura, deverá fazê-lo com a maior brevidade possível!

BOAS LEITURAS!




Eugénio de Andrade

Poema à Mãe

No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe
Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.
Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...
Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.
Boa noite. Eu vou com as aves.

Eugénio de Andrade, em "Os Amantes Sem Dinheiro"

Poeta português, Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu a 19 de janeiro de 1923 no Fundão e faleceu a 13 de junho de 2005, no Porto. Em 1947 ingressou na função pública.

junho 11, 2017

O poder da Leitura...

Foto de Biblioteca Municipal de Beja - José Saramago.

Soneto de Luís de Camões


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

Tudo bem dito....

Foto de Língua Portuguesa.

"Os Maias", de Eça de Queirós

 

"Os Maias" relata a vida de uma família portuguesa em finais do século XIX. Escrita por Eça de Queirós, um dos intelectuais mais importantes da sua geração, a obra ultrapassa a mera saga familiar e critica a sociedade provinciana do seu tempo

Os costumes da burguesia portuguesa do século XIX enquadram a história de três gerações da família Maia; O Patriarca, Afonso Maia, o seu filho Pedro,traído pela mulher, e o diletante neto, Carlos. Nas idas a Sintra, nas corridas e nos serões literários dos Maias, Eça fala também da educação de ideal Liberal, do peso excessivo da Igreja e de uma sociedade incapaz de se modernizar.
Eça de Queirós foi jornalista, diplomata e conheceu além fronteiras realidades diferentes das de Portugal. Neste romance que demorou cerca de sete anos a escrever, verteu as experiências da sua vida, com uma intenção revelada no subtítulo do livro Episódios da vida Romântica: a sátira à sociedade portuguesa, condicionada pelo Romantismo do século XIX, sempre atrasada face ao progresso europeu.

Quem és tu Luís Vaz de Camões?

 

Nasceu em Chaves? Passou por Coimbra? Viveu em Constância? Lutou em Marrocos? Os registos não existem e a genialidade da obra deixa o mito crescer e consolidar-se. Quem foi então Camões, o homem? Que vida terrena teve este deus das letras portuguesas?

Na biografia incessantemente revolvida e pesquisada de Luis de Camões as certezas são muito poucas. A passagem pela Universidade de Coimbra infere-se de uma cultura literária profunda que perpassa a obra escrita e também do parentesco com D. Bento de Camões, que terá sido chanceler na academia.
Registos, esses, não os há.  Como não existem os que provem o sítio onde nasceu, as casas onde viveu ou os sítios por onde passou e terá vivido aventuras, mas onde nem sempre, quase nunca, terá sido bem-aventurado.
Da provável origem galega da família Camões estabelecida em Chaves  até Ceuta, onde a rua mais importante detém ainda o seu nome, Luis de Camões é a figura central deste documentário onde a obra se confunde obrigatoriamente com a vida perdida na falta de registos formais.
Aqui se tenta reconstruir o percurso sinuoso de um homem que, mesmo sabendo reconhecer o seu próprio talento até ao limite de não abdicar dele, nunca o viu reconhecido na dimensão que lhe é e será devida por séculos vindouros.
Luis de Camões morreu sem poder dar-se conta de que ainda mais ínclita do que a geração real sobre a qual escreveu é a obra que deixou com “Lusíadas”. Um reconhecimento que  atravessou já séculos  e continuará a elevar a Língua Portuguesa num exemplo máximo de mestria, talento e genialidade.

junho 09, 2017

Bons leitores no 2º CEB



                                                     Certificado
A Biblioteca Escolar da Escola Básica e Secundária de Anadia tem a honra de certificar que os alunos do 2º CEB Ana Schevchenco do 5º F, Margarida Coelho do 5º F e Francisco Tavares do 5º F alcançaram, respetivamente, o 1º, 2º e 3º lugares no que concerne ao número de Requisições Domiciliárias de Livros de Leitura Recreativa durante o ano letivo de 2016/2017.
                                       A magia envolve-nos sempre através de Boas Leituras!
                 O Agrupamento de Escolas de Anadia|EBSA, junho de 2017
      As Professoras Bibliotecárias
   Manuela Monteiro  
Maria Ivone Moreira Saraiva
   

Bons leitores no secundário



                                                     Certificado
A Biblioteca Escolar da Escola Básica e Secundária de Anadia tem a honra de certificar que os alunos do Ensino Secundário Aurora Cavaleiro do 12º E, Miguel Saldanha do 12º E e Maria Carvalho do 10º B alcançaram, respetivamente, o 1º, 2º e 3º lugares no que concerne ao número de Requisições Domiciliárias de Livros de Leitura Recreativa durante o ano letivo de 2016/2017.                                                   A magia envolve-nos sempre através de Boas Leituras!
                            O Agrupamento de Escolas de Anadia|EBSA, junho de 2017

        As Professoras Bibliotecárias
   Manuela Monteiro  
Maria Ivone Moreira Saraiva