dezembro 30, 2017

Aprendizagem, TIC e Redes Digitais

Nos anos oitenta do séc. XX foi lançado um grande projeto de introdução das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nas escolas.
O Projeto Minerva, que decorreu entre 1985 e 1994, constituiu o primeiro e mais amplo projeto alguma vez realizado em Portugal na área das TIC, envolvendo escolas de todos os níveis de ensino, institutos politécnicos e universidades, na promoção da utilização do computador como uma ferramenta educacional.
Com um percurso de trinta anos no sistema educativo português, as TIC continuam a ser um desafio permanente, quer pelo surgimento de novas plataformas, aplicações ou dispositivos móveis, quer pela discussão sobre as suas vantagens e formas de operacionalizar e mobilizar estratégias para a sua utilização, como verdadeiras ferramentas de aprendizagem.
Os projetos, programas e iniciativas que têm sido implementados nas últimas décadas, nacional e internacionalmente, destacam a importância cada vez maior da utilização das TIC em contexto educativo com o objetivo fundamental de inovar as práticas, tornando-as mais atuais e, sobretudo, que tenham uma influência positiva relevante nas aprendizagens dos alunos.
O desenvolvimento de projetos inovadores centrados na promoção e aquisição de competências digitais potenciam a melhoria das qualificações dos cidadãos nas e para as TIC, contribuindo para uma sociedade digital mais inclusiva e reduzindo as desigualdades de forma a promover a participação mais autónoma.
O ensino da computação e da linguagem de programação gráfica, desde os primeiros anos de escolaridade, ajudam a desenvolver o pensamento criativo, a literacia digital e a adquirir conceitos matemáticos e computacionais.
A discussão em torno da temática abrange diversas dimensões: histórica, axiológica, escolar, curricular, didática, contextos de aprendizagem e formação de professores, nas quais intervêm questões como a igualdade de oportunidades e a inclusão, a literacia digital, a segurança, a utilização das TIC nas diferentes disciplinas, estilos de aprendizagem e estilos de ensino, gestão e sustentabilidade das tecnologias nas escolas. (...)

Boas Festas do Plano Nacional de Leitura...



Foto de PNL 2027.

dezembro 29, 2017

Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen

* A pintura é a arte que se imagina, pinta, se sente e se vê...

* A poesia é a arte de dizer as palavras com sapiência e elegância...

Retrato de uma princesa desconhecida
Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos
Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino.

Sophia de Mello Breyner Andresen (06/11/1919 - 02/07/2004)

Na sua obra, que inclui, para além da poesia, a literatura infantil - sobretudo contos - e o ensaio, coexistem referências marcantes e recorrentes como o mar e a praia, a infância e a família, e ainda a civilização grega, reflexo da sua cultura clássica e da sua paixão por aquele país.


dezembro 28, 2017

Poema de Carlos Drummond de Andrade

Avizinha-se a passos largos um Novo Ano…

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.”


Carlos Drummond de Andrade

Lindo poema da escritora Alice Cardoso

Dorme bebé
No teu berço de Lua,
Embalado pela brisa
Que te enche de beijos.
Ó… ó…ó… ó…
Dorme bebé!
As estrelas
Aconchegam-te
Num manto de histórias,
De figuras,
De memórias,
Afastando o frio
Com o calor do abraço.
Ó… ó…ó… ó…
Dorme bebé
No teu berço de Lua,
Amado pelo tempo,
Que perdura no sonho
E no sentimento.
Ó… ó…ó… ó…
Dorme bebé,
Dorme bem.
Eu, o teu anjo da guarda,
Velo o teu sono…
Até adormecer, também.

Alice Cardoso
Poema inserido no livro "Solta-se um beijo...gosto de ti!" - Coleção "A nossa escola"
 

dezembro 23, 2017

O postal de Natal: Uma tradição com 174 anos

O primeiro postal de Natal foi criado em Inglaterra, em 1843, pela falta de tempo de um director de museu. Depressa, correu as caixas de correio do mundo.
Chega a cada vez menos lares, mas ainda não deixou de ser um ícone do Natal. Para alguns, ainda resiste à era tecnológica e à preguiça social. Para outros, pertence completamente ao passado, está banido e enterrado.
A mensagem é universal: votos de boas festas. Mas como surgiu o postal de Natal e em que circunstâncias? É preciso recuar até ao século XIX para encontrar as origens deste pedaço de papel, que começou a correr o mundo por esta altura do ano, nas suas mais variadas formas e feitios.
O primeiro postal da quadra surgiu em Inglaterra, em Dezembro de 1843, pelas mãos do pintor John Callcott Horsley. Foi uma encomenda de Sir Henry Cole, director do South Kensington Museum (rebaptizado depois como Victoria and Albert Museum). No Natal, Cole escrevia cartas com motivos natalícios aos seus familiares e amigos para lhes desejar boas festas. Mas nesse ano de 1843, o trabalho acumulou-se. Faltava-lhe tempo. Foi aí que Cole pediu a Horsley para criar um postal com uma única mensagem, que pudesse ser duplicada e enviada a todas as pessoas do seu círculo.
Colorido à mão, este primeiro postal ilustrava uma família em festa durante o Natal, que brindava ao seu amigo ausente (o remetente do postal) com um copo de vinho de tinto. Legendado com a frase ‘Merry Christmas and a Happy New Year to You’, tinha em cada um dos lados mensagens de caridade, como vestir os desnudados e alimentar os pobres.
Na altura, os postais excedentes, cerca de mil, venderam-se a um xelim cada. Hoje, ainda há uma dúzia desses postais originais, sendo que um deles foi leiloado em 2004 por 22,.500 libras, como o histórico exemplar postal de Natal.

dezembro 22, 2017

Giotto...

O cometa Halley e a Natividade
“E eis que a estrela que tinham visto no céu surgir ia à frente deles, até que parou sobre o local onde estava o menino”, o Presépio.
Giotto foi um pintor e arquitecto italiano famoso na sua época, cantado pelos poetas Boccaccio, Sacchetti e Dante Alighieri na sua “Divina Comédia”. Diz-se que Miguel Ângelo estudou os seus frescos na Capela de Peruzzi. Os frescos na Capela de Scrovegni (1304 a 1306), em Arena, Pádua, marcam o proto-renascentismo, muito em particular o da “A Adoração dos Magos”, na introdução das roupas onduladas, sombreados, emoções nas faces e perspectiva tridimensional.
A visão celeste, do cometa Halley, em 1301 deve ter sido tão fantástica que a memória levou-o a associar o cometa com a bíblica “Estrela de Belém”. É a primeira vez que tal acontece e artistas posteriores mantêm esta tradição que, aliás, chega aos tempos modernos. Apesar de não ser um verdadeiro astro das Esferas Celestes aristotélicas, a sua impressão esmagadora plasmou-se nesta pintura da história da humanidade.
Obra: "A Adoração dos Magos" de Giotto, 1304 - 1306
Capela Scovegni, Pádua, Itália.


Prémios RODRIGUES LOBO...PARABÉNS AOS NOSSOS QUERIDOS ALUNOS..

Na Escola Básica e Secundária de Anadia, o prémio do 2º ciclo foi para 
André Samuel Henriques Maia 
e as menções honrosas para 
Leonardo Gomes Marta e Sofia Duarte Calado
No 3º ciclo, o galardão foi entregue a 
Francisca Almeida Melo 
e as menções honrosas a 
Henrique Seabra Ferreira e Ana Rita Melo Magalhães. 
No ensino secundário, venceu 
Filipa Monteiro Neves Rocha. 
Joana Fernandes Louzado e Margarida Costa Pereira foram distinguidas com menções honrosas.
No ensino profissional, na Escola Básica e Secundária de Anadia venceu 

Samuel Gomes Póvoa, 
tendo sido atribuídas menções honrosas a 
Ana Rodrigues Marques e Ana Rita Duarte Gomes.
  
PARABÉNS A TODOS E ATODAS!

dezembro 21, 2017

Boas Festas para todos... e um poema...



Aconchego, tranquilidade, sonho, paz, desafio...neste Natal e no Novo Ano são os nossos sinceros votos para todos e para todas...


Precisamos de uma estrela que desarme a noite
Precisamos de uma palavra transparente
que nos ofereça a possibilidade de um começo
Precisamos de uma esperança que se propague
Precisamos de lugares límpidos
fora e dentro de nós
Precisamos de reencontrar uma vida onde a prece
e o louvor voltem a ser possíveis
Precisamos de um gesto para dizer uma alegria
maior do que a alegria
Precisamos de acolher o dom
e o seu equilíbrio difícil e leve
Precisamos de alguém que em pleno inverno nos ensine
a trazer no coração a primavera a arder

José Tolentino Mendonça




dezembro 17, 2017

A palavra «presépio»...


"A palavra «presépio» vem do latim «praesepe», cujo significado básico é «estábulo», ou «curral». Em Greccio, localidade italiana onde S.Francisco de Assis iniciou esta manifestação da Natividade, tudo foi muito simples e “reduzido” à manjedoura, um monte de palha, um boi e um jumento. São Francisco quis destacar a pobreza, a simplicidade e a humildade que são os sinais mais profundos do acontecimento de Belém que celebramos.
Ao longo dos séculos o Presépio foi sendo abordado por várias leituras e manifestações artísticas que lhe retiraram a pobreza e simplicidade na perspetiva de São Francisco mas que acrescentaram a beleza da criatividade humana. Assim aconteceu com o barroco nomeadamente em Portugal com artistas que marcaram o seu tempo e que nos deixaram verdadeiras obras de arte. Um deles é Joaquim Machado de Castro e o Presépio que se encontra na Sé Patriarcal (tal como o da Estrela). De acordo com um texto do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura «os mestres da arte barroca não buscavam a beleza em si, para se recrearem com ela, mas sobretudo tinham como objectivo impressionar a imaginação e o coração das pessoas que na plateia conventual ou familiar se movimentavam. Estas, como espectadoras activas e interpeladas existencialmente, deveriam sentir a mensagem. De acordo com esta ideia, o presépio tornava-se um momento vital, um sermão estentórico, um apelo moral, mediante a representação de cenas da história e da vida, e para além delas». Outra característica destes presépios a associação de cenas da vida quotidiana do tempo em que foram criados; vale a pela por isso ver observar minuciosamente cada uma das peças quer pelo seu colorido quer especialmente pela «vida» que manifestam."



Machado de Castro, o Mestre dos Presépios

Machado de Castro, o Mestre dos Presépios
"Em Portugal, os primeiros presépios públicos de que há memória datam do século XVI - há referência à existência de pelo menos dois em Lisboa. No século XVII estes começam a espalhar-se um pouco por todo o País, sendo, no entanto, no século XVIII que se realizam não só os maiores como também os mais bonitos presépios, alguns dos quais ainda hoje considerados autênticas obras de arte.
E é precisamente neste século, mais concretamente no reinado de D. João V, que o presépio barroco começa a desenvolver-se em Portugal, notabilizando-se a produção destes símbolos da Natividade pelas mãos de grandes barristas, nomeadamente Machado de Castro, António Ferreira, Barros Laborão ou ainda Manuel Teixeira.
De todos, é, no entanto, Machado de Castro que surge imediatamente conectado com a elaboração de presépios. Responsável pela construção de diversas obras emblemáticas como a Estátua de D. José I ou a fachada da Basílica da Estrela (ambas em Lisboa), é, todavia, como autor de presépios que viria a tornar-se famoso. O seu nome ou o da sua escola surgem associados a vários presépios que se encontram espalhados de norte a sul do País.
Mas é, de facto, em Lisboa que se podem observar aqueles que acabam por lhe dar maior projecção como artista. São eles o da Sé Patriarcal de Lisboa, construído em 1776, e o que está na Basílica da Estrela, datado do ano de 1782."

Imagem: Presépio da Basílica da Estrela
O Presépio da Estrela conta com cerca de 500 peças em terracota e terá sido uma encomenda da família real uma vez que, como é sabido, D. Maria I mandou igualmente construir a Basílica e o Convento.

Olhai os lírios do campo....Érico Veríssimo

"Precisamos dar um sentido humano às nossas construções.
E, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.”

dezembro 13, 2017

Concurso de Postais de Natal na BE...

Tanta imaginação....tanta beleza....


















Uma linda lenda da Flor de Natal...

Uma linda lenda da Flor de Natal...
Era uma vez... Uma menina que não podia oferecer um presente ao menino Jesus, na missa de Natal. Muito triste, contou o facto ao seu primo, que ia com ela a caminho da igreja. Este disse-lhe que ela não tinha que estar triste, pois o que mais importa quando oferecemos algo a alguém, é o amor com que oferecemos.
A menina lembrou-se então de ir recolhendo alguns ramos secos que ia encontrando pelo caminho, para Lhe oferecer.
Quando chegou à igreja, ela olha para os ramos que colheu e começa a chorar, pois achou esta oferenda muito pobre. Mesmo assim, decide oferecê-los com todo o seu amor.
Entra na igreja e, quando deposita os ramos em frente da imagem do menino Jesus, estes adquirem uma cor vermelha brilhante, perante o espanto de toda a congregação presente.

Lenda ou não... 
Esta planta é muito usada para fins decorativos na época de Natal.
A flor-de-natal, estrela-de-natal, poinsétia... Não é uma flor propriamente dita, é uma planta de origem mexicana. O seu nome científico é Euphorbia pulcherrima, que significa “a mais bela das eufórbias”. As suas brácteas florescem para proteger as pequenas flores que existem na planta.
Apesar de ser bela e ter o seu uso muito difundido como planta ornamental deve ser manuseada com cuidado pois tem também o seu lado tóxico...


dezembro 12, 2017

Apresentação do livro PICÓ, SEIS DEDOS, NO PLANETA AZUL de António Vilhena

Vejam os momentos felizes vividos por todos, hoje, no Centro Escolar de Arcos...