dezembro 23, 2017

O postal de Natal: Uma tradição com 174 anos

O primeiro postal de Natal foi criado em Inglaterra, em 1843, pela falta de tempo de um director de museu. Depressa, correu as caixas de correio do mundo.
Chega a cada vez menos lares, mas ainda não deixou de ser um ícone do Natal. Para alguns, ainda resiste à era tecnológica e à preguiça social. Para outros, pertence completamente ao passado, está banido e enterrado.
A mensagem é universal: votos de boas festas. Mas como surgiu o postal de Natal e em que circunstâncias? É preciso recuar até ao século XIX para encontrar as origens deste pedaço de papel, que começou a correr o mundo por esta altura do ano, nas suas mais variadas formas e feitios.
O primeiro postal da quadra surgiu em Inglaterra, em Dezembro de 1843, pelas mãos do pintor John Callcott Horsley. Foi uma encomenda de Sir Henry Cole, director do South Kensington Museum (rebaptizado depois como Victoria and Albert Museum). No Natal, Cole escrevia cartas com motivos natalícios aos seus familiares e amigos para lhes desejar boas festas. Mas nesse ano de 1843, o trabalho acumulou-se. Faltava-lhe tempo. Foi aí que Cole pediu a Horsley para criar um postal com uma única mensagem, que pudesse ser duplicada e enviada a todas as pessoas do seu círculo.
Colorido à mão, este primeiro postal ilustrava uma família em festa durante o Natal, que brindava ao seu amigo ausente (o remetente do postal) com um copo de vinho de tinto. Legendado com a frase ‘Merry Christmas and a Happy New Year to You’, tinha em cada um dos lados mensagens de caridade, como vestir os desnudados e alimentar os pobres.
Na altura, os postais excedentes, cerca de mil, venderam-se a um xelim cada. Hoje, ainda há uma dúzia desses postais originais, sendo que um deles foi leiloado em 2004 por 22,.500 libras, como o histórico exemplar postal de Natal.