janeiro 07, 2016

07 de Janeiro de 1325: Morre D. Dinis, o "Rei-Poeta"

Sexto rei de Portugal, filho de D. Afonso III e de D. Beatriz de Castela, nasceu a 9 de outubro de 1261 e faleceu a 7 de janeiro de 1325. Foi aclamado rei em Lisboa, em 1279, tendo governado durante 46 anos. Casou em 1282 com D. Isabel de Aragão (a rainha Santa Isabel); a rainha teria também um papel importante ao longo deste reinado, não pelas suas ações de caridade mas, sobretudo, pela sua atuação ao lado do rei na política externa, e entre ele e o filho aquando das lutas entre ambos.
Foi o primeiro rei a não ter que se preocupar com a expansão territorial. Procurou lutar contra os privilégios que, de alguma forma, iam contra a sua autoridade. Em 1282 estabeleceu que todas as apelações de quaisquer juízes poderiam fazer-se para o rei. Recorreu a inquirições em 1284, tendo havido outras ao longo do seu reinado. Procurou um acordo com a Igreja, acordo que viria a ser estabelecido por concordata em 1290. Proibiu às Ordens e aos clérigos a aquisição de bens de raiz, mas procurou também defender a Igreja dos abusos resultantes do sistema do padroado. Apoiou os cavaleiros da Ordem de Sant'Iago ao separarem-se do seu mestre castelhano, e salvou a dos Templários em Portugal, dando-lhe nova existência sob o nome de Ordem de Cristo.
Entrou em guerra com Castela em 1295, a qual veio a terminar pelo Tratado de Alcanises, lavrado na vila castelhana do mesmo nome em 12 de setembro de 1297. Por este tratado previa-se uma paz de 40 anos, amizade e defesa mútuas. Foram também estabilizadas as fronteiras em zonas nevrálgicas como a Beira e o Alentejo, com exceção de pequenas áreas que rapidamente se viriam a integrar no reino.
Desenvolveu as feiras, criando as chamadas feiras francas ao conceder a várias povoações diversos privilégios e isenções. Protegeu as exportações para os portos da Flandres, Inglaterra e França; em 1308 celebrou um tratado de comércio com o rei de Inglaterra e instituiu definitivamente a marinha portuguesa.
Foi, no entanto, a agricultura que mais o interessou (daí o seu cognome, "o Lavrador"). Procurou interessar toda a população na exploração das terras, facilitando a sua distribuição. No Entre Douro e Minho dividiu as terras em casais, cada casal vindo mais tarde a dar origem a uma povoação. Em Trás-os-Montes o rei adotou um regime coletivista; as terras eram entregues a um grupo que repartia entre si os encargos, determinados serviços e edifícios eram comunitários, tais como o forno do pão, o moinho e a guarda do rebanho. Na Estremadura a forma de povoamento dominante foi a que teve por base o imposto da jugada; outros tipos de divisão foram também utilizados, como, por exemplo, a parceria.
Ele próprio poeta, D. Dinis deu também um grande impulso à cultura. Ordenou o uso exclusivo da língua portuguesa nos documentos oficiais. Fundou em Lisboa, em 1290, um Estudo Geral (Universidade) no qual foram desde logo ensinadas as Artes, o Direito Civil, o Direito Canónico e a Medicina. Mandou traduzir importantes obras, tendo sido a sua Corte um dos maiores centros literários da Península.
 
D. Dinis. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagem)
Ficheiro:Dinis-P.jpg
D. Dinis

D. Dinis e Rainha Santa Isabel

Antes de ser uma lenda, Isabel foi princesa de Aragão, menina de 11 anos dada em casamento ao rei D.Dinis de Portugal. Culta, sensível, corajosa, generosa, esta rainha não será como as outras: protege os mendigos com o coração e milagres de rosas.

Na corte espanhola aragonesa, o nascimento da filha de Pedro III vai pôr fim às discórdias que corriam nesse altura. O seu avô, Jaime I, chama-lhe “rosa da Casa de Aragão”. Isabel é educada para ser rainha, o que acontecerá quando chegar à idade dos 11 anos. Em mais pequena, já mostra inclinação para meditar, rezar e jejuar. A princesa há de abraçar a vida monástica e entrar para um convento mas, até lá, ainda há muita história por contar.
Isabel tinha três pretendentes, porém é D. Dinis quem a vai ter a seu lado no trono português. As bases do contrato nupcial ficam assinadas a 24 de abril de 1281. A nova Rainha recebe do marido significativa doação: Óbidos, Porto de Mós, Abrantes e mais 12 castelos. O casamento realiza-se em Barcelona, por procuração, e só dois meses depois os noivos se encontram, pela primeira vez, em terras portuguesas.
A rainha acompanha o marido em várias áreas da governação, nomeadamente nas deslocações pelo país e estrangeiro. Chega a ter um papel importante na mediação dos conflitos entre o rei e o irmão D.Afonso, e entre o rei e o príncipe herdeiro. Quando fica viúva, em 1336, retira-se para o convento das Clarissas, em Coimbra. O seu espírito conciliador leva-a a intervir na luta que opõe o filho, o rei Afonso IV, a Afonso XI, rei de Castela. Morre na viagem, em Estremoz.
A rainha foi amada pelo povo que via nela um anjo protetor. Atenta às necessidades dos mais humildes e carenciados, Isabel  empenhou-se em criar instituições para acolher e auxiliar doentes e pobres. Mandou edificar hospitais em Coimbra, Santarém e Leiria e albergarias para mulheres.
Diz a lenda que o marido não aprovava esta política social de  proximidade e que um dia a surpreendeu durante uma das suas ações, perguntando-lhe o que tinha no regaço. Isabel levava pão para distribuir pelos pedintes, mas sabendo como isso desagradava o seu rei, disse que eram rosas. Seria perfeito se não fosse Janeiro, o mês em que as rosas não desabrocham. A rainha, percebeu que tinha sido descoberta e abriu o manto. Em vez de pão, rosas perfeitas caíram-lhe do colo. Estava feito o primeiro milagre. O segundo que lhe foi atribuído, aconteceu 23 dias após a sua morte. A aura já era de santa.
D.Isabel foi beatificada em 1516 pelo Papa Leão X e santificada por Urbano VIII. Deixou um invulgar tesouro ao mosteiro de Santa Clara em Coimbra: uma imagem da virgem em ourivesaria primorosa, o relicário de Santo Lenho com um pedaço da Cruz de Cristo, que se perdeu, um colar de granadas e outro guarnecido por outras gemas raras.
São estes objectos de ourivesaria que sobreviveram 7 séculos, mais o seu primeiro túmulo – que revela muito da sua personalidade mística – que  podemos agora conhecer nesta visita guiada pela jornalista Paula Moura Pinheiro e pela historiadora de arte Giulia Rossi Vairo.

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O Tesouro da Rainha Santa

 

Antes de ser uma lenda, Isabel foi princesa de Aragão, menina de 11 anos dada em casamento ao rei D.Dinis de Portugal. Culta, sensível, corajosa, generosa, esta rainha não será como as outras: protege os mendigos com o coração e milagres de rosas.

Na corte espanhola aragonesa, o nascimento da filha de Pedro III vai pôr fim às discórdias que corriam nesse altura. O seu avô, Jaime I, chama-lhe “rosa da Casa de Aragão”. Isabel é educada para ser rainha, o que acontecerá quando chegar à idade dos 11 anos. Em mais pequena, já mostra inclinação para meditar, rezar e jejuar. A princesa há de abraçar a vida monástica e entrar para um convento mas, até lá, ainda há muita história por contar.
Isabel tinha três pretendentes, porém é D. Dinis quem a vai ter a seu lado no trono português. As bases do contrato nupcial ficam assinadas a 24 de abril de 1281. A nova Rainha recebe do marido significativa doação: Óbidos, Porto de Mós, Abrantes e mais 12 castelos. O casamento realiza-se em Barcelona, por procuração, e só dois meses depois os noivos se encontram, pela primeira vez, em terras portuguesas.
A rainha acompanha o marido em várias áreas da governação, nomeadamente nas deslocações pelo país e estrangeiro. Chega a ter um papel importante na mediação dos conflitos entre o rei e o irmão D.Afonso, e entre o rei e o príncipe herdeiro. Quando fica viúva, em 1336, retira-se para o convento das Clarissas, em Coimbra. O seu espírito conciliador leva-a a intervir na luta que opõe o filho, o rei Afonso IV, a Afonso XI, rei de Castela. Morre na viagem, em Estremoz.
A rainha foi amada pelo povo que via nela um anjo protetor. Atenta às necessidades dos mais humildes e carenciados, Isabel  empenhou-se em criar instituições para acolher e auxiliar doentes e pobres. Mandou edificar hospitais em Coimbra, Santarém e Leiria e albergarias para mulheres.
Diz a lenda que o marido não aprovava esta política social de  proximidade e que um dia a surpreendeu durante uma das suas ações, perguntando-lhe o que tinha no regaço. Isabel levava pão para distribuir pelos pedintes, mas sabendo como isso desagradava o seu rei, disse que eram rosas. Seria perfeito se não fosse Janeiro, o mês em que as rosas não desabrocham. A rainha, percebeu que tinha sido descoberta e abriu o manto. Em vez de pão, rosas perfeitas caíram-lhe do colo. Estava feito o primeiro milagre. O segundo que lhe foi atribuído, aconteceu 23 dias após a sua morte. A aura já era de santa.
D.Isabel foi beatificada em 1516 pelo Papa Leão X e santificada por Urbano VIII. Deixou um invulgar tesouro ao mosteiro de Santa Clara em Coimbra: uma imagem da virgem em ourivesaria primorosa, o relicário de Santo Lenho com um pedaço da Cruz de Cristo, que se perdeu, um colar de granadas e outro guarnecido por outras gemas raras.
São estes objectos de ourivesaria que sobreviveram 7 séculos, mais o seu primeiro túmulo – que revela muito da sua personalidade mística – que  podemos agora conhecer nesta visita guiada pela jornalista Paula Moura Pinheiro e pela historiadora de arte Giulia Rossi Vairo.
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O Tesouro da Rainha Santa

 

Antes de ser uma lenda, Isabel foi princesa de Aragão, menina de 11 anos dada em casamento ao rei D.Dinis de Portugal. Culta, sensível, corajosa, generosa, esta rainha não será como as outras: protege os mendigos com o coração e milagres de rosas.

Na corte espanhola aragonesa, o nascimento da filha de Pedro III vai pôr fim às discórdias que corriam nesse altura. O seu avô, Jaime I, chama-lhe “rosa da Casa de Aragão”. Isabel é educada para ser rainha, o que acontecerá quando chegar à idade dos 11 anos. Em mais pequena, já mostra inclinação para meditar, rezar e jejuar. A princesa há de abraçar a vida monástica e entrar para um convento mas, até lá, ainda há muita história por contar.
Isabel tinha três pretendentes, porém é D. Dinis quem a vai ter a seu lado no trono português. As bases do contrato nupcial ficam assinadas a 24 de abril de 1281. A nova Rainha recebe do marido significativa doação: Óbidos, Porto de Mós, Abrantes e mais 12 castelos. O casamento realiza-se em Barcelona, por procuração, e só dois meses depois os noivos se encontram, pela primeira vez, em terras portuguesas.
A rainha acompanha o marido em várias áreas da governação, nomeadamente nas deslocações pelo país e estrangeiro. Chega a ter um papel importante na mediação dos conflitos entre o rei e o irmão D.Afonso, e entre o rei e o príncipe herdeiro. Quando fica viúva, em 1336, retira-se para o convento das Clarissas, em Coimbra. O seu espírito conciliador leva-a a intervir na luta que opõe o filho, o rei Afonso IV, a Afonso XI, rei de Castela. Morre na viagem, em Estremoz.
A rainha foi amada pelo povo que via nela um anjo protetor. Atenta às necessidades dos mais humildes e carenciados, Isabel  empenhou-se em criar instituições para acolher e auxiliar doentes e pobres. Mandou edificar hospitais em Coimbra, Santarém e Leiria e albergarias para mulheres.
Diz a lenda que o marido não aprovava esta política social de  proximidade e que um dia a surpreendeu durante uma das suas ações, perguntando-lhe o que tinha no regaço. Isabel levava pão para distribuir pelos pedintes, mas sabendo como isso desagradava o seu rei, disse que eram rosas. Seria perfeito se não fosse Janeiro, o mês em que as rosas não desabrocham. A rainha, percebeu que tinha sido descoberta e abriu o manto. Em vez de pão, rosas perfeitas caíram-lhe do colo. Estava feito o primeiro milagre. O segundo que lhe foi atribuído, aconteceu 23 dias após a sua morte. A aura já era de santa.
D.Isabel foi beatificada em 1516 pelo Papa Leão X e santificada por Urbano VIII. Deixou um invulgar tesouro ao mosteiro de Santa Clara em Coimbra: uma imagem da virgem em ourivesaria primorosa, o relicário de Santo Lenho com um pedaço da Cruz de Cristo, que se perdeu, um colar de granadas e outro guarnecido por outras gemas raras.
São estes objectos de ourivesaria que sobreviveram 7 séculos, mais o seu primeiro túmulo – que revela muito da sua personalidade mística – que  podemos agora conhecer nesta visita guiada pela jornalista Paula Moura Pinheiro e pela historiadora de arte Giulia Rossi Vairo.
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O Tesouro da Rainha Santa

 

Antes de ser uma lenda, Isabel foi princesa de Aragão, menina de 11 anos dada em casamento ao rei D.Dinis de Portugal. Culta, sensível, corajosa, generosa, esta rainha não será como as outras: protege os mendigos com o coração e milagres de rosas.

Na corte espanhola aragonesa, o nascimento da filha de Pedro III vai pôr fim às discórdias que corriam nesse altura. O seu avô, Jaime I, chama-lhe “rosa da Casa de Aragão”. Isabel é educada para ser rainha, o que acontecerá quando chegar à idade dos 11 anos. Em mais pequena, já mostra inclinação para meditar, rezar e jejuar. A princesa há de abraçar a vida monástica e entrar para um convento mas, até lá, ainda há muita história por contar.
Isabel tinha três pretendentes, porém é D. Dinis quem a vai ter a seu lado no trono português. As bases do contrato nupcial ficam assinadas a 24 de abril de 1281. A nova Rainha recebe do marido significativa doação: Óbidos, Porto de Mós, Abrantes e mais 12 castelos. O casamento realiza-se em Barcelona, por procuração, e só dois meses depois os noivos se encontram, pela primeira vez, em terras portuguesas.
A rainha acompanha o marido em várias áreas da governação, nomeadamente nas deslocações pelo país e estrangeiro. Chega a ter um papel importante na mediação dos conflitos entre o rei e o irmão D.Afonso, e entre o rei e o príncipe herdeiro. Quando fica viúva, em 1336, retira-se para o convento das Clarissas, em Coimbra. O seu espírito conciliador leva-a a intervir na luta que opõe o filho, o rei Afonso IV, a Afonso XI, rei de Castela. Morre na viagem, em Estremoz.
A rainha foi amada pelo povo que via nela um anjo protetor. Atenta às necessidades dos mais humildes e carenciados, Isabel  empenhou-se em criar instituições para acolher e auxiliar doentes e pobres. Mandou edificar hospitais em Coimbra, Santarém e Leiria e albergarias para mulheres.
Diz a lenda que o marido não aprovava esta política social de  proximidade e que um dia a surpreendeu durante uma das suas ações, perguntando-lhe o que tinha no regaço. Isabel levava pão para distribuir pelos pedintes, mas sabendo como isso desagradava o seu rei, disse que eram rosas. Seria perfeito se não fosse Janeiro, o mês em que as rosas não desabrocham. A rainha, percebeu que tinha sido descoberta e abriu o manto. Em vez de pão, rosas perfeitas caíram-lhe do colo. Estava feito o primeiro milagre. O segundo que lhe foi atribuído, aconteceu 23 dias após a sua morte. A aura já era de santa.
D.Isabel foi beatificada em 1516 pelo Papa Leão X e santificada por Urbano VIII. Deixou um invulgar tesouro ao mosteiro de Santa Clara em Coimbra: uma imagem da virgem em ourivesaria primorosa, o relicário de Santo Lenho com um pedaço da Cruz de Cristo, que se perdeu, um colar de granadas e outro guarnecido por outras gemas raras.
São estes objectos de ourivesaria que sobreviveram 7 séculos, mais o seu primeiro túmulo – que revela muito da sua personalidade mística – que  podemos agora conhecer nesta visita guiada pela jornalista Paula Moura Pinheiro e pela historiadora de arte Giulia Rossi Vairo.
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O Tesouro da Rainha Santa

 

Antes de ser uma lenda, Isabel foi princesa de Aragão, menina de 11 anos dada em casamento ao rei D.Dinis de Portugal. Culta, sensível, corajosa, generosa, esta rainha não será como as outras: protege os mendigos com o coração e milagres de rosas.

Na corte espanhola aragonesa, o nascimento da filha de Pedro III vai pôr fim às discórdias que corriam nesse altura. O seu avô, Jaime I, chama-lhe “rosa da Casa de Aragão”. Isabel é educada para ser rainha, o que acontecerá quando chegar à idade dos 11 anos. Em mais pequena, já mostra inclinação para meditar, rezar e jejuar. A princesa há de abraçar a vida monástica e entrar para um convento mas, até lá, ainda há muita história por contar.
Isabel tinha três pretendentes, porém é D. Dinis quem a vai ter a seu lado no trono português. As bases do contrato nupcial ficam assinadas a 24 de abril de 1281. A nova Rainha recebe do marido significativa doação: Óbidos, Porto de Mós, Abrantes e mais 12 castelos. O casamento realiza-se em Barcelona, por procuração, e só dois meses depois os noivos se encontram, pela primeira vez, em terras portuguesas.
A rainha acompanha o marido em várias áreas da governação, nomeadamente nas deslocações pelo país e estrangeiro. Chega a ter um papel importante na mediação dos conflitos entre o rei e o irmão D.Afonso, e entre o rei e o príncipe herdeiro. Quando fica viúva, em 1336, retira-se para o convento das Clarissas, em Coimbra. O seu espírito conciliador leva-a a intervir na luta que opõe o filho, o rei Afonso IV, a Afonso XI, rei de Castela. Morre na viagem, em Estremoz.
A rainha foi amada pelo povo que via nela um anjo protetor. Atenta às necessidades dos mais humildes e carenciados, Isabel  empenhou-se em criar instituições para acolher e auxiliar doentes e pobres. Mandou edificar hospitais em Coimbra, Santarém e Leiria e albergarias para mulheres.
Diz a lenda que o marido não aprovava esta política social de  proximidade e que um dia a surpreendeu durante uma das suas ações, perguntando-lhe o que tinha no regaço. Isabel levava pão para distribuir pelos pedintes, mas sabendo como isso desagradava o seu rei, disse que eram rosas. Seria perfeito se não fosse Janeiro, o mês em que as rosas não desabrocham. A rainha, percebeu que tinha sido descoberta e abriu o manto. Em vez de pão, rosas perfeitas caíram-lhe do colo. Estava feito o primeiro milagre. O segundo que lhe foi atribuído, aconteceu 23 dias após a sua morte. A aura já era de santa.
D.Isabel foi beatificada em 1516 pelo Papa Leão X e santificada por Urbano VIII. Deixou um invulgar tesouro ao mosteiro de Santa Clara em Coimbra: uma imagem da virgem em ourivesaria primorosa, o relicário de Santo Lenho com um pedaço da Cruz de Cristo, que se perdeu, um colar de granadas e outro guarnecido por outras gemas raras.
São estes objectos de ourivesaria que sobreviveram 7 séculos, mais o seu primeiro túmulo – que revela muito da sua personalidade mística – que  podemos agora conhecer nesta visita guiada pela jornalista Paula Moura Pinheiro e pela historiadora de arte Giulia Rossi Vairo.
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