MANUEL ALEGRE, in LIVRO DO PORTUGUÊS ERRANTE (Pub. Dom Quixote, 2009)
UM NOME ESCRITO NO TEMPO
Teu nome antes mesmo do caderno
teu nome na negra lousa eu o escrevi
eu o escrevi e apaguei e se perder e renasceu
teu nome efémero teu nome eterno
teu nome onde eras tu mesmo sem ti
teu nome eu o escrevi eu o perdi
teu nome que saiu das folhas para o mundo
apesar da tinta que lentamente esmaeceu
teu nome eu o escrevi e se inscreveu
de tal modo dentro de mim tão fundo
que já não seu se és tu ou eu.
UM NOME ESCRITO NO TEMPO
Teu nome antes mesmo do caderno
teu nome na negra lousa eu o escrevi
eu o escrevi e apaguei e se perder e renasceu
teu nome efémero teu nome eterno
teu nome onde eras tu mesmo sem ti
teu nome eu o escrevi eu o perdi
teu nome que saiu das folhas para o mundo
apesar da tinta que lentamente esmaeceu
teu nome eu o escrevi e se inscreveu
de tal modo dentro de mim tão fundo
que já não seu se és tu ou eu.
Teu nome em toda a parte eu o escrevi
nas árvores nas águas nas areias
no caderno e na lousa o andei compondo
nop sangue que circula nas minhas veias
teu nome eu o perdi eu o perdi
e quando chamo eu mesmo é que respondo
nas árvores nas águas nas areias
no caderno e na lousa o andei compondo
nop sangue que circula nas minhas veias
teu nome eu o perdi eu o perdi
e quando chamo eu mesmo é que respondo