A estória é bastante conhecida. Decorria, em casa de Júlio César, no dia 1 de Maio do ano 62 a.C., a festa da Bona Dea  “Boa
 deusa”, uma orgia báquica, reservada exclusivamente às mulheres. A 
celebração fora organizada por Pompeia Sula, segunda mulher de Júlio 
César, ao que consta, uma mulher jovem e muito bela.
Acontece
 que Publius Clodius, jovem rico e atrevido, estava apaixonado por 
Pompeia, não resistiu: disfarçou-se de tocadora de lira e, 
clandestinamente, entrou na festa, na esperança de chegar junto de 
Pompeia. Porém, foi descoberto por Aurélia, mãe de César, sem que 
tivesse conseguido os seus intentos.
Nesse
 mesmo dia, todos os romanos conheciam a peripécia e César decretou o 
divórcio de Pompeia. Mas César não ficou contra Publius Clodius, 
chamado a depor como testemunha em tribunal, disse que nada tinha, nem 
nada sabia contra o suposto sacrílego. Foi o espanto geral entre os 
senadores: “Então porque se divorciou da sua mulher?”. A resposta 
tornou-se famosa: “A mulher de César deve estar acima de qualquer 
suspeita”.
Esta frase deu origem a um provérbio, cujo texto é geralmente o seguinte: "À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta.

Pompeia no "Promptuarii Iconum Insigniorum"