As necessidades de sono têm uma variabilidade individual, e enquanto nos adultos podem oscilar entre as 4-9 horas diárias, a criança de 6-10 anos deve dormir cerca de 10-11 horas por di
O
 sono é necessário para a sobrevivência e para a saúde da  espécie 
humana. E o período longo de sono deve ser noturno, uma vez que ele é  
regulado por hormonas que apresentam uma secreção circadiana, 
dependente, entre  outros fatores, da luz solar.
  O sono noturno atravessa normalmente várias fases  diferenciadas 
(ciclos), cerca de 5 a 6 vezes durante a noite, intercaladas por  curtos
 “despertares”. 
Na fase inicial (fase 1) o sono é superficial e o acordar é fácil. O sono avança até à fase 4, caracterizada por um sono profundo e um acordar difícil, acompanhados de relaxamento muscular, redução das frequências cardíaca e respiratória e da pressão arterial.
Para além destas 4 fases do sono, existem 2 tipos de sono. Um é acompanhado de movimentos oculares rápidos (REM), durante o qual ocorre uma intensa atividade cerebral, quase sobreponível a um estado de vigília.
  
 
 
Neste tipo de sono ocorre aumento da frequência cardíaca e  
respiratória e é durante o qual ocorrem os sonhos (particularmente na 
fase 3), o  falar, os terrores e o sonambulismo (fases 3 e 4). Em 
contraponto, o sono não-REM  é caracterizado por baixa atividade 
elétrica cerebral. 
Num sono noturno normal, o sono REM segue-se imediatamente a cada um dos 5 ou 6 ciclos da fase 4 do sono não REM, muito embora possa ocorrer em qualquer fase do sono.
  
Há vários fatores que perturbam o sono, tais como:
Problemas no padrão e/ou quantidade de sono estão ainda associados a doença do foro psicológico já na infância, com agravamento com a idade, com prejuízo da qualidade de vida e acarretando elevados custos para a saúde pública.
Um estudo realizado em Portugal em crianças de 7-11 anos (Klein K, 2008) mostrou que mais de metade das crianças (56,4%) dormem mais de nove horas por noite mas 18,6% das crianças apresentam perturbações do sono.
  
Aqui ficam dez regras práticas:
Na fase inicial (fase 1) o sono é superficial e o acordar é fácil. O sono avança até à fase 4, caracterizada por um sono profundo e um acordar difícil, acompanhados de relaxamento muscular, redução das frequências cardíaca e respiratória e da pressão arterial.
Para além destas 4 fases do sono, existem 2 tipos de sono. Um é acompanhado de movimentos oculares rápidos (REM), durante o qual ocorre uma intensa atividade cerebral, quase sobreponível a um estado de vigília.
Num sono noturno normal, o sono REM segue-se imediatamente a cada um dos 5 ou 6 ciclos da fase 4 do sono não REM, muito embora possa ocorrer em qualquer fase do sono.
Que fatores podem perturbar o sono na infância?
As “perturbações do sono” estão entre as queixas mais comuns ao longo de toda a infância. São definidas como alterações na conciliação, no padrão ou na duração do sono, ou ainda comportamentos anormais durante o mesmo, tais como terrores noturnos ou sonambulismo.Há vários fatores que perturbam o sono, tais como:
- excitação;
 - stress / preocupação;
 - certos medicamentos;
 - certos alimentos ou aditivos (cafeína ou teína, existentes no café ou no chá mas também em certas bebidas doces e refrigerantes, especiarias fortes, glutamato monossódico);
 - obstrução à respiração nasal (por adenoides grandes que cursam com ressonar, hálito matinal desagradável, sono agitado e por vezes paragens curtas no respirar);
 - e obesidade.
 
Problemas no padrão e/ou quantidade de sono estão ainda associados a doença do foro psicológico já na infância, com agravamento com a idade, com prejuízo da qualidade de vida e acarretando elevados custos para a saúde pública.
Um estudo realizado em Portugal em crianças de 7-11 anos (Klein K, 2008) mostrou que mais de metade das crianças (56,4%) dormem mais de nove horas por noite mas 18,6% das crianças apresentam perturbações do sono.
Como devem os pais atuar?
Mais uma vez, a prevenção é a chave para evitar eventuais problemas no sono e as suas consequentes repercussões sociais, académicas e na saúde atual e futura. Caso persistam, deve ser comunicado ao Médico Assistente /Pediatra e solicitada avaliação por especialidade.Aqui ficam dez regras práticas:
- Definir e cumprir um horário para dormir. A hora de ir para a cama e de acordar deve ser, todos os dias, a mesma. Atenção que nem todos os miúdos têm a mesma necessidade de sono.
 - Criar um ritual simples, mas que deve ser sempre o mesmo, para a hora de dormir (ex.: contar uma história ou conversar…).
 - Incentivar a partilha das experiências do dia e tranquilizar relativamente a qualquer experiência assustadora ou perturbadora que possa ter ocorrido. É fundamental, num ambiente de cumplicidade, transmitir autoconfiança, uma vez que estes episódios podem ser muito significativos para as crianças mais sensíveis ou impressionáveis.
 - Para tranquilizar os mais medrosos, deixar a porta entreaberta mas evite deixar qualquer luz acesa durante toda a noite. Transmita segurança dizendo “Dorme tranquilo pois eu estou sempre aqui ao lado!”.
 - Muitas crianças gostam de ter a companhia de um boneco macio durante o sono. Não há qualquer problema em dormir com esta “companhia”.
 - Incentivar atividade física ao longo do dia mas evitá-la antes de deitar.
 - Evitar programas televisivos antes da hora de dormir. As crianças desta idade não devem “consumir” mais do que 1-2h de TV / jogos de ecrã por dia e, preferencialmente, apenas até à tarde.
 - Evitar dar alimentos que contenham substâncias estimulantes, nomeadamente cafeína, teína, açucares refinados ou chocolate.
 - Não servir refeições pesadas à hora de jantar. Um prato de sopa e uma fruta bastam.
 - A criança deve sempre dormir sozinha, no seu local de sono. A cama dos pais é para eles. E a criança não faz parte do casal!