O Natal tornou-se uma época de consumismo, onde tudo se compra, em 
esforço, quando a vida solicita decisões apertadas devido à crise, à
 pobreza que grassa entre os povos. E há tanta pobreza de espírito, e há
 tanta pobreza material. Neste Natal tenhamos a nobreza de pensamento 
que nos leve a considerar que um abraço vale mais que qualquer prenda. 
Porque um abraço apertado é uma verdadeira prenda. Um abraço com amor, 
com o carinho que sentimos pelo outro. Comecemos pelos nossos filhos, 
pelos nossos pais, pelos nossos amigos e por todos aqueles a quem falta 
"Um Abraço". Distribuam-se beijos e muitos mais beijos. Porque não há 
nada mais importante que fazermos dos outros uma parte integrante de 
nós. Mostrarmos que estamos lá será, talvez, a melhor prenda que se 
possa oferecer a quem nada tem. E façam-no de coração aberto porque ele 
não se parte e cresce na exata medida dos afectos. Não poupem as 
palavras de amor. Essas existem para que sejam pronunciadas no tempo 
certo...ou a qualquer tempo, sem barreiras nem espaços entrelinhas.
 Construam-se afectos e o Natal será composto por uma alegria intrínseca e por uma esperança de renovação de valores.
 Tereza Brinco de Oliveira
