fevereiro 18, 2015
Poema de ALEXANDRE O'NEILL
ALEXANDRE O'NEILL, in POESIAS COMPLETAS 1951-1986, (Imprensa Nacional, Lisboa, 1990)
[HÁ PALAVRAS QUE NOS BEIJAM]
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
![ALEXANDRE O'NEILL, in POESIAS COMPLETAS 1951-1986, (Imprensa Nacional, Lisboa, 1990)
[HÁ PALAVRAS QUE NOS BEIJAM]
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
*
http://youtu.be/Up_EG7mvGoQ
*
Ilustração de © Jantina Peperkamp (Holanda)
*
(LT)](https://scontent-mad.xx.fbcdn.net/hphotos-xpf1/v/t1.0-9/q87/p173x172/11001829_805827702786329_4003866659206051424_n.jpg?oh=3e85fa8bc0c8c4ed753a447932f80168&oe=554F4B0F)