fevereiro 19, 2015


Curiosidades sobre a origem de expressões populares

Sabe aqueles ditos populares que se usa no seu dia a dia? Já pensou de onde surgiram?
Ficam aqui alguns deles!

-Farinha do mesmo saco:
"Homines sunt ejusdem farinae" esta frase em latim (homens da mesma farinha) é a origem dessa expressão, utilizada para generalizar um comportamento reprovável. Como a farinha boa é posta em sacos diferentes da farinha ruim, faz-se essa comparação para insinuar que os bons andam com os bons enquanto os maus preferem os maus.

-Fazer nas Coxas:
A origem vem da época dos escravos, que usavam as próprias coxas para moldar o barro usado na fabricação das telhas. Como as medidas eram diferentes, as telhas saíam também em formatos desiguais. E o telhado, “feito nas coxas”, acabava torto...

-Ficar a Ver Navios:
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português recusava-se a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios. (É uma das versões).

-Fila indiana:
Forma de caminhar dos índios da América que, deste modo, tapavam as pegadas dos que iam na frente. Fila de pessoas ou coisas dispostas uma após outra.

-Gatos-pingados:
Tem sentido depreciativo usando-se para referir uma suposta inferioridade (numérica ou institucional), insignificância ou irrelevância. Esta expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar óleo a ferver em cima de pessoas ou animais, especialmente gatos. Existem várias narrativas ambientais na Ásia que mostram pessoas com os pés mergulhados num caldeirão de óleo quente. Como o suplício tinha uma assistência reduzida, tal era a crueldade, a expressão "gatos pingados" passou a denominar pequena assistência sem entusiasmos ou curiosidade para qualquer evento.

-Guardar a Sete Chaves:
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto, eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí, começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" para designar algo muito bem guardado.

-Hora de a onça beber água:
O animal costuma fazer isso ao anoitecer, e, segundo a tradição indígena, esse é o melhor momento para abatê-lo.

-Jurar a Pés Juntos:
- Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu.
A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado para dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado para expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

-Lágrimas de crocodilo:
Os animais que vivem em água salgada, como focas e crocodilos, ajudam a eliminar o excesso de sal do corpo vertendo água salgada pelos olhos, pressionando o céu da boca com a língua. Ele chora enquanto devora suas vítimas.

-Levar o calote:
Calote é o diminutivo de calo. No séc. XVIII, era comum, nas feiras, o comprador abocanhar a oferta (calote) e ir embora sem comprar o produto oferecido. Daí “levar o calote” significa vender alguma coisa e não receber o pagamento.

-Lua-de-mel:
Há mais de 4 mil anos, os habitantes da Babilônia comemoravam a lua-de-mel durante o primeiro mês de casamento. Nesse período, o pai da noiva precisava fornecer ao genro uma bebida alcoólica feita da fermentação do mel. Como eles contavam a passagem do tempo por meio de um calendário lunar, as comemorações ficaram conhecidas como lua-de-mel.

-Memória de Elefante:
O elefante lembra-se de tudo aquilo que aprende, por isso, é uma das principais atrações do circo. Diz-se que as pessoas que se recordam de tudo tem memória de elefante.

-Motorista Barbeiro:
No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba mas, também, tiravam dentes, cortavam calos, etc... E por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XX, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo nasceu em Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

-Não Entendo Patavinas:
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.

-No tempo do Onça:
No início do Século XVIII, o Rio de Janeiro era governado por Luiz Vahia Monteiro, conhecido como “o Onça”. Ele tinha este apelido por ser extremamente severo e exigente. Durante o período em que governou o Rio, ele cumpria rigorosamente a lei e exigia que todos a cumprissem também. Os saudosos do governador Vahia Monteiro, ao assistirem o desleixo com que a cidade era administrada, viviam suspirando pelos cantos e dizendo: “Ah, no tempo do Onça que era bom!”. Por conta disto, a expressão “no tempo do Onça” passou a significar coisa antiga, algo de tempos passados.

-O Canto do Cisne:
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A
expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

-O Pior Cego é o que não Quer Ver:
Em 1647, em Nimes, em França, na Universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.