dezembro 21, 2014

Poema de Eugénio de Andrade


Com....
Votos de um Santo e Feliz Natal.....
aos leitores deste blogue...
uma poesia de Eugénio de Andrade...

É Natal

É Natal, nunca estive tão só.
Nem sequer neva como nos versos
do Pessoa ou nos bosques
da Nova Inglaterra.
Deixo os olhos correr
entre o fulgor dos cravos
e os diospiros ardendo na sombra.
Quem tem assim o verão
dentro de casa
não devia queixar-se de estar só,
não devia.


Eugénio de Andrade