Coimbra das Doçuras | A História da Cidade contada em Doces
Lampreia de Ovos do Mosteiro de Santa Clara
É sobretudo ao Mosteiro de Santa Clara que se atribui
a origem da Lampreia de Ovos, um doce de Natal em forma de lampreia,
composto por capas e fios de ovos, decorado com fruta cristalizada e
glacê. Era normalmente comercializado em bonitas caixas com papel
colorido e recortado.
Nas
casas religiosas as claras de ovos eram utilizadas para engomar, e a
doçaria conventual pode evoluir graças ao aproveitamento das grandes
quantidades excedentárias de gemas, dando origem a inúmeras receitas.
Diz-se até que, em tempos, o nosso país terá sido o maior produtor de
ovos do mundo e o maior exportador de claras.
Inicialmente, o mel
era o principal adoçante utilizado na cozinha conventual, mas, a partir
da exploração da cana-de-açúcar no Brasil, nos séculos XV e XVI, o
açúcar passou a estar disponível em maior quantidade e a preço reduzido,
e, para além de medicamento, passou a ser um ingrediente comum nas
receitas de doces, contribuindo para a desenvolvimento da doçaria
conventua