As vias Romanas
A evidência arqueológica mostra que existia uma grande diversidade de soluções construtivas em função das características do local da construção... e dos materiais disponíveis em seu redor se bem que a maioria segue os mesmos princípios construtivos. Ora esta variedade observada no terreno contraria a 'tradicional' estrutura da via defendida até muito recentemente pelos historiadores da antiguidade clássica e que era baseada numa descrição de Vitrúvio relativa à construção de pavimentos em mosaico que não eram obviamente destinados a suportar o tráfego rodoviário, embora seja admissível que fossem utilizados os mesmos princípios construtivos em ambas as situações. Assim o esquema 'tradicional' do corte da via que é apresentado abaixo é apenas uma versão idealizada e monumental da via com um total de 5 camadas que poucas vezes é observada no terreno.
1. fossa e sulci - leito terraplanado e sulcos laterais para escoamento de água.
2. statumen - camada inicial como fundação com grandes pedras irregulares sem argamassa para assegurar a estabilidade do pavimento e facilitar o escoamento de águas.
3. rudus ou ruderatio - camada intermédia constituída por uma argamassa de cal e cascalho grosso.
4. nucleus - camada superior constituída por uma argamassa mais fina de cal, gravilha, areia grossa ou fragmentos de tijolo disposta em camadas regulares e bem calçadas.
5. summa crusta, dorsum - camada final aplanada de pedra poligonal de granito ou quartzo, eventualmente coberta por uma argamassa feita de cal e areia para um piso liso e suave para rodados.
Mas nos restantes troços, menos exigentes em termos construtivos, optavam em regra por uma solução bem mais simples, a deposição de um mistura de terra e cascalho sobre o qual assentava um piso em terra sobre o qual corria a via. Esta estrutura sobrelevada formando um talude de terra é o chamado agger e é este método construtivo simplificado que potenciou uma tão grande estensão da rede viária romana.
A rede de estradas dividia-se em Viae Publicae (também chamadas de Militares ou Consulares) que formavam a rede principal que interligava todo o Império Romano, correspondendo nos dias de hoje as nossas estradas nacionais, as Viae Vicinales, estradas secundárias que ligavam os povoados às grandes vias e as Viae Privatae ou Agrari, caminhos agrícolas ou de acesso privado.
A rede viária romana é a maior obra de engenharia da antiguidade em Portugal. Apesar de o seu levantamento ter atraído diversos estudiosos, continuamos com mais incertezas do que certezas, pelo que os itinerários propostos são em grande medida conjecturais.
Para saber mais consulte: http:// viasromanas.planetaclix.pt/ vrinfo.html
A evidência arqueológica mostra que existia uma grande diversidade de soluções construtivas em função das características do local da construção... e dos materiais disponíveis em seu redor se bem que a maioria segue os mesmos princípios construtivos. Ora esta variedade observada no terreno contraria a 'tradicional' estrutura da via defendida até muito recentemente pelos historiadores da antiguidade clássica e que era baseada numa descrição de Vitrúvio relativa à construção de pavimentos em mosaico que não eram obviamente destinados a suportar o tráfego rodoviário, embora seja admissível que fossem utilizados os mesmos princípios construtivos em ambas as situações. Assim o esquema 'tradicional' do corte da via que é apresentado abaixo é apenas uma versão idealizada e monumental da via com um total de 5 camadas que poucas vezes é observada no terreno.
1. fossa e sulci - leito terraplanado e sulcos laterais para escoamento de água.
2. statumen - camada inicial como fundação com grandes pedras irregulares sem argamassa para assegurar a estabilidade do pavimento e facilitar o escoamento de águas.
3. rudus ou ruderatio - camada intermédia constituída por uma argamassa de cal e cascalho grosso.
4. nucleus - camada superior constituída por uma argamassa mais fina de cal, gravilha, areia grossa ou fragmentos de tijolo disposta em camadas regulares e bem calçadas.
5. summa crusta, dorsum - camada final aplanada de pedra poligonal de granito ou quartzo, eventualmente coberta por uma argamassa feita de cal e areia para um piso liso e suave para rodados.
Mas nos restantes troços, menos exigentes em termos construtivos, optavam em regra por uma solução bem mais simples, a deposição de um mistura de terra e cascalho sobre o qual assentava um piso em terra sobre o qual corria a via. Esta estrutura sobrelevada formando um talude de terra é o chamado agger e é este método construtivo simplificado que potenciou uma tão grande estensão da rede viária romana.
A rede de estradas dividia-se em Viae Publicae (também chamadas de Militares ou Consulares) que formavam a rede principal que interligava todo o Império Romano, correspondendo nos dias de hoje as nossas estradas nacionais, as Viae Vicinales, estradas secundárias que ligavam os povoados às grandes vias e as Viae Privatae ou Agrari, caminhos agrícolas ou de acesso privado.
A rede viária romana é a maior obra de engenharia da antiguidade em Portugal. Apesar de o seu levantamento ter atraído diversos estudiosos, continuamos com mais incertezas do que certezas, pelo que os itinerários propostos são em grande medida conjecturais.
Para saber mais consulte: http://