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Arthur Rackham (1867-1939) | Na ilustração "Young Beichan" ou
"Young Beckie", Child ballad n.º 53: Burd Isobel woken by Belly
Blin with the warning that Young Beckie is about to marry | 1919
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O Dia Internacional do Livro Infantil – 2 de abril – é indissociável da memória do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, que nasceu precisamente nesta data, corria o ano de 1805. Contos como «O patinho feio», «O fato novo do rei», «O valente soldadinho de chumbo», «A Ondina», «A rapariguinha dos fósforos» e muitos outros são lidos actualmente por crianças em todo o mundo, contribuindo para o diálogo entre culturas e para uma comunhão humana em torno da leitura (tão necessária em tempos de crise). E embora a data nem sempre seja propícia a grandes manifestações em torno do livro – já que coincide, frequentemente, com períodos de férias escolares – constitui, pelo menos, um momento privilegiado de reflexão sobre dois temas: por um lado, o valor e a importância da leitura e, por outro, a relevante função social, lúdico-estética e educativa dos livros infantis e juvenis de qualidade – insubstituíveis se queremos ter como horizonte uma sociedade de leitores. Trata-se ainda de uma data em que as bibliotecas estão em festa e a cumprir um dos seus papéis cívicos e culturais mais nobres. O que suscita uma nota sobre a função nuclear de mediação entre o livro e o leitor que cabe a pais, educadores de infância, professores, bibliotecários e técnicos de animação, e uma outra sobre a urgência do alargamento a todos os concelhos do país da inestimável Rede Nacional de Bibliotecas Públicas e, a todas as escolas, da Rede de Bibliotecas Escolares.