“Faço desenhos por ternura.”
“Passo fases da minha vida em que apenas o desenho faz sentido.”
“O papel vê suas figuras, rostos, os braços, as pernas, jacarés, pequenas casas, luas, sóis, cavalos, flores, muitas flores, e eu estou à distância, bem depois do braço, da mão. Sou alguém assistindo numa dimensão tangente, mas não exatamente a mesma. Coincido raramente com a fisicalidade contingente. Desenho rigorosamente por causa disso, da oportunidade de me ausentar, fazendo uma manutenção ténue da vida, sem sobressalto, sem frémito. Sou uma promessa de regresso.”
“Passo fases da minha vida em que apenas o desenho faz sentido.”
“O papel vê suas figuras, rostos, os braços, as pernas, jacarés, pequenas casas, luas, sóis, cavalos, flores, muitas flores, e eu estou à distância, bem depois do braço, da mão. Sou alguém assistindo numa dimensão tangente, mas não exatamente a mesma. Coincido raramente com a fisicalidade contingente. Desenho rigorosamente por causa disso, da oportunidade de me ausentar, fazendo uma manutenção ténue da vida, sem sobressalto, sem frémito. Sou uma promessa de regresso.”
“Desenho porque pondero invariavelmente acerca de quem sou. Imagino a
vida de outras maneiras, estou sempre a encontrar provas de que a
natureza permite diferenças e variações. Encontro provas de que alguma
felicidade pode estar de outra maneira, entre outras companhias, num
outro lugar.”
Valter Hugo Mãe, in JL, de 30 de agosto
Fotografia: Valter Hugo Mãe (internet)
Valter Hugo Mãe, in JL, de 30 de agosto
Fotografia: Valter Hugo Mãe (internet)