Sophia de Mello Breyner Andresen
    
 As rosas
 Quando à noite desfolho e trinco as rosas
 É como se prendesse entre os meus dentes
 Todo o luar das noites transparentes,
 Todo o fulgor das tardes luminosas,
 O vento bailador das Primaveras,
 A doçura amarga dos poentes,
 E a exaltação de todas as esperas.
