O romance publicado em 2014 fala sobre uma repórter portuguesa em Washington, Ana Maria Machado, que é convidada para fazer um documentário sobre a Revolução de 1974. Juntamente com dois antigos colegas, Machado entrevista várias testemunhas do golpe de Estado, revisitando alguns dos mitos da Revolução. Paralelamente, ficamos a conhecer a história íntima do seu pai, de nome António Machado.
Para o júri o romance "constitui uma assumida marca de cidadania ao trazer a Revolução de Abril de 1974 para as páginas de uma obra literária, cuja intensidade de linguagem e mestria narrativa, conjugada por uma hábil técnica compositiva, faz dela uma notável presença na literatura portuguesa contemporânea."
O galardão destina-se a obras publicadas por professores, quer estejam no activo ou não, e ora distingue romance/ficção, com o Prémio Urbano Tavares Rodrigues, ora poesia, com o Prémio António Gedeão.
Lídia Jorge já tinha sido galardoada anteriormente com vários prémios entre os quais se incluem o Prémio Dom Dinis, o Prémio PEN Clube, o Grande Prémio de Romance de Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE) e o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia.
Aproveitando a data, a Federação Nacional de Educação (FNE) lançou a campanha #obrigadoprofessor que procura realçar a importância dos professores na sociedade.