outubro 05, 2015
Aula de História...
Maria Amélia Luísa Helena de Orleães foi a última rainha de Portugal.
Em outubro de 1889, com vinte e quatro anos, tornou-se rainha de Portugal. Contudo, o reinado de seu marido, D. Carlos I, enfrentava crises políticas, tais como o Ultimato britânico de 1890, e a insatisfação popular.Em 1892, Amélia recebeu a Rosa de Ouro do papa Leão XIII.
Como rainha, desempenhou um papel muito importante na erradicação dos males da época, como a pobreza e a tuberculose, fundou dispensários, sanatórios, lactários populares, cozinhas económicas e creches, demonstrando assim o seu interesse pelo bem estar da população portuguesa. Todavia, suas obras mais conhecidas são as fundações do Instituto de Socorros a Náufragos (em 1892); do Museu dos Coches Reais(1905); do Instituto Pasteur em Portugal (Instituto Câmara Pestana); e da Assistência Nacional aos Tuberculosos.
O regicídio de 1° de Fevereiro de 1908 lançou-a num profundo desgosto, do qual D. Amélia jamais se recuperou totalmente. Retirou-se então para o Palácio da Pena, em Sintra, não deixando porém de procurar apoiar, por todos os meios, o seu jovem filho, o rei D. Manuel II, no período em que se assistiu ao degradar das instituições monárquicas. Encontrava-se justamente no Palácio da Pena, quando eclodiu a revolução de Outubro de 1910.
Após a implantação República Portuguesa, em 5 de outubro de 1910, Amélia seguiu o caminho do exílio com o resto da família real portuguesa para Inglaterra.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo de Salazar ofereceu-lhe asilo político em Portugal, mas D. Amélia permaneceu em França, com imunidade diplomática portuguesa.
Após o fim da guerra, entre 19 de maio e 30 de junho de 1945, regressou a Portugal, numa emocionante jornada, visitando Lisboa, Fátima, o Buçaco e os Mosteiro de Alcobaça e Batalha, parando na Ericeira, o seu porto de exílio, e visitando os dispensários que ela própria criara, todos locais a que tinha ligação, com exceção de Vila Viçosa, apesar da grande afeição que sentia por esta vila alentejana.
No dia 25 de outubro de 1951, a rainha D. Amélia faleceu em sua residência em Versalhes, aos oitenta e seis anos. O corpo da rainha foi então trasladado pela fragata Bartolomeu Dias para junto do marido e dos filhos, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Esse foi o seu último desejo na hora de sua morte. O funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte do povo de Lisboa.