Um cheiro bem especial.....
maio 31, 2013
Ofereça um LIVRO a uma criança!
Não sabe o que oferecer a uma criança?
Ofereça-lhe um foguete, uma princesa, um monstro, um cavalo, um barco, um pirata, um gigante, uma tartaruga, um urso, um comboio, um planeta, uma flor, um dinossauro, uma baleia...
Ofereça-lhe um LIVRO!
Ofereça-lhe um foguete, uma princesa, um monstro, um cavalo, um barco, um pirata, um gigante, uma tartaruga, um urso, um comboio, um planeta, uma flor, um dinossauro, uma baleia...
Ofereça-lhe um LIVRO!
maio 30, 2013
Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa....
A criança que pensa em fadas
A CRIANÇA que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
... Sabe como é que as cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em algum ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
A criança que pensa em fadas
A CRIANÇA que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
... Sabe como é que as cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em algum ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
A CRIANÇA que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
... Sabe como é que as cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em algum ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Igreja da Conceição Velha e o seu belíssimo portal...
Igreja da Conceição Velha
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição Velha é uma igreja localizada no centro de Lisboa, na Rua da Alfândega. Resultou da reconstrução após o terramoto de 1755 da antiga Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia de Lisboa, sede da primeira Misericórdia do país. A sua fachada é, juntamente com o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, uma das melhores estruturas do manuelinas sobreviventes ao grande terramoto. Está classificada como monumento nacional desde 1910
Um pouco de arquitetura....
FÁTIMA: Basílica da Santíssima Trindade.
Esta Basílica, dedicada à Santíssima Trindade, com 8.633 lugares sentados e 40.000 m², uma obra da autoria do arquitecto grego Alexandros Tombazis. Foi inaugurada em 12 de Outubro de 2007, pelo Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, por ocasião do 90.º aniversário das aparições.
Trata-se do quarto maior templo católico do mundo em capacidade, tendo sido integralmente pago com dádivas dos peregrinos ao longo dos anos. A decoração é inspirada na arte bizantina e ortodoxa. A planta é circular por fora e quadrangular por dentro, existindo 12 portas laterais (uma dedicada a cada um dos Apóstolos) e uma grande porta central, a Porta de Cristo.
Ver em: "http://pt.wikipedia.org/wiki/ Santuário_de_Fátima"
FÁTIMA: Basílica da Santíssima Trindade.
Esta Basílica, dedicada à Santíssima Trindade, com 8.633 lugares sentados e 40.000 m², uma obra da autoria do arquitecto grego Alexandros Tombazis. Foi inaugurada em 12 de Outubro de 2007, pelo Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, por ocasião do 90.º aniversário das aparições.
Trata-se do quarto maior templo católico do mundo em capacidade, tendo sido integralmente pago com dádivas dos peregrinos ao longo dos anos. A decoração é inspirada na arte bizantina e ortodoxa. A planta é circular por fora e quadrangular por dentro, existindo 12 portas laterais (uma dedicada a cada um dos Apóstolos) e uma grande porta central, a Porta de Cristo.
Ver em: "http://pt.wikipedia.org/wiki/ Santuário_de_Fátima"
Esta Basílica, dedicada à Santíssima Trindade, com 8.633 lugares sentados e 40.000 m², uma obra da autoria do arquitecto grego Alexandros Tombazis. Foi inaugurada em 12 de Outubro de 2007, pelo Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, por ocasião do 90.º aniversário das aparições.
Trata-se do quarto maior templo católico do mundo em capacidade, tendo sido integralmente pago com dádivas dos peregrinos ao longo dos anos. A decoração é inspirada na arte bizantina e ortodoxa. A planta é circular por fora e quadrangular por dentro, existindo 12 portas laterais (uma dedicada a cada um dos Apóstolos) e uma grande porta central, a Porta de Cristo.
Ver em: "http://pt.wikipedia.org/wiki/
Uma boa questão ambientalista...em Évora....
Évora tem o primeiro hotel do mundo revestido a cortiça
O Ecorkhotel fica na periferia da cidade de Évora e é o primeiro hotel do mundo com um revestimento de cortiça. Inaugurado este mês, o projeto de hotelaria tem em conta a preocupação ambiental e apresenta uma nova forma de aproveitamento das energias alternativas.
O "eco-hotel" de quatro estrelas utiliza a energia geotérmica e a energia solar para o aquecimento do edifício principal, para as piscinas e para o abastecimento de água do hotel.
"Vamos também ter painéis solares fotovoltaicos para produzirmos metade da energia elétrica que precisamos", adianta o responsável. A construção do hotel foi feita com o apoio de fundos comunitários e constitui um investimento total de sete milhões de euros.
Cortiça é isolante térmico e acústico
O "eco-hotel" de quatro estrelas utiliza a energia geotérmica e a energia solar para o aquecimento do edifício principal, para as piscinas e para o abastecimento de água do hotel.
Este é "um projeto inovador e diferente", que teve em conta "preocupações ambientais" na sua construção e que está pensado para obter "a máxima eficiência energética", explicou à agência Lusa Miguel Rosado da Fonseca, administrador da sociedade promotora.
"Vamos também ter painéis solares fotovoltaicos para produzirmos metade da energia elétrica que precisamos", adianta o responsável. A construção do hotel foi feita com o apoio de fundos comunitários e constitui um investimento total de sete milhões de euros.
Cortiça é isolante térmico e acústico
A cortiça "não leva qualquer produto químico" e atua como "isolante térmico e acústico", disse Miguel Rosado da Fonseca, que adianta que o mesmo tipo de revestimento foi utilizado nos Pavilhões de Portugal na Expo 2000 em Hannover e na Expo 2010 em Xangai.
Além da aposta na eficiência energética, o administrador destacou que, na construção do hotel, existiram ainda "preocupações ambientais" e que "foi feito um esforço para se usarem materiais" que existiam na zona de Évora.
Além da aposta na eficiência energética, o administrador destacou que, na construção do hotel, existiram ainda "preocupações ambientais" e que "foi feito um esforço para se usarem materiais" que existiam na zona de Évora.
"Em vez de vir de outros sítios, a pedra que existia no próprio terreno foi britada e utilizada na construção" para contribuir para a "diminuição da pegada ecológica", exemplifica.
O Ecorkhotel tem 56 suites independentes com uma área de cerca de 70 metros quadrados cada, terraço, um quarto, uma sala e casa de banho. O hotel fica a cerca de quatro quilómetros de Évora, rodeado de sobreiros, azinheiras e oliveiras.
maio 29, 2013
"A Vida de um Livro" de José Luís Peixoto
A Vida de um Livro
Acredito que a vida de um livro enquanto está nas mãos do autor não é mais importante do que quando está nas mãos do leitor. O leitor é quase sempre um autor ele próprio. É ele que dá significado às palavras e por isso até acho muito interessante quando as pessoas me vêm apontar coisas que não eram minha intenção, mas que de facto estão lá. E há muitas outras coisas que foram minhas intenções e que nunca ninguém me referiu, e no entanto também lá estão. Se calhar alguém reparou nelas ou ainda vai reparar. Tudo o que um leitor leia num livro é legítimo porque nessa fase o leitor é tudo, é ele que faz o livro.
José Luís Peixoto - ''Diário de Notícias (2003)''
Acredito que a vida de um livro enquanto está nas mãos do autor não é mais importante do que quando está nas mãos do leitor. O leitor é quase sempre um autor ele próprio. É ele que dá significado às palavras e por isso até acho muito interessante quando as pessoas me vêm apontar coisas que não eram minha intenção, mas que de facto estão lá. E há muitas outras coisas que foram minhas intenções e que nunca ninguém me referiu, e no entanto também lá estão. Se calhar alguém reparou nelas ou ainda vai reparar. Tudo o que um leitor leia num livro é legítimo porque nessa fase o leitor é tudo, é ele que faz o livro.
José Luís Peixoto - ''Diário de Notícias (2003)''
Uma jóia preciosa com múltiplas funções...
This is an English lantern clock dated about 1650. Have you ever seen one before? Lantern clocks normally have brass cases. This is the only known example with ...a silver case showing that it was a luxury commission.
Find this object in 'Treasures of the Royal Courts: Tudors, Stuarts and the Russian Tsars', until 14 July http://bit.ly/YUJj9y
Find this object in 'Treasures of the Royal Courts: Tudors, Stuarts and the Russian Tsars', until 14 July http://bit.ly/YUJj9y
Parque de Monserrate - Sintra
Parque de Monserrate - Sintra
De forma inédita, floresceram no Parque de Monserrate 5 exemplares da Doryanthes excelsa, uma das plantas mais antigas do parque, que apenas floresce a cada 15 ...anos (em Monserrate tem sido possível ver uma flor cerca de 3 em 3 anos, neste momento é possível ver 5 em simultâneo!). A Doryanthes excelsa, originária da Austrália, atinge 5m de altura, e a flor vermelha escura os 70cm de perímetro e os 20cm de altura. Conta com cerca de 100 folhas verde escuras, lineares e pontiagudas, que crescem até aos 2,5m de comprimento.
Esta planta foi trazida para Monserrate, a partir dos Kew Gardens, em Inglaterra, na década de 60 do séc. XIX. A espécie floresce a cada 15 anos e apenas reproduz por afilhamento após a floração, dando origem a várias jovens plantas que crescem na base da progenitora. Hoje e nos próximos dias em Monserrate, junto ao Torreão norte, podem ser vistas estas 5 magnificas flores vermelhas!
Esta planta foi trazida para Monserrate, a partir dos Kew Gardens, em Inglaterra, na década de 60 do séc. XIX. A espécie floresce a cada 15 anos e apenas reproduz por afilhamento após a floração, dando origem a várias jovens plantas que crescem na base da progenitora. Hoje e nos próximos dias em Monserrate, junto ao Torreão norte, podem ser vistas estas 5 magnificas flores vermelhas!
Poema de Mia Couto de 2012...
A flor que és,
não a que possa comprar,
te venho oferecer.
Porque não tem preço
... o que te ofereço.
E se me debruço a colher a pétala,
a terra inteira em teus dedos se desfolha.
E se a mais pura flor para ti desenho
a inteira pétala no nada se despenha.
Porque és a sombra do sonho em que anoiteço.
Morrer é ter terra finita.
E eu tenho a febre da inatingível margem.
Por isso encho de mar o teu olhar.
MIA COUTO
Maputo, 2012
A flor que és,
não a que possa comprar,
te venho oferecer.
Porque não tem preço
... o que te ofereço.
E se me debruço a colher a pétala,
a terra inteira em teus dedos se desfolha.
E se a mais pura flor para ti desenho
a inteira pétala no nada se despenha.
Porque és a sombra do sonho em que anoiteço.
Morrer é ter terra finita.
E eu tenho a febre da inatingível margem.
Por isso encho de mar o teu olhar.
MIA COUTO
Maputo, 2012
não a que possa comprar,
te venho oferecer.
Porque não tem preço
... o que te ofereço.
E se me debruço a colher a pétala,
a terra inteira em teus dedos se desfolha.
E se a mais pura flor para ti desenho
a inteira pétala no nada se despenha.
Porque és a sombra do sonho em que anoiteço.
Morrer é ter terra finita.
E eu tenho a febre da inatingível margem.
Por isso encho de mar o teu olhar.
MIA COUTO
Maputo, 2012
Ler é...
"Ler é romper barreiras, quebrar limites, ultrapassar fronteiras, olhar além do que os nossos olhos possam enxergar.
É sair do lugar comum, aventurar-se por caminhos vários.
É olhar através das imagens e captar significados além do que a própria vista possa imaginar."
(Inajá Martins de Almeida)
O maior lago alcalino do mundo!...
Cratera de Nabiyotum, no Lago Turkana (na fronteira entre a Etiópia e o Quênia) - Este é o maior lago alcalino do mundo!
maio 28, 2013
Frase de Nietzche...
"Antes que o homem aprenda a voar é necessário ensina-lo a andar, correr e dançar."
(Nietzche)
___________________arte de Jurga MARTIN
(Nietzche)
___________________arte de Jurga MARTIN
Poema de Mia Couto....
Me tornei antigo
porque a vida,
tantas vezes, se demorou.
E eu a esperei
como um rio aguarda a cheia.
Mia Couto
_____________________arte de Marcel Caram
Me tornei antigo
porque a vida,
tantas vezes, se demorou.
E eu a esperei
como um rio aguarda a cheia.
Mia Couto
_____________________arte de Marcel Caram
porque a vida,
tantas vezes, se demorou.
E eu a esperei
como um rio aguarda a cheia.
Mia Couto
_____________________arte de Marcel Caram
Palácio Potala no Tibet, Nepal
Mestre Aquilino Ribeiro
O Mestre Esquecido
Foto da Livraria Bertrand
Aquilino Ribeiro gostava das verdades duras como punhos. Se fosse vivo, e como nunca fora homem de mandar recados por ninguém, não teria por certo dúvidas em desdenhar o epíteto de "mestre" que hoje lhe atribui uma sociedade que não lê os seus livros, ignora a riqueza do vocabulário por ele introduzido nos seus romances, e há muito depositou a sua obra num muito reverenciado mausoléu.
Não é sina, nem destino. É algo que acontece, mesmo a grandes escritores como o foi Aquilino Ribeiro, cujo ex-líbris era desde logo uma afirmação de persistência e vontade: "alcança quem não cansa".
Se fosse vivo, o escritor teria agora 127 anos. O seu tempo já não é deste tempo, sobretudo quando se percebe que o facto de ter passado de moda tem a ver, não tanto com a qualidade da escrita ou a originalidade dos temas, mas sobretudo com a desvalorização da ruralidade num imaginário português que se quer atribuir a si próprio um estatuto cada vez mais urbano.
Desaparecido das estantes
Aquilino deixou de ser lido. As livrarias deixaram de o ter nas estantes. Os estudantes só com muito esforço conseguem aproximar-se do universo deste homem que soube como poucos conjugar a palavra liberdade. Fazia-o no modo como concebia o seu empenhamento cívico e político, ou na agudeza com que levava as suas personagens a contestarem o estabelecido, a questionarem os autoritarismos.
Aquilino Ribeiro nasceu a 13 de setembro de 1885 no concelho de Sernancelhe, freguesia de Carregal, e morreu a 27 de maio de 1963, num ano de muitas homenagens públicas a que com gosto assistia.
Após o 25 de abril de 1974 o povo de Soutosa, para onde Aquilino foi viver com dez anos de idade, e onde está agora a Casa Museu com o seu nome, viveu uma festa nunca antes vista. Muitos terão despertado ali para a circunstância de respirarem o mesmo ar que tantos anos fora respirado pelo génio que naquela altura se homenageava com a colocação de um busto.
Para trás ficava a história longa daquele que muitos especialistas continuam a considerar um dos maiores prosadores portugueses do século XX.
Sesenta e nove livros
Publicou em vida 69 livros distribuídos por áreas tão diversas como a ficção, jornalismo, crónica, memórias, ensaio, estudos de etnologia e história, biografias, crítica literária, teatro, literatura infantil, polémicas a que nunca se furtava e traduções (às vezes muito livremente recriadas) do latim, grego, espanhol (o D. Quixote, por exemplo), francês e italiano.
Com uma vida pessoal rica e intensa, Aquilino estudou no Liceu de Lamego, depois iniciou os estudos de filosofia em Viseu. A pedido da mãe foi para os seminário de Beja, mesmo se o que menos se lhe conhecia era vocação religiosa.
Acusado de bombista em 1907, devido à explosão em sua casa de uns caixotes de explosivos que levaram à morte de dois correligionários, acabou detido por fazer parte do Partido Republicano.
Não descansou enquanto não se evadiu da cadeia e encontrou refúgio em Paris. Depois de proclamada a República veio a Portugal, mas frequentara já na Sorbonne os cursos de Filosofia e Sociologia. Entretanto conhece Grete Teuidemann, com quem acaba por residir na Alemanha e de quem tem um primeiro filho.
Os exílios de Paris
Espírito sempre inquieto e avesso a ditaduras, vê-se de novo em fuga política e refugiado na Beira Alta, e depois de novo em Paris, devido às suas posições contra a ditadura militar que se instalara no país após o golpe de 1926.
Nestas andanças tem um período em que se esconde em Soutosa e depois fica viúvo. Sempre em revolta, sempre em contestação, conhece uma vez mais o exílio. Em Paris casa com Jerónima Dantas Machado, filha de Bernardino Machado, presidente da República destituído com o golpe militar de 1926.
Enquanto vivia a vida, Aquilino escrevia e fazia-o como poucos. Da sua pena saíram obras magistrais, como "Quando os Lobos Uivam", "Via Sinuosa, "Tombo no Inferno", ou "O Arcanjo Negro", entre muitas outras.
O escritor morreu há meio século. Há uma eternidade na sua obra, que as momentâneas vivências ou exigências do atual quotidiano têm feito esquecer.
Nada a que não consiga resistir o trabalho de um homem que se assumia como uma força da natureza, e para quem a natureza era o palco maior da vida que em cada instante imaginava e reconstruía.
Em honra de Mia Couto....
MIA COUTO, in JESUSALÉM (Caminho, 2010)
Eu me plantara em palavras.
Acrílico s/ tela: Sunlit tree, por ©Kristi Taylor
MIA COUTO, in JESUSALÉM (Caminho, 2010)
Eu me plantara em palavras.
Acrílico s/ tela: Sunlit tree, por ©Kristi Taylor
Eu me plantara em palavras.
Acrílico s/ tela: Sunlit tree, por ©Kristi Taylor
Verão, nem vê-lo...
Verão de 2013 será o mais frio desde 1816
A má notícia chegou na semana passada através do canal francês de meteorologia Meteo: este ano poderá ser um ano sem verão. Relatório vaticina que estamos prestes a sentir um dos verões mais frios e húmidos dos últimos 200 anos.
Segundo o relatório apresentado pelo canal francês de meteorologia esta probabilidade acontecerá devido a um inverno longo que levou a um arrefecimento do mar e também à fraca atividade solar durante vários meses. Esta combinação poderá ter um efeito direto sobre o clima durante os meses do verão, explica o jornal espanhol 'Liberdade Digital'.
Algumas estimativas consideram que em 2013, no verão, as temperaturas poderão cair, em média, um a três graus na Península Ibérica. Também haverá precipitação.
Significa isto, de acordo com as previsões do canal Meteo que há 70% de probabilidades de que haja uma ausência completa de verão na Europa Ocidental.
Revelou ainda o Meteo que haverá períodos de calor mas serão de curta duração, com alterações do clima até final de agosto.
Assim os meses mais quentes não serão, como habitualmente, julho e agosto e haverá que esperar até setembro e outubro para desfrutar do calor.
Algumas estimativas consideram que em 2013, no verão, as temperaturas poderão cair, em média, um a três graus na Península Ibérica. Também haverá precipitação.
Significa isto, de acordo com as previsões do canal Meteo que há 70% de probabilidades de que haja uma ausência completa de verão na Europa Ocidental.
Revelou ainda o Meteo que haverá períodos de calor mas serão de curta duração, com alterações do clima até final de agosto.
Assim os meses mais quentes não serão, como habitualmente, julho e agosto e haverá que esperar até setembro e outubro para desfrutar do calor.
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O maior buraco do mundo está na Sibéria....
The Biggest (man-made) Hole In the World
This ginormous hole seems like a scene from some bad "End of World Movie". But in reality it's a diamond mine in Mirna, Siberia. It measures 525 m deep and 1.25 km in diameter, making it the biggest man-made hole in the world. The suction from the hole is so powerful that helicopters flying over it have crashed.
This ginormous hole seems like a scene from some bad "End of World Movie". But in reality it's a diamond mine in Mirna, Siberia. It measures 525 m deep and 1.25 km in diameter, making it the biggest man-made hole in the world. The suction from the hole is so powerful that helicopters flying over it have crashed.
Poema de Miguel Torga
AR LIVRE
Ar livre, que não respiro!
Ou são pela asfixia?
Miséria de cobardia
... Que não arromba a janela
Da sala onde a fantasia
Estiola e fica amarela!
Ar livre, digo-vos eu!
Ou estamos nalgum museu
De manequins de cartão?
Antes o caos que a morte…
De par em par, pois então?!
Ar livre! Correntes de ar
Por toda a casa empestada!
(Vendavais na terra inteira,
A própria dor arejada,
-E nós nesta borralheira
De estufa calafetada!)
Ar livre! Que ninguém canta
Com a corda na garganta,
Tolhido da inspiração!
Ar livre como se tem
Fora do ventre da mãe,
Desligado do cordão!
Ar livre, sem restrições!
Ou há pulmões
Ou não há!
Fechem as outras riquezas,
Mas tenham fartas as mesas
Do ar que a vida nos dá!
Miguel Torga.
Cântico do Homem. Poesias. (1950)
Ar livre, que não respiro!
Ou são pela asfixia?
Miséria de cobardia
... Que não arromba a janela
Da sala onde a fantasia
Estiola e fica amarela!
Ar livre, digo-vos eu!
Ou estamos nalgum museu
De manequins de cartão?
Antes o caos que a morte…
De par em par, pois então?!
Ar livre! Correntes de ar
Por toda a casa empestada!
(Vendavais na terra inteira,
A própria dor arejada,
-E nós nesta borralheira
De estufa calafetada!)
Ar livre! Que ninguém canta
Com a corda na garganta,
Tolhido da inspiração!
Ar livre como se tem
Fora do ventre da mãe,
Desligado do cordão!
Ar livre, sem restrições!
Ou há pulmões
Ou não há!
Fechem as outras riquezas,
Mas tenham fartas as mesas
Do ar que a vida nos dá!
Miguel Torga.
Cântico do Homem. Poesias. (1950)
Eugénio de Andrade
Deixarás a casa por acabar.
Ficarão nos muros janelas por abrir
para o primeiro,
o último crepúsculo.
No ar ainda doce, encostado
... à parede, o limoeiro
voltará a florir para nenhum olhar.
No jardim uma ou outra flor resiste.
Talvez alguém passe e diga para si mesmo:
Como os goivos cheiram bem.
Eugénio de Andrade
Relato Breve,in Sulcos da Sede
Deixarás a casa por acabar.
Ficarão nos muros janelas por abrir
para o primeiro,
o último crepúsculo.
No ar ainda doce, encostado
... à parede, o limoeiro
voltará a florir para nenhum olhar.
No jardim uma ou outra flor resiste.
Talvez alguém passe e diga para si mesmo:
Como os goivos cheiram bem.
Eugénio de Andrade
Relato Breve,in Sulcos da Sede
Ficarão nos muros janelas por abrir
para o primeiro,
o último crepúsculo.
No ar ainda doce, encostado
... à parede, o limoeiro
voltará a florir para nenhum olhar.
No jardim uma ou outra flor resiste.
Talvez alguém passe e diga para si mesmo:
Como os goivos cheiram bem.
Eugénio de Andrade
Relato Breve,in Sulcos da Sede
maio 27, 2013
Mia Couto é o vencedor do Prémio Camões 2013
Mia Couto é o vencedor do Prémio Camões 2013
Prémio, que tem o valor de 100 mil euros, foi anunciado ao princípio da noite desta segunda-feira no Rio de Janeiro.
O vencedor do prémio literário mais importante da criação literária da língua portuguesa é o biólogo e escritor moçambicano autor de livros como Raiz de Orvalho, Terra Sonâmbula e A Confissão da Leoa . É o segundo autor de Moçambique a ser distinguido, depois de José Craveirinha em 1991.
Em meados da década de 1980, regressa à Universidade para se formar em Biologia. Nessa altura, tinha já publicado, em 1983, o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho.
"O livro surgiu em 1983, numa altura em que a revolução de Moçambique estava em plena pujança e todos nós tínhamos, de uma forma ou de outra, aderido à causa da independência. E a escrita era muito dominada por essa urgência política de mudar o mundo, de criar um homem e uma sociedade nova, tornou-se uma escrita muito panfletária”, comentou Mia Couto em entrevista ao PÚBLICO (20/11/1999), aquando da reedição daquele título pela Caminho.
Em 1986 edita o seu primeiro livro de crónicas, Vozes Anoitecidas, que lhe valeu o prémio da Associação de Escritores Moçambicanos. Mas é com o romance, e nomeadamente com o seu título de estreia neste género, Terra Sonâmbula (1992), que Mia Couto manifesta os primeiros sinais de “desobediência” ao padrão da língua portuguesa, criando fórmulas vocabulares inspiradas da língua oral que irão marcar a sua escrita e impôr o seu estilo muito próprio.
“Só quando quis contar histórias é que se me colocou este desafio de deixar entrar a vida e a maneira como o português era remoldado em Moçambique para lhes dar maior força poética. A oralidade não é aquela coisa que se resolve mandando por aí umas brigadas a recolher histórias tradicionais, é muito mais que isso”, disse, na citada entrevista. E acrescentou: “Temos sempre a ideia de que a língua é a grande dama, tem que se falar e escrever bem. A criação poética nasce do erro, da desobediência.”
Foi nesse registo que se sucederam romances, sempre na Caminho, como A Varanda do Frangipani (1996), Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra (2002 – que o realizador José Carlos Oliveira haveria de adaptar ao grande ecrã), ou O Outro Pé da Sereia (2006). A propósito dos seus últimos livros, A Confissão da Leoa (2012), mas particularmente Jerusalém (2009), o escritor confessou algum cansaço por a sua obra ser muitas vezes confundida com a de um jogo de linguagem, por causa da quantidade de palavras e expressões “novas” que neles aparecem.
Paralelamente aos romances, Mia Couto continuou a escrever e a editar crónicas e poesia – “Eu sou da poesia”, justificou, numa referência às suas origens literárias.
Na sua carreira, foi também acumulando distinções, como os Prémios Vergílio Ferreira (1999, pelo conjunto da obra), Mário António/Fundação Gulbenkian (2001), União Latina de Literaturas Românicas (2007) ou Eduardo Lourenço (2012).
Nas anteriores 24 edições do Prémio Camões, Portugal e Brasil foram distinguidos por dez vezes cada, a última das quais, respectivamente, nas figuras de Manuel António Pina (2011) e de Dalton Trevisan (2012). Angola teve, até ao momento, dois escritores citados: Pepetela, em 1997, e José Luandino Vieira, que, em 2006, recusou o prémio. De Moçambique, fora já premiado José Craveirinha (1991) e, de Cabo Verde, Arménio Vieira (2009).
Criado por Portugal e pelo Brasil em 1989, e actualmente com o valor monetário de cem mil euros, este é o principal prémio destinado à literatura em língua portuguesa e consagra anualmente um autor que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum.
A escolha foi decidida por um júri, que reuniu durante a tarde desta segunda-feira no Palácio Gustavo Capanema, sede do Centro Internacional do Livro e da Biblioteca Nacional, e de que fizeram parte, do lado de Portugal, a professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa Clara Crabbé Rocha (filha de Miguel Torga, o primeiro galardoado com o Prémio Camões, em 1989) e o escritor e jornalista (director do Jornal de Letras) José Carlos Vasconcelos. E também os brasileiros Alcir Pécora, crítico e professor da Universidade de Campinas, e Alberto da Costa e Silva, embaixador e membro da Academia Brasileira de Letras, o escritor e professor universitário moçambicano João Paulo Borges Coelho e o escritor angolano José Eduardo Agualusa.
Nascido em 1955, na Beira, no seio de uma família de emigrantes portugueses, Mia Couto começou por estudar Medicina na Universidade de Lourenço Marques (actual Maputo). Integrou, na sua juventude, o movimento pela independência de Moçambique do colonialismo português. A seguir à independência, na sequência do 25 de Abril de 1974, interrompe os estudos e vira-se para o jornalismo, trabalhando em publicações como A Tribuna, Tempo e Notícias, e também a Agência de Informação de Moçambique (AIM), de que foi director.Em meados da década de 1980, regressa à Universidade para se formar em Biologia. Nessa altura, tinha já publicado, em 1983, o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho.
"O livro surgiu em 1983, numa altura em que a revolução de Moçambique estava em plena pujança e todos nós tínhamos, de uma forma ou de outra, aderido à causa da independência. E a escrita era muito dominada por essa urgência política de mudar o mundo, de criar um homem e uma sociedade nova, tornou-se uma escrita muito panfletária”, comentou Mia Couto em entrevista ao PÚBLICO (20/11/1999), aquando da reedição daquele título pela Caminho.
Em 1986 edita o seu primeiro livro de crónicas, Vozes Anoitecidas, que lhe valeu o prémio da Associação de Escritores Moçambicanos. Mas é com o romance, e nomeadamente com o seu título de estreia neste género, Terra Sonâmbula (1992), que Mia Couto manifesta os primeiros sinais de “desobediência” ao padrão da língua portuguesa, criando fórmulas vocabulares inspiradas da língua oral que irão marcar a sua escrita e impôr o seu estilo muito próprio.
“Só quando quis contar histórias é que se me colocou este desafio de deixar entrar a vida e a maneira como o português era remoldado em Moçambique para lhes dar maior força poética. A oralidade não é aquela coisa que se resolve mandando por aí umas brigadas a recolher histórias tradicionais, é muito mais que isso”, disse, na citada entrevista. E acrescentou: “Temos sempre a ideia de que a língua é a grande dama, tem que se falar e escrever bem. A criação poética nasce do erro, da desobediência.”
Foi nesse registo que se sucederam romances, sempre na Caminho, como A Varanda do Frangipani (1996), Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra (2002 – que o realizador José Carlos Oliveira haveria de adaptar ao grande ecrã), ou O Outro Pé da Sereia (2006). A propósito dos seus últimos livros, A Confissão da Leoa (2012), mas particularmente Jerusalém (2009), o escritor confessou algum cansaço por a sua obra ser muitas vezes confundida com a de um jogo de linguagem, por causa da quantidade de palavras e expressões “novas” que neles aparecem.
Paralelamente aos romances, Mia Couto continuou a escrever e a editar crónicas e poesia – “Eu sou da poesia”, justificou, numa referência às suas origens literárias.
Na sua carreira, foi também acumulando distinções, como os Prémios Vergílio Ferreira (1999, pelo conjunto da obra), Mário António/Fundação Gulbenkian (2001), União Latina de Literaturas Românicas (2007) ou Eduardo Lourenço (2012).
Nas anteriores 24 edições do Prémio Camões, Portugal e Brasil foram distinguidos por dez vezes cada, a última das quais, respectivamente, nas figuras de Manuel António Pina (2011) e de Dalton Trevisan (2012). Angola teve, até ao momento, dois escritores citados: Pepetela, em 1997, e José Luandino Vieira, que, em 2006, recusou o prémio. De Moçambique, fora já premiado José Craveirinha (1991) e, de Cabo Verde, Arménio Vieira (2009).
Criado por Portugal e pelo Brasil em 1989, e actualmente com o valor monetário de cem mil euros, este é o principal prémio destinado à literatura em língua portuguesa e consagra anualmente um autor que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum.
“O Guardador de Rebanhos”. Alberto Caeiro
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer,
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
... Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
“O Guardador de Rebanhos”. Alberto Caeiro
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer,
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
... Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
“O Guardador de Rebanhos”. Alberto Caeiro
Frase de Jean-Jacques Rousseau
"O homem nasceu livre, e em todos os lugares ele está acorrentado."
(Jean-Jacques Rousseau)
_________________arte de Joan Louis
(Jean-Jacques Rousseau)
_________________arte de Joan Louis
maio 26, 2013
José Saramago
Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais.
José Saramago
__________________arte de Emma S Davis
__________________arte de Emma S Davis
Poema de António Gedeão...
Pensar em ti é coisa delicada.
É um diluír de tinta espessa e farta
e o passá-la em finíssima aguada
com um pincel de marta.
... Um pesar grãos de nada em mínima balança
um armar de arames cauteloso e atento,
um proteger a chama contra o vento,
pentear cabelinhos de criança.
Um desembaraçar de linhas de costura,
um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça,
um planar de gaivota como um lábio a sorrir,
Penso em ti com tamanha ternura
como se fosses vidro ou película de loiça
que apenas como o pensar te pudesses partir.
António Gedeão
Pensar em ti é coisa delicada.
É um diluír de tinta espessa e farta
e o passá-la em finíssima aguada
com um pincel de marta.
... Um pesar grãos de nada em mínima balança
um armar de arames cauteloso e atento,
um proteger a chama contra o vento,
pentear cabelinhos de criança.
Um desembaraçar de linhas de costura,
um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça,
um planar de gaivota como um lábio a sorrir,
Penso em ti com tamanha ternura
como se fosses vidro ou película de loiça
que apenas como o pensar te pudesses partir.
António Gedeão
É um diluír de tinta espessa e farta
e o passá-la em finíssima aguada
com um pincel de marta.
... Um pesar grãos de nada em mínima balança
um armar de arames cauteloso e atento,
um proteger a chama contra o vento,
pentear cabelinhos de criança.
Um desembaraçar de linhas de costura,
um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça,
um planar de gaivota como um lábio a sorrir,
Penso em ti com tamanha ternura
como se fosses vidro ou película de loiça
que apenas como o pensar te pudesses partir.
António Gedeão
Frase de Franz Kafka...
O tempo é teu capital; tens de o saber utilizar. Perder tempo é estragar a vida.
Franz Kafka
____________________arte de Daniela Tieni
Franz Kafka
____________________arte de Daniela Tieni
Ler é...
ÁLVARO DE CAMPOS (FERNANDO PESSOA), in LIVRO DE VERSOS (Estampa, 1933)
ÁLVARO DE CAMPOS (FERNANDO PESSOA), in LIVRO DE VERSOS (Estampa, 1933)
Penso em ti no silêncio da noite, quando tudo é nada,
E os ruídos que há no silêncio são o próprio silêncio,
Então, sozinho de mim, passageiro parado
De uma viagem em Deus, inutilmente penso em ti.
Todo o passado, em que foste um momento eterno
E como este silêncio de tudo.
Todo o perdido, em que foste o que mais perdi,
É como estes ruídos,
Todo o inútil, em que foste o que não houvera de ser
É como o nada por ser neste silêncio nocturno.
Tenho visto morrer, ou ouvido que morrem,
Quantos amei ou conheci,
Tenho visto não saber mais nada deles de tantos que foram
Comigo, e pouco importa se foi um homem ou uma conversa;
Ou um [...] assustado e mudo,
E o mundo hoje para mim é um cemitério de noite
Branco e negro de campas e [...] e de luar alheio
E é neste sossego absurdo de mim e de tudo que penso em ti.
Óleo sobre tela: Train At Night, de Lionel Walden
Penso em ti no silêncio da noite, quando tudo é nada,
E os ruídos que há no silêncio são o próprio silêncio,
Então, sozinho de mim, passageiro parado
De uma viagem em Deus, inutilmente penso em ti.
Todo o passado, em que foste um momento eterno
E como este silêncio de tudo.
Todo o perdido, em que foste o que mais perdi,
É como estes ruídos,
Todo o inútil, em que foste o que não houvera de ser
É como o nada por ser neste silêncio nocturno.
Tenho visto morrer, ou ouvido que morrem,
Quantos amei ou conheci,
Tenho visto não saber mais nada deles de tantos que foram
Comigo, e pouco importa se foi um homem ou uma conversa;
Ou um [...] assustado e mudo,
E o mundo hoje para mim é um cemitério de noite
Branco e negro de campas e [...] e de luar alheio
E é neste sossego absurdo de mim e de tudo que penso em ti.
Óleo sobre tela: Train At Night, de Lionel Walden
Pablo Neruda, in "Nasci para Nascer" (Discurso na entrega do Prémio Nobel)
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo…. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos , quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece…
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto, para ir atrás de um sonho, quem não se permite uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentalmente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante …. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando indagam sobre algo que sabe,
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade
Pablo Neruda
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto, para ir atrás de um sonho, quem não se permite uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentalmente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante …. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando indagam sobre algo que sabe,
Pablo Neruda
maio 25, 2013
poema de Alberto Caeiro....
O espetáculo dos Jacarandás em flor....
Se às vezes digo que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julg...ue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXXI"
Se às vezes digo que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julg...ue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXXI"
Biblioteca da Abadia de Saint-Florian na Áustria...
Biblioteca da Abadia de Saint-Florian - Áustria
A construção da ala da biblioteca foi iniciada 1744, por Johann Gotthard Hayberger.
A biblioteca dispõe de cerca de 130.000 volumes, entre muitos manuscritos. A galeria contém numerosas obras dos séculos XVI e XVII, mas também algumas obras da Escola Danúbio, particularmente por Albrecht Altdorfer.
.O mosteiro, em homenagem a São Floriano, foi fundada em 1071 , quando abrigou uma comunidade de Cônegos Agostinianos , e é, portanto, é um dos mosteiros mais antigos operacionais do mundo após a Regra de Santo Agostinho .
Entre 1686 e 1708 o complexo do mosteiro foi reconstruído em estilo barroco estilo por Carlo Antonio Carlone, de quem São Floriano é considerado a obra-prima. Após sua morte, o trabalho foi continuado por Jakob Prandtauer. O resultado é o maior mosteiro barroco na Alta Áustria.
Os frescos foram criadas por Bartolomeo Altomonte.
Não é lindissima?
Biblioteca da Abadia de Saint-Florian - Áustria
A construção da ala da biblioteca foi iniciada 1744, por Johann Gotthard Hayberger.
A biblioteca dispõe de cerca de 130.000 volumes, entre muitos manuscritos. A galeria contém numerosas obras dos séculos XVI e XVII, mas também algumas obras da Escola Danúbio, particularmente por Albrecht Altdorfer.
.O mosteiro, em homenagem a São Floriano, foi fundada em 1071 , quando abrigou uma comunidade de Cônegos Agostinianos , e é, portanto, é um dos mosteiros mais antigos operacionais do mundo após a Regra de Santo Agostinho .
Entre 1686 e 1708 o complexo do mosteiro foi reconstruído em estilo barroco estilo por Carlo Antonio Carlone, de quem São Floriano é considerado a obra-prima. Após sua morte, o trabalho foi continuado por Jakob Prandtauer. O resultado é o maior mosteiro barroco na Alta Áustria.
Os frescos foram criadas por Bartolomeo Altomonte.
Não é lindissima?
A construção da ala da biblioteca foi iniciada 1744, por Johann Gotthard Hayberger.
A biblioteca dispõe de cerca de 130.000 volumes, entre muitos manuscritos. A galeria contém numerosas obras dos séculos XVI e XVII, mas também algumas obras da Escola Danúbio, particularmente por Albrecht Altdorfer.
.O mosteiro, em homenagem a São Floriano, foi fundada em 1071 , quando abrigou uma comunidade de Cônegos Agostinianos , e é, portanto, é um dos mosteiros mais antigos operacionais do mundo após a Regra de Santo Agostinho .
Entre 1686 e 1708 o complexo do mosteiro foi reconstruído em estilo barroco estilo por Carlo Antonio Carlone, de quem São Floriano é considerado a obra-prima. Após sua morte, o trabalho foi continuado por Jakob Prandtauer. O resultado é o maior mosteiro barroco na Alta Áustria.
Os frescos foram criadas por Bartolomeo Altomonte.
Não é lindissima?
Pémio atribuído ao escritor Richard Zenit....
Richard Zenith com Cavaco Silva e Pinto Balsemão, esta tarde na Culturgest em Lisboa
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"Fiquei com a sensação de ter ganho uma lotaria". Foi assim que o escritor, tradutor e crítico literário, Richard Zenith, 56 anos, se referiu ao Prémio Pessoa, com que foi distinguido em 2012, no seu discurso de agradecimento proferido na Culturgest em Lisboa.
"Os prémios costumam reconhecer um indivíduo, mas há, inevitavelmente, toda uma rede de pessoas que o apoia. E é em parte por isso que, ao saber que me tinha sido atribuído o Prémio Pessoa de 2012, fiquei com a sensação de ter ganho uma lotaria", disse.
Durante a sua intervenção recordou ainda a reação dos pais às suas primeiras publicações em revistas literárias quando tinha 24 ou 25 anos. A mãe limitou-se a dizer que não lia poesia ("'We don't understand poetry.' Ela gostava de ler, mas prosa unicamente") enquanto o pai, engenheiro de profissão, perguntou com ar intrigado: "Now, when you translate a poem, do they pay you?" (Eles pagam-te para traduzires poemas?).
"Hoje, se ainda estivesse vivo, eu poderia responder-lhe: 'Sim, pai, até pagam'", acrescentou Richard Zenith.
Português de alma e coração
Momentos antes, Francisco Pinto Balsemão, presidente do júri, lembrou que "Richard Zenith é o grande tradutor da obra pessoana para a língua inglesa. Mas é mais do que isso. É também o editor de Fernando Pessoa, como resulta de todo o trabalho que efetuou com a fixação e arrumação dos textos do Livro do Desassossego".
Do trabalhado desenvolvido pelo Prémio Pessoa 2012, que pela primeira vez distinguiu um cidadão nascido e crescido com a nacionalidade americana, mas que "tornou-se cidadão de Portugal, por dedicação e louvor" a Fernando Pessoa bem como à literatura e à língua portuguesa, Balsemão lembrou ainda a "tradução para inglês de autores clássicos - parte da lírica de Camões - e contemporâneos como Antero de Quental, Sophia de Mello Breyner, Nuno Júdice e António Lobo Antunes".
O Prémio Pessoa é uma iniciativa do Expresso com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/richard-zenith-agradece-premio-pessoa-com-um-hino-a-vida=f809155#ixzz2UJyKIUwL
maio 22, 2013
Um dos vales em U mais bonitos em Portugal...
Erasmo de Rotterdam
"O vento nem deixa ficar, nem deixa navegar."
(Erasmo de Rotterdam)
_____________________arte de Julie Paschkis
(Erasmo de Rotterdam)
_____________________arte de Julie Paschkis
Boas notícias....
Portugal está de parabéns!
Temos uma vasta costa com 87% das praias com água de excelente qualidade...
Há que valorizar estes recursos.. .
Temos uma vasta costa com 87% das praias com água de excelente qualidade...
Há que valorizar estes recursos.. .
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