O REGICÍDIO ocorreu no dia 1 de Fevereiro de 1908, quando a família real regressou a Lisboa, vindo de Vila Viçosa.
Tendo desembarcado no Terreiro do Paço, seguiam
numa carruagem aberta para o Paço das Necessidades.
Subitamente, rompendo entre o cordão de polícias e população, um homem
de revólver em punho disparou à queima-roupa contra o rei, atingindo-o
com dois tiros na cabeça.
A carruagem seguiu pela rua do Arsenal, quando um outro indivíduo, mais
adiante, disparou uma carabina que trazia oculta contra D. Luís Filipe,
que segurava um revólver, matando-o.
D. Manuel é atingido num braço. Apenas a rainha D. Amélia sai ilesa.
O pânico e o tiroteio generalizam-se.
O primeiro regicida terá sido morto pelo príncipe D. Luís Filipe. O
segundo é morto pela polícia.
Os regicidas foram Alfredo Costa, de 28 anos, caixeiro de profissão e
Manuel Buíça, de 32 anos, professor primário, ambos republicanos.