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No século XV, com o início dos Descobrimentos, o português foi a
primeira língua da globalização, falada por um milhão de pessoas que viviam
[quase] todas no espaço hoje conhecido por Portugal continental. Atualmente o
português é falado por 250 milhões de pessoas e, para além do inglês, é a única
língua falada em países dos cinco continentes.
Aproveitar e rentabilizar esta imensa mais valia que pode ser
gerada pelo "Potencial Económico da Língua Portuguesa" é o grande objetivo da
exposição que o Instituto Camões e uma equipa de investigadores do ISCTE
coordenada por Luís Reto [responsável pela elaboração do livro homónimo desta
exposição], inauguram hoje em Bruxelas no edifício do Parlamento Europeu.
A mostra patrocinada pelo eurodeputado centrista Diogo Feio, vai
patente no 3º andar do Parlamento Europeu em Bruxelas (no Edifício ASP), de 18 a
21 de fevereiro.
Em 2050 vamos ser 350 milhões de falantes
Esta exposição é uma oportunidade para "mostrar no meio das
instituições comunitárias que o português é uma das quatro línguas europeias de
expressão mundial", disse ao Expresso, Mário Filipe, do Instituto Camões.
Esta exposição foi concebida a partir do livro coordenado por
Luís Reto [publicado em dezembro de 2012], e vai ter uma "forte componente
visual dos cartazes, que permite assim uma mais ampla divulgação deste
importante trabalho de pesquisa. Os dados estatísticos mais relevantes são
evidenciados com recurso a tabelas, fotografias" e outros elementos gráficos,
refere o Instituto Camões em comunicado.
De acordo com os dados da equipa do ISCTE, atualmente existem
254,54 milhões de "falantes nativos" de português, o que equivale às populações
dos oito países de língua oficial portuguesa: Portugal, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola, Brasil, Moçambique e Timor-Leste.
Usam o português como língua materna ou oficial 3,66% da
população mundial, o que significa que 3,85% do PIB mundial, é 'produzido' em
português.
Em 2050, dentro de 35 anos, 350 milhões de pessoas vão usar o
português como idioma materno, e tudo indica que continuará a ser a terceira
língua europeia mais falada no mundo, depois do inglês e do espanhol.
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