outubro 20, 2013

"AQUELA TRISTE E LEDA MADRUGADA" - soneto de Luís Vaz de Camões

AQUELA TRISTE E LEDA MADRUGADA Aquela triste e leda madrugada, Cheia toda de mágoa e de piedade, Enquanto houver no mundo saudade Quero que seja sempre celebrada.... Ela só quando amena e marchetada Saía, dando à terra claridade Viu apartando-se de uma outra vontade, Que nunca poderá ver-se apartada. Ela só viu as lágrimas em fio, Que de uns e de outros olhos derivados, Juntando-se, formaram largo rio. LUÍS DE CAMÕES