novembro 10, 2014

Poesia de Eugénio de Andrade...



Saio de casa para ver os estorninhos;
não têm conta a esta hora da tarde, em revoadas sucessivas sobre as árvores. Quando a noite cai já estou de volta, o olhar atravessado por rápidos fulgores.
A luz é tudo o que trago comigo, porque também eu tenho medo do escuro.


Eugénio de Andrade