«Parar,
Parar, não paro. 
Esquecer, 
... esquecer não esqueço. 
Se carácter custa caro, 
pago o preço. 
Pago, embora seja raro. 
Mas homem não tem avesso 
e o peso da pedra
eu comparo à força do arremesso.
Um rio, só se for claro. 
Correr sim, mas sem tropeço. 
Mas se tropeçar não paro, 
não paro, nem mereço. 
E que ninguém me dê amparo, 
nem me pergunte se padeço. 
Não sou, nem serei avaro. 
Se carácter custa caro, 
pago o preço.»
Sidónio Muralha
