"As palavras sempre ficam.
Se me disseres que me amas, acreditarei. Mas se me escreveres que me amas, acreditarei ainda mais.
Se me falares da tua saudade, entenderei. Mas se escreveres sobre ela, eu a sentirei junto contigo.
Se a tristeza vier a te consumir e me contares, eu saberei. Mas se a descreveres no papel, o seu peso será menor.
Lembre-se sempre do poder das palavras.
Quem escreve constrói um castelo, e quem lê passa a habitá-lo"
(Silvana Duboc)
dezembro 30, 2012
Uma transição natural...
"A transição para a era digital é a mais radical transformação da nossa história intelectual desde a invenção do alfabeto grego. Sim, o momento é histórico: há mudanças profundas na leitura, na escrita - e talvez até dentro do cérebro humano."
dezembro 29, 2012
Bom Ano Novo de 2013...
dezembro 23, 2012
Poema de Fernando Pessoa...
Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
... E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.
Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
... E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.
Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Adoro livros....adoro ler....
I love to read, I Love Books so much...
I love the smell of fresh printed paper, I love the smell of ink...
I love to read, I Love Books so much...
I love the smell of fresh printed paper, I love the smell of ink...
Dez bons livros para crianças e jovens publicados em 2012
Dez bons livros para crianças e jovens publicados em 2012
Por Rita Pimenta
Escolhemos dez livros ilustrados, publicados em 2012 e assinados por autores portugueses. Foram escritos e desenhados para crianças e jovens, mas não são interditos aos leitores que nasceram há mais tempo. Pelo contrário.
Dez livros para crianças e jovens 2012
Tópicos
Privilegiámos as obras em que texto e imagem se conjugam numa harmonia feliz, quisemos divulgar novos autores e também pequenas editoras. Mas a qualidade foi o critério maior.
Entre poesia, fantástico, aventura, actividades e problemas existenciais na adolescência, aqui fica uma amostra do que se criou em Portugal durante o ano que agora termina. Alguns dos livros que se seguem foram sendo divulgados na página Crianças, nas edições de sábado, e no blogue Letra Pequena. Outros não. Ordenámos a selecção por ordem alfabética do título.
A melhor escolha, no entanto, é aquela que cada criança faz quando se passeia pelas livrarias. Com essa prática, há-de encontrar o livro certo.
A Casa do João
Texto: João Manuel Ribeiro
Ilustração: João Vaz de Carvalho
Edição: Trinta Por Uma Linha
32 págs., 12,50€
Inspirado na lengalenga A casa do João, dois “Joões” criaram um belo livro. Nesta casa, mora uma família com as idiossincrasias próprias de todas elas. Mas também ali habita a bruxa Mafalda, o Migalha (que é um cão), um rato e um gato, a Mariana e até um poeta. Para conhecer todos os seus habitantes, reais e imaginários, terá de se deter a observar as inconfundíveis imagens de João (Vaz de Carvalho) e as palavras sempre renovadas de João (Manuel Ribeiro). Ora “escutem” O que está, está:
“Que está na casa? / – Um grão na asa.
Que está no telhado? / – Um gato escaldado.
Que está na chaminé?/ – Uma crista de garnisé.
Que está no quarto? / – Um colorido lagarto.
Que está na cozinha? / – A galinha da vizinha.
Que está no palheiro? / – Uma agulha de costureiro.
Que está no quintal? / – Um mudo em arraial.
Que está no portão? / – Um menino pedinchão.
Que está na nesga? / – O Rossio na betesga.
Que está na viela? / – Um fidalgo de meia tigela.
Que está no meio da rua? / – Um poeta a ladrar à lua.”
Achimpa
Texto e ilustração: Catarina Sobral
Edição: Orfeu Negro
40 págs., 14,90€
Depois de se estrear (e bem) com o livro Greve, Catarina Sobral criou Achimpa. Se o leitor não conhece a palavra, não se preocupe. Ou melhor, preocupe-se e tente descodificá-la. Segundo a narrativa da autora, o registo de “achimpa” foi encontrado “num velho e caquético dicionário”. Todos passaram a querer usar a nova palavra, mas não sabiam como.“Então, alguém se lembrou de perguntar à D.ª Zulmira (que tinha 137 anos) se ela conhecia aquela palavra esquisita.”E logo a senhora corrigiu quem perguntava. “Não é ‘achimpa’, mas ‘achimpar’, um verbo da primeira conjugação”, explicou prontamente. “Ao que parece, achimpava-se, sempre se tinha achimpado e achimpar-se-ia enquanto houvesse gente no mundo.” Uma ideia inteligente e divertida (sobretudo para quem gosta de palavras e de as estudar), envolta em ilustrações no mesmo tom.
Atenção! Sou Um Adolescente
Texto: Luísa Ducla Soares
Ilustração: Filipe Alves
Edição: Civilização Editora
96 págs., 7,70€
O Gonçalo tem 13 anos e (diz a mãe) “não é carne nem peixe”. Para o motorista do autocarro em que vai para a escola, o melhor era a “miudagem” da idade dele “ser metida num armário fechado à chave e só sair de lá aos dezoito”. O mau feitio do motorista tem uma explicação: os jovens fogem de pagar bilhete porque gastaram o dinheiro do passe a carregar o telemóvel. A antipatia da mãe justifica-se por o marido se ter apaixonado por uma brasileira. O adolescente descreve-a desta forma, depois de um samba: “Comecei a pensar na minha mãe, sempre a trabalhar, pálida, cada vez mais magra, com o seu rabo de cavalo triste e não pude deixar de fazer comparações. O cabelo da brasileira cai-lhe pelas costas como uma cascata, leve, solto, cor de asa de corvo. Os olhos dela brilham e a pele, reluzente com cremes, cheira a baunilha. Mas quis afastar o pensamento…” Luísa Ducla Soares é assim, põe-se no lugar das personagens em crescimento e não tem preocupações em chocar mentalidades conservadoras. De parabéns está igualmente Filipe Alves, que criou ilustrações sóbrias para os momentos mais importantes da narrativa.
Mar
Texto: Ricardo Henriques
Ilustração: André Letria
Edição: Pato Lógico
56 págs., 14,90€
A obra lança uma interrogação logo à partida: “Se o nosso planeta tem mais mar que terra, então porque é que não se chama planeta Mar?” Segue-se um alfabeto temático, com água por todos os lados. Começa precisamente com a definição de “água” e acaba com a de “zooplâncton”. Em rigor, este livro é um “actividário” (actividades + abecedário), dizem os autores, que apresentam assim a co-autoria de Mar: textos de Ricardo Henriques, “com bitaites de André Letria”; ilustrações de André Letria, “com alvitres de Ricardo Henriques”. O tom das explicações de cada entrada é divertido, mas rigoroso. Ou seja, sério sem ser fúnebre. As propostas de actividades são variadas e criativas, podendo ir da observação de estrelas (“deita-te de papo para o ar numa noite estrelada e tenta descobrir Órion e outras constelações”) à construção de uma alforreca com uma bola velha de borracha (“faz uma alforreca utilizando materiais reutilizáveis”). Na contracapa, escreve-se: “As missões impossíveis são as únicas bem-sucedidas.” Palavras do marinheiro mais famoso de sempre: Jacques Cousteau.
No Labirinto do Minotauro/O Túmulo Perdido
Texto: Bárbara Wong e Ana Soares
Ilustração: Patrícia Furtado.
Editora: Alfaguara/Objectiva
168 págs., 11,90€
Uma colecção (já vai no terceiro volume) assinada pelas co-autoras do blogue Educar em Português, Ana Soares e Bárbara Wong, sobre os clássicos da mitologia grega. “Os miúdos vibram com vampiros, lobisomens, feiticeiros mas, na génese de tudo isso, estão os gregos, e eram esses que queríamos dar a conhecer”, disseram ao PÚBLICO pouco depois do lançamento dos dois primeiros volumes, em Julho. Os episódios vividos por cinco personagens que se aventuram pela Grécia e a quem os deuses irão confiar uma grande responsabilidade vão para além dos livros, tendo continuação/interacção no site Olimpvs.net. A série destina-se a leitores pré-adolescentes e adolescentes e houve a preocupação de criar materiais para os professores poderem explorar o universo dos diferentes títulos. Para Fernando Pinto do Amaral, comissário do Plano Nacional de Leitura, é louvável o facto de se “transmitir aos jovens a importância da mitologia grega, cultura de que somos herdeiros, e de diluir as fronteiras entre o objecto livro e os novos suportes”.
O Caderno Vermelho da Rapariga Karateca
Texto: Ana Pessoa
Ilustração: Bernardo Carvalho
Edição: Planeta Tangerina
150 págs., 14€
Livro distinguido com o Prémio Branquinho da Fonseca 2011. “O Caderno Vermelho é, antes de mais, um caderno de apontamentos. Não é um diário com um discurso intimista e angustiado. É um caderno, no qual a N, lutadora, explora a sua criatividade e se liberta. Escreve sobre o irmão, sobre o karaté, sobre as amigas, mas também sobre o método científico, sobre o próprio caderno e inventa histórias que não têm nada que ver com o seu dia-a-dia. É uma personagem forte e autoconfiante, não anda mal com o mundo. Mas questiona-se sobre ele”, disse a autora, Ana Pessoa, ao PÚBLICO, em Agosto, para um trabalho em que sugerimos leituras de Verão. A obra iniciou a publicação “para mais crescidos” do Planeta Tangerina, na colecção Dois Passos e Um Salto, com ilustrações de Bernardo Carvalho. “Nunca pensei publicar um livro tão bonito, de capa dura, com ilustrações tão fantásticas.” Tudo verdade. “Quando terminei, não tinha a certeza se tinha escrito um livro juvenil. Eu queria que O Caderno Vermelho fizesse sentido para os outros, mas este não foi o ponto de partida. Interessa-me sobretudo escrever mais e melhor, não para um grupo-alvo específico.” Mas os jovens gostaram.
O Grande Chefe
Texto: Carlos Nogueira
Ilustração: David Pintor
Edição: Tcharan
13 págs; 12,90€
Conhecido por todos como O Grande Chefe, o líder de uma aldeia fazia crer que “era o homem mais corajoso à face da Terra”. Dizia-se que “vencia demónios, bruxas e duendes maus, ogres do tamanho de árvores. Também se contava que ele obrigara a Morte a fazer uma promessa. A Morte, que a todos aterroriza e a quem ninguém escapa, prometera que nunca iria à aldeia procurar O Grande Chefe. O próprio Diabo, que vivia do outro lado da montanha, fugia dele”. Uma narrativa poética, com ironia sub-reptícia. Os leitores que nasceram há mais tempo não terão dificuldade em reconhecer as características despóticas de quem domina. Mas os líderes, tal como o desta história, também tombam. Aqui, com a ajuda de uma criança. Aplauso para a atmosfera quente criada pelas ilustrações de David Pintor.
Os Ciganos
Texto: Sophia de Mello Breyner Andresen e Pedro Sousa Tavares
Ilustração: Danuta Wojciechowska
Editora: Porto Editora
64 págs., 18,80€
A parte inicial deste conto tem a assinatura de Sophia de Mello Breyner, foi descoberta por entre o seu espólio literário em 2009 e acredita-se, pela observação da caligrafia da autora, que date de meados dos anos 1960. Informações que a sua filha Maria partilha com os leitores numa nota prévia ao conto inédito Os Ciganos. Pedro, o neto de Sophia e sobrinho de Maria, teve “a ousadia” (palavras do próprio) de o completar. Fez bem (e fê-lo bem).
A história começa assim:“Era uma vez uma casa muito arrumada onde morava um rapaz muito desarrumado. E o rapaz tinha a impressão de que não era feito para morar naquela casa.” Um dia, “com o coração batendo, saltou o muro”. Descobriu os ciganos. Ainda que uma voz interior lhe repetisse “foge destes homens”, Ruy seguiu com eles. E é aqui que Sophia se cala.
Entra o neto, Pedro Sousa Tavares: “Nesse instante, as pernas saltaram-lhe para a frente, como se o seu corpo fosse agora uma marioneta, obedecendo a alguma força superior. Tropeçou em cada buraco do caminho. Fez estalar cada galho seco no chão. Por milagre, ninguém se apercebeu da algazarra (…).” A descrição continua até que o rapaz se esconda na carroça e siga viagem. O protagonista há-de voltar a casa mais sábio e habilidoso, assim decidiu o co-autor. As palavras de uma e outro (avó e neto) são grafadas a cores diferentes, azul para Sophia, preto para Pedro. E este espera que o livro seja “lido como um todo”. Objectivo alcançado. Uma nota para a ilustradora Danuta Wojciechowska, que ampliou e iluminou o sentido da narrativa. Com talento.
Pequeno Livro das Coisas
Texto: João Pedro Mésseder
Ilustração: Rachel Caiano
Edição: Caminho
56 págs., 10,90€
Se há livros delicados, este é um deles. A poesia suave de João Pedro Mésseder, aliada à expressão subtil de Rachel Caiano, faz da leitura de Pequeno Livro das Coisas um momento de desaceleração e paz. E não se pense que os leitores mais novos não aderem a essa mudança de ritmo. O poema a Sombra quieta é um bom espelho do convite a uma pausa: “Era uma vez uma sombra/ que não parava de estar quieta. / Quanto mais quieta estava/ mais o pobre corpo/ se mexia e saltava, esbracejava, corria./ Tomado pelo medo, / o corpo acabou por fugir/ daquele sinistro lugar. / Nunca mais ninguém o viu. / E a sombra?/ Ainda lá está. / Ali, naquele lugar.” Um livro para ler devagar.
Lucas Scarpone — Seis Fantasmas e Meio (1.ª parte)
Texto: Álvaro Magalhães
Ilustração Carlos J. Campos
Edição Asa
112 págs., 8,50€
Tudo se passa no país imaginário Gatália, “em forma de bota” e “rodeado pelo mar”. Qualquer semelhança com Itália (não) é pura coincidência. Aí, vive o protagonista desta série. De seu nome Lucas Scarpone, um gato. Escreve, pesca e dorme a sesta. É mesmo o presidente do GAS – Gatos Amigos da Sesta. E tem um dom, se assim se lhe pode chamar: o de conseguir ver fantasmas. Eis o motivo por que acabará por se transformar num agente do CAT – Centro de Actividades Transcendentais. A descoberta de que os seus verdadeiros pais não são quem ele pensava e o acender de uma paixão vão alterar-lhe o destino. Já não pode viver sem Pandora, jornalista da Sexto Sentido, publicação que investiga casos paranormais. “Eles comem dois peixes apaixonados e também se ‘apeixonam’…” A primeira aventura está dividida em duas partes (dois volumes) e trata do seu primeiro caso. Álvaro Magalhães continua a imprimir ironia em todos os trabalhos que faz. Independentemente da idade do público a que se dirige, encontramos humor, crítica e elegância narrativa. Nesta série faz-se acompanhar (e bem) por Carlos J. Campos. Uma dupla que já assina em conjunto a colecção de inegável êxito Crónicas do Vampiro Valentim, com vendas na ordem dos cem mil exemplares e traduzida em espanhol e coreano. Prevê-se novo sucesso.
Entre poesia, fantástico, aventura, actividades e problemas existenciais na adolescência, aqui fica uma amostra do que se criou em Portugal durante o ano que agora termina. Alguns dos livros que se seguem foram sendo divulgados na página Crianças, nas edições de sábado, e no blogue Letra Pequena. Outros não. Ordenámos a selecção por ordem alfabética do título.
A melhor escolha, no entanto, é aquela que cada criança faz quando se passeia pelas livrarias. Com essa prática, há-de encontrar o livro certo.
A Casa do João
Texto: João Manuel Ribeiro
Ilustração: João Vaz de Carvalho
Edição: Trinta Por Uma Linha
32 págs., 12,50€
Inspirado na lengalenga A casa do João, dois “Joões” criaram um belo livro. Nesta casa, mora uma família com as idiossincrasias próprias de todas elas. Mas também ali habita a bruxa Mafalda, o Migalha (que é um cão), um rato e um gato, a Mariana e até um poeta. Para conhecer todos os seus habitantes, reais e imaginários, terá de se deter a observar as inconfundíveis imagens de João (Vaz de Carvalho) e as palavras sempre renovadas de João (Manuel Ribeiro). Ora “escutem” O que está, está:
“Que está na casa? / – Um grão na asa.
Que está no telhado? / – Um gato escaldado.
Que está na chaminé?/ – Uma crista de garnisé.
Que está no quarto? / – Um colorido lagarto.
Que está na cozinha? / – A galinha da vizinha.
Que está no palheiro? / – Uma agulha de costureiro.
Que está no quintal? / – Um mudo em arraial.
Que está no portão? / – Um menino pedinchão.
Que está na nesga? / – O Rossio na betesga.
Que está na viela? / – Um fidalgo de meia tigela.
Que está no meio da rua? / – Um poeta a ladrar à lua.”
Achimpa
Texto e ilustração: Catarina Sobral
Edição: Orfeu Negro
40 págs., 14,90€
Depois de se estrear (e bem) com o livro Greve, Catarina Sobral criou Achimpa. Se o leitor não conhece a palavra, não se preocupe. Ou melhor, preocupe-se e tente descodificá-la. Segundo a narrativa da autora, o registo de “achimpa” foi encontrado “num velho e caquético dicionário”. Todos passaram a querer usar a nova palavra, mas não sabiam como.“Então, alguém se lembrou de perguntar à D.ª Zulmira (que tinha 137 anos) se ela conhecia aquela palavra esquisita.”E logo a senhora corrigiu quem perguntava. “Não é ‘achimpa’, mas ‘achimpar’, um verbo da primeira conjugação”, explicou prontamente. “Ao que parece, achimpava-se, sempre se tinha achimpado e achimpar-se-ia enquanto houvesse gente no mundo.” Uma ideia inteligente e divertida (sobretudo para quem gosta de palavras e de as estudar), envolta em ilustrações no mesmo tom.
Atenção! Sou Um Adolescente
Texto: Luísa Ducla Soares
Ilustração: Filipe Alves
Edição: Civilização Editora
96 págs., 7,70€
O Gonçalo tem 13 anos e (diz a mãe) “não é carne nem peixe”. Para o motorista do autocarro em que vai para a escola, o melhor era a “miudagem” da idade dele “ser metida num armário fechado à chave e só sair de lá aos dezoito”. O mau feitio do motorista tem uma explicação: os jovens fogem de pagar bilhete porque gastaram o dinheiro do passe a carregar o telemóvel. A antipatia da mãe justifica-se por o marido se ter apaixonado por uma brasileira. O adolescente descreve-a desta forma, depois de um samba: “Comecei a pensar na minha mãe, sempre a trabalhar, pálida, cada vez mais magra, com o seu rabo de cavalo triste e não pude deixar de fazer comparações. O cabelo da brasileira cai-lhe pelas costas como uma cascata, leve, solto, cor de asa de corvo. Os olhos dela brilham e a pele, reluzente com cremes, cheira a baunilha. Mas quis afastar o pensamento…” Luísa Ducla Soares é assim, põe-se no lugar das personagens em crescimento e não tem preocupações em chocar mentalidades conservadoras. De parabéns está igualmente Filipe Alves, que criou ilustrações sóbrias para os momentos mais importantes da narrativa.
Mar
Texto: Ricardo Henriques
Ilustração: André Letria
Edição: Pato Lógico
56 págs., 14,90€
A obra lança uma interrogação logo à partida: “Se o nosso planeta tem mais mar que terra, então porque é que não se chama planeta Mar?” Segue-se um alfabeto temático, com água por todos os lados. Começa precisamente com a definição de “água” e acaba com a de “zooplâncton”. Em rigor, este livro é um “actividário” (actividades + abecedário), dizem os autores, que apresentam assim a co-autoria de Mar: textos de Ricardo Henriques, “com bitaites de André Letria”; ilustrações de André Letria, “com alvitres de Ricardo Henriques”. O tom das explicações de cada entrada é divertido, mas rigoroso. Ou seja, sério sem ser fúnebre. As propostas de actividades são variadas e criativas, podendo ir da observação de estrelas (“deita-te de papo para o ar numa noite estrelada e tenta descobrir Órion e outras constelações”) à construção de uma alforreca com uma bola velha de borracha (“faz uma alforreca utilizando materiais reutilizáveis”). Na contracapa, escreve-se: “As missões impossíveis são as únicas bem-sucedidas.” Palavras do marinheiro mais famoso de sempre: Jacques Cousteau.
No Labirinto do Minotauro/O Túmulo Perdido
Texto: Bárbara Wong e Ana Soares
Ilustração: Patrícia Furtado.
Editora: Alfaguara/Objectiva
168 págs., 11,90€
Uma colecção (já vai no terceiro volume) assinada pelas co-autoras do blogue Educar em Português, Ana Soares e Bárbara Wong, sobre os clássicos da mitologia grega. “Os miúdos vibram com vampiros, lobisomens, feiticeiros mas, na génese de tudo isso, estão os gregos, e eram esses que queríamos dar a conhecer”, disseram ao PÚBLICO pouco depois do lançamento dos dois primeiros volumes, em Julho. Os episódios vividos por cinco personagens que se aventuram pela Grécia e a quem os deuses irão confiar uma grande responsabilidade vão para além dos livros, tendo continuação/interacção no site Olimpvs.net. A série destina-se a leitores pré-adolescentes e adolescentes e houve a preocupação de criar materiais para os professores poderem explorar o universo dos diferentes títulos. Para Fernando Pinto do Amaral, comissário do Plano Nacional de Leitura, é louvável o facto de se “transmitir aos jovens a importância da mitologia grega, cultura de que somos herdeiros, e de diluir as fronteiras entre o objecto livro e os novos suportes”.
O Caderno Vermelho da Rapariga Karateca
Texto: Ana Pessoa
Ilustração: Bernardo Carvalho
Edição: Planeta Tangerina
150 págs., 14€
Livro distinguido com o Prémio Branquinho da Fonseca 2011. “O Caderno Vermelho é, antes de mais, um caderno de apontamentos. Não é um diário com um discurso intimista e angustiado. É um caderno, no qual a N, lutadora, explora a sua criatividade e se liberta. Escreve sobre o irmão, sobre o karaté, sobre as amigas, mas também sobre o método científico, sobre o próprio caderno e inventa histórias que não têm nada que ver com o seu dia-a-dia. É uma personagem forte e autoconfiante, não anda mal com o mundo. Mas questiona-se sobre ele”, disse a autora, Ana Pessoa, ao PÚBLICO, em Agosto, para um trabalho em que sugerimos leituras de Verão. A obra iniciou a publicação “para mais crescidos” do Planeta Tangerina, na colecção Dois Passos e Um Salto, com ilustrações de Bernardo Carvalho. “Nunca pensei publicar um livro tão bonito, de capa dura, com ilustrações tão fantásticas.” Tudo verdade. “Quando terminei, não tinha a certeza se tinha escrito um livro juvenil. Eu queria que O Caderno Vermelho fizesse sentido para os outros, mas este não foi o ponto de partida. Interessa-me sobretudo escrever mais e melhor, não para um grupo-alvo específico.” Mas os jovens gostaram.
O Grande Chefe
Texto: Carlos Nogueira
Ilustração: David Pintor
Edição: Tcharan
13 págs; 12,90€
Conhecido por todos como O Grande Chefe, o líder de uma aldeia fazia crer que “era o homem mais corajoso à face da Terra”. Dizia-se que “vencia demónios, bruxas e duendes maus, ogres do tamanho de árvores. Também se contava que ele obrigara a Morte a fazer uma promessa. A Morte, que a todos aterroriza e a quem ninguém escapa, prometera que nunca iria à aldeia procurar O Grande Chefe. O próprio Diabo, que vivia do outro lado da montanha, fugia dele”. Uma narrativa poética, com ironia sub-reptícia. Os leitores que nasceram há mais tempo não terão dificuldade em reconhecer as características despóticas de quem domina. Mas os líderes, tal como o desta história, também tombam. Aqui, com a ajuda de uma criança. Aplauso para a atmosfera quente criada pelas ilustrações de David Pintor.
Os Ciganos
Texto: Sophia de Mello Breyner Andresen e Pedro Sousa Tavares
Ilustração: Danuta Wojciechowska
Editora: Porto Editora
64 págs., 18,80€
A parte inicial deste conto tem a assinatura de Sophia de Mello Breyner, foi descoberta por entre o seu espólio literário em 2009 e acredita-se, pela observação da caligrafia da autora, que date de meados dos anos 1960. Informações que a sua filha Maria partilha com os leitores numa nota prévia ao conto inédito Os Ciganos. Pedro, o neto de Sophia e sobrinho de Maria, teve “a ousadia” (palavras do próprio) de o completar. Fez bem (e fê-lo bem).
A história começa assim:“Era uma vez uma casa muito arrumada onde morava um rapaz muito desarrumado. E o rapaz tinha a impressão de que não era feito para morar naquela casa.” Um dia, “com o coração batendo, saltou o muro”. Descobriu os ciganos. Ainda que uma voz interior lhe repetisse “foge destes homens”, Ruy seguiu com eles. E é aqui que Sophia se cala.
Entra o neto, Pedro Sousa Tavares: “Nesse instante, as pernas saltaram-lhe para a frente, como se o seu corpo fosse agora uma marioneta, obedecendo a alguma força superior. Tropeçou em cada buraco do caminho. Fez estalar cada galho seco no chão. Por milagre, ninguém se apercebeu da algazarra (…).” A descrição continua até que o rapaz se esconda na carroça e siga viagem. O protagonista há-de voltar a casa mais sábio e habilidoso, assim decidiu o co-autor. As palavras de uma e outro (avó e neto) são grafadas a cores diferentes, azul para Sophia, preto para Pedro. E este espera que o livro seja “lido como um todo”. Objectivo alcançado. Uma nota para a ilustradora Danuta Wojciechowska, que ampliou e iluminou o sentido da narrativa. Com talento.
Pequeno Livro das Coisas
Texto: João Pedro Mésseder
Ilustração: Rachel Caiano
Edição: Caminho
56 págs., 10,90€
Se há livros delicados, este é um deles. A poesia suave de João Pedro Mésseder, aliada à expressão subtil de Rachel Caiano, faz da leitura de Pequeno Livro das Coisas um momento de desaceleração e paz. E não se pense que os leitores mais novos não aderem a essa mudança de ritmo. O poema a Sombra quieta é um bom espelho do convite a uma pausa: “Era uma vez uma sombra/ que não parava de estar quieta. / Quanto mais quieta estava/ mais o pobre corpo/ se mexia e saltava, esbracejava, corria./ Tomado pelo medo, / o corpo acabou por fugir/ daquele sinistro lugar. / Nunca mais ninguém o viu. / E a sombra?/ Ainda lá está. / Ali, naquele lugar.” Um livro para ler devagar.
Lucas Scarpone — Seis Fantasmas e Meio (1.ª parte)
Texto: Álvaro Magalhães
Ilustração Carlos J. Campos
Edição Asa
112 págs., 8,50€
Tudo se passa no país imaginário Gatália, “em forma de bota” e “rodeado pelo mar”. Qualquer semelhança com Itália (não) é pura coincidência. Aí, vive o protagonista desta série. De seu nome Lucas Scarpone, um gato. Escreve, pesca e dorme a sesta. É mesmo o presidente do GAS – Gatos Amigos da Sesta. E tem um dom, se assim se lhe pode chamar: o de conseguir ver fantasmas. Eis o motivo por que acabará por se transformar num agente do CAT – Centro de Actividades Transcendentais. A descoberta de que os seus verdadeiros pais não são quem ele pensava e o acender de uma paixão vão alterar-lhe o destino. Já não pode viver sem Pandora, jornalista da Sexto Sentido, publicação que investiga casos paranormais. “Eles comem dois peixes apaixonados e também se ‘apeixonam’…” A primeira aventura está dividida em duas partes (dois volumes) e trata do seu primeiro caso. Álvaro Magalhães continua a imprimir ironia em todos os trabalhos que faz. Independentemente da idade do público a que se dirige, encontramos humor, crítica e elegância narrativa. Nesta série faz-se acompanhar (e bem) por Carlos J. Campos. Uma dupla que já assina em conjunto a colecção de inegável êxito Crónicas do Vampiro Valentim, com vendas na ordem dos cem mil exemplares e traduzida em espanhol e coreano. Prevê-se novo sucesso.
dezembro 22, 2012
Boas leituras no calor de noites invernosas...
«O que sabe ler é rico e poderoso!»
il. de Johanna Wright
Nesta primeira noite de inverno entregue-se ao calor da leitura.
il. de Johanna Wright
Nesta primeira noite de inverno entregue-se ao calor da leitura.
«A vida é construída nos sonhos e concretizada no amor.»
(Francisco Cândido Xavier)
Boa noite, boas leituras, sonhos de palavras quentes num anoitecer frio...
(Francisco Cândido Xavier)
Boa noite, boas leituras, sonhos de palavras quentes num anoitecer frio...
dezembro 21, 2012
Eugénio de Andrade
dezembro 20, 2012
Encantadoras ou aborrecidas....
"É absurdo dividir as pessoas em boas e más. As pessoas ou são encantadoras ou são aborrecidas."
Oscar Wilde
Oscar Wilde
Palavras pelo Natal...
«É possivel acariciar as pessoas com palavras.»
(Francis Scott Fitzgerald)
Boa noite, boas leituras, sonhos com voz doce e amiga de avós...
il. de Victor Nizovtsev
«É possivel acariciar as pessoas com palavras.»
(Francis Scott Fitzgerald)
Boa noite, boas leituras, sonhos com voz doce e amiga de avós...
il. de Victor Nizovtsev
(Francis Scott Fitzgerald)
Boa noite, boas leituras, sonhos com voz doce e amiga de avós...
il. de Victor Nizovtsev
Serra do Pilar | Um imenso património. Habituamo-nos apenas a vê-lo, mas já é possível visitar o Mosteiro, em Gaia
|O plano andava a alguns anos a ser tecido ...entre a Direção Regional de Cultura do Norte e o Estado-Maior do Exército.
|Havia uma vontade conjunta de abrir ao público o mosteiro, entregue aos militares no século XIX, mas intensamente classificado é Património Mundial da Humanidade; imóvel de Interesse Público; Monumento Nacional (a Igreja e o Claustro).
|Visitas não lhe faltam, mas ficam-se pelo miradouro em frente, com aquela que é provavelmente a melhor vista do Porto.
|A partir deste sábado será possível espreitar o interior daquele curioso edifício de forma circular, traçado por Diogo de Castilho e João de Ruão, edificado em 1538.
|A visita é pequena, mas contempla uma interessante parte do interior do mosteiro, nomeadamente o belíssimo claustro redondo, como só se conhece mais um da Península Ibérica, o do Palácio de Carlos V, no Alhambra (Granada); a igreja, também redonda, com talha setecentista, e o zimbório.
|A abertura ao público tem, no entanto, mais uma finalidade, estratégica, arquitetada a pensar nos turistas. As duas salas por que passa o visitante antes de alcançar o claustro recebem uma espécie de montra do património cultural da região Norte.
|Numa sala abobadada passará um filme em quatro línguas de dez minutos sobre os quatro pontos do Norte que são Património Mundial: os centros históricos do Porto e Guimarães, o Douro vinhateiro e as gravuras rupestres de Foz Coa.
|MOSTEIRO DA SERRA DO PILAR, VILA NOVA DE GAIA
Ter-Dom 9h30-17h30.
€1 Visitas guiadas ao zimbório e à igreja Horário e preço a definir
|Fonte: http://visao.sapo.pt/ um-imenso-patrimonio=f701683Ver mais
|O plano andava a alguns anos a ser tecido ...entre a Direção Regional de Cultura do Norte e o Estado-Maior do Exército.
|Havia uma vontade conjunta de abrir ao público o mosteiro, entregue aos militares no século XIX, mas intensamente classificado é Património Mundial da Humanidade; imóvel de Interesse Público; Monumento Nacional (a Igreja e o Claustro).
|Visitas não lhe faltam, mas ficam-se pelo miradouro em frente, com aquela que é provavelmente a melhor vista do Porto.
|A partir deste sábado será possível espreitar o interior daquele curioso edifício de forma circular, traçado por Diogo de Castilho e João de Ruão, edificado em 1538.
|A visita é pequena, mas contempla uma interessante parte do interior do mosteiro, nomeadamente o belíssimo claustro redondo, como só se conhece mais um da Península Ibérica, o do Palácio de Carlos V, no Alhambra (Granada); a igreja, também redonda, com talha setecentista, e o zimbório.
|A abertura ao público tem, no entanto, mais uma finalidade, estratégica, arquitetada a pensar nos turistas. As duas salas por que passa o visitante antes de alcançar o claustro recebem uma espécie de montra do património cultural da região Norte.
|Numa sala abobadada passará um filme em quatro línguas de dez minutos sobre os quatro pontos do Norte que são Património Mundial: os centros históricos do Porto e Guimarães, o Douro vinhateiro e as gravuras rupestres de Foz Coa.
|MOSTEIRO DA SERRA DO PILAR, VILA NOVA DE GAIA
Ter-Dom 9h30-17h30.
€1 Visitas guiadas ao zimbório e à igreja Horário e preço a definir
|Fonte: http://visao.sapo.pt/
dezembro 18, 2012
JOSÉ LUÍS PEIXOTO
JOSÉ LUÍS PEIXOTO, in A CASA, A ESCURIDÃO ( Temas e Debates, 2002)
mãe, eu sei que ainda guardas mil estrelas no colo.
eu, tantas vezes, ainda acredito que mi...
mãe, eu sei que ainda guardas mil estrelas no colo.
eu, tantas vezes, ainda acredito que mi...
l estrelas são
todas as estrelas que existem.
*
Ilustração: Tot un món reposa tranquillament dins de l'úter matern, por Justine Brax
in Pinzellades al món, Cataluña
todas as estrelas que existem.
*
Ilustração: Tot un món reposa tranquillament dins de l'úter matern, por Justine Brax
in Pinzellades al món, Cataluña
dezembro 17, 2012
Boas Festas....
um Santo e Abençoado Natal e um Ano de 2013 cheio de Prosperidades!
A Professora Bibliotecária
Maria Ivone Saraiva
World Water Day 2013...
Water World Water Day
Learn more about Goccia, the official mascot of World Water Day 2013...
Festa de Natal na loja do Paço Ducal de Vila Viçosa
Paço Ducal Vila Viçosa
Informamos que está a decorrer a Festa de Natal na loja do Paço Ducal de Vila Viçosa.
Há descontos em artigos (sobretudo livros) de 70% e 20%!
Aproveite a oportunidade para as ofertas de Natal, a um preço bastante acessível!
Esta iniciativa irá decorrer entre os dias 7 de Dezembro e 7 de Janeiro de 2013
dezembro 16, 2012
Guarda-rios (Alcedo atthis)
Esta pequena ave aquática é uma das espécies mais coloridas e encantadoras da avifauna portuguesa.
Muitas vezes é detectado quando faz o seu voo rasante e direto. Quando pousado, pode ser facilmente reconhecido pelo dorso e pelas asas azuis e pelo peito e ventre cor-de-laranja. Pousa frequentemente em pequenos postes ou ramos secos, junto à agua, a partir de onde pratica a caça à espera.
Por ser uma ave tão colorida, é bem conhecida das populações, que por isso baptizaram esta espécie com pelo menos vinte e cinco nomes diferentes. Eis alguns deles: chasco-de-rego, espreita-marés, freirinha, juiz-do-rio, martinho-pescador, passa-rios, pica-peixe, piçorelho, pisco-ribeiro, rei-do-mar.
Fonte: http:// www.avesdeportugal.info/alcatt
Foto: Faísca
Esta pequena ave aquática é uma das espécies mais coloridas e encantadoras da avifauna portuguesa.
Muitas vezes é detectado quando faz o seu voo rasante e direto. Quando pousado, pode ser facilmente reconhecido pelo dorso e pelas asas azuis e pelo peito e ventre cor-de-laranja. Pousa frequentemente em pequenos postes ou ramos secos, junto à agua, a partir de onde pratica a caça à espera.
Por ser uma ave tão colorida, é bem conhecida das populações, que por isso baptizaram esta espécie com pelo menos vinte e cinco nomes diferentes. Eis alguns deles: chasco-de-rego, espreita-marés, freirinha, juiz-do-rio, martinho-pescador, passa-rios, pica-peixe, piçorelho, pisco-ribeiro, rei-do-mar.
Fonte: http://
Foto: Faísca
dezembro 14, 2012
Convento da Ordem do Carmo de Lisboa
O Convento da Ordem do Carmo de Lisboa localiza-se no Largo do Carmo e ergue-se, sobranceiro ao Rossio (Praça de D. Pedro IV), na colina fronteira à do Castelo de São Jorge, na cidade e Distrito de Lisboa, em Portugal.
O conjunto, que já foi a principal igreja gótica da capital, e que pela sua grandeza e monumentalidade concorria com a própria Sé de Lisboa, ficou em ruínas devido ao terramoto de 1755, não tendo sido reconstruído. Constitui-se em um dos principais testemunhos da catástrofe ainda visíveis na cidade. Actualmente as ruínas abrigam o Museu Arqueológico do Carmo.
É possível que a ruína do Convento do Carmo e do vizinho Convento da Trindade, aquando daquele terramoto, esteja na origem da expressão popular "Cair o Carmo e a Trindade".
The Carmo Convent (Portuguese: Convento da Ordem do Carmo) is a historical building in Lisbon, Portugal. The mediaeval convent was ruined in the 1755 Lisbon Earthquake, and the ruins of its Gothic church (the Carmo Church or Igreja do Carmo) are the main trace of the great earthquake still visible in the city.
The Carmo Convent is located in the Chiado neighbourhood, on a hill overlooking the Rossio square and facing the Lisbon Castle hill. It is located in front of a quiet square (Carmo Square), very close to the Santa Justa Lift.
Nowadays the ruined Carmo Church is used as an archaeological museum (the Museu Arqueológico do Carmo or Carmo Archaeological Museum).
O conjunto, que já foi a principal igreja gótica da capital, e que pela sua grandeza e monumentalidade concorria com a própria Sé de Lisboa, ficou em ruínas devido ao terramoto de 1755, não tendo sido reconstruído. Constitui-se em um dos principais testemunhos da catástrofe ainda visíveis na cidade. Actualmente as ruínas abrigam o Museu Arqueológico do Carmo.
É possível que a ruína do Convento do Carmo e do vizinho Convento da Trindade, aquando daquele terramoto, esteja na origem da expressão popular "Cair o Carmo e a Trindade".
The Carmo Convent (Portuguese: Convento da Ordem do Carmo) is a historical building in Lisbon, Portugal. The mediaeval convent was ruined in the 1755 Lisbon Earthquake, and the ruins of its Gothic church (the Carmo Church or Igreja do Carmo) are the main trace of the great earthquake still visible in the city.
The Carmo Convent is located in the Chiado neighbourhood, on a hill overlooking the Rossio square and facing the Lisbon Castle hill. It is located in front of a quiet square (Carmo Square), very close to the Santa Justa Lift.
Nowadays the ruined Carmo Church is used as an archaeological museum (the Museu Arqueológico do Carmo or Carmo Archaeological Museum).
dezembro 13, 2012
Ler é sonhar acordado....
"Ler é sonhar acordado. O simples ato de virar uma página abre mil portas de um universo fantástico, povoado de sonhos, mistérios, fantasias, desafios…”
R. Murray
R. Murray
dezembro 12, 2012
Livro de Citações...
dezembro 11, 2012
Palácio Nacional de Mafra, Portugal.
Palácio Nacional de Mafra, Portugal.
O novo bibliotecário acaba de adoptar um sistema realmente digno de louvor, o qual é a inscrição de todos os visitantes que vão ao Real Convento, a exemplo do que se usa em todas as principais bibliotecas do país e do estrangeiro."
Assim, sabemos que visitaram o monumento no ano seguinte 417 visitantes o que é bem diferente das 261.154 pessoas que aqui estiveram no passado ano de 2011....
A 10 de Dezembro de 1900 noticiava o Correio da Mafra, sob o título NOMEAÇÃO ACERTADA: "Foi nomeado bibliotecário do Real Edifício desta vila, o Exmº sr. Ayres ... de Sá e Vasconcellos, genro do digno escrivão de fazenda deste concelho, Exmº Sr. Carlos Boaventura Júnior.
O novo bibliotecário acaba de adoptar um sistema realmente digno de louvor, o qual é a inscrição de todos os visitantes que vão ao Real Convento, a exemplo do que se usa em todas as principais bibliotecas do país e do estrangeiro."
Assim, sabemos que visitaram o monumento no ano seguinte 417 visitantes o que é bem diferente das 261.154 pessoas que aqui estiveram no passado ano de 2011....
Todo o livro contém magia....
"Todo libro contiene magia, abriendo y ampliando tu imaginación"...
(Ilustración de Robert Romanowicz)
(Ilustración de Robert Romanowicz)
O poder das personagens de um livro...
"Si quieres volar por los aires, danzar en una nube, navegar por los siete mares, visitar tierras lejanas, conocer personajes extraños, viajar a través del mundo...sólo tienes que abrir un libro, y tu imaginación te hará conocer todo ésto y mucho másssssssss"...
Manoel Cândido Pinto de Oliveira
Manoel Cândido Pinto de Oliveira
Nasceu no Porto, a 12 de Dezembro de 1908, no seio de uma família da burguesia industrial.
Interessou-se desde muito novo pelo cinema, graças a seu pai, que o levava a ver fitas de Charles Chaplin e Max Linder, despertando-lhe o interesse para a sétima arte. Fez os primeiros estudos no Colégio Universal, no Porto, e posteriormente, no Colégio Jesuíta de La Guardi...
Nasceu no Porto, a 12 de Dezembro de 1908, no seio de uma família da burguesia industrial.
Interessou-se desde muito novo pelo cinema, graças a seu pai, que o levava a ver fitas de Charles Chaplin e Max Linder, despertando-lhe o interesse para a sétima arte. Fez os primeiros estudos no Colégio Universal, no Porto, e posteriormente, no Colégio Jesuíta de La Guardi...
a, Galiza. Mas foi como desportista de ginástica, natação, atletismo e automobilismo, que o seu nome ganhou notoriedade.
Com vinte anos, inscreveu-se na Escola de Actores de Cinema, fundada por Rino Lupo, participando com o irmão, Casimiro de Oliveira, como figurante num filme deste realizador, Fátima Milagrosa (1928). A revista Imagem pública em 1930 fotografias suas considerando-o "um dos mais fotogénicos cinéfilos portugueses". Por esta altura comprou uma máquina Kinamo com a qual começou a filmar Douro, Faina Fluvial, com um fotógrafo amador, António Mendes. Trabalho inspirado no filme de Walter Ruttman - Berlim, Sinfonia de uma Capital (1927). A 21 de Setembro de 1931 estreia a versão muda do Douro, Faina Fluvial no V Congresso Internacional da Crítica, o qual despertou violentas reacções dos nossos críticos e elogios dos estrangeiros. Críticas que nunca mais deixaram a obra de Oliveira. Por uns a sua obra é elogiada, por outros é fortemente crítica, mas Oliveira continua a filmar. As críticas são centradas na forma como estrutura os filmes e a lentidão com que se desenrola a acção. Dá mais importância às palavras e ao conteúdo do que aos actos. A câmara raramente se move, e quando o faz são movimentos subtis para mostrar um objecto, os movimentos corporais de um actor que fala. Tudo é encenado meticulosamente para o espectador não se distrair com pormenores superflúos, agarrando-o desta forma à história deste génio do cinema.
Em 1933, volta a ser actor, desta vez na Canção de Lisboa, de Cottinelli Telmo. Passado um ano estreou a versão sonora de Douro,..., além fronteiras, que o consagrou como cineasta. Todavia, na década de 30, não passaram de projectos Bruma, Miséria, Roda, Luz, Gigantes do Douro, A Mulher que Passa, Desemprego e Prostituição.
Em 1938, o Jornal Português faz manchete: "II RAMPA DO GRADIL GANHA POR MANUEL DE OLIVEIRA, NUM CARRO EDFORD". Em 1940, casou com Maria Isabel Brandão Carvalhais. Dois anos depois realizou a sua primeira longa-metragem: Aniki-Bóbó.
Na década de quarenta não passaram do papel Hino da Paz (documentário), Saltimbancos e Clair de Lune ( conto de Guy de Maupassant). Nos anos 50, Angélica, Pedro e Inez, Vilarinho da Furna (documentário etnográfico sobre a obra de Jorge Dias), A Velha Casa, As Monstruosidades Vulgares (de José Régio), O Bairro de Xangai, De Dois Mil Não Passarás, Palco dum Povo (multifilme), O Poeta, não chegaram a ser realizados devido a falta de apoio financeiro. Assim virou-se para a produção agrícola da família, na região do Douro, ocupando-se do cultivo do Vinho do Porto. Em 1955 foi à Alemanha - Leverkussen, fazer um estágio intensivo nos laboratórios da AGFA, para estudar a cor aplicada ao cinema, que veio mais tarde (1957) a aplicar no documentário, O Pintor e a Cidade.
Os anos sessenta consagram Manoel de Oliveira no plano internacional, a partir de Itália e de França: Homenagem no Festival de Locarno em 1964 e passagem da sua obra na Cinemateca de Henri Langlois - Paris 1965.
Histórias Secretas de Reis Portugueses
Um pequeno reino no extremo ocidental da Europa emancipado pela valentia dum rei-fundador. Território dum povo que se afirmou como identidade colectiva na crise dinástica solucionada em Aljubarrota. Que construiu um espantoso império do Brasil ao Japão. Que trocou a monarquia pela república em 1910 e a ditadura pela democracia em 1974. Todos conhecemos os pontos nevrálgicos da História de Portugal, hoje, um dos mais antigos estados-nação do mundo, casa paterna de um dos idiomas mais falados no planeta e paciente assaltado por recorrentes crises de auto-estima. Mas saberemos das zonas cinzentas? Das pequenas histórias? Dos episódios passados na sombra dos acontecimentos ditos históricos?
Ao longo de 15 histórias que encerram muitas outras dentro si, contamos a pequena História de Portugal, a versão menos conhecida dos factos, tal como foi vivida pelos reis portugueses, não esquecendo alguns daqueles que, tendo nascido em Portugal, reinaram longe do solo pátrio, ou outros que, não sendo formalmente reconhecidos como tal, foram para o povo, em determinadas circunstâncias e lugares, verdadeiramente reis.
Da ante-câmara espiritual e cultural do reino fundado por Afonso Henriques aos ecos que ainda ressoam nos nossos dias. Das margens do Ipiranga aos confins do Sirião. Da intimidade torturada de soberanos confrontados com o destino às grandes vitórias nacionais. Este é um lado B possível da nossa História. E a História não é o que aconteceu. É a razão de estarmos aqui e agora, da forma como aqui e agora estamos.
dezembro 10, 2012
¡¡¡Ven...lánzate a esta hermosa travesura de jugar, compartir, reír, crecer y aprender a través de los libros, que puedes encontrar en Biblioteca Pública Municipal N° 26 "Marcela Paz" de Hualqui!!!...¡¡¡LES ESPERAMOS, ESTAMOS UBICADOS EN CALLE LA CONCEPCIÓN, N°749-HUALQUI!!!....
Ver... lançar-se para este jogo bonito travessuras, compartilhar, rir, crescer e aprender através de livros, você pode encontrar na biblioteca pública Municipal N ° 26 ' Marcela Paz "de Hualqui!!!...-LOS ESPERAMOS, ESTAMOS LOCALIZADOS NA CALLE CONCEPCIÓN, N º 749 - HUALQUI!!!....
¡¡¡Ven...lánzate a esta hermosa travesura de jugar, compartir, reír, crecer y aprender a través de los libros, que puedes encontrar en Biblioteca Pública Municipal N° 26 "Marcela Paz" de Hualqui!!!...¡¡¡LES ESPERAMOS, ESTAMOS UBICADOS EN CALLE LA CONCEPCIÓN, N°749-HUALQUI!!!....
Ver... lançar-se para este jogo bonito travessuras, compartilhar, rir, crescer e aprender através de livros, você pode encontrar na biblioteca pública Municipal N ° 26 ' Marcela Paz "de Hualqui!!!...-LOS ESPERAMOS, ESTAMOS LOCALIZADOS NA CALLE CONCEPCIÓN, N º 749 - HUALQUI!!!....
Leitura , ato individual...
O poder da leitura..
"Eu poderia ter o mesmo pai, a mesma mãe, ter freqüentado o mesmo colégio e tido os mesmos professores, e seria uma pessoa completamente diferente do que sou se não tivesse lido o que eu li. Foram os livros que me deram consciência da amplitude dos sentimentos. Foram os livros que me justificaram como ser humano. Foram os livros que destruíram um a um meus preconceitos. Foram os livros que me deram vontade de viajar. Foram os livros que me tornaram mais tolerante com as diferenças.”
(Martha Medeiros)
Só podia ser uma mulher...Ada Lovelace!
Sabia que foi uma mulher, a inglesa Ada Lovelace, a primeira programadora de computadores?!
Hoje o Google faz uma homenagem à matemática, que nasceu a 10 de dezembro de 1895.
Ela era filha do poeta Lord Byron e faleceu aos 36 anos.
Hoje o Google faz uma homenagem à matemática, que nasceu a 10 de dezembro de 1895.
Ela era filha do poeta Lord Byron e faleceu aos 36 anos.
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