Cecília Meireles
 O poema:
 O Cavalinho Branco
 À tarde, o cavalinho branco
 está muito cansado:
 mas há um pedacinho do campo
 onde é sempre feriado.
 O cavalo sacode a crina
 loura e comprida
 e nas verdes ervas atira
 sua branca vida.
 Seu relincho estremece as raízes
 e ele ensina aos ventos
 a alegria de sentir livres
 seus movimentos.
 Trabalhou todo o dia, tanto!
 desde a madrugada!
 Descansa entre as flores, cavalinho branco,
 de crina dourada!