Militar 
e político francês, 
nasceu na Córsega no dia 15 de agosto de 1769. 
Foi para o 
continente cumprir os 
seus estudos, terminando em 1785 a 
Academia Militar sem 
distinção alguma. A 
seguir à Revolução 
de 1789, as 
suas simpatias políticas inclinaram-se para a fação dos Jacobinos, os radicais que 
viriam a ser 
responsáveis pela instituição do Terror. Neste 
período agitado, a 
sua fortuna variou 
bastante: Napoleão foi 
promovido rapidamente, mas depois substituído das suas funções de 
comando e mesmo 
preso. Os revezes 
da sorte, aliás, 
marcariam todo o 
decurso da sua 
vida política e 
militar.
Nos 
anos do Diretório 
recuperou Napoleão a 
sua posição de 
destaque no exército 
e a sua 
influência junto do 
poder político. Sob 
este regime teria 
oportunidade, em 1796, 
de realizar feitos 
militares importantes contra os exércitos austríacos e italianos. As 
suas vitórias deram-lhe 
algum do prestígio 
de que carecia 
para prosseguir a 
sua ascensão. De 
seguida, em 1798, 
tomou, de acordo 
com as suas 
aspirações expansionistas, Malta e o 
Egito, mas viria a ser 
derrotado pelos ingleses e voltaria a 
França, 
onde, em finais 
de 1799, dirigiu 
um golpe de 
Estado que fez 
dele cônsul, partilhando o poder com 
dois seus iguais. 
Dentro em pouco, 
porém, faria o 
regime derivar para 
uma ditadura de 
cariz militar, enquanto 
esvaziava de poder 
efetivo as funções 
desempenhadas pelos outros cônsules da República.Uma vez consolidado o seu poder 
no plano interno, 
as novas campanhas 
de Napoleão fizeram-lhe 
aumentar ainda mais 
a popularidade, de 
tal modo que, 
em 1802, um 
referendo nacional o 
declarou cônsul vitalício e lhe outorgou 
o direito de 
escolher o seu 
sucessor. A 2 de dezembro de 1804 proclamar-se-ia 
mesmo imperador. Na 
cerimónia da coroação, 
teria o arrojo 
de retirar das 
mãos do Papa Pio VII 
a coroa para 
se coroar a 
si próprio e depois coroou a esposa, Josefina..
Entretanto, 
dava continuidade à 
sua política expansionista, contando com a 
Inglaterra como 
país rival e 
principal adversário. As forças napoleónicas 
obtiveram grandes vitórias, como a de 
Austerlitz, em 1805, 
mas sofreram também 
pesadas derrotas: na 
Batalha de Trafalgar, 
em que a 
armada francesa seria 
derrotada pela frota 
do almirante Nelson, 
em 1805; nas 
incursões na Península Ibérica 
(Portugal, designadamente, foi alvo de três 
invasões entre 1807 
e 1813, todas 
elas de resultado 
infeliz para Napoleão); 
e, sobretudo, na 
calamitosa campanha russa de 1812, em 
que um exército 
de quatrocentos e 
cinquenta mil homens 
foi desbaratado e 
o prestígio do 
imperador ficou severamente abalado.A partir 
desse momento, o 
poderio de Napoleão 
entrou em declínio 
acentuado. Em 1814 
acabaria por ter 
que se render 
às forças aliadas 
da Inglaterra, Áustria, Rússia 
e Prússia, e retirou-se para a Ilha de 
Elba, 
preservando embora o 
título de imperador. 
Menos de uma 
ano depois, no 
entanto, voltaria a 
França para 
tomar o poder, 
mas seria derrotado 
por Wellington 
em Waterloo. Seguiu-se o 
exílio em Santa 
Helena, uma ilha 
longínqua do Atlântico. 
Passando os seus 
últimos anos de 
vida praticamente só, 
aí viria a 
morrer em 1821. 
O seu corpo 
encontra-se sepultado no cemitério de Les 
Invalides, em Paris.Napoleão 
foi um homem 
incontornável na vida 
política da França - e 
da Europa - 
do seu tempo. 
Constituiu um império 
que deu um 
contributo decisivo para a formação de 
países como a 
Grécia, a Itália e 
a Alemanha, seja por ter 
unificado os territórios que se encontravam politicamente fragmentados, 
seja por ter 
pretextado o surgimento 
de sentimentos nacionalistas.
Napoleão 
Bonaparte. In Infopédia [Em 
linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. 
Wikipedia (Imagens)
Napoleão 
Bonaparte aos 23 anos
A Coroação 
de Napoleão - Jacques-Louis David