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agosto 23, 2017
A BE agradece aos nossos queridos seguidores
WWW (World Wide Web)...
Hoje
celebram-se as famosas letras WWW (World Wide Web).
São milhões os utlizadores de todas as idades, culturas e estilos de vida que usam diariamente a Internet.
Um mundo cheio de potencialidades,mas repleto de alguns riscos que ameaçam a nossa segurança e bem-estar.
Passa muito tempo na internet?
São milhões os utlizadores de todas as idades, culturas e estilos de vida que usam diariamente a Internet.
Um mundo cheio de potencialidades,mas repleto de alguns riscos que ameaçam a nossa segurança e bem-estar.
Passa muito tempo na internet?
FERNANDO PESSOA
"Na ribeira deste rio
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias a fio.
Nada me impede, me impele,
Me dá calor ou dá frio.
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias a fio.
Nada me impede, me impele,
Me dá calor ou dá frio.
Vou vendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada.
Vejo os rastros que ele traz,
Numa sequência arrastada,
Do que ficou para trás.
Vou vendo e vou meditando,
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando,
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando.
Vou na ribeira do rio
Que está aqui ou ali,
E do seu curso me fio,
Porque, se o vi ou não vi.
Ele passa e eu confio".
NA RIBEIRA DESTE RIO
FERNANDO PESSOA
O Mondego... visto da Alta de Coimbra
Quando o rio não faz nada.
Vejo os rastros que ele traz,
Numa sequência arrastada,
Do que ficou para trás.
Vou vendo e vou meditando,
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando,
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando.
Vou na ribeira do rio
Que está aqui ou ali,
E do seu curso me fio,
Porque, se o vi ou não vi.
Ele passa e eu confio".
NA RIBEIRA DESTE RIO
FERNANDO PESSOA
O Mondego... visto da Alta de Coimbra
agosto 22, 2017
A Biblioteca Escolar: Dinamizar, motivar para a leitura | Tese
Trabalho de projecto apresentado à Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti para obtenção do grau de Mestre em Ciências da Educação, Especialização em Animação da Leitura
Por Carla Isabel Santa Marta Bastos
Sob Orientação do/a Professora Doutora Manuela Barreto Nunes
Outubro 2010
RESUMO
Ninguém nasce leitor, no entanto desde cedo podemos contribuir para que uma criança se forme como leitor. O contacto entre a criança e o livro deve ser proporcionado desde cedo, para que esta apreenda um conjunto de características relacionadas com o acto de ler. À medida que a criança aumenta as suas leituras, mais desenvolve as suas capacidades intertextuais e mais se forma como leitor.
Formar leitores é uma responsabilidade partilhada entre a família, a escola e a Biblioteca Escolar. A família é a responsável por promover o contacto entre a criança e o livro, por lhes permitir o acesso a este e por criar situações frequentes de partilha de leituras. Por sua vez, a escola deve não só ensinar a criança a ler, mas essencialmente, criar-lhe o gosto de ler.
É necessário que as escolas proporcionem situações motivadoras que ponham a criança e o livro em permanente contacto.
Embora a Biblioteca Escolar seja um organismo dentro da própria escola, destaca-se no papel de formar leitores e tem nesta área uma responsabilidade acrescida. A Biblioteca Escolar deve ser dinamizada de modo a proporcionar aos alunos situações interessantes e motivadoras que os levem a ler, pois é nela que encontramos fontes de conhecimento.
Neste trabalho apresentamos os resultados de um projecto de investigação-acção que pretende promover a leitura junto dos mais novos, com o envolvimento dos encarregados de educação e da própria Biblioteca Escolar.
Os docentes e a biblioteca escolar: uma relação necessária | estudo
Numa sociedade caracterizada por um crescimento ilimitado de informação, possibilitada pelas modernas tecnologias, há que necessariamente repensar o papel das Bibliotecas Escolares.
O presente estudo, descritivo com levantamento de dados, aborda a temática das relações entre a Biblioteca Escolar e os Docentes de uma Escola Secundária com 3.º Ciclo.
Os objectivos do estudo eram averiguar as formas de apropriação da utilização, por parte dos docentes, da Biblioteca Escolar; apurar outras possibilidades de integração / articulação da Biblioteca Escolar no desenvolvimento do currículo e das suas práticas; e saber qual a posição dos professores sobre indicadores que o Modelo de AutoAvaliação das Bibliotecas Escolares propõe no âmbito da articulação curricular da Biblioteca Escolar com as estruturas pedagógicas e os docentes.
Com o desenvolvimento do estudo verificou-se que os professores consideram que utilizam a biblioteca de uma forma mais participada, diversificada e frequente do que realmente acontece. Quanto à aplicação do Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares, existe um quadro favorável à sua aplicação na Escola em estudo.
21 de Agosto de 1986: Morre o poeta Alexandre O'Neill
Recebeu, pelas suas Poesias
Completas, o
Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos
Literários (1983).
PORTUGAL
Ó Portugal, se fosses só
três sílabas,
linda vista para o
mar,
Minho verde, Algarve de
cal,
jerico rapando o espinhaço
da terra,
surdo e
miudinho,
moinho a braços com um
vento
testarudo, mas embolado e,
afinal, amigo,
se fosses só o sal, o sol, o
sul,
o ladino
pardal,
o manso boi
coloquial,
a rechinante
sardinha,
a desancada
varina,
o plumitivo ladrilhado de
lindos adjectivos,
a muda queixa
amendoada
duns olhos
pestanítidos,
se fosses só a cegarrega do
estio, dos estilos,
o ferrugento cão asmático
das praias,
o grilo engaiolado, a grila
no lábio,
o calendário na parede, o
emblema na lapela,
ó Portugal, se fosses só
três sílabas
de plástico, que era mais
barato!
Doceiras de Amarante, barristas de
Barcelos,
rendeiras de Viana, toureiros da
Golegã,
não há “papo-de-anjo” que seja o meu
derriço,
galo que cante a cores na minha
prateleira,
alvura arrendada para o meu
devaneio,
bandarilha que possa enfeitar-me o
cachaço.
Portugal: questão que eu tenho comigo
mesmo,
golpe até ao osso, fome sem
entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem
perdizes,
rocim engraxado,
feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós . .
.
Alexandre
O’Neill
agosto 17, 2017
16 de Agosto de 1867:Nasce o poeta português António Nobre, autor de "Só" e "Despedidas"
A
infância e a adolescência de António Nobre foram passadas entre Leça da
Palmeira, onde o pai, antigo emigrado no Brasil, possuía uma quinta, e a Foz do
Douro. Tendo estudado em colégios do Porto, frequentou os principais centros da
boémia portuense, convivendo com figuras literárias como Raul Brandão e Júlio
Brandão e publicando criação poética. Frequentou posteriormente a Faculdade de
Direito de Coimbra, onde, com Alberto de Oliveira, fundou a revista Boémia
Nova,
cuja polémica com a publicação de Insubmissos,
de Eugénio de Castro, constituiu um marco na emergência do Simbolismo e do
Decadentismo em Portugal. Foi em Coimbra que, habitando a fortificação medieval
que ficaria conhecida como "Torre de Anto", se acentuou o culto por uma postura
romântica e egocêntrica, e que elaborou grande número das composições que viriam
a integrar a sua principal obra publicada em vida. Em Paris, desde 1890,
forma-se em Direito na Sorbonne e, conquanto à margem da dinâmica literária
francesa que, por essa altura, consagra o Simbolismo, publicaSó,
em 1892, obra onde a voz do lusíada exilado reinventa, entre nostálgico e
auto-irónico, uma existência que, nutrida nas tradições de um Portugal puro e
preservado, o votou à solidão e ao sofrimento. Não chegando a ocupar o lugar de
cônsul para que concorrera em 1893, os últimos anos de vida de António Nobre
serão marcados por deslocações frequentes entre os lugares da sua infância e
juventude e lugares de repouso, como a Suíça e a Madeira. Uma leitura literal de
um biografismo assumido com emotividade e a evocação de um "Portugal da minha
infância", vislumbrado em paisagens rurais e em textos plasmados sobre formas
populares, permitiu que a publicação de Só surgisse
como um modelo a um tempo de uma estética neorromântica e neogarrettista que,
pelo menos desde o início dos anos 90, fora elaborando as suas propostas
teóricas. Mas, na verdade, o mais original do volume passa por uma forma
antideclamatória que, inserindo-se num dolorismo e confessionalismo lírico,
frequentemente de inspiração autobiográfica, busca a impressão de extrema
simplicidade, delindo na sua elaboração a cultura literária e o rigor
construtivo que lhe subjazem. É neste sentido que António Nobre se insere numa
poesia portuguesa pré-modernista, ao colocar em questão uma língua poética
fortemente convencional e normativa. Segundo Gastão Cruz, "enquanto Cesário
revoluciona fundamentalmente o nível linguístico, através da renovação
vocabular, a revolução de Nobre, não deixando de situar-se igualmente num plano
semântico, e por vezes com uma liberdade de associações e uma violência que
encontram o que encontramos em Cesário [...], abala, pela primeira vez, os
alicerces, e toda a construção, do edifício romântico-parnasiano." (CF. CRUZ,
Gastão - A
Poesia Portuguesa Hoje,
2.ª ed. aum., Lisboa, Relógio d'Água, Lisboa, 1999, pp.
20-21).
No ano de 2000 comemorou-se o centenário da sua morte,
através de publicações que relembram a sua vida pessoal e poética, entre outros
eventos.
António Nobre
A Poezia do Outomno
Noitinha. O sol, qual brigue em chammas,
morre
Nos longes d'agoa... Ó tardes de novena!
Tardes de sonho em que a poezia escorre
E os bardos, a sonhar, molham a penna!
Ao longe, os rios de agoas prateadas
Por entre os verdes cannaviaes, esguios,
São como estradas liquidas, e as estradas
Ao luar, parecem verdadeiros rios!
Os choupos nus, tremendo, arripiadinhos,
O chale pedem a quem vae passando...
E nos seus leitos nupciaes, os ninhos,
As lavandiscas noivam piando, piando!
O orvalho cae do céu, como um unguento.
Abrem as boccas, aparando-o, os goivos...
E a larangeira, aos repellões do vento,
Deixa cair por terra a flor dos noivos.
E o orvalho cae... E, á falta d'agoa, rega
O val sem fruto, a terra arida e nua!
E o Padre-Oceano, lá de longe, prega
O seu Sermão de Lagrymas, á Lua!
Tardes de outomno! ó tardes de novena!
Outubro! Mez de Maio, na lareira!
Tardes...
Lá vem a Lua, gratiae plena,
Do convento dos céus, a eterna freira!
António Nobre, in 'Só'
Nos longes d'agoa... Ó tardes de novena!
Tardes de sonho em que a poezia escorre
E os bardos, a sonhar, molham a penna!
Ao longe, os rios de agoas prateadas
Por entre os verdes cannaviaes, esguios,
São como estradas liquidas, e as estradas
Ao luar, parecem verdadeiros rios!
Os choupos nus, tremendo, arripiadinhos,
O chale pedem a quem vae passando...
E nos seus leitos nupciaes, os ninhos,
As lavandiscas noivam piando, piando!
O orvalho cae do céu, como um unguento.
Abrem as boccas, aparando-o, os goivos...
E a larangeira, aos repellões do vento,
Deixa cair por terra a flor dos noivos.
E o orvalho cae... E, á falta d'agoa, rega
O val sem fruto, a terra arida e nua!
E o Padre-Oceano, lá de longe, prega
O seu Sermão de Lagrymas, á Lua!
Tardes de outomno! ó tardes de novena!
Outubro! Mez de Maio, na lareira!
Tardes...
Lá vem a Lua, gratiae plena,
Do convento dos céus, a eterna freira!
António Nobre, in 'Só'
agosto 16, 2017
Eça de Queirós
Nos 117 anos da morte de Eça de Queirós, celebramos a sua vida:
«A Vida
Vida!... punhado de areia!
Morte!... rajada de vento!
(Guerra Junqueiro)
«A Vida
Vida!... punhado de areia!
Morte!... rajada de vento!
(Guerra Junqueiro)
A vida é sonho para quem vela: será realidade para quem dorme?
(Oliveira Martins)
O amigo Oliveira Martins diz que a vida é um sonho; o amigo Guerra Junqueiro diz que é um punhado de areia... Se é sonho, é o único que vale a pena sonhar; sé é areia, é a única sobre que vale a pena edificar.
(Eça de Queirós)»
No álbum de Mademoiselle Maria Augusta Pereira Machado, 1887, in "Almanaques e outros dispersos", Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2011.
(Oliveira Martins)
O amigo Oliveira Martins diz que a vida é um sonho; o amigo Guerra Junqueiro diz que é um punhado de areia... Se é sonho, é o único que vale a pena sonhar; sé é areia, é a única sobre que vale a pena edificar.
(Eça de Queirós)»
No álbum de Mademoiselle Maria Augusta Pereira Machado, 1887, in "Almanaques e outros dispersos", Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2011.
agosto 11, 2017
11 de Agosto de 1578: Morre Pedro Nunes,o matemático do nónio
Cosmógrafo e matemático português, nasceu em 1502, em Alcácer do Sal, e morreu a 11 de Agosto de 1578, em Coimbra. A
infância de Pedro Nunes é pouco conhecida. Estudou na Universidade de
Salamanca talvez de 1521 a 1522, e na Universidade de Lisboa onde
obteve a graduação em medicina .
No século
XVI a
Medicina recorria à Astrologia,
vindo assim a dominar as disciplinas de Astronomia e Matemática.
Posteriormente prosseguiu os seus estudos de Medicina, mas também leccionou
várias disciplinas na Universidade de Lisboa, incluindo Moral, Filosofia, Lógica e Metafísica.
Quando, em 1537, a universidade retornou para Coimbra, ele transferiu-se para a
refundada Universidade de Coimbra para leccionar Matemática, cargo que manteve
até 1562. À época, esta era uma disciplina nova naquela instituição, tendo sido
criada com o intuito de fornecer as instruções técnicas necessárias para
a navegação,
que se tornara um tópico vital no país, à época. A Matemática tornou-se uma
disciplina independente em 1544.
Além de se dedicar ao
ensino, foi nomeado Cosmógrafo Real em 1529 e tornou-se o
primeiro Cosmógrafo-mor do Reino em 1547, cargo que exerceu até seu
falecimento.
Em 1531, João III de
Portugal encarregou-o da educação dos seus irmãos mais novos, Luís e Henrique.
Anos depois, foi também responsável pela educação do neto do rei (e futuro
rei), Sebastião.
É possível que durante a
sua estadia em Coimbra, Christopher Clavius tenha assistido às aulas de Pedro
Nunes, sendo assim influenciado pelo seu trabalho.
A mais original das suas obras intitula-se De Crepusculis (1542), onde descreve a sua invenção conhecida como nónio. Este invento é uma pequena régua que desliza ao longo de outra e permite avaliar fracções da menor divisão desta última. O nónio circular é uma pequena peça circular que desliza ao longo da circunferência de um círculo graduado e cuja construção e uso são análogos ao do nónio retilíneo. Inventou também as linhas de rumo, mais tarde designadas loxodromias. A obra científica de Pedro Nunes coloca-o entre os maiores matemáticos do seu século.
De erratis Orontii
Finaei,
1546
Nónio original de Pedro Nunes
agosto 10, 2017
Henri Nestlé
10 de agosto
"Henri Nestlé nascia neste dia, em 1814. Todos nós associamos Nestlé aos chocolates mas a história começa na Suíça em 1866, quando a empresa lança a farinha láctea, à base de cereais e leite. Fórmula desenvolvida pelo próprio farmacêutico Nestlé para combater os problemas de nutrição infantil que tanto alarmavam aquela época."
"Henri Nestlé nascia neste dia, em 1814. Todos nós associamos Nestlé aos chocolates mas a história começa na Suíça em 1866, quando a empresa lança a farinha láctea, à base de cereais e leite. Fórmula desenvolvida pelo próprio farmacêutico Nestlé para combater os problemas de nutrição infantil que tanto alarmavam aquela época."
Cruz Vermelha
09 de agosto é dia para relembrar a Cruz Vermelha que nasceu pela iniciativa de
Henry Dunant para ajudar soldados feridos durante a Batalha de
Solferino em 1859. Fundada em Genebra,
Suíça, para proteger a vida e dignidade de vítimas de conflitos
internacionais e internos, tem vindo a alargar a sua intervenção de
cariz humanitário.
agosto 08, 2017
Os docentes e a biblioteca escolar: uma relação necessária |
Ângela Balça & Maria Adelina Fonseca | 2012 |
Resumo
Numa sociedade caracterizada por um crescimento ilimitado de informação, possibilitada pelas modernas tecnologias, há que necessariamente repensar o papel das Bibliotecas Escolares.
O presente estudo, descritivo com levantamento de dados, aborda a temática das relações entre a Biblioteca Escolar e os Docentes de uma Escola Secundária com 3.º Ciclo.
Os objectivos do estudo eram averiguar as formas de apropriação da utilização, por parte dos docentes, da Biblioteca Escolar; apurar outras possibilidades de integração / articulação da Biblioteca Escolar no desenvolvimento do currículo e das suas práticas; e saber qual a posição dos professores sobre indicadores que o Modelo de AutoAvaliação das Bibliotecas Escolares propõe no âmbito da articulação curricular da Biblioteca Escolar com as estruturas pedagógicas e os docentes.
Com o desenvolvimento do estudo verificou-se que os professores consideram que utilizam a biblioteca de uma forma mais participada, diversificada e frequente do que realmente acontece. Quanto à aplicação do Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares, existe um quadro favorável à sua aplicação na Escola em estudo.
agosto 06, 2017
Poema de Fernando Pessoa
"Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca..."
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca..."
Fernando Pessoa
A Volta a Portugal vai começar. E a Volta ao Conhecimento também
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) anunciou que, em paralelo com a Volta a Portugal, irá decorrer a Volta ao Conhecimento, que dará a conhecer os diferentes projetos da comunidade científica nacional
No
dia 4 de agosto, começam a ser dadas as primeiras pedaladas da Volta a
Portugal. E no mesmo dia arranca igualmente a Volta ao Conhecimento,
pelas mãos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
(MCTES).
À semelhança do pelotão de
ciclistas, os mentores da Volta ao Conhecimento deverão percorrer o
País, tendo como principal objetivo dar a conhecer os diferentes
projetos levados a cabo por universidades e diferentes instituições
científicas apoiadas pelo Estado. A Volta ao Conhecimento é composta por
10 etapas. Além da formação científica da população, a Volta ao
Conhecimento tem como objetivo estabelecer pontes entre laboratórios e
comunidade em que se inserem.
Em
comunicado, o MCTES recorda que é a segunda vez que se realiza a Volta
ao Conhecimento. Em 2016, foram produzidos 400 conteúdos de âmbito
científico no âmbito desta iniciativa de divulgação. Os conteúdos, que
são disponibilizados em plataformas digitais, foram produzidos por
cientistas de 19 instituições.
FLORBELA ESPANCA
Nascida em Vila Viçosa, em 1894, Florbela Espanca, foi uma poetisa de elevada sensibilidade e notável craveira, onde transparece feminilidade e sofrimento, Teve um vida curta (suicidou-se aos 36 anos), cheia e dramática. Foi uma das primeira mulheres a frequentar o Liceu André de Gouveia, em Évora, onde completou, em 1917, o Curso Complementar de Letras e também uma das primeiras a ingressar na Faculdade de Direito, em Lisboa.
agosto 04, 2017
Está no tempo das camarinhas....
Está no tempo das camarinhas... e da lenda associada à Rainha Santa Isabel e ao rei D. Dinis...
A
camarinha é uma baga comum nas dunas do pinhal de Leiria. Em agosto
atinge o seu esplendor, quando se transforma numa pérola branca, outrora
símbolo das lágrimas da Rainha Santa Isabel chamando por El-Rei D. Dinis.
A camarinha, com o nome científico de Corema Album, é uma baga de cor
branca e tem como habitat preferido regiões do litoral, ornadas por
sistemas dunares.
Conta-se que o rei D. Dinis andava no pinhal de Leiria, e um dia, ausentou-se. A rainha Santa Isabel foi à procura dele, e quando o viu chegar, começou a chorar. As lágrimas, simbolicamente, derramaram por todo o pinhal e cristalizaram em pérolas».
Rezava a lenda: «Dizem que Santa Isabel, Rainha de Portugal, montando branco corcel percorria o seu pinhal! “Ai do meu Esposo! Dizei! Dizei-me, robles reais! Meu Dinis! Senhor meu Rei! Em que braços suspirais?! (…) Mas cristalizou-se o pranto em muitas bagas branquinhas e transformou-se num manto de brilhantes camarinhas!...».
Um fruto que povoa o pinhal de Leiria e que, turisticamente, devia ser mais bem explorado, pois é um produto único, só nosso, que mais nenhum país pode aproveitar.
Conta-se que o rei D. Dinis andava no pinhal de Leiria, e um dia, ausentou-se. A rainha Santa Isabel foi à procura dele, e quando o viu chegar, começou a chorar. As lágrimas, simbolicamente, derramaram por todo o pinhal e cristalizaram em pérolas».
Rezava a lenda: «Dizem que Santa Isabel, Rainha de Portugal, montando branco corcel percorria o seu pinhal! “Ai do meu Esposo! Dizei! Dizei-me, robles reais! Meu Dinis! Senhor meu Rei! Em que braços suspirais?! (…) Mas cristalizou-se o pranto em muitas bagas branquinhas e transformou-se num manto de brilhantes camarinhas!...».
Um fruto que povoa o pinhal de Leiria e que, turisticamente, devia ser mais bem explorado, pois é um produto único, só nosso, que mais nenhum país pode aproveitar.
agosto 03, 2017
Exposição reconstrói memórias da aldeia submersa da Foz do Dão
Sandra Henriques é a autora de uma exposição de fotografia
sobre a aldeia submersa da Foz do Dão, em Santa Comba Dão, que será
inaugurada este domingo à tarde, no largo do município de Santa Comba
Dão.
A mostra de fotografia reconstrói memórias dos muitos habitantes daquela
aldeia, que ficaram sem as suas casas depois de a Foz do Dão ter sido
“engolida” pelas águas do Mondego, no início da década de 1980, aquando
da construção da barragem da Aguieira. À população foram oferecidas
promessas de emprego e crescimento do turismo, reduzidas indemnizações e
pequenos lotes numa rua da freguesia de Óvoa, em Santa Comba Dão.
DICAS DE LEITURA – POR QUÊ LER EM VOZ ALTA?
Ilustração de Pedro Leitão (Este ilustrador e escritor já esteve na nossa Escola)
É mais fácil aprender a ler quando ouvimos outros ler em voz alta! Quem o afirma é Aidan Chambers, escritor e
pedagogo norte-americano, num livrinho intitulado Queres que te conte um conto? Um guia para narradores e contadores
(edição em castelhano, de Banco del Libro, Venezuela).
Aprendemos a ler, normalmente, do seguinte
modo: primeiro, acompanhados por quem sabe ler e, depois, começamos gradualmente
a ler autonomamente. O leitor é, por isso, um aprendiz e é-o efetivamente se
estiver na «zona de desenvolvimento proximal», isto é, se estiver em contacto
com a leitura. Assim, ler em voz alta para as crianças é essencial para
ajudá-las a converter-se em leitoras. E, segundo Aidan Chamber, «é um erro
pensar que a leitura em voz alta é necessária apenas nas etapas iniciais». A
leitura em voz alta é tão valiosa e aprender a ler é um processo tão demorado
(e nunca acabado) que a leitura em voz alta é necessária durante toda a
escolarização e, ousamos dizer, durante toda a vida. O ideal seria que cada
pessoa escutasse um fragmento de literatura todos os dias.
Este especialista apresenta cinco razões fundamentais para ler em
voz alta:
1
– A leitura em voz alta mostra-nos como o texto funciona. Cada vez que escutamos um conto, ou poema
ou qualquer outro tipo de texto, adquirimos um exemplo mais de como a escrita
funciona, isto é, como se estrutura e se organiza, e o que (ou como) temos de
fazer «dominar» o texto. Descobrimos, ao ouvir, que tipo de texto está guardado
na linguagem do texto.
2
– A leitura em voz alta faz com que o texto impresso ganhe vida poer meio da
interpretação. A escrita
é, em cero sentido, um guião: com palavras que nos dizem como são as pessoas, o
que sentem e como agem. A leitura em voz alta desperta a magia do texto e das
personagens. A leitura em voz alta mostra como quem lê «convive» com as
palavras e as personagens. Ou seja, a leitura em voz alta possibilita a
aprendizagem de que o texto tem um «corpo» e uma «voz» que o leitor tem de
«interpretar».
3
– A leitura em voz alta transforma o «difícil» em algo acessível. Quando as crianças são expostas a algo que
não são ainda capazes de ler por si mesmas, estamos a ajudá-las a descobrir que
vale a pena esforçar-se por ler autonomamente.
4
– A leitura em voz alta estimula a escolha, mostrando que se pode ler vários tipos de textos, de vários
modos e com «estratégias» distintas. Pode ler-se uma história completa, seguida
de discussão; pode fazer-se um programa de leitura de contos, poemas, inclusive
para e em ocasiões especiais; pode ler-se um texto mais extenso ao longo de
vários dias; pode ler-se a despropósito, sempre que seja adequado e/ou surja
uma oportunidade; pode dramatizar-se um texto, etc., etc.
5
– A leitura em voz alta oferece uma maneira de estar juntos. Além da dimensão social e afetiva (de que
já falamos em outros post), este tipo
de leitura é importante para o processo de construção da identidade cultural, ainda
que cada pessoa a assuma de modo distinto.
Neste tempo de férias (real ou
psicológico), não tenha dúvidas: leia em voz alta, para si, para os seus
filhos, para os seus familiares, para quem quer que seja, mas leia…
Citação de M. Gandhi
"Pegue um sorriso e doe-o a quem jamais o teve.
Pegue a bondade e doe-a a quem não sabe doar.
Descubra o AMOR e faça-o conhecer o mundo."
M. Gandhi
Pegue a bondade e doe-a a quem não sabe doar.
Descubra o AMOR e faça-o conhecer o mundo."
M. Gandhi
Citação de Mário Vargas Llosa
A literatura não é algo que nos faça felizes, mas ajuda-nos a defendermo-nos da infelicidade.
Mário Vargas Llosa
Mário Vargas Llosa
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