janeiro 15, 2017

A propósito da sexta-feira 13



Acompanhando um dia repleto de crenças e superstições, é importante lembrar que não devem existir homens mais supersticiosos que os homens do mar. Já no século XV e XVI, os marinheiros tinham um vasto leque de superstições, como era o caso do azar provocado pela presença de uma mulher a bordo e outras que advinham do próprio medo da imensidão do mar e do desconhecido. No entanto, é natural que o misticismo que envolve este dia em particular já se fizesse sentir neste período e nas gentes do mar em particular. Muitas são as origens apontadas à célebre e famigerada sexta-feira 13. Seja por Jesus Cristo ter sido, aparentemente, crucificado numa sexta-feira logo depois de celebrar uma ceia que juntava 13 participantes ou outro motivo qualquer oriundo das tradições cristãs ou judaicas, existem ainda outros factos que reforçam o significado obscuro do dia em questão. Uma delas relaciona-se com o monarca Filipe IV de França que, numa sexta-feira 13 de 1307, ordenou a perseguição dos membros da Ordem dos Cavaleiros Templários, amaldiçoando, assim, o dia. São factos que reforçam crenças, que justificam o que não se consegue explicar, e que nunca é demais os termos em conta, porque já dizia Cervantes: “No creo en brujas, pero que las hay, las hay”.