Os resultados nacionais das provas de aferição foram
divulgados nesta segunda-feira. Destacam-se os maus resultados sobretudo
na gramática e na aritmética.
As provas de aferição não contam para a nota mas têm como grande
objetivo perceber quais as áreas que os alunos dominam ou não, para ver o
que é preciso fazer diferente. E o diagnóstico não é animador,
sobretudo entre os estudantes do 8º ano, que se estrearam nestes testes e
que revelaram muitas dificuldades tanto a Português como a Matemática.
A informação prestada pelo Ministério divide-se sempre em quatro
categorias de desempenho: “conseguiram”, “revelaram dificuldade”, “não
conseguiram” e “não responderam”.
Apenas 16,9% dos alunos do 8.º ano de escolaridade conseguiram
responder de acordo com o esperado nas perguntas relativas a gramática
que constavam da prova de aferição de Português, realizada em Junho
passado. E só 22,8% o fizeram na parte relativa à leitura.
Na disciplina de Matemática, só 15,6% dos alunos do 8º ano
conseguiram responder às questões relativas a números e operações
aritméticas. No 5.º ano, foram 12,1%.
De uma forma geral, verifica-se que à medida que os alunos progridem
de ano, existe uma tendência para se agravarem as suas dificuldades
tanto a Português como a Matemática. Por exemplo, a matemática, no 2.º
ano de escolaridade, é residual a percentagem de alunos que não responde
sequer às questões colocadas: inferior a 1% em todos os domínios
avaliados. O mesmo não aconteceu em anos posteriores.
Os relatórios já foram entregues às escolas, agora, cada escola
decidirá como vai dar a conhecer este documento aos encarregados de
educação. Pode decidir fazê-lo por email, por exemplo, ou pode optar por
convocar as famílias para uma reunião, de forma a ajudar os pais a
interpretar a informação sobre o desempenho dos seus filhos. Não há um
prazo definido: as escolas podem fazê-lo já ou apenas nas reuniões de
arranque do ano letivo.
Este ano, em que se aplicou um regime transitório para adaptação ao
novo modelo de avaliação do ensino básico, apenas 57% das escolas
decidiram aplicar as provas de aferição do 2.º, 5.º e 8.º anos, sem peso
para a nota final, que vieram substituir os exames de Português e
Matemática nos 4.º e 6.º anos de escolaridade, que contavam 30% para a
classificação final.
Estas provas passam a ser classificadas qualitativamente, por domínios, e não quantitativamente.
A partir do próximo ano letivo, as provas passam a ser de realização
obrigatória e as disciplinas em avaliação estão já definidas no
calendário escolar.