agosto 02, 2016

As escolas já receberam os (maus) resultados das provas de aferição

Os resultados nacionais das provas de aferição foram divulgados nesta segunda-feira. Destacam-se os maus resultados sobretudo na gramática e na aritmética. As provas de aferição não contam para a nota mas têm como grande objetivo perceber quais as áreas que os alunos dominam ou não, para ver o que é preciso fazer diferente. E o diagnóstico não é animador, sobretudo entre os estudantes do 8º ano, que se estrearam nestes testes e que revelaram muitas dificuldades tanto a Português como a Matemática.
A informação prestada pelo Ministério divide-se sempre em quatro categorias de desempenho: “conseguiram”, “revelaram dificuldade”, “não conseguiram” e “não responderam”.
Apenas 16,9% dos alunos do 8.º ano de escolaridade conseguiram responder de acordo com o esperado nas perguntas relativas a gramática que constavam da prova de aferição de Português, realizada em Junho passado. E só 22,8% o fizeram na parte relativa à leitura.
Na disciplina de Matemática, só 15,6% dos alunos do 8º ano conseguiram responder às questões relativas a números e operações aritméticas. No 5.º ano, foram 12,1%.
De uma forma geral, verifica-se que à medida que os alunos progridem de ano, existe uma tendência para se agravarem as suas dificuldades tanto a Português como a Matemática. Por exemplo, a matemática, no 2.º ano de escolaridade, é residual a percentagem de alunos que não responde sequer às questões colocadas: inferior a 1% em todos os domínios avaliados. O mesmo não aconteceu em anos posteriores.

Os relatórios já foram entregues às escolas, agora, cada escola decidirá como vai dar a conhecer este documento aos encarregados de educação. Pode decidir fazê-lo por email, por exemplo, ou pode optar por convocar as famílias para uma reunião, de forma a ajudar os pais a interpretar a informação sobre o desempenho dos seus filhos. Não há um prazo definido: as escolas podem fazê-lo já ou apenas nas reuniões de arranque do ano letivo.

Este ano, em que se aplicou um regime transitório para adaptação ao novo modelo de avaliação do ensino básico, apenas 57% das escolas decidiram aplicar as provas de aferição do 2.º, 5.º e 8.º anos, sem peso para a nota final, que vieram substituir os exames de Português e Matemática nos 4.º e 6.º anos de escolaridade, que contavam 30% para a classificação final.
Estas provas passam a ser classificadas qualitativamente, por domínios, e não quantitativamente.

A partir do próximo ano letivo, as provas passam a ser de realização obrigatória e as disciplinas em avaliação estão já definidas no calendário escolar.