Deixa contar...
Era uma vez
O Senhor Mar
com muita onda...
Com muita onda...
E depois?
E depois...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
E depois...
A menina adormeceu
Nos braços da sua mãe.
in Livro da Tila
Mãe, as flores adormecem
Quando se põe o Sol!
Filha, para as adormecer
Canta o rouxinol...
Mãe, as flores acordam
Quando nasce o dia!
Filha, para as acordar
Canta a cotovia...
Mãe, gostava tanto de ser flor!
Filha, eu então seria uma ave...
In Livro da Tila
"Canção de Embalar Bonequinhas Pobres",
Adormece ao meu cantar:
Tenho menina de trapos,
Tenho uma voz de luar...
Os meus braços são a lua,
Quando ela é quarto cescente:
Dorme menina de trapos,
Meu pedacinho de gente.
Dorme minha filha triste,
Meu farrapo de menina,
Dorme, porque eu sou a nuvem
que te serve de cortina.
Menina dos olhos doces
Adormece ao meu cantar:
Tenho menina de trapos,
Tenho uma voz de luar...
In Livro da Tila
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"Canção de embalar um menino"
,
De oiro tão negro
É o meu menino. Meu menino negro
Negro de veludo,
Cabelo de lã
Com anéis e tudo.
Meu menino negro,
Olhos de cristal,
Tão meigos, tão puros,
Tão longe do mal.
Meu menino negro,
Mãozinhas morenas,
Unhitas de nácar,
Conchinhas pequenas.
Meu menino negro,
Vamos nanar,
Passarito negro
Do meu cantar.
In O Cantar da Tila - poemas para a juventude
Negro de veludo,
Cabelo de lã
Com anéis e tudo.
Meu menino negro,
Olhos de cristal,
Tão meigos, tão puros,
Tão longe do mal.
Meu menino negro,
Mãozinhas morenas,
Unhitas de nácar,
Conchinhas pequenas.
Meu menino negro,
Vamos nanar,
Passarito negro
Do meu cantar.
In O Cantar da Tila - poemas para a juventude