julho 29, 2016

CÂMARA DE ANADIA APROVA PAGAMENTO DE MANUAIS ESCOLARES DO 1º CICLO

A Câmara Municipal de Anadia aprovou, na sua sessão de 27 de julho, a proposta para que a autarquia suporte, na totalidade, os custos relativos à aquisição de manuais escolares para todos os alunos que, no próximo ano letivo, frequentem os 2º, 3º e 4º anos de escolaridade da rede pública de ensino no concelho de Anadia.
Aprovada por unanimidade, esta medida destina-se à comparticipação total dos manuais de caráter obrigatório, ou seja, no 2º ano, os manuais de Língua Portuguesa, de Matemática e de Estudo do Meio, e, no 3º e 4º anos, além destes, o de Língua Inglesa. A deliberação do executivo vem complementar a medida anunciada pelo Governo com vista à distribuição gratuita de manuais escolares aos alunos do 1.º ano. Com esta decisão, a Câmara Municipal de Anadia coloca, assim, em igualdade de circunstâncias todos alunos que frequentem o 1º ciclo na rede pública de ensino do concelho.
Os encarregados de educação que pretendam usufruir desta medida, deverão dirigir-se ao Serviço de Educação, nos Paços do Município de Anadia, até 31 de outubro, a fim de procederem ao preenchimento de uma ficha de pedido de pagamento. Na ocasião, deverão entregar cópia do documento de compra dos manuais (com os seus títulos discriminados) e comprovativo do respetivo IBAN para efeitos de transferência bancária.


Viva o grande Domingos Sequeira...e D. Afonso Henriques...

A 25 de Julho de 1139 travou-se a Batalha de Ourique. Nela se defrontaram as tropas cristãs, comandadas por D. Afonso Henriques (c.1109-1185) e as muçulmanas, saldando-se o embate por uma vitória para as hostes portuguesas.
MILAGRE DE OURIQUE (1793). Domingos Sequeira (1768–1837). Óleo sobre tela (270 × 450 cm). Musée Louis-Philippe du Château d'Eu, France.

POema de Sophia


Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.


Sophia de Mello Breyner Andresen

Aula de História...

Em 29 de julho de 1836 é inaugurado o Arco do Triunfo, uma homenagem ao Exército da França. A obra começou em 1806, por ordem de Napoleão Bonaparte (1769-1821), mas foi suspensa com a restauração da monarquia. Os trabalhos de construção foram retomados em 1825, e o monumento, de 49 metros de altura e 45 metros de extensão, foi concluído sob o rei Luís Felipe I (1773-1850). Estão gravados no Arco os nomes de 558 generais e de 128 batalhas travadas pelos franceses. Na base do monumento, foi construído em 1920 o Túmulo do Soldado Desconhecido

Poema de Fernando Pessoa

XII. PRECE - Fernando Pessoa

Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.
Dá o sopro, a aragem — ou desgraça ou ânsia —,
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistemos a Distância —ividido
Revele o Santo Gral!

Fernando Pessoa, in "Mensagem"

Foto: Fernando Pessoa na Baixa de Lisboa

julho 28, 2016

A não perder...

"De mão em mão!" - 2016


"De mão em mão!” é um projeto promovido pela Câmara Municipal de Anadia, através da Divisão de Desenvolvimento Humano, Cultural e Social, (serviço da Biblioteca Municipal de Anadia), e que consiste no encorajamento da partilha e da reutilização de manuais escolares, com vista à sua rentabilização.
Consulte as Normas de Participação, e colabore neste projeto oferecendo os Manuais Escolares que já não usa!

Para mais informações, contacte a Biblioteca Municipal de Anadia
(telef.: 231 519 090 / geral@bm-anadia.pt).
Normas e ficha em:
http://www.cm-anadia.pt/inde…/2014-04-02-14-22-30/atividades

Citação de William Shakespeare

"Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança."

William Shakespeare
 Foto de Nos Trilhos Do Infinito.

Língua portuguesa está mais rica com mais de 840 novas palavras

Língua portuguesa está mais rica com mais de 840 novas palavras

A Priberam acaba de anunciar que o seu Dicionário de Língua Portuguesa foi enriquecido com um total de 842 novos verbetes só durante o primeiro semestre de 2016, período durante o qual foram ainda alterados um total de 4.328 verbetes.

O anúncio foi feito em Lisboa, durante as recentes «Jornadas dos Dicionários», numa apresentação dos linguistas da Priberam Helena Figueira, Pedro Mendes e Cláudia Pinto, que revelaram que o dicionário integrava a 30 de Junho de 2016 um total de 115.821 verbetes, o que o torna numa das mais completas e atualizadas referências da língua portuguesa. Helena Figueira explicou que uma das vantagens do Dicionário Priberam de Língua Portuguesa (DPLP) é a capacidade de rápida adaptação e acompanhamento da evolução da língua. Muitos dos novos vocábulos surgem na sequência de sugestões diretas, mas também da análise que a Priberam faz de pesquisas dos utilizadores, de corpora de notícias, websites e blogues.
«Muitas das pesquisas inválidas são feitas com a grafia errada – afinal, é também para saber como se escreve determinada palavra que as pessoas procuram um dicionário!», diz Helena Figueira, «mas quando detetamos que há muitas pesquisas de utilizadores que tentam encontrar o significado de uma palavra bem formada que não está no dicionário, é sinal de que esse vocábulo merece provavelmente um novo verbete».
E a linguista da Priberam dá exemplo de novas palavras recentemente adicionadas ao DPLP e que surgiram na sequência de sugestões directas ou indirectas dos leitores: bolembreano, sexagem, omnibenevolente, tardogótico, normotenaz, diligenciamento, ecomuseu, microzona, íctico ou fónio.
A tecnologia por detrás do DPLP remonta ao trabalho realizado pela Priberam desde 1995 mas a génese do dicionário online tal como hoje o conhecemos surgiu em 2008, quando a empresa licenciou o conteúdo do Novo Dicionário Lello da Língua Portuguesa com o objectivo de criar uma plataforma lexicográfica.
Apesar de estar sempre a evoluir, à data de 30 de Junho de 2016, estas eram as principais estatísticas do DPLP:
115.821 verbetes;
5.163 desdobramentos com alterações ortográficas;
1.599 subverbetes;
7.037 locuções;
217.379 definições;
51.666 sinónimos;
4.180 antónimos;
10.031 aceções com exemplos

O DPLP inclui ainda as variantes gráficas da norma brasileira bem como a grafia antes e depois do Acordo Ortográfico.

Mais informações em http://dicionario.priberam.pt

Fernando Namora

Fernando Namora

julho 27, 2016

Poema de Fernando Pessoa...

"Era água corrente.
Não tinha sentido.
Ia lentamente
Com pouco ruído,
Salvo onde uma pedra
Fazia a água dar
Um som bom que medra
Para se apagar…
Assim a emoção
Engana, a sentir,
Nosso coração —
Água sempre a ir."


Fernando Pessoa

Para refletir...

"Duvidar de tudo é como acreditar em tudo.
São posições igualmente perigosas. Ambas nos dispensam de refletir"

julho 25, 2016

D. Afonso Henriques: pequena biografia

D. Afonso Henriques (1109?-1185), o primeiro rei de Portugal, impôs-se à mãe e à coroa de Castela através das armas para criar um novo reino.
Sobre D. Afonso Henriques (1109?-1185) existem mais dúvidas do que certezas. Não se sabe ao certo a data ou o local de nascimento do primeiro monarca português. Guimarães costuma ser apontada como local provável, mas há outros candidatos como Viseu ou Coimbra.
Assumiu a chefia do Condado Portucalense após vencer, em 1128, a Batalha de S. Mamede contra as forças de sua mãe, D. Teresa, aliada do Reino de Leão e continuou a sua expansão conquistando territórios aos muçulmanos, que ocupavam parte importante da Península Ibérica.
Em 1139 proclamou-se rei, estatuto que seria reconhecido pelo Papa em 1179

julho 23, 2016

Poema de Fernando Pessoa..


Fernando Pessoa


O céu, azul de luz quieta,
As ondas brandas a quebrar,
Na praia lúcida e completa —
Pontos de dedos a brincar.
No piano anónimo da praia
Tocam nenhuma melodia
De cujo ritmo por fim saia
Todo o sentido deste dia.
Que bom, se isto satisfizesse!
Que certo, se eu pudesse crer
Que esse mar e essas ondas e esse
Céu têm vida e têm ser.

julho 22, 2016

A magia dos livros...

"Há livros que nos prendem desde as primeiras páginas, porque é como se tivessem sido escritos para nós.
Não é que o mundo não tenha direito a conhecê-los, apenas, enquanto o lemos, o resto do mundo deixa de existir para nós".

Culturais Férias Desportivas e Culturais

Férias Desportivas e Culturais - Verão 2016C


"De mão em mão!" - 2016
"De mão em mão!” é um projeto promovido pela Câmara Municipal de Anadia, através da Divisão de Desenvolvimento Humano, Cultural e Social, (serviço da Biblioteca Municipal de Anadia), e que consiste no encorajamento da partilha e da reutilização de manuais escolares, com vista à sua rentabilização.
Consulte as Normas de Participação, e colabore neste projeto oferecendo os Manuais Escolares que já não usa!

Para mais informações, contacte a Biblioteca Municipal de Anadia
(telef.: 231 519 090 / geral@bm-anadia.pt).
Normas e ficha em:
http://www.cm-anadia.pt/inde…/2014-04-02-14-22-30/atividades

Pelas Ruínas de Conímbriga!


Escritora de sucesso na literatura infanto-juvenil portuguesa, Isabel Alçada é conhecida por ter escrito a colecção Uma Aventura, em parceria com Ana Maria Magalhães. Numa das maiores colecções literárias portuguesas, já com 58 títulos, a próxima aventura a publicar promete muita adrenalina… pelas Ruínas de Conímbriga!

Citação de Stendhal

"Um romance é como um arco de violino, a caixa que produz os sons é a alma do leitor."

Stendhal-escritor francês ,1783-1842

julho 20, 2016

Poema de Carlos Drummond de Andrade

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.


Carlos Drummond de Andrade

19 de Julho de 1885: Nasce Aristides de Sousa Mendes.

Diplomata e político português, filho de Maria Angelina Ribeiro de Abranches e do juiz José de Sousa Mendes, nasceu a 19 de Julho de 1885, em Cabanas de Viriato, concelho de Carregal do Sal, no distrito de Viseu. Cursou Direito na Universidade de Coimbra e, tal como o seu irmão gémeo César, após a licenciatura, em 1907, acabou por seguir a carreira diplomática. A 12 de Maio de 1910, foi nomeado cônsul de 2.a classe na Guiana Britânica, passando depois a exercer funções em Zanzibar, onde ganhou muito prestígio. Aqui, juntamente com Angelina de Sousa Mendes, sua esposa e mãe dos seus 14 filhos, sofreu alguns reveses de saúde, agravados sobretudo pelo clima paludial daquela zona africana. Tendo solicitado várias vezes a sua transferência acabaria por ver atendidos os seus desejos em Fevereiro de 1918, altura em que foi nomeado para desempenhar o mesmo cargo em Curitiba, no Brasil. Ainda nesse ano, em plena ditadura de Sidónio Pais, foi promovido a cônsul de 1.a classe. Porém, devido às suas convicções monárquicas e anti republicanas, veria, em 1919, as suas funções serem suspensas – um despacho ministerial colocava-o no estado de disponibilidade, situação que geralmente significava inação ou, eventualmente, a atribuição de um serviço irregular que implicava sempre uma perda considerável do vencimento. Em meados de 1921 foi convidado a dirigir temporariamente o consulado em S. Francisco, na Califórnia. Os dois anos aqui passados terão contribuído, devido ao elevado custo de vida americano e simultaneamente à redução salarial a que tinha sido sujeito, para o estado precário da sua situação financeira. Foi solicitado mais do que uma vez para voltar ao Brasil até que, em 1926, uma portaria obrigou-o a regressar a Lisboa para prestar serviço na Direção-Geral dos Negócios Comerciais e Consulares. Com o golpe de Estado de 28 de Maio de 1926, Sousa Mendes foi nomeado cônsul em Vigo.

Poema de Miguel Torga


Miguel Torga


Dies Irae

Apetece cantar, mas ninguém canta.
Apetece chorar, mas ninguém chora.
Um fantasma levanta
A mão do medo sobre a nossa hora.
Apetece gritar, mas ninguém grita.
Apetece fugir, mas ninguém foge.
Um fantasma limita
Todo o futuro a este dia de hoje.
Apetece morrer, mas ninguém morre.
Apetece matar, mas ninguém mata.
Um fantasma percorre
Os motins onde a alma se arrebata.
Oh! maldição do tempo em que vivemos,
Sepultura de grades cinzeladas,
Que deixam ver a vida que não temos
E as angústias paradas!

julho 17, 2016

Aventura é tudo..

· “The big question is whether you are going to be able to say a hearty yes to your adventure.”
Joseph Campbell

Citação de Umberto Eco

"I love the smell of book ink in the morning."  Umberto Eco

Mia Couto


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“Eu nasci para estar calado. Minha única vocação é o silêncio. Foi meu pai que me explicou: tenho inclinação para não falar, um talento para apurar silêncios. Escrevo bem, silêncios, no plural. Sim, porque não há um único silêncio. E todo o silêncio é música em estado de gravidez.
Quando me viam, parado e recatado, no meu invisível recanto, eu não estava pasmado. Estava desempenhado, de alma e corpo ocupados: tecia os delicados fios com que se fabrica a quietude. Eu era um afinador de silêncios.”

Mia Couto, em "Antes de Nascer o Mundo". São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2009.


De que vale ter voz
se só quando não falo é que me entendem?
De que vale acordar
se o que vivo é menos do que o que sonhei?

(Versos do menino que fazia versos)

Mia Couto, do conto "O menino que escrevia versos".  em "O fio das missangas". Lisboa: Editorial Caminho, 2003.

julho 16, 2016

Deite os seus filhos lendo um livro, não vendo televisão...

Não há nada tão terapêutico e reconfortante quanto conseguir que uma criança adormeça enquanto lemos um livro para ela. A experiência da escuta é fundamental também para o seu domínio da leitura. Além disso, através da nossa voz levamos os nossos filhos a um universo de fantasia e aventuras onde o seu cérebro encontra calma e o convite para continuar sonhando feliz enquanto dorme.
Francesco Tonucci é um notável pedagogo italiano que baseou todos os seus trabalhos no estudo do desenvolvimento cognitivo das crianças pequenas. Para ele, algo tão simples quanto desligar a televisão e ler um livro para os nossos filhos é criar os grandes leitores do dia de amanhã. Além disso implica em aproximá-los a um valor que os tornará livres, mais curiosos e certamente, dignos herdeiros do legado que os bons livros nos deixam.
“As crianças  transformam-se em grandes leitores no colo dos seus pais, por isso, não duvide em ser o melhor exemplo, deixe que vejam você mergulhar em um mar de letras para que elas nadem em um mar de sonhos…”
Embora seja verdade que às vezes estamos cansados e que é mais fácil  reunir-se à frente da televisão nas últimas horas do dia, pense que a infância dos seus filhos é muito breve, e o melhor momento “sempre é agora”. Aproveite cada segundo e cada instante, faça deles os seus cúmplices frente a um livro, deixe que o sono os vença no seu colo enquanto você chega ao fim dessa história. No dia de amanhã eles agradecerão…
FILHOS2
Um livro aberto é um cérebro que fala e uma mente que ouveUm dos problemas que costumamos ter com as crianças no que se refere à leitura é que muitos se aproximam dos livros por obrigação escolar e não por prazer. Isto não deveria ser assim. O bom leitor aproxima-se pela primeira vez a esses oceanos de letras na sua infância por pura curiosidade e subtil desafio.“A leitura, como o amor, é a pedra ideal para afinar a alma.”
Algo tão simples como dar à criança a liberdade na hora de escolher a sua leitura é uma coisa que sempre traz bons resultados, mas é ainda melhor quando nós agimos como modelo. De facto, para Tonucci, não há melhor brinquedo que um livro e não existe maior acerto do que favorecer a capacidade de escuta das crianças ouvindo-nos ler.
Para compreender isto melhor, convidamo-lo a considerar estes aspectos sobre os quais refletir.
FILHOS5
Os benefícios da leitura relaxada Graças a um trabalho conduzido pela “American Academy of Pediatrics” foi feita uma descoberta importante: as crianças entre 2 e 6 anos não deveriam estar expostos à televisão ou a dispositivos eletrónicos durante mais de uma hora por dia. Dos 7 aos 12 anos de idade, deveríamos controlar que não excedam as 2 horas.
Segundo este estudo, a visão prolongada da televisão ou do computador pode desenvolver um déficit de atenção nos pequeninos. Isto deve-se ao facto do córtex frontal, ainda imaturo nas crianças, ficar super ativado com as ondas eletromagnéticas.
Deixar que os nossos filhos durmam assistindo televisão não é precisamente a coisa mais terapêutica, apesar de nós mesmos fazermos isto com frequência. Falamos de educação, pedagogia e antes de mais nada de saúde infantil, por isso, antes de deixar que o sono os leve diante da TV ou do tablet, é preciso colocar em prática a boa arte da leitura relaxada.
  • Não importa que os seus filhos ainda não tenham adquirido a competência da leitura e da escrita ou que já estejam conseguindo as suas primeiras conquistas. Sentar-se com eles na cama e começar a ler para eles irá trazer um benefício enorme para o seu desenvolvimento neuronal e emocional.
  • A leitura relaxada aumenta o fluxo de sangue para o cérebro, traz bem-estar à criança além de uma calma muito gratificante apropriada para este último instante do dia.
  • A área do cérebro que mais é estimulada no processo de “escuta” é a área pré-frontal,indispensável para desenvolver e potencializar muitos processos cognitivos nas crianças: a atenção, a imaginação e os raciocínios mais complexoLer para os seus filhos uma história ou livro com uma mensagem exemplar ou um bom raciocínio moral pode potenciar a sua empatia e o respeito por seus semelhantes. Vale a pena.

A leitura relaxada, um vínculo de carinho entre pais, mães e filhos

Leia para os seus filhos sem pensar que está perdendo tempo ou que tem muitas coisas para fazer além disso. Permita que o tempo se detenha e agarre-os, deixe que a emoção desse livro os envolva e que a sua voz cative o coração do seu filho.
Nenhum presente poderá superar esses momentos de leitura compartilhada, nesses lugares inventados onde os sonhos, as aventuras e os mistérios aceleram a sua imaginação enquanto a sua respiração ganha compasso pouco a pouco e lentamente, a medida que chega o sono e, simplesmente, se rende.
A leitura relaxada na última hora do dia é um modo maravilhoso de educar as suas mentes e de permitir que o seu cérebro amadureça em equilíbrio. Os livros são um legado que se compartilha entre pais e filhos, e nada deveria substituí-los, menos ainda a televisão ou as novas tecnologias.

"Ever Learning" - só vamos lá pelo trabalho...

"There are no secrets to success. It is the result of preparation, hard work, and learning from failure."

Colin Powell

Poesia "Paisagem" de Sophia de Mello Breyner Andresen

Poesia "Paisagem" de  Sophia de Mello Breyner Andresen
 
"Passavam pelo ar aves repentinas,
O cheiro da terra era fundo e amargo,
E ao longe as cavalgadas do mar largo
Sacudiam na areia as suas crinas.

Era o céu azul, o campo verde, a terra escura,
Era a carne das árvores elástica e dura,
Eram as gotas de sangue da resina
E as folhas em que a luz se descombina.
Eram os caminhos num ir lento,
Eram as mãos profundas do vento
Era o livre e luminoso chamamento
Da asa dos espaços fugitiva.
Eram os pinheirais onde o céu poisa,
Era o peso e era a cor de cada coisa,
A sua quietude, secretamente viva,
E a sua exalação afirmativa.
Era a verdade e a força do mar largo,
Cuja voz, quando se quebra, sobe,
Era o regresso sem fim e a claridade
Das praias onde a direito o vento corre."

in Poesia, 1944

julho 14, 2016

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Ler no século XXI
A nossa geração aprendeu a perceber o mundo através da leitura e os nossos filhos, agora, aprendem a entender o mundo através da tecnologia.
Mas ler, continua a ser uma competência básica para poder aprender. O que acontece, é que o modo de ler no século XXI, como o modo de pensar, é diferente hoje do que era nos séculos passados. Por quê? Porque está determinado necessariamente pelo incremento de meios e formatos diferentes de comunicação, tanto analógicos  como digitais.
meio, o formato e a acessibilidade ao meio são os três pontos que marcam a diferença entre como se lia no século XIX, no século XX e no século XXI.

Orientações curriculares para a Educação pré-escolar


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A educação pré-escolar, tal como está estabelecido na Lei-Quadro (Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro), destina-se às crianças entre os 3 anos e a entrada na escolaridade obrigatória, sendo considerada como “a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida”. 
As Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar baseiam-se nos objetivos globais pedagógicos definidos pela referida Lei e destinam-se a apoiar a construção e gestão do currículo no jardim de infância, da responsabilidade de cada educador/a, em colaboração com a equipa educativa do estabelecimento educativo/agrupamento de escolas. (...)

Retrato de Portugal


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EDIÇÃO ESPECIAL 30 ANOS NA UE: o novo Retrato de Portugal, um resumo de indicadores desde 1986 até à atualidade, números que contam a nossa história desde que somos membros da União Europeia. A PORDATA vai publicar ao longo da semana várias infografias sobre os vários temas.

ColorADD, Sistema universal de identificação de cores


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A Caixa é o primeiro banco a adotar o ColorADD, um código de identificação da cor único e uma inovação 100% portuguesa.
O ColorADD é um código único, inclusivo, universal e transversal, que garante a plena integração das pessoas com dificuldades na interpretação das cores. Procura tornar o mundo mais acessível e igualitário, promovendo a responsabilidade social de todos para todos.
ColorADD, Sistema Universal de Identificação de Cores
O ColorADD é essencial sempre que a cor é um fator determinante na identificação, orientação ou escolha.
Funciona como um sistema simples, que tem por base 3 símbolos gráficos que representam as 3 cores primárias, sustentado no Conceito de “Adição de Cores”. A estas, acrescem o Preto e o Branco que surgem para orientar as tonalidades escuras e claras. Este relacionamento entre os símbolos e as cores torna a leitura do código ColorADD num “jogo mental” que permite a identificação rápida e intuitiva de todas as cores.
É uma ferramenta que procura garantir a plena integração na sociedade de 10% da população masculina (cerca de 350 milhões de indivíduos) com dificuldade em interpretar as cores, nomeadamente os daltónicos.  A sua implementação passa pelas mais diversas áreas de atividade, nomeadamente em Hospitais, Transportes Públicos, Escolas, Universidades, Autarquias e também nas Empresas.

julho 13, 2016

Uma citação da Bíblia...

Fernando Santos, na conferência de imprensa de ontem, quando um jornalista brasileiro lhe pediu que citasse um provérbio que sintetizasse a experiência de Portugal no Euro 2016, respondeu:
"prudentes como as serpentes e simples como as pombas"
Sabem donde foi retirada esta citação? Da Bíblia, mais precisamente do Evangelho de São Mateus.
Ora leiam e vejam como foi inteligente. A metáfora é soberba!
«Envio-vos como ovelhas para o meio dos lobos; sede, pois, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. 17 Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas suas sinagogas; 18 Sereis levados perante governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e dos pagãos.»

A Rainha Santa Isabel morreu em Estremoz






A Rainha Santa Isabel de Aragão (1270-1336), esposa de el-Rei D. Diniz (1261-1325), faleceu no Castelo de Estremoz, com 66 anos de idade, no dia 4 de Julho de 1336, de uma doença súbita surgida quando se dirigia para a raia em missão de apaziguamento entre o filho, D. Afonso IV (1291-1357), e o neto, Afonso XI de Castela (1311-1350).

As virtudes da Rainha, mais tarde considerada Santa, estiveram na origem da sua beatificação por Leão X (1475-1521), em 1516, com autorização de culto circunscrito à Diocese de Coimbra.

Em 1556, o papa Paulo IV (1476-1559) torna extensiva a devoção isabelina a todo o Reino de Portugal. Seria o papa Urbano VIII (1568-1664), dada a incorrupção do corpo e o relato dos milagres, quem proclamaria em 1625, a canonização de Isabel de Aragão como Rainha Santa.



MILAGRE DA CRIANÇA SALVA DAS ÁGUAS (c. 1725). Teotónio dos Santos(?). 
Painel de azulejos (2,60 m x 2,40 m).
Capela da Rainha Santa Isabel do Castelo de Estremoz.

OS DIAS DE VERÃO


Sophia de Mello Breyner


OS DIAS DE VERÃO

Os dias de verão vastos como um reino
Cintilantes de areia e maré lisa
Os quartos apuram seu fresco de penumbra
Irmão do lírio e da concha é nosso corpo
Tempo é de repouso e festa
O instante é completo como um fruto
Irmão do universo é nosso corpo
O destino torna-se próximo e legível
Enquanto no terraço fitamos o alto enigma familiar dos astros
Que em sua imóvel mobilidade nos conduzem
Como se em tudo aflorasse eternidade
Justa é a forma do nosso corpo

A casa da Agatha Christie

Essa era a casa da Agatha Christie, até hoje considerada a rainha do Crime.
Quem nao se encantava com a sagacidade e inteligencia de Hercule Poirot e seu fiel escudeiro o Capitao Hastings e a simpatica e sagaz velhinha que tudo sabe e tudo descobre , a famosa Miss Marple.

José Saramago


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 José Saramago morreu a 18 de junho de 2010, em Lanzarote, onde vivia com Pilar del Río |
Cinco anos após a morte, ainda há Saramago por descobrir
No dia em que passam cinco anos sobre a morte do Nobel da Literatura, publicam-se notas inéditas sobre "Ensaio sobre a Lucidez". E Pilar del Río descobriu uma peça de teatro. Achava que conhecia tudo?
Pilar del Río mata o mistério. “Não há mais romances inéditos” de José Saramago, disse em entrevista ao Observador, na véspera de se completarem cinco anos desde a morte do Nobel português da Literatura. O que não quer dizer que não existam textos ainda guardados à espera de serem lidos pela primeira vez por olhos curiosos. Esta quinta-feira, a Fundação José Saramago publica um número especial da revista Blimunda, dedicado à memória do escritor que morreu na ilha espanhola de Lanzarote, a 18 de junho de 2010, com notas inéditas que mostram como nasceu Ensaio sobre a Lucidez.

Prémio nacional de ilustração 2015, para João Fazenda

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Dança, de João Fazenda, vence a 20ª. edição do Prémio Nacional de Ilustração.

O júri, reunido na tarde do dia 11 de julho na Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio Nacional de Ilustração, referente às obras de 2015, ao conjunto de ilustrações do livro Dança, da autoria de João Fazenda (título e ilustrações), publicado pela editora Pato Lógico. As duas Menções Especiais foram atribuídas às ilustrações da obra Verdade?!, de Bernardo P. Carvalho (título e ilustrações) publicada pela editora Pato Lógico, e às ilustrações de Gato procura-se, de Yara Kono, com texto de Ana Saldanha, editado pela Caminho. 
Para além dos três prémios, o júri destacou ainda, pela qualidade do trabalho apresentado, as obras Eu quero a minha cabeça, de António Jorge Gonçalves(texto e ilustrações), da editora Pato Lógico; A casa do senhor Malaparte, com ilustrações de Mariana Rio e texto de Joana Couceiro, publicada pelo Circo de Ideias Associação Cultural; e Montanhas, de Madalena Matoso (texto e ilustrações), publicado pela Planeta Tangerina.

julho 11, 2016

Umberto Eco

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“As mentiras são mais fascinantes do que a verdade”
Tinha 84 anos e deixou-nos esta sexta-feira. Falámos com ele não há muito, em abril de 2015. A entrevista era sobre livros, sobretudo o dele que estava para sair, e aconteceu num tempo em que esta crise de refugiados que nos entrou pelas notícias já existia mas sem o impacto destes dias - transformados pela imagem do naufrágio da humanidade simbolizado num menino morto numa praia. A entrevista era pois sobre livros, mas Umberto Eco falou sobre mais - incluindo este tema que o preocupava há muito, o da migração e dos refugiados. É uma reflexão dura: “A Europa irá mudar de cor. E isto é um processo que demorará muito tempo e custará imenso sangue”. Mas também com fé no outros homens - nos que estão e nos que vêm: “A migração produz a cor da Europa”

Defende que o mundo de um livro aparece antes das palavras. Ao que poderíamos acrescentar: começa em casa. Basta entrar, ver o Castelo Sforzesco a dominar as janelas, deparar-se com volumes medievais abertos nas vitrinas, com a coleção de seixos, conchas e pedras que parecem de outra era, para não resistir a pensar que foi aqui, rodeado destes objetos, que Umberto Eco escreveu "O Nome da Rosa". A tal cenário não é alheia a biblioteca, omnipresente e organizada ao seu estrito gosto: aqui a Antiguidade, ali a Idade Média e o Renascimento, os séculos XVI e XVII, além a filosofia, a ciência, a imensa estante de livros seus com as respetivas traduções. No corredor da literatura, dos seus primórdios ao século XX a ordem é temporal; do século XX ao XXI, alfabética.

julho 08, 2016

Poema de Miguel Torga

Miguel Torga

Viagem

Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.

Quadro da autoria de Alfredo Roque Gameiro

Portugueses no mundo...
"A partida de Vasco da Gama para a Índia em 1497"
Quadro da autoria de Alfredo Roque Gameiro

Herman Hesse

Herman Hesse 

A 2 de julho de 1877 nascia Herman Hesse na pequena cidade de Calw, na orla da Floresta Negra e no estado de Wüttenberg.
Foi a pena deste romancista e poeta alemão, que escreveu Siddharta (1922), um romance largamente influenciado pelas culturas hindu e chinesa, que recria a fase inicial da vida de Buda e nos conta a vida de um filho de um Bramane que se revolta contra os ensinamentos e tradições do seu pai até eventualmente encontrar a iluminação espiritual. Outras das obras mais conhecidas do autor, Das Glasperlernspiel (publicada em 1943), colocou Hesse na Lista Negra Nacional-Socialista, em Berlim. Não obstante, essa obra valeu-lhe, em 1946, o prémio Nobel.

Os contos são a minha realidade...

"Fairy tales were not my escape from reality as a child; rather, they were my reality."

Terri Windling

07 de Julho de 1923: Morre, em Lisboa, o escritor e diplomata Guerra Junqueiro

Poeta e político português, nascido em 1850, em Freixo de Espada à Cinta (Trás-os-Montes), e falecido em 1923, em Lisboa, Guerra Junqueiro é entre nós o mais vivo representante de um romantismo social panfletário, influenciado por Vítor Hugo e Voltaire. Oriundo de uma família de lavradores abastados, tradicionalista e clerical, é destinado à vida eclesiástica, chegando a frequentar o curso de Teologia entre 1866 e 1868. Licenciou-se em Direito em Coimbra, em 1873, durante um período que coincidiu com o movimento de agitação ideológica em que eclodiu a Questão Coimbrã. Nessa cidade convive de perto com o poeta João Penha, em cuja revista literária, A Folha, faz a sua estreia literária. Durante a sua vida, combina as carreiras administrativa (exercendo a função de secretário dos governos civis de Angra do Heroísmo e de Viana do Castelo) e política (sendo eleito por mais de uma vez deputado pelo partido progressista) com a lavoura nas suas terras de Barca de Alva, no Douro. Nos anos oitenta, participa nas reuniões dos Vencidos da Vida, juntamente com Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós e António Cândido, entre outros. Reage ao Ultimato inglês de 1890, com o livro de poesias Finis Patriae, altura em que se afasta ideologicamente de Oliveira Martins, confiando na República como solução para os males da sociedade portuguesa. Entre 1911 e 1914, assume o cargo de Ministro de Portugal na Suíça. Na fase final da sua vida, retira-se para a sua propriedade no Douro, assinalando-se então uma viragem na sua orientação poética, que se volta para a terra e para "os simples", como atestam as suas últimas obras: Pátria (1896), ainda satírica, mas de inspiração saudosista e panteísta; Os Simples (1892) - um hino de louvor à terra, de uma poesia que evoca a sua infância, impregnada de saudosismo, de recordações calmas e consoladoras e onde se sente uma grande ternura pela correspondente paisagem social; Oração ao Pão (1903) e Oração à Luz (1904), estas enveredando por trilhos metafísicos.
O anticlericalismo, que em vida lhe granjeou o escândalo e a fama, o estilo arrebatado, vibrante, apoiado na formulação épica do verso alexandrino de influência huguana, contribuíram para a apreciação do crítico Moniz Barreto: "Quando se procura a fórmula do espírito de Guerra Junqueiro acha-se que ele é muito mais orador que poeta e que tem muito mais eloquência que imaginação."
Poeta panfletário, confidencial, satírico e também religioso, o seu valor foi contestado na década de 20. No entanto, os seus defensores nunca deixaram de acreditar na sua genialidade como satírico e como lírico.

Guerra Junqueiro
Grupo do Cenáculo Eça de Queiroz, Oliveira Martins, Antero de Quental, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro
Grupo dos Cinco, Porto, Phot. União, 1884
Eça de Queiroz, Oliveira Martins, Antero de Quental, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro

08 de Julho de 1621: Nasce o autor de fábulas Jean de La Fontaine

Jean de La Fontaine nasceu em 8 de Julho de 1621. Era filho de um inspector de águas e florestas, e nasceu na pequena cidade de Chateau-Thierry. Estudou Teologia e Direito em Paris, mas o seu maior interesse sempre foi a literatura.

Por desejo do pai, casou-se em 1647 com Marie Héricart, na época com apenas 14 anos. Embora o casamento nunca tenha sido feliz, o casal teve um filho, Charles.

Em 1652 La Fontaine assumiu o cargo do seu pai como inspector de águas, mas alguns anos depois colocou-se ao serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma colectânea de poemas.

Escreveu o romance "Os Amores de Psique e Cupido" e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine. Com a queda do ministro Fouquet, La Fontaine tornou-se protegido da Duquesa de Bouillon e da Duquesa d'Orleans.

Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma colectânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís XIV. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores.
Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos.

Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. Morreu a 13 de Abril de 1695. A última edição de suas fábulas foi publicada em 1693.
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Jean La Fontaine - Fontaine por Hyacinthe Rigaud 
Ilustração de "A Cigarra e a Formiga" -Gustave Doré