"Devemos ouvir pelo menos uma pequena canção todos os dias, ler um bom poema, ver uma pintura de qualidade e, se possível, dizer algumas palavras sensatas"
COIMBRA: Antigo Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra, no Pateo das Escolas. Ao lado, a Biblioteca Joanina.
Gravura: "Archivo Pittoresco" (1865)
A sua criação surge dos estatutos da reforma pombalina, um processo que sofreu algumas vicissitudes, que só no fim do séc. XVIII foram ultrapassadas. O projecto inicial, um majestoso edifício, foi abandonado em Setembro de 1775, provavelmente, devido ao previsível exagerado custo. Em definitivo, um edifício, no Pátio da Universidade, começou a ser erigido em 1790. ... É inquestionável o valor da criação do Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra para a evolução do estudo da Astronomia em Portugal. Foi o primeiro grande Observatório nacional e traduziu a vontade da época em aliar o conhecimento teórico ao prático, com reais vantagens para a Ciência portuguesa.
O Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra funcionou no local inicial durante cerca de 150 anos. Já no século XX, no início dos anos quarenta, o novo plano da Cidade Universitária previa a demolição do Observatório do Terreiro, com o intuito de lhe destinar novas instalações mais consentâneas e de modo a desanuviar o pátio da Universidade.
Assim, o Observatório foi transferido para o Alto de Santa Clara em 1951, onde funciona até hoje. Actualmente, ali desenvolve actividades científicas, de ensino e divulgação da Astronomia.
O templo pertenceu ao colégio da Companhia de Jesus até à sua expulsão de Portugal, em 1759. As obras iniciaram-se em 1598, mas a Igreja só foi sagrada em 1640. A fachada divide-se em duas fases distintas de construção e concepção. O interior do templo é em plano de cruz latina, com abóbadas de berço e uma cúpula no cruzeiro, com púlpitos quase no centro da igreja, numa concepção artística da contra-reforma. Vale a pena uma visita...
De todos os cantos do mundo Amo com um amor mais forte e mais profundo Aquela praia extasiada e nua, ... Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
Cheiro a terra as árvores e o vento Que a Primavera enche de perfumes Mas neles só quero e só procuro A selvagem exalação das ondas Subindo para os astros como um grito puro.
A UNESCO classificou a Universidade de Coimbra como Património da Humanidade. Parabéns a todos os habitantes desta bela cidade e a todos os estudantes da mais antiga Universidade de Portugal, que é também uma das mais antigas do mundo.
Cientistas descobriram fractura tectónica em formação ao largo da costa portuguesa
Após os grandes terramotos de 1755 e 1969 em Portugal, já se suspeitava que algo estivesse a acontecer no fundo do Atlântico, próximo da Península Ibérica. Agora, cientistas portugueses, australianos e franceses afirmam ter descoberto os primeiros indícios desse fenómeno.
A descoberta de uma zona de subducção nas suas primeiríssimas fases de formação, ao largo da costa de Portugal, acaba de ser anunciada por um grupo internacional de cientistas liderados por João Duarte, geólogo português a trabalhar na Universidade de Monash, na Austrália.
A confirmar-se que o fenómeno, em que uma placa tectónica da Terra mergulha debaixo de outra, está mesmo a começar a acontecer, como concluem estes cientistas num artigo publicado online pela revista Geology, isso significa que, daqui a uns 200 milhões de anos, o oceano Atlântico poderá vir a desaparecer e as massas continentais da Europa e América a juntar-se num novo supercontinente.
João Duarte e a sua equipa de Monash, juntamente com Filipe Rosas, Pedro Terrinha e António Ribeiro, da Universidade de Lisboa e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera – e ainda Marc-André Gutcher, da Universidade de Brest (França) – detectaram os primeiros indícios de que a Margem Sudoeste Ibérica – uma margem “passiva” do Atlântico, isto é, onde aparentemente nada acontecia – está na realidade a tornar-se activa, explica em comunicado aquela universidade australiana. A formação da fractura foi detectada através do mapeamento pelos cientistas, ao longo de oito anos, do fundo do oceano nessa zona.
“Detectámos os primórdios da formação de uma margem activa – que é como uma zona de subducção embrionária”, diz João Duarte, citado no mesmo comunicado.
E o investigador salienta que a actividade sísmica significativa patente naquela zona, incluindo o terramoto de 1755 que devastou Lisboa, já fazia pensar que estivesse a produzir-se aí uma convergência tectónica.
A existência desta zona de subducção incipiente ao largo de Portugal poderá indiciar que a geografia dos actuais continentes irá evoluir, ao longo dos próximos 220 milhões de anos, com a Península Ibérica a ser empurrada em direcção aos Estados Unidos. Este tipo de fenómeno já terá acontecido três vezes ao longo de mais de quatro mil milhões de anos de história do nosso planeta, com o movimento das placas tectónicas a partir antigos supercontinentes (como o célebre Pangeia, que reunia todos os continentes actuais) e a abrir oceanos entre as várias massas continentais resultantes.
O processo de formação da nova zona de subducção deverá demorar cerca de 20 milhões de anos, fornecendo aos cientistas uma “oportunidade única” de observar o fenómeno de activação tectónica.
"No círculo, somos todos iguais. Não há ninguém na frente de você e não há ninguém atrás de você. Ninguém está acima de você; ninguém está abaixo de você. O círculo é sagrado porque é projetado para criar unidade."
A UNESCO selecionou o Diário da primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, entre 1497 e 1499, para integrar a lista dos Registos da Memória do Mundo desta organização. O diário, de autoria atribuída a Álvaro Velho, está depositado na Biblioteca Municipal do Porto, vindo do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, de onde transitou, em 1834, por iniciativa de Alexandre Herculano. Trata-se de um documento fundamental para o conhecimento da viagem de Vasco da Gama e do processo de abertura do mundo que ela inaugurou. integravam o Registo Memória do Mundo. Desta lista já faziam parte, por exemplo, a carta de Pêro Vaz de Caminha ao rei de Portugal D. Manuel I sobre a chegada ao Brasil, de 1 de maio de 1500 e o Tratado de Tordesilhas, de 7 de junho de 1494,
Sendo um documento precioso está, hoje, como tantos outros, graças aos arquivos e bibliotecas digitais, acessível a todos no sítio das Bibliotecas Municipais do Porto
Para os que tiverem mais dificuldades em termos paleográficos, podem ler uma transcrição do texto no número 23 da série HALP (Dezembro de 2002) do Boletim dos Serviços de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian. Disponível na Biblioteca da ESA, em suporte papel, e em
"'E na biblioteca eu percebi a imensidão do mundo. Tinha tudo ao meu alcance, todas as idéias, as histórias, as aventuras, as mentiras, o passado e o futuro, o amor e o ódio, o perigo e o crime, mas muita felicidade a cada palavra impressa nas páginas de cada livro. E esse mundo me fascinou. Queria ali morar"
«No entardecer dos dias de Verão, às vezes, Ainda que não haja brisa nenhuma, parece Que passa, um momento, uma leve brisa... ... Mas as árvores permanecem imóveis Em todas as folhas das suas folhas E os nossos sentidos tiveram uma ilusão, Tiveram a ilusão do que lhes agradaria... » (Alberto Caeiro)
As tabuas de argila ou lajotas de barros mediam cerca de 7,5 cm e um livro consistia de varas tabuletas para que o leitor pudesse pegar essas tabuletas em ordem previamente determinada, as lajotas eram armazenadas em uma espécie de bolsa ou caixa.
Óstraco
Muito utilizado para textos curtos e anotações que não merecia o suporte nobre do papiro. Na Grécia antiga eram usados como cédula de votação: o eleitor gravava, neste fragmento de cerâmica o nome de uma pessoa que deveria ou não ser banida, daí o termo “ostracismo.
Pergaminho
O pergaminho é basicamente o resultado do couro cru esticado, processado e polido. A tinta utilizada era de cobre e inicialmente o instrumento utilizado para escrever era o cálamo (feito de cana ou junco, afinado na extremidade), substituído posteriormente pó penas de aves.
Papiro
Cultivada às margens do rio Nilo, era processada de forma a possibilitar sua utilização como suporte para a escrita. O papiro tornou-se um dos mais antigos e importantes suportes para a escrita.
Vita-Christi
A Vita Christi é um dos mais importantes incunábulo, designa os livros impressos no século XV desde a invenção da Tipografia e Filologia até o ano de 1500.
Livro Atual
Para que o livro pudesse chegar em sua forma atual, foram necessárias três idades históricas: a Idade Antiga (idealização do códice), Idade Média ( papel como suporte para a escrita) e a Idade Moderna com a invenção da imprensa. No final do século XIX começam a surgir livros mais baratos e acessíveis,como as edições de bolso, que são caracterizadas pela diversidade de títulos e por ser em produtos de consumo da sociedade moderna.
Livro eletrônico
Os livros eletrônicos ou e-books são livros em formatos digitais que podem ser lidos através de equipamentos eletrônicos como computadores, celulares, entre outros suportes. Referencias: Almanaque. Disponível em:saladadenumeros.blogspot.com/2008/06/base-da-... Óstraco. Disponível em:www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/civilizaca.. Parte do papiro Rhind ou Ahmes. Disponível em:www.superzap.com.br/historia/o-papiro-de-ahme... Rolo de pergaminho de Isaías. Disponível em:www.woodlandinstitute.com/pJewishScripture.html Vita Chisti. Disponível em:tertuliabibliofila.blogspot.com/2009_08_01_ar... Livro impresso. Disponível em:noticienciadigital.blogspot.com/2008/12/o-fim... Livro eletrônico. Disponível em:colegiodivinomestre.wordpress.com/livro-digital/
Como era a “livraria” nos inícios do século XVI? Sabemos que abria durante duas horas de manhã e duas horas de tarde, no Inverno, e no Verão durante seis horas por dia. Era pública para “lentes, estudantes e quaisquer pessoas outras”, teria... quase uma centena e meia de volumes, organizados corporativamente (isto é, com os livros divididos pelas Faculdades onde se “liam”) e que se apresentavam ao leitor ou acorrentados às estantes ou fechados em armários: “… huma casa pera livraria da Universidade, na qual estarão os livros de todas as Faculdades postos em estantes, e presos por cadeas, e repartidos e ordenados na melhor maneira e ordem que poder ser … averá huma cathedra bem alta na dita livreria, da qual se possa bem ver tudo o que se fizer em toda a casa …” (Estatutos de 1559). Antes da construção da Biblioteca Joanina, a biblioteca esteve sempre mal instalada. Dos espaços para ela criados nos Gerais, em finais do século XVII, nada se conserva excepto uma porta decorada com relevo de Claude de Laprade. Como instituição, a Biblioteca da Universidade tem mais de 500 anos de existência, sendo a mais antiga biblioteca pública em funcionamento no país. Possui hoje mais de um milhão de volumes e trabalha em rede com as restantes bibliotecas da Universidade de Coimbra. Mercê da importância do seu património móvel e imóvel de relevância europeia, a Biblioteca Geral, que tem sede num edifício do Estado Novo.
É como árvore-do-ponto que é conhecida em Coimbra. O nome deve-se ao exemplar existente ainda hoje junto à porta de Minerva, local por onde entravam os estudantes da Universidade. Assim que a árvore dava flor, era sinal de que se aproximava a época de exames.
Originária da América do Norte, esta árvore de crescimento rápido pode atingir mais de 50 metros de altura. As flores de cor entre o verde e o amarelo e com riscas alaranjadas produzem muito néctar e fazem lembrar grandes tulipas.
Encontre dois exemplares desta espécie junto à entrada principal do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. — "Liriodendron tulipifera"
Portal de valor histórico-cultural que dá acesso à Universidade de Coimbra.
Orientada para a arquitetura maneirista, a Porta Férrea foi construída em 1634, e assenta sob a forma de um arco triunfal com ornamentação alusiva às quatro faculdades e aos reis D.Dinis e D.João III.
Fernando Pessoa nasceu no dia 13 de Junho de 1888.
Para ser grande, sê inteiro: nada
Para ser grande, sê inteiro: nada ... Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
Esta imagem é da NASA e mostra, na esfera maior, a quantidade de água que existe actualmente na Terra (água doce + salgada + ...). A esfera do meio representa ...a água doce que existe no nosso planeta (o recurso) e a esfera mais pequena (conseguem vê-la?!) a água doce realmente utilizável, isto é, o volume total das suas reservas. Tratemos de a usar bem, para nossa salvaguarda e das gerações vindouras!
Neste Dia de Portugal de 2013, deixamos aqui duas sugestões de leitura (mesmo que uma leitura rápida) que nos permitem um olhar mais crítico, uma análise mais sustentada, e uma reflexão mais ponderada sobre o nosso país. São dois livros, gratuitos, em formato digital, acabados de sair, e que nos permitem compreender melhor o país que somos, a situação em que estamos, como aqui chegamos, mas também perspetivar o futuro que queremos.
A Fundação Francisco Manuel dos Santos (que disponibiliza a muito útil Base de Dados PORDATA - http://www.pordata.pt/) na continuação do seu trabalho rigoroso de recolha e disponibilização de dados factuais, meios de informação, elementos de estudo da sociedade e instrumentos fidedignos de conhecimento da realidade portuguesa, acaba de publicar estas duas novas edições, disponíveis gratuitamente no seu sítio da Internet - http://www.ffms.pt/
O primeiro livro,Retrato de Portugal PORDATA, Indicadores 2011(junho 2013), apresenta em resumo os indicadores da sociedade portuguesa contemporânea desde 1960 até 2011, com introdução de algumas referências ao ano de 2012. Números que contam a nossa história mais recente e nos permitem uma reflexão e uma discussão mais sustentadas sobre Portugal
O segundo,25 Anos de Portugal Europeu - A economia, a sociedade e os fundos estruturais(maio de 2013) é um longo trabalho, com mais de 500 páginas, coordenado pelo Professor Augusto Mateus e que faz uma análise sobre o desenvolvimento da economia e da sociedade portuguesas, ao longo dos primeiros 25 anos de integração na União Europeia. Apresenta a evolução de Portugal perante a União Europeia em cinquenta indicadores, analisa os fundos estruturais que Portugal recebeu e faz uma interpretação do caminho percorrido.