março 06, 2016

A 06 de março de 1899, a Aspirina é patenteada...

O laboratório alemão Dreser concluiu em 6 de Março de 1899 um processo de fabrico da aspirina e depositou a patente em Berlim. Este avanço médico é obra do químico Felix Hoffmann, que conseguiu sintetizar o derivado acetila do ácido salicílico em 1893. Dotado de grandes propriedades analgésicas, o produto tem também a faculdade de baixar a febre. A empresa Bayer  apressou-se a comercializar o medicamento, dando nascimento a um novo mercado: a indústria farmacêutica.
O Departamento Imperial de Patentes em Berlim registou o nome Aspirina, para o ácido acetilsalicílico, a favor da companhia farmacêutica alemã Friedrich Bayer & Co.

O medicamento mais comum dos armários domésticos de medicamentos, das carteiras e bolsos das pessoas, das gavetas dos escritórios, o ácido acetilsalicílico foi originalmente retirado de uma descoberta química na casca de árvores como o salgueiro e o choupo e também nas folhas e flores femininas do salgueiro.

Na sua composição primitiva, o ingrediente activo, salicina, foi usado durante séculos na medicina caseira, começando na Antiga Grécia quando Hipócrates o utilizou para aliviar a dor e a febre. Conhecido dos médicos desde meados do século XIX, foi usado parcamente em virtude do seu gosto pouco agradável e a tendência de criar problemas estomacais.

Em 1897, um empregado da Bayer, Felix Hoffman, descobriu um uma forma mais fácil e mais agradável de tomar a aspirina. Algumas evidências mostram que o trabalho de Hoffman foi, na verdade, realizado pelo químico Arthur Eichengrun, cujas contribuições foram encobertas durante a era nazi.
Após obter os direitos de patente, a Bayer começou a distribuir a aspirina em forma de pó aos médicos a fim de que prescrevessem a administração de apenas uma grama por vez. A marca registada ‘Aspirina’ derivou de ‘a’ de acetila; ‘spir’ da planta ‘spirea’, uma fonte do salicina; e o sufixo ‘ina’ comumente usado para medicamentos. A aspirina  tornou-se disponível no formato tablete e sem necessidade de prescrição médica em 1915. Dois anos depois, quando a patente da Bayer expirou durante a Primeira Guerra Mundial, a companhia perdeu os direitos da marca registada da aspirina em vários países.
Após a entrada dos Estados Unidos na Guerra contra a Alemanha em Abril de 1917, o Registo de Propriedade Estrangeira, uma agência governamental que administra propriedades estrangeiras nos Estados Unidos, bloqueou os activos da empresa Bayer-U.S.. Dois anos mais tarde, a Bayer – nome e marca registada para os Estados Unidos e Canadá – foi arrematada em leilão, sendo adquirida pela Sterling Products Company, depois Sterling Winthrop, por 5,3 milhões de dólares.

A Bayer na Alemanha tornou-se parte da IG Farben, o grande conglomerado industrial químico que fazia parte do coração financeiro do regime nazi. Após a Segunda Guerra Mundial, os Aliados separaram as duas companhias e a Bayer emergiu novamente como uma empresa independente. A venda do produto aspirina aos Laboratórios Miles em 1978, acrescentou ao acetilsalicílico uma linha de produtos que incluiu o Alka-Seltzer e uma série de comprimidos vitamínicos.

Em 1994, a Bayer comprou à Sterling Winthrop a linha de medicamentos sem necessidade de receita médica retomando os direitos sobre a marca registada, o nome e o logo permitindo-lhe negociar o seu mais famoso produto em todos os quadrantes do planeta.

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