O Arquivo Nacional, antes Arquivo Geral do Reino, remonta às origens do Estado português. Nos finais do século XIII, Lisboa passou a ser a principal cidade do reino e nela se começou a preparar um depósito para documentos, situado numa das torres do Castelo de S. Jorge. Esta torre conservaria os documentos régios até ao terramoto de 1755. Os arquivos nacionais ocuparam posteriormente vários espaços, como o Mosteiro de S. Bento.Ao longo do tempo, a conservação dos documentos foi prejudicada por um conjunto de circunstâncias: não apenas o terramoto, mas também as frequentes mudanças de local, incêndios, a transferência da corte para o Brasil, o desvio de materiais aquando do domínio filipino e das invasões francesas, etc.De qualquer forma, os documentos pertencentes ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo formam um acervo excepcional e indispensável para a memória histórica do país. Pela sua magnitude, esse acervo de há muito que encontra dificuldades em instalar-se convenientemente.O
Decreto de 18 de Março de 1911 reorganizou os serviços das bibliotecas
e dos arquivos dependentes da Direcção Geral da Instrução Secundária,
Superior e Especial, denominou, definitivamente, o Arquivo da Torre do
Tombo por Arquivo Nacional, acentuou a função de conservação e
valorização dos manuscritos destinados ao estudo da História, bem como a
função de promover a entrada de cópias de manuscritos portugueses,
existentes no estrangeiro, e estabeleceu, pela primeira vez, um horário
de abertura ao público. Em Dezembro de 1990 foi inaugurado na Cidade Universitária um novo edifício para depósito e consulta dos documentos. Ocupando uma área de 54 900 m2 e contando com cerca de 100 km de prateleiras, este moderno edifício possui três áreas principais: uma para arquivo e investigação, uma para a realização de actividades culturais e a última para os serviços administrativos.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo