Ela também é conhecida como "A Rainha Virgem", sendo a quinta e última monarca da Casa de Tudor. Faleceu no dia 24 de Março de 1603, aos 69 anos de idade após um reinado de mais de quatro décadas.
Isabel chegou
ao trono em 1559 com a morte da sua meia-irmã, a rainha Maria I,
alcunhada de “A Sanguinária”. As duas meias-irmãs, ambas filhas de
Henrique VIII, mantiveram um tempestuoso relacionamento durante os cinco
anos de reinado de Maria.
Maria havia
sido educada como católica, e promulgou leis em prol da restauração da
supremacia papal na Inglaterra. Essa postura real fez eclodir uma
rebelião protestante, que a levou a decretar a prisão de Isabel, uma
protestante, sob a suspeita de cumplicidade com as manifestações.
Após a morte de
Maria, Isabel sobreviveu a diversas conspirações católicas e tem a sua
ascensão saudada por grande parte dos lordes ingleses, na sua maioria
reformistas que aguardavam um clima de maior tolerância religiosa.
Sob orientação
inicial do secretário de Estado, Sir William Cecil, Isabel revogou a
legislação pró-católica de Maria e estabeleceu uma Igreja Protestante de
rito anglicano. Tornou-se chefe exclusiva da Igreja da Inglaterra e
encorajou reformas calvinistas na Escócia.
Nas relações
externas, Isabel praticou uma política de estreitamento dos laços com
aliados protestantes da Inglaterra, tentando dividir os seus inimigos.
Tinha a
oposição do papa, que se recusava a reconhecer a sua legitimidade, e da
Espanha, uma nação católica que vivia o auge de seu poderio à época. Em
1588, a rivalidade entre os dois levou a uma fracassada invasão da
Espanha sobre a Inglaterra, na qual a “Invencível Armada” espanhola, a
maior força naval do mundo à época, foi destruída pelas tormentas e pela
marinha inglesa.
Com o crescente
domínio inglês dos mares, Isabel encorajou viagens de descobertas, como
a circunavegação de Francis Drake ao redor do mundo e as expedições de
Walter Raleigh à costa da América do Norte. Erigiu o poderio comercial
do país, tendo Londres ultrapassado as rivais Amsterdão e Antuérpia pelo
seu dinamismo mercantil.
O longo reinado
de Isabel, que se tornou conhecida como a “Rainha Virgem”, celibatária
que era, coincidiu com o florescimento da Renascença Inglesa, associado
ao surgimento de renomados mestres como William Shakespeare.
Por ocasião da
sua morte, no começo do século XVII, a Inglaterra já se havia tornado a
potência hegemónica mundial em muitos aspectos.
Isabel I em 1546, retrato atribuído a William Scrots
Retrato da coroação de Isabel I -Autor desconhecido
Isabel I, The Armada Portrait, retrato comemorativo da derrota da Armada espanhola - George Gower