Escultor
português, António Soares dos Reis nasceu a 14 de Outubro de 1847, em Vila Nova de Gaia, e morreu em 1889. Foi o grande renovador da escultura portuguesa do seu tempo, embora a incompreensão por parte da sociedade da época o tivesse conduzido ao suicídio.
Obteve o diploma de Escultura na Academia Portuense de Belas-Artes e partiu para Paris como aluno de Jouffroy. Visitou Roma em 1870, como bolseiro, no intuito de estudar a arte clássica. Aí iniciou a estátua em mármore branco O Desterrado (1872), inspirada em versos de Alexandre Herculano. Este trabalho viria a ser considerado o mais notável da escultura portuguesa de todo o século XIX, aliando à mestria técnica clássica uma temática intimista simbólica. Prosseguiu no Porto o seu trabalho com Artista na Infância (1874), Conde de Ferreira (1876), Crucificado (1877) e as estátuas destinadas à Capela dos Pestanas, no Porto, S. José e S. Joaquim (1880). Foi admitido em 1881 como professor da Academia Portuense, tendo executado nesse ano a famosa e delicada Flor Agreste. Um dos bustos mais conhecidos é ainda o de Mrs. Elisa Leech, ou o Busto de senhora inglesa (1877), cujo tratamento de síntese e de abstractização das formas não obteve repercussões favoráveis na época, tendo sido mesmo recusado pela retratada. Só depois da sua morte, a arte de Soares dos Reis assumiu a grandeza que merecia perante os críticos e o público.
Sou cristão, porém, nestas condições, a vida para mim é insuportável. Peço perdão a quem ofendi injustamente, mas não perdoo a quem me fez mal.” Segundo a descrição de Diogo de Macedo, foram estas as últimas palavras deixadas pelo escultor António Soares dos Reis na manhã em que disparou dois tiros de revólver na cabeça, na sua casa-atelier de Vila Nova de Gaia, a 16 de Fevereiro de 1889.
Obteve o diploma de Escultura na Academia Portuense de Belas-Artes e partiu para Paris como aluno de Jouffroy. Visitou Roma em 1870, como bolseiro, no intuito de estudar a arte clássica. Aí iniciou a estátua em mármore branco O Desterrado (1872), inspirada em versos de Alexandre Herculano. Este trabalho viria a ser considerado o mais notável da escultura portuguesa de todo o século XIX, aliando à mestria técnica clássica uma temática intimista simbólica. Prosseguiu no Porto o seu trabalho com Artista na Infância (1874), Conde de Ferreira (1876), Crucificado (1877) e as estátuas destinadas à Capela dos Pestanas, no Porto, S. José e S. Joaquim (1880). Foi admitido em 1881 como professor da Academia Portuense, tendo executado nesse ano a famosa e delicada Flor Agreste. Um dos bustos mais conhecidos é ainda o de Mrs. Elisa Leech, ou o Busto de senhora inglesa (1877), cujo tratamento de síntese e de abstractização das formas não obteve repercussões favoráveis na época, tendo sido mesmo recusado pela retratada. Só depois da sua morte, a arte de Soares dos Reis assumiu a grandeza que merecia perante os críticos e o público.
Sou cristão, porém, nestas condições, a vida para mim é insuportável. Peço perdão a quem ofendi injustamente, mas não perdoo a quem me fez mal.” Segundo a descrição de Diogo de Macedo, foram estas as últimas palavras deixadas pelo escultor António Soares dos Reis na manhã em que disparou dois tiros de revólver na cabeça, na sua casa-atelier de Vila Nova de Gaia, a 16 de Fevereiro de 1889.
Soares dos Reis. In
Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
Retrato que o Marques de Oliveira fez de Soares dos
Reis
O Desterrado - Soares dos Rei