julho 16, 2018

Poema de Olavo Bilac

Os livros não matam a fome,
não suprimem a miséria,
não acabam com as desigualdades
e com as injustiças do mundo,
mas consolam as almas, e fazem-nas sonhar.

Olavo Bilac

julho 13, 2018

julho 12, 2018

2 de Julho de 1937: A obra "Guernica", de Pablo Picasso é apresentada ao público na Exposição Internacional de Paris.


No dia 12 de Julho de 1937 foi exposta ao público a obra "Guernica", na qual Picasso retratou o bombardeio da cidade basca pelos nazis em Abril daquele ano: um massacre que resultou em centenas de mortos.

A cidade de Guernica, com os seus 5 mil habitantes, foi completamente destruída pelos 250 quilos de explosivos e bombas incendiárias lançados pela Legião Condor dos nazis naquele fatídico 26 de Abril de 1937. A Espanha estava em guerra civil havia mais de dois anos. Os fascistas, seguidores do mais tarde ditador Franco, lutavam contra o governo republicano.
Enquanto os republicanos esperavam em vão a ajuda da Inglaterra e da França, Franco tinha na Alemanha e na Itália fortes aliados. Embora os alemães negassem a sua participação nos bombardeios, alegando tratar-se de "antipropaganda da imprensa judaica", testemunhas haviam identificado os símbolos nazis pintados nos aviões.
A cidade basca era um espinho aos olhos do general Franco, desde o início da guerra civil. Como Hitler era seu aliado e desejava testar a capacidade da sua Força Aérea, o alvo escolhido foi Guernica.
O horror do ataque foi fixado em óleo sobre tela pelo pintor espanhol Pablo Picasso no famoso quadro de mais de três metros de altura por sete de largura chamado Guernica. Ele foi a expressão máxima não só do sofrimento espanhol como do impacto devastador dos armamentos modernos de guerra sobre as suas vítimas em todas as partes do mundo. E a desgraça provocada pelo ataque a toda uma população civil.
"A civilização foi assassinada em Guernica", protestou o artista, que vivia no exílio em França. Sob encomenda do governo republicano de Madrid, Picasso pintou o seu protesto contra a guerra em apenas dois meses, chocado e ao mesmo tempo inspirado pelas testemunhas oculares que lhe narravam como presenciaram os bombardeios. No dia 12 de Julho de 1937, Guernica foi apresentada no pavilhão da República Espanhola na Exposição Internacional de Paris.
Jamais na história uma obra de arte havia retratado a guerra de forma tão exemplar. Picasso desistiu de forma consciente do uso de símbolos políticos, mesmo assim a enorme tela conseguiu transmitir a angústia da população e o poder de destruição da força militar.
Ao visitar a exposição, um oficial da SS teria perguntado a Picasso: " Foi você que fez isto?", ao que o génio da pintura respondeu: "Não, foram vocês!".
O quadro, doado ao povo espanhol pelo pintor, estava num anexo do Museu do Prado e agora encontra-se no Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid.

julho 09, 2018

Um pouco de História...

Há precisamente 186 anos, no dia 9 de julho de 1832, o exército liberal, comandado por D. Pedro IV, entrou na cidade do Porto, pondo em fuga as tropas miguelistas. Acampou no Carvalhido (que se chama, aliás, praça do Exército Libertador!) e caminhou para o centro através da rua 9 de Julho e, depois, da rua de Cedofeita. O "rei soldado" viveu o ano e meio seguinte no Porto, até à vitória liberal nesse episódio maior da história portuguesa que ficou conhecido como o Cerco do Porto.O heroísmo dos portuenses ficou celebrado para sempre com a outorga à cidade da torre espada (o cordão que figura nas armas do Porto) e do epíteto de "sempre leal e invicta". Em homenagem ao Porto, D. Pedro IV legou-nos o seu coração, que está depositado na igreja da Lapa. Acho esta história muito bonita e comovente. Ela impele-nos a nunca esquecer quem somos, a capital da Liberdade, e a lutar por ela todos os dias.

Belo poema de Florbela Espanca

Saudades
Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?…
Se o sonho foi tão alto e forte
Que pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?… Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão.
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar
Mais decididamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais saudade andasse presa a mim!

 Florbela Espanca, do livro “Sóror saudades”.

julho 06, 2018

Madalena Matoso venceu a 22ª edição do Prémio Nacional de Ilustração.

Madalena Matoso venceu a 22ª edição do Prémio Nacional de Ilustração.
As Menções Especiais foram para Abigail Ascenso e Joana Estrela.
O júri, reunido no dia 5 de julho de 2018 na Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio Nacional de Ilustração, referente às obras publicadas em 2017, a Madalena Matoso pelo conjunto de ilustrações do livro "Não é nada difícil" (texto da própria), publicado pela Planeta Tangerina.
As Menções Especiais foram atribuídas a Abigail Ascenso pelas ilustrações da obra "A Noite", com texto de Manuel António Pina, publicada pela Assírio & Alvim; e a Joana Estrela pelas ilustrações da obra "A Rainha do Norte" (texto da própria) e publicada pela Planeta Tangerina.
O júri considerou ainda referir em Ata o carácter singular do trabalho de dois jovens ilustradores:
- Jaime Ferraz, em Máquina (Pato Lógico)
- Ivone Gonçalves, em Maria Trigueira (Kalandraka).
O júri referiu que a obra de Madalena Matoso exibe uma coerência organizada numa arquitetura labiríntica quase abstrata sem, no entanto, ousar criar o caos. Nos interstícios do labirinto espreitam textualidades suscitando a decifração por inferência e dedução, tornando inteligente buscar e encontrar. Cada página labora sobre o recorte como se fosse urgente destapar para confundir, sobrepor para mostrar, e em toda a obra fica patente um percurso de evolução da autora e do desenho, fenomenologicamente autónomo mas adstrito às suas próprias potencialidades visuais.
Quanto às ilustrações de Abigail Ascenso, o júri salientou que as ilustrações se aventuram num universo límbico entre o onírico e o real, a memória e o devir, gerindo graficamente a representação do medo, da incerteza da saudade e da sugestão. Destacou ainda a subtileza dos afetos numa paleta de azuis, cinzas e preto, onde a subversão cénica das escalas cria contextos de representação, manipulando a incerteza e a dúvida.
A obra de Joana Estrela ilustra um relato lendário que teima em não terminar de modo previsível; do mesmo modo, as suas imagens, como saídas de um pensamento infantil, atravessam o tempo até chegar a nós revisitadas e leves. Em cada página, surgem elementos de grande densidade gráfica que atualizam emoções, habitando com a subtileza de uma paleta suave vários tempos, várias culturas, vários modos de pensar a tristeza e de a curar. A ilustradora vai construindo um tempo gráfico, cineticamente narrativo, onde as personagens absorvem para si a informação dos espaços onde atuam e executam as ações que nos sensibilizam.
O júri foi constituído por Maria Adriana Baptista, investigadora e docente da Escola Superior de Media e Artes e Design do Instituto Politécnico do Porto, Jorge Silva, designer e investigador na área da ilustração, autor do blogue Almanaque Silva, e Ana Castro, técnica superior da DGLAB.
Nesta edição do Prémio Nacional de Ilustração, foram avaliadas 77 obras publicadas por 29 editoras, a que acrescem uma edição de autor e 11 obras publicadas por outras entidades, da autoria de 66 ilustradores.
O Prémio Nacional de Ilustração, criado em 1996 e atribuído pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, pretende promover o reconhecimento da ilustração original e de qualidade.
Distingue anualmente um ilustrador pelo conjunto de ilustrações originais publicadas numa obra editada no ano anterior e pode, ainda, distinguir dois ilustradores através da atribuição de duas Menções Especiais. O valor do Prémio é de 10.000 €, acrescido de uma comparticipação de 1.500€ destinada a apoiar uma deslocação à Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha. As Menções Especiais, no valor de 1.500€ cada, são destinadas a comparticipar as deslocações àquela Feira.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Parabéns, Madalena Mattoso!

julho 04, 2018

10º Aniversário da Biblioteca Municipal de Anadia

Parabéns, querida Biblioteca Municipal de Anadia!
Excelente trabalho desenvolvido ao longo de uma década em articulação com as restantes Bibliotecas do Concelho...
Temos dito sempre presente com orgulho e amizade...
Os nossos alunos também têm sempre participado em concursos e em momentos culturais...
Parabéns a todos e a todas!


















Dia 01 de julho...

Foto de Biblioteca D. Maria II.
1 de Julho é o  dia…Dia Mundial das Bibliotecas...
No Egipto, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos remédios da alma''. De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.

Jacques Bossuet

Hoje é o dia da... RAINHA SANTA ISABEL!

Hoje é o dia da... RAINHA SANTA ISABEL!

Isabel de Aragão, mais conhecida como a "Rainha Santa", é a padroeira da cidade de Coimbra e em sua honra todos os anos se comemoram as Festas da Cidade.
De dois em dois anos, em anos pares, realiza-se a procissão noturna penitencial na quinta-feira (a decorrer amanhã, dia 5, a partir das 18h00), na qual a figura da Santa é transportada em braços até à Igreja de Santa Cruz, donde regressa no domingo seguinte, em procissão solene.
O dia da sua morte, 4 de Julho, é também o dia da cidade e, simultaneamente, feriado municipal. Em Julho de 2016, por ocasião dos 500 anos da beatificação da Rainha, o seu túmulo esteve aberto e a sua mão exposta para veneração dos crentes.

Figura religiosa, empreendedora e altruísta, D. Isabel de Aragão transformou a vida social, religiosa e até política da cidade de Coimbra na época. A sua família, descendente de cátaros, autorizou o casamento por procuração com o El-Rei D. Dinis, quando tinha apenas 11 anos de idade. Depois de Rainha, veio viver para Coimbra, em 1282, onde viria a protagonizar o célebre "Milagre das Rosas".
Segundo a lenda, D. Isabel saiu do palácio numa manhã de Inverno para distribuir pães aos mais desfavorecidos. Confrontada pelo seu esposo sobre o que levava no regaço, a rainha terá exclamado: "São rosas, Senhor! São rosas!". "Rosas, em Janeiro?", inquiriu D. Dinis. Nesse momento, a rainha expôs o regaço do seu vestido e nele havia apenas rosas, e nenhum sinal dos pães.

Apesar de nunca ter tomado os votos de clarissa, a “Rainha dos Pobres” viveu muito ligada a esta ordem religiosa, que habitava o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, e escolheu ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, algo verdadeiramente inédito numa época em que reis e rainhas eram sepultados juntos.
Intimamente relacionados com a Rainha Santa estão os Caminhos de Santiago de Compostela, que a mesma fez questão de percorrer por diversas vezes.

Todos os anos, cerca de mil peregrinos atravessam o concelho de Coimbra rumo a Santiago. Existem pontos de orientação por todo o concelho, inclusivamente, no centro da cidade (marcas de bronze no chão com o símbolo de Santiago – a concha), num total de 120 pontos, desde o Orelhudo (extremo sul) até Trouxemil (extremo norte). O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova é também albergue para peregrinos, algo que concerteza muito teria agradado à Rainha.


Hoje é feriado em Coimbra...

Hoje é feriado em Coimbra, dia da cidade que festeja a Rainha Santa Isabel.

Museo Nacional del Prado
Hoy se celebra el día de Santa Isabel de Portugal, a quien se suele representar con flores en la falda en referencia a la milagrosa conversión de las monedas del tesoro real en rosas.
Esta obra de Zurbarán muestra la extraordinaria capacidad del artista para la reproducción de texturas. La santa viste traje de dama del siglo XVII y es posible que sea un “retrato a lo divino”, es decir, de una persona real representada con los atributos de su santo.
“Santa Isabel de Portugal” (hacia 1635) de Zurbarán
Hoje comemora-se o dia de Santa Isabel de Portugal, a quem se costuma representar com flores na saia em referência à milagrosa conversão das moedas do tesouro real em rosas.
Essa obra de zurbarán mostra a extraordinária capacidade do artista para a reprodução de texturas. A Santa veste fato de dama do século XVII e é possível que seja um "retrato ao divino", ou seja, de uma pessoa real representada com os atributos do seu santo.

"Santa Isabel de Portugal" (rumo a 1635) de Zurbarán