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abril 21, 2016

Não há nada com um livro - uma mensagem para o Dia Mundial do Livro e dos Direitos DE Autor








Mensagem da diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, por ocasião do Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, 23 de abril de 2016

Não há nada como um livro.
Um livro é um elo entre o passado e o futuro. É uma ponte entre gerações e entre culturas. É uma força para a criação e a partilha de sabedoria e conhecimento.
Frank Kafka disse uma vez: "um livro deve ser um machado para quebrar os mares congelados dentro de nossa alma”.
Uma janela para a nossa vida interior, os livros também são a porta de entrada para o respeito mútuo e a compreensão entre as pessoas, através de todos os limites e de todas as diferenças. Existindo em todos os meios, os livros incorporam a diversidade do engenho humano, dando forma à riqueza da experiência humana e expressando a busca de sentido e de expressão que todas as mulheres e homens compartilham, que faz todas as sociedades avançarem. Os livros ajudam a entrelaçar a humanidade como uma única família, mantendo um passado em comum, uma história e um patrimônio, para criar um destino que é compartilhado, no qual todas as vozes sejam ouvidas no grande coro da aspiração humana.
Isso é o que nós celebramos no Dia Mundial do Livro e Dia dos Direitos Autorais, em parceria com a Associação Internacional de Editores, a Federação Internacional de Livreiros e a Federação Internacional de Associações e Instituições de Bibliotecas – o poder dos livros para estimular a criatividade e fazer avançar o diálogo entre mulheres e homens de todas as culturas. Agradeço a Wroclaw, na Polônia, como a Capital Mundial do Livro de 2016, por seu compromisso com a difusão desta mensagem em todo o mundo.
Isso nunca foi tão importante em um momento em que a cultura está sob ataque, quando a liberdade de expressão está ameaçada, quando a diversidade é desafiada pela intolerância crescente. Em tempos turbulentos, os livros incorporam a capacidade humana de evocar mundos reais e imaginários, assim como de expressá-los em vozes da compreensão, do diálogo e da tolerância. Eles são símbolos da esperança e do diálogo que devemos valorizar e defender.
Shakespeare faleceu no dia 23 de abril de 1616, precedido apenas um dia por Cervantes. Neste dia, eu chamo todos os parceiros da UNESCO para compartilhar a mensagem de que os livros são uma força para combater o que Shakespeare chamou de “a maldição comum da humanidade – loucura e ignorância”.