julho 08, 2016

Citação de Albert Einstein


"Um raciocínio lógico leva você de A até B.
A imaginação leva você a qualquer lugar que você quiser.''

Albert Einstein

Gamificação no ensino é o que está a dar...


julho 06, 2016

06 de Julho de 1535: Execução de Thomas More, ordenada por Henrique VIII.

Escritor e pensador inglês, Thomas More nasceu a 7 de Fevereiro de 1478, em Londres. Filho de um juiz proeminente, estudou na Escola de St. Anthony na sua cidade. Enquanto jovem foi pajem do arcebispo Morton, que lhe predisse grandeza.
Prosseguiu os seus estudos em Oxford, sob a tutela de Thomas Linacre e de William Grocyn. Aí não só estudou Literatura Grega e Latina, como começou a escrever comédias. Uma das suas primeiras obras foi uma tradução para inglês da biografia em latim do humanista Picco della Mirandola, impressa em 1510.
Por volta de 1494, tornou a Londres para estudar Direito, tornando-se advogado em 1501. Fez intenções de abraçar a vida monástica, mas sentiu-se na obrigação de servir o seu país através da política. Foi eleito para o Parlamento em 1504, altura em que casou pela primeira vez.
Tornou-se amigo de Erasmo, aquando da sua primeira visita a Inglaterra em 1499. Trabalharam em conjunto na tradução das obras de Luciano. Erasmo, por ocasião da sua terceira visita ao país, publicou o Encomium Moriae (1509, O Elogio da Loucura), dedicando-o a More.
Atraindo a atenção do rei Henrique VIII, foi por diversas vezes enviado pelo monarca em missões diplomáticas ao estrangeiro.
Em 1516 traduziu a sua obra mais conhecida, Uthopia (A Utopia), do latim para o inglês. 

Prémio para Alice Vieira...

"Meia hora para ganhar a minha vida», publicado no Brasil pela Peirópolis, recebeu o Prémio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil para o melhor livro em língua portuguesa editado no Brasil.

Tão fácil como amar livros...

"Sometimes making friends is as easy as loving the same books."

julho 05, 2016

Citação de Fernando Pessoa

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."

Fernando Pessoa

julho 04, 2016

'Viagem' de Miguel Torga

'Viagem'

É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...


Miguel Torga, in 'Diário XII'


04 de Julho de 1336:Morre a Rainha Santa Isabel de Portugal

D. Isabel de Aragão, filha de Pedro III de Aragão e de D. Constança de Navarra, e neta de Jaime I, o Conquistador, terá nascido em Saragoça por volta de 1270 e morrido em Estremoz  a 4 de Julho no ano de 1336. Foi Rainha de Portugal pelo seu casamento com D. Dinis, tendo ficado conhecida por Rainha Santa Isabel.
Desde nova mostrou tendência para a meditação e solidão, rezas e jejuns. Entre os seus pretendentes contavam-se Eduardo I de Inglaterra, Roberto de Anjou e D. Dinis de Portugal. Foi este quem o seu pai escolheu pois oferecia-lhe desde logo um trono. O contrato de casamento foi concertado em 24 de Abril de 1281 e tinha a particularidade de ser o primeiro celebrado em Portugal com escritura antenupcial, segundo o direito romano. Por ele, a nova rainha recebeu Óbidos, Abrantes, Porto de Mós com todas as suas rendas, e ainda 12 castelos. O seu pai, por seu turno, dotou-a com 10 mil maravedis e joias. Ficou célebre o cortejo que acompanhou a nova rainha a Portugal depois do casamento, realizado por procuração na cidade de Barcelona em 1288. De Bragança, onde era aguardada pelo infante D. Afonso, a comitiva, onde se incorporavam nobres portugueses, seguiu para Trancoso onde D. Dinis a esperava e onde, a 24 de Junho, se realizou a cerimónia de casamento que os cronistas celebrizaram.

Em 1304 regressou à sua terra natal quando D. Dinis teve de se deslocar como medianeiro do conflito entre Fernando IV de Castela e Jaime II de Aragão. Também em Portugal era constante a sua presença junto do marido nas deslocações que este fazia pelo reino; esse facto trouxe-lhe grande popularidade junto do povo, pois nessas alturas dava esmolas aos pobres, a raparigas pobres e distribuía alimentos. Não se alheou dos problemas políticos nacionais, interferindo na guerra civil que opôs o rei ao príncipe herdeiro D. Afonso; acusada pelo marido de favorecer os interesses do filho foi mandada sob custódia para Alenquer. No entanto, continuou a interessar-se pelo problema e foi por sua influência directa que se assinou a paz de 1322; no ano seguinte evita o reacender da luta colocando-se entre os exércitos preparados para a batalha. Depois da morte de D. Dinis (1325) recolheu-se nos Paços de Santa Ana, junto a Santa Clara de Coimbra.
Até à sua morte promoveu uma série de obras pias fundando ou ajudando à fundação de hospitais (Coimbra, Santarém, Leiria), asilos e albergarias (Leiria, Odivelas), mosteiros, capelas (Convento da Trindade em Lisboa, claustro em Alcobaça, capelas em Leiria e Óbidos). Deixou em testamento grandes legados a muitas destas instituições. Foi sepultada por sua vontade no Convento de Santa Clara e, no século XVII, o seu corpo foi trasladado para o novo mosteiro fundado por D. João IV em substituição do antigo, ameaçado pelas águas do Mondego, e depositada num cofre de prata e cristal.
O povo, desde cedo, considerou-a santa, atribuindo-lhe inúmeros milagres. A pedido de D. Manuel I, foi beatificada por Leão X (15-4-1516) e, em 1625, foi canonizada por Urbano VIII.
Lenda do Milagre das Rosas
Conta a lenda que o rei D. Dinis foi informado sobre as acções de caridade da rainha D. Isabel e das despesas que implicavam para o tesouro real. Um dia, o rei decidiu surpreender a rainha numa das suas habituais caminhadas para distribuir esmolas e pão aos necessitados. Reparou que ela procurava disfarçar o que levava no regaço. D. Dinis perguntou à rainha onde ia e ela respondeu que se dirigia ao mosteiro para ornamentar os altares. Não satisfeito com a resposta, o rei mostrou curiosidade sobre o que ela levava no regaço. Após alguns momentos de atrapalhação, D. Isabel respondeu: "São rosas, meu senhor!". Desconfiado, o rei acusou-a de estar a mentir, uma vez que não era possível haver rosas em Janeiro. Obrigou-a, então, a abrir o manto e revelar o que estava escondido. A rainha Isabel mostrou, perante os olhos espantados de todos, as belíssimas rosas que guardava no regaço. Por milagre, o pão que levava escondido tinha-se transformado em rosas. O rei ficou sem palavras e acabou por pedir perdão à rainha que prosseguiu com a sua intenção. A notícia do milagre correu a cidade de Coimbra e o povo proclamou santa a rainha Isabel de Portugal.
Ficheiro:6- Rainha D. Isabel - A Santa.jpg
Isabel de Aragão
Arquivo: Rainha Santa Isabel, um Milagre das Rosas - 1540.jpg
O Milagre das Rosas - autor desconhecido 1540
Arquivo: Santa Isabel de Portugal.jpg
Francisco de Zurbarán, Santa Isabel de Portugal

04 de Julho de 1865:É publicado 'Alice no País das Maravilhas', de Lewis Carrol

Escritor e sacerdote inglês, Lewis Carroll, pseudónimo de Charles Lutwidge Dodgson, nasceu a 27 de Janeiro de 1832, em Daresbury, Inglaterra, conhecido especialmente pela sua obra Alice no País das Maravilhas. O convívio de Lewis Carroll com os seus oito irmãos esteve na origem do seu gosto pela literatura infantil. Começou a escrever com 12 anos, e mais tarde, em Oxford, destacou-se na área e dos estudos clássicos e da Matemática, que leccionou até 1881. Ordenado diácono em Dezembro de 1861, escreveu Alice no País das Maravilhas dedicado à filha do deão de Christ Church, de Oxford, Alice Lidell. Carroll escreveu e ilustrou as aventuras de Alice, publicadas em 1865 e que lentamente se tornaram uma das mais famosas histórias infantis de todos os tempos. Em 1871 publicou a continuação desta história, Do Outro Lado do Espelho (Through the Looking-Glass), igualmente um sucesso junto do público.
As crianças ocuparam também um lugar importante na área da produção fotográfica de Lewis Carroll, que faleceu a 4 de Janeiro de 1898 em Guildford, no condado de Surrey.

Alice no País das Maravilhas

Livro de aventuras infantil escrito por Lewis Carroll, publicado pela primeira vez em 1865, com o título Alice's Adventures Under Ground.
O autor mantinha uma predilecção especial por crianças, que muitos críticos e psicanalistas têm tentado denegrir, tendo cultivado uma amizade importante com as três filhas do deão da faculdade onde leccionava, em particular com a filha do meio, de nome Alice Liddell.
Durante um piquenique, a 4 de Julho de 1862, Alice Liddell pediu-lhe que contasse uma história. Lewis Carroll começou então a improvisar uma série de peripécias em que uma menina de sete anos, de nome Alice, tal como a sua amiguinha, caindo a uma lura de coelho, chegava a um reino maravilhoso.
Como Lewis Carroll possuía uma deficiência da fala, uma gaguez que o havia impedido de chegar a padre, Alice Liddell perguntou-lhe se não poderia, porventura, escrever essas e mais histórias, para que pudesse compreendê-las sem o impedimento do discurso entrecortado. Carroll concordou e, ao cabo de sete meses terminou a primeira versão do manuscrito. Mostrando-o depois a um casal amigo, que o leu a seus filhos, e que o adoraram, Lewis Carroll decidiu publicar a obra, para a compleição da qual decidiu contratar um ilustrador.
A história de Alice no País das Maravilhas descreve as aventuras de uma menina de sete anos que, adormecendo num campo, sonha que mergulha numa toca de coelho. Caindo através das entranhas da terra, chega a um átrio em que parece demasiadamente grande e, depois de beber uma poção, demasiadamente pequena. Entrando no País das Maravilhas conhece criaturas deveras estranhas, como o Gato Que Ri, o Chapeleiro Louco, os dois gémeos e Suas Majestades Reais, o Rei e a Rainha de Copas.
Saturada de símbolos, a obra tem tido várias interpretações, que a sua riqueza propicia quase qualquer posição e qualquer argumento que a crítica possa apresentar. Continua, no entanto, a ser bem acolhida tanto pelos leitores mais adultos como pelas crianças.Lewis Carroll daria continuidade à obra com um segundo livro, Alice do Outro Lado do Espelho (1871).

Ficheiro:LewisCarrollSelfPhoto.jpg
Lewis Carroll (1855)
Ficheiro:Alice Liddell.jpg
Alice Liddell, foi a inspiração de Lewis Carroll para criar Alice no País das Maravilhas

Ilustração de Alice cercada pelos personagens do País das Maravilhas, Gertrude Kay

julho 03, 2016

50 personalidades que influenciaram a leitura em Portugal



















Eis as 50 personalidades que, segundo o júri de autores, críticos e colaboradores da Revista Ler, mais influenciam a leitura em Portugal. Como se trata da atividade que constitui uma das principais razões de ser das bibliotecas escolares - a leitura em livro impresso ou nos novos suportes digitais e eletrónicos - e como também nem sempre nos apetece ser modestos, destacamos a parte do artigo dedicada a Teresa Calçada:

Coordenadora nacional da Rede de Bibliotecas Escolares desde 1996, ano em que o programa foi lançado, é também comissária-adjunta do Plano Nacional de Leitura. Mas o seu empenho na promoção da leitura pública já vem de longe, quando, enquanto técnica do Instituto Português do Livro, integrou o grupo de trabalho que pensou as bases da futura Rede de Bibliotecas Municipais, estabelecida em 1987. Se esta conduziu à modernização e criação de novas bibliotecas por todo o País, a vantagem de reformular as bibliotecas escolares era outra - e mantém-se. Passa pela possibilidade de fazer um trabalho direto, continuado e quase diário com crianças e adolescentes para quem o professor bibliotecário representa o filtro entre a informação aleatória e o saber transdisciplinar. Não é pouco. Há tempos, circulou um vídeo na Internet que perguntava se as bibliotecas serão os próximos dinossauros em vias de extinção - ou alvos a abater, melhor dizendo. Entre outros nomes que poderíamos encontrar no terreno recuado da promoção do livro e da leitura em Portugal, Teresa Calçada está, sem dúvida, entre os mais consensuais e combativos.

Texto de Carla Maia de Almeida
Revista Ler, nº112, abril 2012