
abril 23, 2015
"Os meus Livros.." em honra do Dia Mundial do Livro
Os Meus Livros
Os meus livros (que não sabem que existo)
São uma parte de mim, como este rosto
De têmporas e olhos já cinzentos
Que em vão vou procurando nos espelhos
E que percorro com a minha mão côncava.
Não sem alguma lógica amargura
Entendo que as palavras essenciais,
As que me exprimem, estarão nessas folhas
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.
Mais vale assim. As vozes desses mortos
Dir-me-ão para sempre.
Jorge Luis Borges
Ainda a pensar no Dia Mundial Terra
Se Eu Pudesse Trincar a Terra Toda
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento ...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva ...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja ...
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXI".
abril 22, 2015
Acróstico sobre a NATUREZA (Terra- Mãe).....
22 de abril - DIA MUNDIAL DA TERRA!
NATUREZA (Terra- Mãe)
NATUREZA (Terra- Mãe)
N ada é mais belo que ela.
A limento e condição da vida na Terra.
T orna-se essencial, vital,
U rgente preservar o que ela encerra.
R econheceremos que está em colapso.
E sta dádiva de Deus, Terra-Mãe, exige
Z elarmos todos por ela, de verdade,
A ssumindo-o como dever da humanidade.
(Acácio Costa)
A limento e condição da vida na Terra.
T orna-se essencial, vital,
U rgente preservar o que ela encerra.
R econheceremos que está em colapso.
E sta dádiva de Deus, Terra-Mãe, exige
Z elarmos todos por ela, de verdade,
A ssumindo-o como dever da humanidade.
(Acácio Costa)
O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor
O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor é uma oportunidade para reconhecer o poder dos livros na mudança das nossas vidas para melhor e para apoiar os livros e os que os produzem.
O
Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor celebra-se anualmente a 23
de abril, por decisão da UNESCO. O cartaz de 2015, do atelier
Silvadesigners mostra-nos, num jogo de luzes e efeitos, que os livros podem ter leituras variadas e múltiplos …


22 de Abril de 1500: Data oficial da descoberta do Brasil pela armada de Pedro Álvares Cabral
Pedro Álvares Cabral é o navegador português, a quem é atribuída a descoberta do Brasil, nasceu em Belmonte, em 1467 ou 1468, filho do alcaide-mor daquela localidade. Com cerca de 10 anos foi para a corte e, uns anos mais tarde, viria a casar-se com uma sobrinha de Afonso de Albuquerque. Sabe-se que D. João II lhe concedeu uma tença, embora se ignorem os motivos.Depois do regresso de Vasco da Gama da Índia, em 1499, Pedro Álvares Cabral foi nomeado comandante de uma frota de treze navios que partiram em Março de 1500 com destino à Índia. Seguiu a rota indicada por Vasco da Gama, mas ao passar por Cabo Verde sofreu um desvio maior para sudoeste, atingindo, a 22 de Abril de 1500, a costa brasileira. Mandou um navio a Portugal com a nova da descoberta e seguiu para a Índia, chegando a Calecute a 13 de Setembro de 1500. Vários barcos se perderam, entre eles o de Bartolomeu Dias, que naufragou perto do Cabo da Boa Esperança, que ele próprio dobrara anos antes pela primeira vez. Depois de cumprir a sua missão no Oriente, Pedro Álvares Cabral regressou em 1501 e foi fixar-se nos seus domínios, na zona de Santarém, onde acabaria por falecer em 1520.
Pedro
Álvares Cabral. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora,
2003-2013.
A Carta de Pero Vaz de Caminha foi escrita a D. Manuel I em 1500, por altura da descoberta do Brasil pelo navegador Pedro Álvares Cabral. Este é um documento essencial e curiosíssimo de um momento supremo da História e da cultura portuguesas, e, como tal, um paradigma da literatura de viagens do Renascimento e da cultura nova, de base experimental e tendência crítica, na qual, segundo Jaime Cortesão, está contido o «fermento crítico» responsável pelo espírito filosófico do século XVIII.Trata-se de uma verdadeira carta-narrativa, na qual são descritos a geografia, a fauna, a flora do Brasil, a aparência e a psicologia dos nativos, os métodos e experiências de contacto dos portugueses e as reações mútuas, obviamente a partir de uma perspetiva etnocêntrica que estuda a nova terra e a população com o objetivo de colher algum proveito: «[Nesta terra] não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro, nem lho vimos. A terra, porém, em si é de muito bons ares [...]. Mas o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente».
A própria «salvação» religiosa da população nativa é capitalizável, na medida em que os portugueses acalentavam então a noção de que a grandiosidade dos seus empreendimentos derivaria do facto de os feitos da sua História se relacionarem com a expansão da fé cristã, e portanto beneficiarem sempre da proteção de Deus. É a mesma conceção providencialista da História portuguesa que encontramos em Os Lusíadas. A expansão era encarada, não só como o alargamento da civilização e da cultura em que o Homem de então mais perfeitamente realizava as suas potencialidades - a portuguesa -, mas também Deus mais dilatava no mundo a sua lei. Numa perspetiva humanista e neoplatónica, portanto, era através da expansão portuguesa que o Homem se aproximava cada vez mais do estatuto divino, o qual, aliás, se cumpre metaforicamente nos cantos finais de Os Lusíadas.
Deste modo, a Carta do Achamento do Brasil é um documento fundamental para a compreensão do Renascimento português, logo, também da História do mundo.
Carta do Achamento do Brasil. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
Wikipedia (Imagens)
Pedro Álvares Cabral aos 32 ou 33 anos de idade em
uma pintura do início do século XX.
Nau de Pedro Álvares
Cabral
Desembarque de
Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro - Oscar Pereira da Silva
Carta de Pero Vaz de
Caminha ao rei D. Manuel I,
comunicando sobre o descobrimento da Ilha de Vera
Cruz
"Gaivota" de Alexandre O'Neill!
GAIVOTA
Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
ALEXANDRE O'NEILL ( 1924 - 1986 )
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
ALEXANDRE O'NEILL ( 1924 - 1986 )
Dia Mundial do Livro
No
dia 23 de abril celebra-se o Dia Mundial do Livro, por decisão da
UNESCO. Pretende-se chamar a atenção para uma data considerada simbólica
por nela terem nascido importantes escritores internacionais. Em todo o
mundo, organismos e entidades da sociedade civil destacam o prazer de
ler, e a importância que os livros, nos seus vários suportes, têm na
sociedade contemporânea.
Este ano o cartaz do Dia Mundial do Livro é da autoria do atelier Silvadesigners, e mostra-nos, num jogo de luzes e efeitos, que os livros podem ter leituras variadas e múltiplos ecos, consoante os leitores a que chegam.
Este ano o cartaz do Dia Mundial do Livro é da autoria do atelier Silvadesigners, e mostra-nos, num jogo de luzes e efeitos, que os livros podem ter leituras variadas e múltiplos ecos, consoante os leitores a que chegam.
A recriação do terramoto de 1755
A recriação do terramoto de
1755
Vídeo foi publicado em 2014 pelo Smithsonian Chanel
O que se
passou a 1 de novembro de 1755 está entranhado na história de Lisboa e nunca
será esquecido. Um sismo de magnitude 8.5, com epicentro a cerca de 240
quilómetros da capital portuguesa, criou um tsunami que, em cerca de 40
minutos, devastou a cidade.
Segundo a documentação histórica existente, eram 9:40 quando o terramoto foi sentido e pouco depois das 10:00 vagas de um tsunami - com ondas de 15 metros - atingem Lisboa.
O Smithsonian Chanel, da CBS, recriou a catástrofe que assolou Lisboa em vídeo em 2014, mas só agora o vídeo se tornou viral. Nele é possível ver o efeito do sismo nas ruas da capital portuguesa e imaginar a força das ondas que varreram a cidade.
Segundo a documentação histórica existente, eram 9:40 quando o terramoto foi sentido e pouco depois das 10:00 vagas de um tsunami - com ondas de 15 metros - atingem Lisboa.
O Smithsonian Chanel, da CBS, recriou a catástrofe que assolou Lisboa em vídeo em 2014, mas só agora o vídeo se tornou viral. Nele é possível ver o efeito do sismo nas ruas da capital portuguesa e imaginar a força das ondas que varreram a cidade.
Ver o vídeo em:
https://www.youtube.com/watch?v=FGhv6zcBPxQ#action=share
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