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dezembro 04, 2016

Nascente do Rio Mondego, Serra da Estrela.


O Mondego é o maior rio exclusivamente português. Percorre a parte centro do país, desde a Serra da Estrela até ao Oceano Atlântico, onde desagua junto da Figueira da Foz, após um percurso de 220 quilómetros.
Antes de se tornar um rio de planalto, é um rio de montanha, correndo num vale estreito e profundo, com grandes quedas de desnível e carácter torrencial muito acentuado.
Inicialmente, corre em direcção ao interior. Em seguida, descreve uma curva acentuada à volta de Celorico da Beira, onde inverte a marcha em direcção ao litoral.
Junto a Penacova, depois de ter recebido o Alva, o vale do Mondego estrangula-se cada vez mais ao atravessar o contraforte de Entre-Penedos.
Na zona de Coimbra o vale do Mondego começa a alargar cada vez mais, tornando-se o rio mais calmo. As grandes quantidades de areia trazidas de regiões do interior começam a depositar-se o que provoca a subida do leito e o assoreamento das margens, soterrando antigas edificações, de que é exemplo o conhecido Convento de Santa Clara-a-Velha, enterrado quase por completo na margem esquerda.
Atravessada a cidade de Coimbra, o Mondego espraia-se por vastos e férteis campos, onde é cultivado o arroz. De Montemor até à Figueira da Foz, o alteamento do rio e a acção destruidora das cheias têm, ao longo dos tempos, provocado inundações prejudiciais.
Na zona da Figueira, o transporte de elevadas quantidades de areia tem provocado o assoreamento da foz. O amplo estuário foi-se transformando, aos poucos, numa espécie de delta. Só o trabalho regular de desassoreamento tem permitido a entrada de barcos no porto da Figueira da Foz.