Coimbra, 28 de Abril de 1953.
INSÓNIA
Cá estou de sentinela no meu posto.
Como não posso ver o inimigo,
Adivinho-lhe as formas e o poder.
Negra força que cerca o meu abrigo,
É um fantasma difuso a combater.
INSÓNIA
Cá estou de sentinela no meu posto.
Como não posso ver o inimigo,
Adivinho-lhe as formas e o poder.
Negra força que cerca o meu abrigo,
É um fantasma difuso a combater.
Por que razão quer triunfar, não sei.
Quando o senti no sono e acordei,
Já descera a viseira e arremetia...
Noite, sudário da desconfiança,
O véu que te protege a cobardia
É que tira grandeza à tua lança!
Diário VI
Quando o senti no sono e acordei,
Já descera a viseira e arremetia...
Noite, sudário da desconfiança,
O véu que te protege a cobardia
É que tira grandeza à tua lança!
Diário VI