Pintor espanhol nascido a 20 de abril de 1893
e falecido a 25 de dezembro de 1983. Frequentou a Escola de Belas-Artes de Barcelona
e a Academia Gali. Os primeiros trabalhos receberam a influência dos pós-impressionistas, especialmente de Vincent Van Gogh e depois de Matisse. Instalou-se em Paris em 1920, e aí conheceu Picasso. Integrou-se no movimento
surrealista e participou na primeira exposição surrealista em
1925. Em A Herdade, Montroig, Barcelona (1921-22) mistura formas reais e fantásticas e esse estilo torna-se mais abstrato e "surrealista" em O Carnaval de Arlequim
e em Paisagem Catalã. Experimentando o
"automatismo psíquico", os seus trabalhos tornaram-se mais abstratos
e fantasistas. A influência de Paul Klee faz-se sentir neste período, na criação de uma imagética inventiva e enganadoramente infantil. Nos
finais dos anos vinte fazia uma série de colagens que evoluíram para objetos tridimensionais. Nos
anos trinta fazia objetos de madeira semelhantes às formas que criava na sua pintura. Estas construções estavam em paralelo com a obra de Arp, e é muito provável que os dois artistas se tenham influenciado mutuamente. Entretanto, os
trabalhos de Miró passaram por uma fase mais sombria, as cores tornaram-se mais escuras e as formas mais monstruosas. Perdeu depois
esta agressividade e
começou a incluir nas suas composições pessoas e animais. Foi ainda o cenarista do bailado de Diaghilev Roméo et Juliette (1925) e do bailado do ballet de Monte Carlo Jeux d'Enfants (1931). Executou murais de grandes dimensões, nomeadamente para a Exposição Universal de Paris de 1937 e para a Universidade de Harvard, em 1950, e murais em cerâmica para a sede da Unesco em Paris, em 1955. Fez peças em cerâmica originais, semelhantes às
figuras que povoam
os seus quadros.
Joan Miró por Carl Van Vechten,
1935
A Quinta - Joan
Miró