setembro 30, 2015

Sebastão da Gama

SEBASTIÃO DA GAMA, in SERRA-MÃE (8ª Ed., Ática, 2000)

A MEUS IRMÃOS (excerto)

Batam-me à porta
os que andam lá por fora, à neve;
batam
os que tiverem frio ou sede;
os que sintam saudades de um carinho;
os desprezados;
os que há muito não vêem uma flor
e encontram só poeira no caminho;
os que não amam já nem já os ama
ninguém;
os esquecidos de como se sorri


Como era Lisboa antes do terramoto de 1755?

Vídeo sobre o tsunami e terramoto  de Lisboa...

Ver em:

https://www.youtube.com/watch?v=EP-SFveNnYc


Em honra de Fernando Pessoa

Fernando Pessoa, "Livro do Desassossego".
Foto de Miguel Almeida.

Língua Portuguesa: 266.674.583 Falantes, 9 Países, 1 Só Língua...Viva a Lusofonia....

Língua Portuguesa: 266.674.583 Falantes, 9 Países, 1 Só Língua

Quer conhecer o Rio de Janeiro, Luanda, Maputo, Praia, Bissau, Dili, Macau ou Lisboa? Deseja explorar a vastidão dos universos expressivos da língua portuguesa? Este ano assinalam-se os 801 anos de história da nossa língua. É, por conseguinte, um ano de festa no Brasil, em Portugal, em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste ou Macau. A EC.ON encontra-se no vasto oceano da lusofonia e conta com uma equipa experiente de capitães oriundos dos quatro cantos do mundo. Os nossos autores representam a possibilidade de viajar por diferentes formas de pensar, falar e escrever em português. Não perca este barco. 

Uma viagem inesquecível pelos mundos da língua aguarda por si!

Testamento de D. Afonso II, primeiro documento oficial em Português


doc.png















Foi há 800 anos que o Rei Afonso II mandou escrever o testamento. Esse documento oficial marcou a primeira utilização conhecida do Português como língua oficial, atualmente falada por quase 250 milhões de pessoas em todo o mundo.

Dia Nacional da Água na Biblioteca Escolar...

Uma exposição patente na Biblioteca Escolar que pode visitar no horário de funcionamento. Pode obter várias informações sobre a água, recolhidas e selecionadas pelos alunos, folhear e ler livros e revistas sobre a temática e ainda ler e refletir sobre vários poemas relacionados com a água.

Esta atividade foi realizada em articulação com o grupo de Físico-Química que muito nos honra.
Todos ficamos mais felizes e ricos em conhecimento.












setembro 29, 2015

A magia da BIBLIOTECA.....

"'E na biblioteca eu percebi a imensidão do mundo.
Tinha tudo ao meu alcance, todas as idéias, as histórias, as aventuras, as mentiras, o passado e o futuro, o amor e o ódio, o perigo e o crime, mas muita felicidade a cada palavra impressa nas páginas de cada livro. E esse mundo me fascinou.
Queria ali morar"

Poema de Ruy Belo

Ruy Belo


O Portugal Futuro

O Portugal futuro é um país
aonde o puro pássaro é possível
e sobre o leito negro do asfalto da estrada
as profundas crianças desenharão a giz
esse peixe da infância que vem na enxurrada
e me parece que se chama sável
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa a forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem
Portugal será e lá serei feliz
Poderá ser pequeno como este
ter a oeste o mar e a Espanha a leste
tudo nele será novo desde os ramos à raiz
À sombra dos plátanos as crianças dançarão
e na avenida que houver à beira-mar
pode o tempo mudar será verão
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz
mas isso era o passado e podia ser duro
edificar sobre ele o Portugal futuro

Dia Mundial da Alimentação


015.10.16
Dia Mundial da Alimentação
Anadia > Rede de Bibliotecas Escolares

É com a campanha “Leia + e coma melhor” que a Rede de Biblioteca de Anadia vai assinalar, no próximo dia 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação, procurando contribuir para a divulgação da ideia de que a leitura e a promoção da saúde caminham de mãos dadas.
A ação decorrerá na Biblioteca Municipal e nas Bibliotecas Escolares da Escola Básica e Secundária de Anadia, da Escola Básica 23 de Vilarinho do Bairro, do Colégio Nossa Senhora da Assunção e dos Salesianos de Mogofores, tendo como principal objetivo levar a comunidade a associar o ato de ler à promoção da saúde. Assim, ao longo do dia 16 de outubro, estas cinco bibliotecas irão oferecer uma peça de fruta a cada utilizador requisitante de documentos livro. Na ocasião, serão também distribuídos folhetos do Projeto Nacional "Ler + dá Saúde", com o intuito de informar os cidadãos sobre os benefícios da leitura nas diferentes etapas da vida.

 
 

Viva Miguel de Cervantes

Há 468 anos...
No dia 29 de setembro de 1547 nasceu o o escritor espanhol Miguel de Cervantes.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

setembro 28, 2015

Poema de Fernando Pessoa


Entre o luar e o arvoredo,
Entre o desejo e não pensar
Meu ser secreto vai a medo
Entre o arvoredo e o luar.
Tudo é longínquo, tudo é enredo,
Tudo é não ter nem encontrar.

Entre o que a brisa traz e a hora,
Entre o que foi e o que a alma faz,
Meu ser oculto já não chora
Entre a hora e o que a brisa traz.
Tudo não foi, tudo se ignora.
Tudo em silêncio se desfaz.

24-8-1930

Poesias Inéditas (1919-1930). Fernando Pessoa. (Nota prévia de Vitorino Nemésio e notas de Jorge Nemésio.) Lisboa: Ática, 1956 (imp. 1990).

A não perder na Biblioteca Municipal de Anadia

setembro 27, 2015

Salvé Florbela Espanca...

27 de Setembro de 1810: Batalha do Buçaco. Portugueses e ingleses enfrentam as forças de Napoleão.

Com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, em 1799, Portugal passa a ser visto como território estratégico para os interesses comerciais dos franceses sobre o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda. Portugal, juntamente com a Espanha (já aliada à França) motivada por interesses que passariam pela repartição do reino português em unidades políticas futuramente sujeitas à dupla governação francesa e espanhola, teria de se juntar ao Bloqueio Continental decretado pela França contra o Reino Unido da Grã-Bretanha. Deveria, para isso, fechar os seus portos à navegação britânica, declarar guerra aos ingleses, sequestrar os seus bens em Portugal e aprisionar todos os ingleses residentes. Ora, foram justamente estas as exigências apresentadas, em Julho de 1807, pelos representantes de França e de Espanha ao príncipe regente de Portugal e que, doravante, viriam a transformar o território português numa peça menor, embora ardilosa, na liça das ambições do imperador francês.
A Batalha do Buçaco (ou Bussaco, de acordo com a grafia de então), integrada na última das três invasões napoleónicas a Portugal (com início em Julho de 1810 e termo em Abril de 1811), foi uma das inúmeras batalhas travadas entre os exércitos francês e anglo-luso, no entanto, os antecedentes relativos à sua preparação, bem como as consequências de um só dia de confronto (27 de Setembro de 1810), elevam-na a um plano operacional de enorme conceito militar, não só pelo que ela representa nos seus termos mais objectivos – derrota das brigadas do comandante supremo Marechal André Masséna -, mas principalmente pelo que ela representou na preparação de um confronto seguinte que decidiria o enfraquecimento definitivo do invasor francês nas Linhas de Torres Vedras. 
A frustração das derrotas da primeira e segunda invasões (entre 1807 e 1809), levou a que Napoleão Bonaparte nomeasse para comandante do novo «Exército de Portugal» o marechal André Masséna, um dos mais reputados marechais franceses. Foi justamente sob as ordens deste marechal, e com o maior exército dos que já tinham invadido Portugal (efectivo total de cerca de 65.050 homens) que se deram os confrontos no Buçaco entre o exército anglo-luso (organizado em Divisões, somava cerca de 61.452 homens) comandado pelo Tenente-General Arthur Wellesley, Visconde de Wellington e futuro duque de Wellington, e os Corpos das brigadas francesas, de entre os quais o 8º corpo militar organizado pelo experiente General Andoche Junot, Duque de Abrantes.
Para avançar sobre Portugal, foi necessário dominar a Praça Forte de Almeida afastando a Divisão Ligeira de Craufurd. O Combate do Côa, a 23 de Julho de 1810, foi o primeiro confronto em território português entre as forças de Wellesley e os franceses, terminando na retirada do Brigadeiro-General Robert Craufurd. A este último, e com o objectivo de chegar o mais rapidamente possível a Lisboa, seguir-se-ia Coimbra com passagem por uma excelente posição defensiva entre Penacova e Luso, isto é, o Buçaco. Ora, Masséna, depois do Cerco de Almeida, retomou a marcha a 15 de Setembro de 1810 rumo à íngreme Serra do Buçaco, com cerca de 15km de comprimento, onde já o aguardava, o General Wellesley. 
Vindos de Mortágua para Coimbra, os franceses avançaram até ao Buçaco e aí se travou a batalha. Um resultado de cerca de 5000 baixas para os invasores e cerca de 1300 baixas para os aliados anglo-lusos, a Batalha do Buçaco passaria a significar um exemplo fulcral de tática defensiva em contexto militar. A retirada das brigadas francesas deixou para trás um campo de batalha devastado. A invasão, prosseguiria em direcção a sul, onde o invasor haveria de encontrar as Linhas (de Torres Vedras) que poriam um travão definitivo ao Marechal Masséna bem como à consistência militar dos exércitos desmoralizados de Napoleão Bonaparte.
wikipedia (Imagens)
Ficheiro:Batalha do Buçaco.jpg
Gravura de Thomas Sutherland 1785-? que representa a Batalha do Buçaco 

Ficheiro:Andre-massena.jpg
O Marechal André Masséna
Ficheiro:Wellington by Daw.jpg
General Sir Arthur Wellesley, Duque de Wellington

setembro 26, 2015

Um dos mais belos vales em forma de U em Portugal - aula de Geografia...

Vale Glaciar do Rio Zêzere na Serra da Estrela em Portugal
Lá ao fundo, vê-se a cidade de Manteigas...

A sagacidade de Mia Couto...

" É preciso entender que os meninos estão deixando de ler os livros porque estão deixando de ler o mundo, de ser capaz de ler os outros, de ler a vida."

Mia Couto

O mais bonito que se pode ler....

O que provoca uma livraria em muita gente....

Uma autora das Metas Curriculares de Português....

Ainda ontem festejávamos o Prémio Fernando Namora para "Passagens", e chega hoje outra razão para nos alegrarmos - os primeiros exemplares de "Histórias de ver e andar", de Teolinda Gersão!
Nas livrarias, estarão a 01 de outubro.

Domingo há um "super eclipse" que só volta a acontecer em 2033

Domingo há um "super eclipse" que só volta a acontecer em 2033
A noite de domingo para segunda-feira reserva-nos um espectáculo raro, que não é visto há 30 anos e só poderá ser visto novamente em 2033.
É um dos maiores e mais esperados acontecimentos astronómicos do ano: na noite de domingo para segunda-feira há um eclipse total em noite de super lua. É um fenómeno raro, que só aconteceu cinco vezes no século passado, a última em 1982, e será preciso esperar até 2033 para o ver novamente.
É que às 02.46 de segunda-feira a lua estará no perigeu da sua órbita (no ponto mais próximo da Terra de 2015) a uma distância de "apenas" 356 877 km. E cheia. Assim, vai parecer 14% maior e 30% mais brilhante do que o costume. E alguns minutos depois, às 03.11, esta super lua começa a ser coberta pela sombra da terra.
Domingo há um "super eclipse" que só volta a acontecer em 2033
 
Fotografia © Observatório Astronómico de Lisboa
 
O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) explica o que vai acontecer e quando, ao minuto. Primeiro, a lua entra na penumbra da Terra à 01.10 e começa a escurer progressivamente, adquirindo tons mais acinzentados. A seguir, às 02.07 entra na sombra da Terra e os tons mudam para os avermelhados e acastanhados. E finalmente, às 3.11, a lua entra totalmente dentro do cone de sombra da Terra.
Uma vez que, durante o eclipse, a lua está na sombra da Terra e a luz que recebe é "filtrada" pela atmosfera terrestre, os raios solares perdem uma grande quantidade de luz azul e verde, e a lua fica com um tom mais avermelhado, o que leva a que muitas vezes estas sejam chamadas de "luas de sangue" e no passado tenham sido vistas com medo e superstição.
O máximo do eclipse ocorre às 03.47 e, passados 3 minutos, pelas 03.50 ocorre o instante da fase de Lua Cheia. "Como o instante de Lua Cheia ocorre próximo do perigeu teremos então uma super lua, que em simultâneo coincide com a altura do máximo do eclipse, ou seja teremos um eclipse da super lua", explica o OAL.

Uma citação muito verdadeira...

"Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente

 

Num ancoradouro, dois barqueiros, um Anjo e um Diabo, aguardam passageiros que viajam para o outro mundo. Este é o pano de fundo para o quadro que Gil Vicente, dramaturgo da corte portuguesa no século XVI, vai desenhar da sociedade de então.

Representado pela primeira vez em 1517, O Auto da Barca do Inferno”, tem como ação o julgamento num cais, onde os juízes, um Anjo e um Diabo, discutem quem entrará na barca de cada um, condenando os seus passageiros à viagem para o Céu ou para o Inferno.
Por lá passa a representação de toda a sociedade portuguesa da época; desde o Fidalgo ao Parvo, figura recorrente da obra de Gil Vicente e, no final, o Diabo é quem leva mais passageiros na barca.
“Mestre de Retórica de Representação”, Gil Vicente foi contemporâneo dos Descobrimentos mas, ao contrário de Camões, que exaltou os feitos portugueses, fez antes uma crítica mordaz, na caricatura que construiu da sociedade portuguesa de então.
Dramaturgo na corte, onde viveu cerca de 35 anos, foi o homem de confiança da Rainha D.ª Leonor e, para além de escrever e encenar as suas peças, organizava também as Festas Reais.
Homem dos “sete ofícios”, julga-se que foi também ourives e Procurador dos Mistérios na Câmara de Lisboa. Gil Vicente foi consensualmente considerado o “pai” do Teatro português.
- See more at: http://ensina.rtp.pt/artigo/auto-da-barca-do-inferno-de-gil-vicente/#sthash.kWmiES7D.iRUpe1iD.dpuf

"Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente

 

Num ancoradouro, dois barqueiros, um Anjo e um Diabo, aguardam passageiros que viajam para o outro mundo. Este é o pano de fundo para o quadro que Gil Vicente, dramaturgo da corte portuguesa no século XVI, vai desenhar da sociedade de então.

Representado pela primeira vez em 1517, O Auto da Barca do Inferno”, tem como ação o julgamento num cais, onde os juízes, um Anjo e um Diabo, discutem quem entrará na barca de cada um, condenando os seus passageiros à viagem para o Céu ou para o Inferno.
Por lá passa a representação de toda a sociedade portuguesa da época; desde o Fidalgo ao Parvo, figura recorrente da obra de Gil Vicente e, no final, o Diabo é quem leva mais passageiros na barca.
“Mestre de Retórica de Representação”, Gil Vicente foi contemporâneo dos Descobrimentos mas, ao contrário de Camões, que exaltou os feitos portugueses, fez antes uma crítica mordaz, na caricatura que construiu da sociedade portuguesa de então.
Dramaturgo na corte, onde viveu cerca de 35 anos, foi o homem de confiança da Rainha D.ª Leonor e, para além de escrever e encenar as suas peças, organizava também as Festas Reais.
Homem dos “sete ofícios”, julga-se que foi também ourives e Procurador dos Mistérios na Câmara de Lisboa. Gil Vicente foi consensualmente considerado o “pai” do Teatro português.
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