junho 26, 2015

Agustina Bessa-Luís recebe dia 3 de julho Prémio Eduardo Lourenço.

Agustina Bessa-Luís recebe dia 3 de julho Prémio Eduardo Lourenço. O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, anunciou  que o Prémio Eduardo Lourenço 2015 será entregue no dia 03 de julho, naquela cidade, à escritora Agustina Bessa-Luís.  
O autarca referiu, durante o período de antes da ordem do dia da reunião quinzenal do executivo que lidera, que o galardão vai ser entregue no decorrer de uma cerimónia a realizar pelas 15:00 daquele dia, na Sala António de Almeida Santos, no edifício dos Paços do Concelho, com a presença do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.
A escritora Agustina Bessa-Luís é a vencedora da 11.ª edição do prémio Eduardo Lourenço, no valor de 7.500 euros, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), com sede na Guarda.
Álvaro Amaro referiu que durante a cerimónia terá oportunidade de poder falar sobre o prémio que tem sido de uma "enorme importância" para a afirmação da Guarda "como uma cidade da cultura".
O prémio destina-se a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica.
No dia do anúncio do vencedor da edição de 2015, a 24 de abril, João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra e porta-voz do júri, considerou que a escritora Agustina Bessa-Luís é "um dos expoentes máximos da Literatura Portuguesa" do século XX.
"Deu à Literatura Portuguesa uma latitude, enfim, notável, que todos reconhecem, criou um imaginário simbólico próprio. Não é por acaso que é uma das autoras mais estudadas até no ensino básico e secundário, porque, de facto, é uma referência da Língua Portuguesa", acrescentou.
João Gabriel Silva disse ainda que a galardoada também é "um dos autores portugueses mais conhecidos em Espanha".
O Prémio Eduardo Lourenço teve a sua primeira edição em 2004 e já distinguiu várias personalidades de relevo de Portugal e de Espanha.
As anteriores edições contemplaram Maria Helena da Rocha Pereira (professora Catedrática de Cultura Greco-Latina, Agustín Remesal (jornalista), Maria João Pires (pianista), Ángel Campos Pámpano (poeta), Jorge Figueiredo Dias (professor Catedrático de Direito Penal), os escritores César António Molina e Mia Couto, José María Martín Patino (teólogo), Jerónimo Pizarro (professor e investigador) e Antonio Sáez Delgado (professor e investigador).
O CEI é uma associação transfronteiriça sem fins lucrativos, que nasceu de um desafio lançado pelo ensaísta Eduardo Lourenço na sessão solene comemorativa do Oitavo Centenário do Foral da Guarda, em 1999.
Foi criado em resultado de uma parceria que envolveu a Câmara Municipal da Guarda e as Universidades de Coimbra e de Salamanca e, mais tarde, o Instituto Politécnico local.


CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE


CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, in DISCURSO DA PRIMAVERA E ALGUMAS SOMBRAS (1977)

A PALAVRA MÁGICA

Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.

Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.

Ano Letivo 2015/2016...

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DITADOS POPULARES


Muitas vezes utilizamos alguns ditados populares em nosso dia a dia, mas desconhecemos sua origem.
Quer saber como tudo começou? Então divirta-se...

CHÁ DE CADEIRA – Tem a ver com atraso; com muito atraso. Historicamente, os nobres e fidalgos consideravam-se superiores às outras pessoas. Quando seus súditos queriam alguma audiência, eles eram acomodados em cadeiras e esperavam muito até serem atendidos, pois seus senhores atrasavam bastante para salientar o privilégio de poder fazê-lo. Os empregados, então, serviam chá para essas pessoas, que “mofavam” nas salas de espera, como uma forma de amenizar os longos atrasos. Daí surgiu essa expressão.
CHATO DE GALOCHA – Significa pessoas muito chatas, resistente e insistente. A galocha era um tipo de calçado de borracha colocado por cima dos sapatos para reforçá-los e protegê-los da chuva e da lama. Por isso, há uma hipótese de que a expressão tenha vindo da habilidade de reforçar o calçado. Ou seja, o chato de galocha seria um chato resistente e insistente.
CHEGAR DE MÃOS ABANANDO - Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra. Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos abanando, davam um indicativo de que não vinham dispostos ao trabalho árduo da terra virgem. Portanto, chegar de mãos abanando é não carregar nada. Ele chegou de mãos abanando ao aniversário, significa que não trouxe presente para o aniversariante, que terá de se satisfazer apenas com a presença do amigo.
CHORAR AS PITANGAS - O nome pitanga vem de pyrang, que, em tupi, significa vermelho. Portanto, a expressão se refere a alguém que chorou muito, até o olho ficar vermelho.
COM A PÁ VIRADA - Um sujeito da pá virada pode tanto ser um aventureiro corajoso como um vadio. Mas sua origem tem relação com o instrumento, a pá. Quando a pá está virada para baixo, voltada para o solo, está inútil, abandonada pelo homem vagabundo, irresponsável, parasita. Hoje em dia, o sujeito da "pá virada" tem outro sentido. Ele é O "bom". O significado das expressões mudam muito no Brasil, com o passar do tempo. E aqui está um exemplo.
COLOCAR NO PREGO - A origem dessa expressão vem do fato de que nas antigas casas comerciais – tabernas, empórios, farmácias – existia um prego onde o comerciante espetava as contas de quem pedia para pagar depois. Quando o freguês retornava para quitar a dívida, o dono tirava os papéis do prego, somava os valores e cobrava. Colocar no prego é colocar no pendura, comprar fiado, pagar depois. Ainda hoje alguns comerciantes, que não gostam disso, exibem um cartaz bem visível que avisa: “Fiado só amanhã”.
CONTO DO VIGÁRIO - Duas igrejas de Ouro Preto receberam, como presente, uma única imagem de determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários apelaram à decisão de um burrico. Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E o burrico caminhou direto para uma delas... Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burrico, e conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
DA COR DE BURRO QUANDO FOGE – O ditado original era “corra de burro quando (ele) foge”, que era um aviso de perigo próximo e iminente.
DAR COM OS BURROS N`ÁGUA - A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde alguns dos burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado para se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.
DE CABO A RABO - Significado: Total conhecedor. Conhecer algo do começo ao fim. Histórico: Durante o período das grandes navegações portuguesas, era comum se dizer total conhecedor de algo, quando se conhecia este algo de "cabo a rabah", ou seja, como de fato conhecer todo o continente africano, da Cidade do Cabo ao Sul, até a cidade de Rabah no Marrocos (rota de circulação total da África com destino às Índias).
DE MEIA-TIGELA - Na linguagem popular, é coisa de pouco valor. A origem da expressão nos leva aos tempos da monarquia portuguesa. Nela, as pessoas que prestavam serviço à Corte – camareiros, pajens, criados em geral – obedeciam a uma hierarquia, com obrigações maiores ou menores, dependendo do posto de cada um. Alimentavam-se no próprio local de trabalho e recebiam quantidade de comida proporcional à importância do serviço prestado. Assim, alguns comiam em tigela inteira, outros em meia-tigela, critério definido pelo Livro da Cozinha del Rey e rigorosamente observado pelo funcionário do palácio, que supervisionava as iguarias que chegavam à mesa real – na verdade, o grande fiscal da comilança palaciana. Hoje, essa prática deixou de existir, mas ficou o sentido figurado da expressão, que continua designando coisas ou pessoas irrelevantes no seu meio social.
DEIXAR AS BARBAS DE MOLHO - Na antiguidade e na Idade Média, a barba significava honra e poder. Ter a barba cortada por alguém representava uma grande humilhação. Essa idéia chegou aos dias de hoje nessa expressão, que significa ficar de sobreaviso, acautelar-se, prevenir-se.
NAVEGAR É PRECISO . . . VIVER NÃO É PRECISO – Muitas pessoas atribuem a frase ao poeta português Fernando Pessoa, que apenas a citou. Na verdade, seu berço é romano. O historiador Plutarco atribuiu esta frase ao general romano Pompeu. Naquela época havia fome em Roma e Pompeu foi encarregado para abastecer a cidade de gêneros alimentícios. Para isso organizou uma frota que foi à África, à Sicília e à Sardenha. No dia do regresso, com os navios carregados de trigo e outros grãos para alimentar a população, começou uma fortíssima tempestade. Os marinheiros, temerosos, quiseram adiar a viagem de retorno. Foi quando Pompeu, sabendo das dificuldades que passavam seus compatriotas, reuniu a marujada apavorada e fez uma histórica apelação, na qual teria dito a famosa expressão. Isso persuadiu a tripulação e a frota levantou âncora. A expressão até hoje é citada em momentos de graves decisões e serve de vigoroso estímulo a medrosos e indecisos.
NÃO É FLOR QUE SE CHEIRE – Por incrível que pareça, há uma flor repulsiva ao olfato. É a flor-cadáver, que apesar de linda, fede. Originária das florestas tropicais da Sumatra, é a flor mais malcheirosa do mundo. Antes de desabrochar, praticamente não tem cheiro, mas quando floresce libera um odor fétido, parecido com um cadáver exposto depois de vários dias. E assim, essa expressão popular lembra a pessoa pouco recomendável, que não merece confiança e, portanto, deve ser evitada.
NÃO ENTENDER PATAVINAS - Os portugueses tinham enorme dificuldade em entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Daí que não entender patavina significa não entender nada.
NECA DE PITIBIRIBAS - O termo neca equivale a nada e vem do latim nec, que significa não. De acordo com o dicionário Houaiss, o termo pitibiriba (ou pitibiribas) é tipicamente brasileiro. Ele quer dizer nada ou coisa alguma. Então foi só juntar os dois termos, apenas para reforçar.
NOVINHO EM FOLHA - De acordo com Flávio Vespasiano Di Giorgi, professor de Lingüística da PUC, a expressão “novinho em folha” surgiu em alusão a livros recém-impressos, que estariam com as folhas limpinhas, sem dobras, riscos ou diferenças na coloração. Eram livros, portanto, “novinhos em folha”.
O QUE É DO HOMEM, O BICHO NÃO COME - A frase quer dizer que as características intrínsecas às pessoas não podem ser modificadas por fatores externos. O “bicho” representa a sociedade, as leis, regras ou até outras pessoas. Segundo o dito popular, não adianta nenhum destes “bichos” lutarem contra os sentimentos e características arraigados em alguém.
O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER – Diz-se da pessoa que não quer ver o que está bem na sua frente. Nega-se a ver a verdade. Parece que a expressão surgiu em 1647, em Nimes, na França, na universidade local. Naquela época, o doutor Vicent de Paul D'Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.
OLHOS DE LINCE - Ter olhos de lince significa enxergar longe, uma vez que esses bichos têm a visão apuradíssima. Os antigos acreditavam que o lince podia ver através das paredes.
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS - Significado: Lugar longe, distante, inacessível. Histórico: Depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar enforcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele. Logo os soldados partiram em busca das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é omissa daí pra frente. Não sabemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão vem atravessando vinte séculos. Há também muitas expressões com o mesmo significado e o mesmo “personagem”, como “no calcanhar do Judas”, “cafundó do Judas, etc.
OVO DE COLOMBO - Expressão muito conhecida. É aquilo que parece não ser possível fazer, mas se revela muito simples e fácil, depois de feito. Seu berço está no nome de Cristóvão Colombo, o descobridor da América. A historinha, que nem todos conhecem, é a seguinte: de volta à Espanha como herói por haver descoberto o Novo Mundo, foi homenageado pelo cardeal Pedro Gonzalo de Mendonza com um lauto jantar. Nele, um fidalgo, ciumento e despeitado, menosprezou o feito de Colombo, garantindo que qualquer um poderia ter feito a descoberta, pois já era sabido que existiam terras a oeste. A essa crítica, Colombo evidentemente não poderia dar resposta imediata. Optou então por uma brincadeira cheia de significação: tomou um ovo, convidou todos os presentes a pô-lo de pé. Cada um tentou, mas em vão. Aí, Colombo quebrou a casca de uma extremidade do ovo e, pondo-o de pé, demonstrou com simplicidade como era fácil descobrir o caminho do Novo Mundo – depois que alguém já o tivesse feito. . .
PASSAR A MÃO NA (OU PELA) CABEÇA – A expressão parece ter seu berço no costume judaico de abençoar seus filhos ou netos convertidos ao cristianismo (cristãos-novos), passando-lhes a mão pela cabeça e descendo pela face, enquanto se pronuncia uma bênção. É uma convicção de que essa atitude atrai a aprovação de Deus. Atualmente significa perdoar ou acobertar erro ou até crime praticado por um protegido.
PEGAR NO BICO DA CHALEIRA – Expressão ainda usada no Brasil. Significa bajular, incensar, gabar servilmente. Seu berço foi no Rio de Janeiro, então capital federal, a partir da poderosa figura do general José Gomes Pinheiro Machado, senador pelo Rio Grande do Sul, presidente do Partido Republicano Conservador, homem forte do Legislativo brasileiro e por 20 anos, entre 1895 e 1915, eminência parda de muitos governos. Ele, como todo bom gaúcho, mantinha na sala de sua casa uma pequena chaleira com água quente para alimentar sua bomba do chimarrão. Choviam-lhe políticos para obter sua bênção e favores. Todos disputavam o privilégio de segurar a chaleira para o chimarrão que o caudilho tomava, poupando ao senador o trabalho de preparar ou servir sua bebida preferida. Na ânsia de serem os primeiros, seguravam a chaleira por onde melhor calhasse: pelo cabo, pelo bojo e até pelo bico - neste caso, queimando os dedos. Mas que importava? Valia uma dorzinha besta para conseguir vantagens. O hábito acabou gerando o verbo chaleirar, praticado pelo chaleirador, o adulador, puxa-saco, etc.
PEGAR NO BREU – Vem dos tempos em que era comum soltar muitos balões nas festas juninas. A tocha deles era feita de sacos de estopa molhados com parafina de velas derretidas. No centro dessa mecha havia breu, substância escura e inflamável, muito utilizada também na produção de colas, tintas e vernizes. Quando o fogo atingia o centro da mecha, o balão tomava força e subia rapidamente. Dizia-se então que o balão havia pegado no breu (pegado impulso). Atualmente, a expressão designa situação que não pode inverter o rumo nem retornar à etapa anterior.
PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA - A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.
PERDER (OU GASTAR) O LATIM – O latim ainda é a língua oficial do Vaticano. Até o século 18, era o idioma da comunicação dos mais letrados. A expressão é comumente utilizada para designar o trabalho improdutivo, a realização de um esforço vão ou um discurso ou apresentação de uma idéia onde ninguém presta atenção ou acredita

junho 22, 2015

O primeiro poema de Fernando Pessoa

Separado de ti, tesouro do meu coração,
Pela terra desprezado, alheio a todo o querer,
Ainda que os ventos trilem e os corações vacilem,...
jamais eu te hei-de esquecer.

Doce parece o suave canto da juventude
A quem se deixou prender,
Mas inda que os ventos trilem e os corações vacilem,
Eu jamais te hei-de esquecer.
Numa esfumada visão, acenando da escola,
Criança me posso ver,
E já os ventos trilaram e os corações vacilaram,
Mas não te pude esquecer.
Desde que primeiro eu vi a tua divina forma
Da escola vindo em prazer,
Os ventos têm trilado e os corações vacilado,
Nunca te pude esquecer.
Desde que simples, em mim, essa paixão infantil
Por ti eu deixei crescer,
Tenham os ventos trilado e os corações vacilado,
Eu não te pude esquecer.
Estrelas brilham intensas, a lua reflecte amor,
Sobre o mar luar a arder,
Ventos trilaram, trilaram, os corações vacilaram,
E tu me foste esquecer.
Eu separado de ti, tesouro do meu coração,
Pela terra desprezado, alheio a todo o querer,
Os ventos podem trilar e os corações vacilar,
Mas jamais te hei-de esquecer.

[O primeiro poema escrito (em inglês) por Fernando Pessoa em 12-05-1901.Traduzido por Luísa Freire]
Retirado do livro: Fotobiografias Século XX
Imagem do Fernando Pessoa com cerca de 12 anos, vestido de cavaleiro, em Durban.

"Ser Poeta", Florbela Espanca...


Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

"Ser Poeta", Florbela Espanca, in «Charneca em Flor» (1930)

No dia 21 de junho, o Hemisfério Sul passa pelo solstício de inverno e o Hemisfério Norte pelo solstício de verão. O solstício é um momento, com dia, mês, hora e segundo para acontecer. Não é um período. Então, não é correto dizer “entramos no solstício”. Pode dizer-se passamos (com a ideia de um momento) pelo solstício de inverno e entramos (ideia de um período que vai se prolongar) no inverno...

junho 19, 2015

José Saramago, in "Cadernos de Lanzarote"

«Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir.»

José Saramago, in "Cadernos de Lanzarote"

No dia 18 de junho, assinalam-se os 5 anos da morte de José Saramago

Como avaliar o aluno com necessidades educacionais especiais?

https://www.youtube.com/watch?v=cy1-SMfhmbw

VÍDEO SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E AS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
Como avaliar o aluno com necessidades educacionais especiais?

Este vídeo responde a essa pergunta, e ainda debate como são e como aprendem os portadores de NEE. Discute também a avaliação interacional, focada em diversos âmbitos e dimensões do processo....

Não deixe de ver....

As Sete Colinas de Lisboa

As Sete Colinas de Lisboa
(um entre muitos outros "setes": os sete dias da semana, as sete notas musicais (escala diatónica), o Sete (filho de Adão), o Manifesto das Sete Artes (Recciotto Canudo-1911), o sétimo céu, a Sétima Arte (Cinema), as Sete Maravilhas do Mundo, a Lenda das Sete Cidades (Açores), os Sete Pecados Mortais, os Sete Mares, as Sete Colinas de Roma, os Sete Sacramentos, as Sete Virtudes Divinas, as Sete Cores do Arco-Íris, ... ... ... )
A citação referente às sete colinas de Lisboa aparece pela primeira vez no Livro das Grandezas de Lisboa, de Frei Nicolau de Oliveira no século XVII: «as sete colinas sobre as quais estava assente Lisboa: São Jorge, São Vicente, São Roque, Santo André, Santa Catarina, Chagas e Sant'Ana».
A referência às sete colinas no contexto histórico também é citada por outros autores dos séculos XVII e XVIII.
A ideia destas presumíveis sete colinas poderia advir dos Romanos, que viam em Felicidade Júlia (Felicitas Julia) ou Olisipo (Olissipo) uma estrutura geográfica semelhante à da capital do império Romano. A lenda refere que Roma, quando foi fundada, era rodeada por Sete Colinas, a saber: Campidoglio, Quirinale, Viminale, Esquilino, Célio, Aventino e Palatino.
Mas, acerca da origem das colinas de Lisboa, existem várias lendas, cada qual a mais interessante, e, em alguns aspectos, até coincidentes. Escolhi esta que vou aqui partilhar por ser a que mais me agrada:
Numa época longínqua, que se perde nos tempos, e ainda antes de Lisboa ser ocupada por romanos e fenícios ...
"... existia aqui um reino chamado Ofiusa e que era governado por gigantescas serpentes.
A rainha das serpentes era meio mulher e meia serpente mas em nada era tenebrosa. As suas graças e jeitos eram de menina e um poder de sedução incrível. Esta era a arma que usava para enfeitiçar todos os que aportassem no seu reino.
Diz-se que num belo dia, nas suas longas viagens, o herói Ulisses e seus companheiros ancoraram neste porto, à beira Tejo.
A rainha apaixonou-se imediatamente por Ulisses e tinha intenções de o manter no reino e desposá-lo. Ulisses fingiu corresponder ao seu amor para que nem ele nem os seus companheiros viessem a correr perigo de morte e para que se pudessem abastecer com mantimentos para a viagem.
Assim que conseguiu reunir todo o material necessário para a viagem, Ulisses ludibriou a rainha e fugiu em direcção ao mar alto.
Enraivecida e enganada, a rainha lança-se numa tentativa desesperada para alcançar o seu amado e, o mais depressa que a sua cauda o permitia, foi serpenteando até ao mar. Porém, a rainha serpente nunca alcançou Ulisses.
Ainda hoje podemos ver as marcas deste tão desconcertante encontro: As sete colinas de Lisboa que se dirigem todas para o mar em busca de um eterno amor..."

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A escritora portuguesa Hélia Correia venceu o Prémio Camões 2015


A escritora portuguesa Hélia Correia venceu o Prémio Camões 2015, numa decisão anunciada ontem pelo Júri.
O Prémio Camões, instituído por Portugal e o Brasil, é considerado o mais importante galardão literário a premiar um autor de língua portuguesa. 

Que o poema tenha carne
ossos vísceras destino
que seja pedra e alarme
ou mãos sujas de menino.
Que venha corpo e amante
e de amante seja irmão
que seja urgente e instante
como um instante de pão.
Só assim será poema
só assim terá razão
só assim te vale a pena
passá-lo de mão em mão.
Que seja rua ou ternura
tempestade ou manhã clara
seja arado e aventura
fábrica terra e seara.
Que traga rugas e vinho
berços máquinas luar
que faça um barco de pinho
e deite as armas ao mar.
Só assim será poema
só assim terá razão
só assim te vale a pena
passá-lo de mão em mão.

Hélia Correia, "Arte Poética"

junho 17, 2015

Tutorial sobre uso da vírgula...

https://www.youtube.com/watch?v=VLkSL05pq5o#t=25

Não deixe de ouvir atentamente para aplicar com correção....


Olh'Arte

Poema de Sebastião da Gama


Sebastião da Gama


Nasci para ser ignorante
mas os parentes teimaram
(e dali não arrancaram)
em fazer de mim estudante.
Que remédio? Obedeci.
Há já três lustros que estudo.
Aprender, aprendi tudo,
mas tudo desaprendi.
Perdi o nome às Estrelas,
aos nossos rios e aos de fora.
Confundo fauna com flora.
Atrapalham-me as parcelas.
Mas passo dias inteiros
a ver um rio passar.
Com aves e ondas do Mar
tenho amores verdadeiros.
Rebrilha sempre uma Estrela
por sobre o meu parapeito;
pois não sou eu que me deito
sem ter falado com ela.
Conheço mais de mil flores.
Elas conhecem-me a mim.
Só não sei como em latim
as crismaram os doutores.
No entanto sou promovido,
mal haja lugar aberto,
a mestre: julgam-me esperto,
inteligente e sabido.
O pior é se um director
espreita p'la fechadura:
lá se vai licenciatura
se ouve as lições do doutor.
Lá se vai o ordenado
de tuta-e-meia por mês.
Lá fico eu de uma vez
um Poeta desempregado.
Se me não lograr o fado
porém, com tais directores,
e de rios, aves e flores
somente for vigiado,
enquanto as aulas correrem
não sentirei calafrios,
que flores, aves e rios
ignorante é que me querem.

Ação a não perder...

junho 15, 2015

Almada Negreiros

A 15 de junho de 1970, morre em Lisboa, com 77 anos de idade, Almada Negreiros.

«Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam escritas, só faltava uma coisa - salvar a humanidade».

"A Invenção do Dia Claro", de José de Almada Negreiros (1921)

junho 14, 2015

Um livro é.....


"Um livro aberto é um cérebro que fala;
fechado, um amigo que espera;
esquecido, uma alma que perdoa;
destruído, um coração que chora"

junho 12, 2015

Santo António de Lisboa, o Santo de Pádua....

Santo António nasceu em Lisboa em data incerta, numa casa, assim se pensa, próxima da Sé, às portas da cidade, no local onde posteriormente se ergueu a igreja sob sua invocação. A tradição indica 15 de agosto de 1195, mas não há documento fidedigno que confirme esta data. Também foi proposto o ano de 1191, mas, segundo um seu biógrafo, o padre Fernando Lopes, as contradições em sua cronologia só se resolveriam se ele tivesse nascido em torno de 1188. Tampouco se sabe com certeza quem foram seus pais. Nenhuma das biografias primitivas os citam, e somente no século XIV, a partir de tradições orais, é que se começou a atribuir ao pai o nome de Martim ou Martinho de Bulhões, e à mãe, o de Maria Teresa Taveira.1 3 4 Fixando-se esses nomes na memória popular, e com a crescente fama do santo, não custou a biógrafos tardios atribuírem também aos seus pais uma dignidade superior. Do pai foi dito ser descendente do celebrado Godofredo de Bulhões, comandante da I Cruzada, e da mãe, que descendia de Fruela I, rei de Astúrias, mas tal parentesco nunca pôde ser comprovado. A forma de seu nome de batismo é igualmente obscura, pode ter sido Fernando Martins ou Fernando de Bulhões.

junho 10, 2015

A não perder na BMA...

Em honra de Luís de Camões...

10 de Junho de 1580: Data provável da morte de Luís Vaz de Camões

Nome: Luís Vaz de Camões
Nascimento: c.1524/1525
Morte: 10-6-1580
Poeta português, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo, Luís Vaz de Camões terá nascido por volta de 1524/1525, não se sabe exatamente onde, e morreu a 10 de junho de 1580, em Lisboa. Pensa-se que estudou Literatura e Filosofia em Coimbra, tendo tido como protetor o seu tio paterno, D. Bento de Camões, frade de Santa Cruz e chanceler da Universidade. Tudo parece indicar que pertencia à pequena nobreza. 
Atribuem-se-lhe vários desterros, sendo um para Ceuta, onde se bateu como soldado e em combate perdeu o olho direito - perda referida na Canção Lembrança da Longa Saudade - e outro para Constância, entre 1547 e 1550, obrigado, diz-se, por ofensas a uma certa dama da corte.
Depois de regressado a Lisboa, foi preso, em 1552, em consequência de uma rixa com um funcionário da Corte, e metido na cadeia do Tronco. Saiu logo no ano seguinte, inteiramente perdoado pelo agredido e pelo rei, conforme se lê numa carta enviada da Índia, para onde partiu nesse mesmo ano, quer para mais facilmente obter perdão quer para se libertar da vida lisboeta, que o não contentava. 
Segundo alguns autores, terá sido por essa altura que compôs o primeiro canto de Os Lusíadas.
Na Índia parece não ter sido feliz. Goa dececionou-o, como se pode ler no soneto Cá nesta Babilónia donde mana. Tomou parte em várias expedições militares e, numa delas, no Cabo Guardafui, escreveu uma das mais belas canções: Junto dum seco, fero e estéril monte. Viajou de seguida para Macau, onde exerceu o cargo de provedor-mor de defuntos e ausentes, e escreveu, na gruta hoje reconhecida pelo seu nome, mais seis Cantos do famoso poema épico. Voltou a Goa, naufragou na viagem na foz do Rio Mecom, mas salvou-se, nadando com um braço e erguendo com o outro, acima das vagas, o manuscrito da imortal epopeia, facto documentado no Canto X, 128. Nesse naufrágio viu morrer a sua "Dinamene", rapariga chinesa que se lhe tinha afeiçoado. A esta fatídica morte dedicou os famosos sonetos do ciclo Dinamene, entre os quais se destaca Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste. Em Goa sofreu caluniosas acusações, dolorosas perseguições e duros trabalhos, vindo Diogo do Couto a encontrá-lo em Moçambique, em 1568, "tão pobre que comia de amigos", trabalhando n'Os Lusíadas e no seu Parnaso, "livro de muita erudição, doutrina e filosofia", segundo o mesmo autor. 
Em 1569, após 16 anos de desterro, regressou a Lisboa, tendo os seus amigos pago as dívidas e comprado o passaporte. Só três anos mais tarde conseguiu obter a publicação da primeira edição de Os Lusíadas, que lhe valeu de D. Sebastião, a quem era dedicado, uma tença anual de 15 000 réis pelo prazo de três anos e renovado pela última vez em 1582 a favor de sua mãe, que lhe sobreviveu. 
Os últimos anos de Camões foram amargurados pela doença e pela miséria. Reza a tradição que se não morreu de fome foi devido à solicitude de um escravo Jau, trazido da Índia, que ia de noite, sem o poeta saber, mendigar de porta em porta o pão do dia seguinte. O certo é que morreu a 10 de junho de 1580, sendo o seu enterro feito a expensas de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos. Um fidalgo letrado seu amigo mandou inscrever-lhe na campa rasa um epitáfio significativo: "Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu." 
Se a escassez de documentos e os registos autobiográficos da sua obra ajudaram a construir uma imagem lendária de poeta miserável, exilado e infeliz no amor, que foi exaltada pelos românticos (Camões, o poeta maldito, vítima do destino, incompreendido, abandonado pelo amor e solitário), uma outra faceta ressalta da sua vida. Camões terá sido de facto um homem determinado, humanista, pensador, viajado, aventureiro, experiente, que se deslumbrou com a descoberta de novos mundos e de "Outro ser civilizacional". Por isso, diz Jorge de Sena: "Se pouco sabemos de Camões, biograficamente falando, tudo sabemos da sua persona poética, já que não muitos poetas em qualquer tempo transformaram a sua própria experiência e pensamento numa tal reveladora obra de arte como a poesia de Camões é."
A 10 de junho, comemora-se o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas.
Bibliografia: Os Lusíadas, 1572; Anfitriões, 1587; Filomeno, 1587; El-Rei Seleuco, 1645; Composições em medida velha; Composições em medida nova; Epístolas
Luís de Camões. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.
wikipedia (Imagens)
Ficheiro:Camões, por Fernão Gomes.jpg
O retrato de Camões por Fernão Gomes, em cópia de Luís de Resende. Este é considerado o mais autêntico retrato do poeta, cujo original se perdeu 

Ficheiro:Camões na prisão.jpg
Camões na prisão de Goa - Autor desconhecido
Ficheiro:Camoes - retrato de goa 2b.jpg
Retrato de Camões (1581) - Autor Desconhecido
Ficheiro:Malhoa - camões.jpg
Camões em pintura de José Malhoa

Ficheiro:Os Lusíadas.jpg
Capa da edição de 1572 dos Lusíadas

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
por Luís Vaz de Camões 


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía

junho 09, 2015

Citação de Albert Einstein.


"Criatividade é a inteligência a divertir-se..."
Albert Einstein

junho 08, 2015

Texto de Jorge Luís Borges


"Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. O microscópio e o telescópio são extensões da vista; o telefone é o prolongamento da voz; seguem-se o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação.
Em «César e Cleópatra» de Shaw, quando se fala da biblioteca de Alexandria, diz-se que ela é a memória da humanidade. O livro é isso e também algo mais: a imaginação. Pois o que é o nosso passado senão uma série de sonhos? Que diferença pode haver entre recordar sonhos e recordar o passado? Tal é a função que o livro realiza.
(...) Se lemos um livro antigo, é como se lêssemos todo o tempo que transcorreu até nós desde o dia em que ele foi escrito. Por isso convém manter o culto do livro. O livro pode estar cheio de coisas erradas, podemos não estar de acordo com as opiniões do autor, mas mesmo assim conserva alguma coisa de sagrado, algo de divino, não para ser objeto de respeito supersticioso, mas para que o abordemos com o desejo de encontrar felicidade, de encontrar sabedoria"


Jorge Luís Borges, in 'Ensaio: O Livro'

junho 05, 2015

A importância de estudar Português...

O Português, nossa língua mãe, nos possibilita uma boa comunicação, facilita a vida em sociedade e é essencial para o aprendizado de outras disciplinas.

 E talvez não saiba, mas é uma das línguas mais faladas do mundo!
Veja 9 motivos para estudar ‪‎português‬ aqui:

 http://abr.ai/1IR6JkH

 

O novo Agrupamento de Escolas de Anadia....

5 de junho é o Dia Mundial do ‪Meio Ambiente‬

5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente‬
Sete bilhões de sonhos.
Um planeta.
Consuma com cuidado.
Estamos a promover a ‪‎educação‬ para o desenvolvimento sustentável para moldar os novos valores, habilidades e conhecimentos que todas as sociedades precisam nos dias de hoje.
A ‪‎sustentabilidade‬ será construída nos bancos das escolas, começando o mais cedo possível. Trabalhamos também para controlar o poder da ciência, tecnologia e inovação, a fim de fortalecer o conhecimento, salvaguardando a ‪‎biodiversidade‬ por meio de Reservas da Biosfera e reforçando as ligações entre a ciência e política.



 

Metas Curriculares de Português

A Educação Literária é um domínio de referência nas novas Metas Curriculares de Português definidas pelo Ministério da Educação em abril de 2012.
A criação deste domínio, que indica os objetivos a alcançar e os respetivos descritores de desempenho, pretende valorizar a literatura junto dos alunos, mas também contribuir para a formação completa do aluno como indivíduo/cidadão.
Este ano letivo, a  BE foi disponibilizando o recurso humano, a Professor Bibliotecária, que explorou algumas obras recomendadas pelas Metas Curriculares, nomeadamente, na semana passada, a obra de
Virgínia Woolf, "A Viúva e o Papagaio" junto de  4 turmas do 5º Ano.

Vivam as tecnologias...com muita inovação...

Antonino Sousa, presidente da Câmara de Penafiel, avançou que a peça de mobiliário urbano, com capacidade para oito a nove pessoas, situada no Parque das Lages, também está preparada para iluminar, à noite, a área circundante.
O efeito luminoso será obtido através de lâmpadas de tecnologia "led" alimentadas por energia solar acumulada ao longo do dia.
Segundo o autarca, o banco é autossustentável sob ponto de vista energético graças aos painéis fotovoltaicos que servem de cobertura e, simultaneamente, abrigo do sol.
Os utilizadores podem recorrer, gratuitamente, às tomadas de corrente elétrica para carregarem telemóveis, 'tablets' e computadores, entre outros dispositivos eletrónicos.
O equipamento, assinalou o presidente, foi projetado para que os munícipes possam desfrutar dos espaços públicos, sem terem de abdicar da ligação às novas tecnologias e redes de informação.
"A utilização do banco de jardim, com o conceito inovador da produção de energia no próprio local, apresenta-se como uma ideia útil, moderna e inovadora, que permite abrir novos horizontes na reestruturação dos espaços públicos modernos", acentuou
 
 

Penafiel inaugura banco de jardim que carrega telemóveis

O Dia Mundial do Ambiente, que se comemora a 5 de junho, é assinalado, em Penafiel, com a inauguração de um banco de jardim preparado para carregar telemóveis, alimentado a energia solar, que a autarquia diz ser inovador em Portugal.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

PORTUGAL DOS PEQUENITOS INAUGURA CASA DE CHÁ

PORTUGAL DOS PEQUENITOS INAUGURA CASA DE CHÁ
DA AUTORIA DA ARTISTA PLÁSTICA JOANA VASCONCELOS

O Portugal dos Pequenitos comemora os 75 anos com a inauguração de uma peça da autoria de Joana Vasconcelos. A Casa de Chá é uma criação da artista plástica de prestígio internacional, que enriquece este parque temático com mais um espaço feito à escala das crianças...
 

 

Bibliotecário, uma profissão muito desejada...



Uma surpreendente pesquisa com 14000 moradores do Reino Unido realizada pelo site Yougov revelou que o emprego mais desejado na Grã-Bretanha é o de escritor, revelando que a carreira literária está mais em alta do que se pensava. 60% das pessoas que participaram escolheram essa careira como aquela dos sonhos, seguida de perto por outras duas respostas curiosas: bibliotecário, com 54%, e acadêmico, com 51%. A pesquisa parece revelar que os britânicos sonham com um trabalho tranquilo e intelectual. E vale lembrar que escrever pode ser muito rentável para pessoas como J.K. Rowling (foto acima), a autora da série "Harry Potter" e dona de uma fortuna de mais de um bilhão de dólares.
Profissões mais "esperadas" e normalmente disputadas também apareceram na lista: direito veio em quarto lugar, design de interiores em quinto e jornalismo em sexto. E também há uma grande diferença entre homens e mulheres: entre os participantes do sexo masculino, foi muito mais comum encontrar aspirações a trabalhos como os de piloto de Fórmula 1, astronauta e condutor de trem (um trabalho que paga muito bem por aqui). Além disso, mais de 40% dos homens respondeu que gostaria de ter uma carreira como MP, o equivalente a deputado ou senador no Reino Unido, enquanto apenas 21% das mulheres demonstrou esse desejo

Aqueduto das Aguas Livres em Lisboa

Foto de Portugal - a Terra e o Homem.
 
O Aqueduto das Águas Livres é um complexo sistema de captação, adução e distribuição de água à cidade de Lisboa, em Portugal e que tem como obra mais emblemática a grandiosa arcaria em cantaria que se ergue sobre o vale de Alcântara, um dos bilhetes postais de Lisboa.

O Aqueduto foi construído durante o reinado de D. João V, com origem na nascente das Águas Livres, em Belas, Sintra, e foi sendo progressivamente reforçado e ampliado ao longo do século XIX.

 Resistiu incólume ao Terramoto de 1755.

junho 02, 2015

Poema de Fernando Pessoa...


“Dorme, criança, dorme,
Dorme que eu velarei;
A vida é vaga e informe,
O que não há é rei.
Dorme, criança, dorme,
Que também dormirei.

Bem sei que há grandes sombras
Sobre áleas de esquecer,
Que há passos sobre alfombras
De quem não quer viver;
Mas deixa tudo às sombras,
Vive de não querer.”

Fernando Pessoa, 16-3-1934

Poesias Inéditas (1930-1935). Fernando Pessoa. (Nota prévia de Jorge Nemésio.) Lisboa: Ática, 1955 (imp. 1990)

FADA ORIANA, um livro muito requisitado...

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, in FADA ORIANA (1958, Porto Editora, 2014)
(1/10 )

FADAS BOAS E FADAS MÁS

Há duas espécies de fadas: as fadas boas e as fadas más. As fadas boas fazem coisas boas e as fadas más fazem coisas más. As fadas boas regam as flores com orvalho, acendem o lume dos velhos, seguram pelo bibe as crianças que vão cair ao rio, encantam os jardins, dançam no ar, inventam sonhos e, à noite, põem moedas de oiro dentro dos sapatos dos pobres. As fadas más fazem secar as fontes, apagam a fogueira dos pastores, rasgam a roupa que está ao sol a secar, desencantam os jardins, arreliam as crianças, atormentam os animais e roubam o dinheiro dos pobres.
Quando uma fada boa vê uma árvore morta, com os ramos secos e sem folhas, toca-lhe com a sua varinha de condão e no mesmo instante a árvore cobre-se de folhas, de flores, de frutos e de pássaros a cantar.
Quando uma fada má vê uma árvore cheia de folhas, de flores,
de frutos e de pássaros a cantar, toca-lhe com a sua varinha
mágica do mau fado, e no mesmo instante um vento gelado
arranca as folhas, os frutos apodrecem, as flores murcham e os pássaros caem mortos no chão.
...
(Cont)